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domingo, 11 de dezembro de 2016

Empresas citadas na Lava Jato devem adotar medidas para mitigar riscos e reduzir chance de falência




É difícil mensurar o prejuízo em empresas citadas em investigações de corrupção e lavagem de dinheiro como, por exemplo, a Operação Lava Jato. Na maioria dos casos, as empresas envolvidas em averiguações precisam refazer seus negócios, já que foram prejudicadas por perdas financeiras e comerciais, além de possíveis rasuras na imagem e a perda de milhares de empregos de seus funcionários.

Grande parte das empresas mencionadas na Lava Jato atua no segmento de construção civil (http://meucongressonacional.com/lavajato/empresas). Este setor foi densamente envolvido por conta das famigeradas doações de campanhas políticas, prática atualmente proibida pela legislação. 

Para o professor Ricardo Gennari, especialista em segurança, inteligência e estratégia, com especializações nos Estados Unidos, Israel e Inglaterra e pós-graduações na FGV e na USP, a corrupção só existe pela ligação entre o corrupto (políticos e agentes públicos) e os corruptores (agentes privados e físicos), que se beneficiam das vantagens entre as partes. “As doações em campanhas políticas não são mais possíveis em decorrência da nova Lei que impede o financiamento de empresas para políticos. Porém, não sabemos se as empresas ainda promovem atos ilícitos em campanhas políticas. Por isso, a necessidade no controle das empresas e na fiscalização do Estado”, comentou Gennari.

No entanto, para coibir as práticas nefastas de corrupção e fraude, as empresas necessitam de um Planejamento Estratégico, com soluções para mitigar riscos e implantar medidas de proteção como programas de Compliance e Governança Corporativa. “O objetivo é preservar a transparência do negócio, conferir ética empresarial, ofertar rendimentos seguros aos acionistas, manter o emprego dos funcionários e a satisfação dos seus clientes, além de garantir o lucro e o superávit”, revela o professor. 

As construtoras envolvidas nas operações de Polícia Federal contam com um Planejamento Estratégico dotado de programas de Compliance e Governança Corporativa. Porém, na opinião de Gennari, as decisões arbitrárias dos seus diretores e gestores, além do descumprimento das regras de Compliance e de Governança Corporativa, levaram a prisão de seus executivos e ocasionaram perdas financeiras irreparáveis e de credibilidade perante o mercado e o público.

De acordo com o especialista, a Petrobrás está reestruturando todos os seus departamentos para reduzir os riscos e demonstrar, ao mercado e seus acionistas, transparência e ética dos seus negócios.

 “No caso da Petrobrás o trabalho já começa a aparecer como demonstrado nos últimos resultados. Acredito também que as outras empresas envolvidas em escândalos estão buscando soluções, caso contrário o prejuízo final poderá ser a falência total”, alertou Gennari.

O que fazer?

Mesmo depois de toda a hecatombe empresarial ocasionada pelas investigações de corrupção, as empresas necessitam adotar medidas emergenciais no sentido de minorar as fissuras e os estragos. O professor Ricardo Gennari enumera uma série destas providências:

- Reconhecer o erro é muito importante para a empresa, o mercado e o público em geral;

-  Levantar os fatos e punir os responsáveis;

- Rever todos os procedimentos de Compliance, Governança Corporativa, Contra Medidas e Defesa Jurídica;

- Conferir o máximo de transparência na apresentação dos dados apurados e pós-análise, além de indicar as soluções para os problemas;

- Tranquilizar o mercado e os acionistas por intermédio de contra medidas eficientes e eficazes;

- Apascentar também os funcionários e rever suas normas de ética.





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