Entrega de
material foi realizada na reitoria do Campus da Univali, em Itajaí
Representantes da Universidade do
Vale do Itajaí (Univali), realizaram a entrega de 500 bandeiras lilás e 3 mil
flyers para o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. O material será
utilizado para alertar sobre a ocorrências de águas-vivas no litoral
catarinense.
As bandeiras, na cor lilás, seguem o
padrão internacional de sinalização para prevenção em áreas aquáticas,
indicando a presença de animais marinhos perigosos. Ela deve ser utilizada como
uma bandeira secundária, junto à que orienta sobre as condições do mar.
A perspectiva é de que o material
seja distribuído aos postos de guarda-vidas das praias do litoral catarinense
para divulgação da ocorrência e dos cuidados em caso de presença da espécie na
água, ainda durante o período de carnaval.
Independentemente disso, a orientação
é que os banhistas fiquem atentos se há presença de águas-vivas na areia da
praia e verifiquem com os guarda-vidas se é seguro entrar na água.
Sobre a
ocorrência e procedimentos
Acidentes por águas-vivas e caravelas
são comuns em Santa Catarina por uma série de razões que incluem época de
reprodução dos animais, temporadas de veraneio e até a temperatura das águas.
Dor e sensação de queimação, causada
por envenenamento, são os principais sintomas. Eles podem ser tratados com
medidas de primeiros socorros simples, como aplicação de água do mar gelada e
compressas de vinagre.
O corpo de bombeiros está sinalizando
as praias quanto a ocorrências das águas-vivas, assim, quando encontrar a
bandeira lilás, o melhor a fazer é evitar o banho de mar.
Saiba como identificar e agir em caso
de envenenamento:
·
A espécie que
representa mais de 90% dos casos de acidentes com banhistas é uma hydromedusa
conhecida cientificamente como Olindias sambaquiensis. Ela é comum na
costa brasileira e argentina;
·
Ela é
arredondada, tem tamanho máximo de dez centímetros e tentáculos curtos de
coloração alaranjada;
·
As crianças são
suas principais vítimas, por permanecerem mais tempo na água;
·
As irritações
provocadas por esta espécie são amenas em comparações com outras águas-vivas
menos frequentes, mas podem estragar seu dia de praia caso a concentração
destes organismos seja muito elevada;
·
As reações da
pele restringem-se a vermelhidão e inchaço arredondados;
·
Em caso de
contato, evite lavar o local com água doce (torneira, chuveiro, mineral);
·
Não coce a
região afetada. O movimento aumenta a liberação de toxinas na pele e piora os
sintomas;
·
Não é
recomendado urinar sobre a região afetada. A ação pode gerar contaminação da
pele e agravamento do quadro;
·
O tratamento
destas irritações é simples, com o uso de vinagre caseiro, água do mar
resfriada, lidocaína tópica e mentol para aliviar a coceira;
·
Também pode ser
aplicada uma solução de bicarbonato de sódio. Bastam duas colheres de sopa
diluídas em um litro de água do mar;
·
Cremes contendo
arnica ou uréia, também, diminuem a dor e o desconforto;
·
Compressas de
água morna/quente (ou geladas) ou com solução morna de bicarbonato, também,
podem ajudar;
·
Por fim, pode
ser necessário assistência médica e tratamento medicamentoso.
Pesquisa aponta
formulação que previne queimaduras por águas-vivas
A ocorrência de queimaduras
ocasionadas por águas-vivas pode estar perto do fim. Pesquisadores da Univali
estão avaliando as propriedades bioquímicas e atividades biológicas que levam a
inibição de envenenamentos em diferentes espécies de medusas ocorrentes no
litoral catarinenses e identificaram formas de reproduzir o efeito em humanos.
"Uma água-viva não oferece
perigo de envenenamento para outra água-viva. Estudando as espécies estamos
propondo uma formulação de uso tópico que para muitos banhistas será o fim dos
incômodos causados pelas medusas", explica Charrid Resgalla Júnior,
pesquisador do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da
Univali e um dos coordenadores do projeto.
A proposta, de autoria de Fabiana
Figueredi Molin de Barba, foi apresentada como tese de doutorado do Programa de
Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali. A formulação do
composto ainda é mantida em segredo e deverá ser apresentada, na sequência,
para a indústria de cosméticos ou farmacêutica.
Até que esse produto chegue ao
mercado, o estudo demonstrou, ainda, que as substâncias que apresentam melhor
efeito no controle dos sintomas de dor após a exposição aos tentáculos de
medusas da espécie Olindias Sambaquiensis foram a vaselina líquida, com redução
de 84% na dor percebida, seguida de creme neutro com cânfora, com redução de
76%.
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