Controlar as finanças neste fim de ano é
imprescindível para garantir um Natal e início de ano tranquilos, já que contas
como IPTU, IPVA e matrícula escolar se acumulam com os gastos de presentes,
festas e viagens e pegam muitas famílias de surpresa. Com um bom planejamento
financeiro agora, é possível amenizar os impactos desses gastos no orçamento e
assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos para 2017.
Seguindo alguns passos básicos, as chances de
estar em situação de endividamento – ou pior, inadimplência – diminuirão
substancialmente. O primeiro deles é fazer um diagnóstico financeiro e saber
exatamente em que situação se está: endividado, equilibrado ou investidor. A
partir daí, fica mais fácil definir o que deverá ser feito para melhorar a
situação – ou continuar, se já estiver no caminho certo.
Deve-se, então, anotar todas as despesas
durante 30 dias, separando-as em categorias (alimentação, combustível, etc.).
Com uma visão mais ampla dos gastos, é hora de cortar os supérfluos e excessos
e poder redirecionar esse valor para a realização dos sonhos, que, por sua vez,
devem ser bem definidos.
É importante pensar em, pelo menos, três: um de
curto (até um ano), outro de médio (até dez anos) e ainda um de longo (acima de
dez anos) prazo, e orçar cada um, para saber quanto custam e quanto poderá ser
poupado por mês, sabendo, assim, em quanto tempo eles serão realizados. Então,
é só começar a guardar dinheiro, lembrando que essa ação deve ser feita
imediatamente após receber o salário, pois, se deixar para o final do mês,
certamente, não sobrará.
Como não extrapolar as despesas de fim de ano
Comprar por impulso é uma das práticas que
oferece maior perigo ao orçamento financeiro das famílias. No entanto, as
facilidades, boas condições de pagamento e promoções acabam estimulando esse
comportamento. Uma dica é fazer lista dos presentes que se quer comprar e o
valor que se deseja/pode gastar com cada um deles.
Outro conselho é sempre se fazer algumas
perguntas, antes de abrir a carteira: “estou comprando por necessidade ou
apenas para me satisfazer momentaneamente? Se não adquirir esse produto/serviço
agora, terei algum problema? Consigo pagar à vista? Se parcelar, terei o valor
necessário nas datas de vencimento?
Para quem recebe 13º, o dinheiro pode, e deve,
ser usado para esses gastos de fim de ano, uma vez que o objetivo dele é – e
sempre foi – o de oferecer uma gratificação aos trabalhadores, ou seja, é um dinheiro
extra, que deve ser utilizado para despesas não fixas, como é o caso das
compras de fim de ano. É um erro muito comum as pessoas comprometerem esse
valor com dívidas, devido à falta de educação financeira da população.
Planejamento financeiro para 2017
O planejamento financeiro para o ano que começa
é frequentemente comprometido por conta dos parcelamentos feitos no final do
ano. Por isso, a recomendação é que sempre se poupe ao longo do ano para que
possa comprar à vista e ainda obter bons descontos.
Caso não se tenha conseguido guardar dinheiro e
tenha que parcelar, avalie o diagnóstico financeiro feito anteriormente e veja
quais são os gastos que estão por vir, para que se compre ciente do valor que
terá que dispor mensalmente.
Reinaldo
Domingos - mestre em educação financeira, presidente da Associação
Brasileira de Educadores Financeira (Abefin) e do Grupo DSOP de Educação
Financeira, autor dos livros Terapia Financeira, Mesada não é só dinheiro,
Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O
Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de
educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país,
Apostila de educação financeira para o ensino EJA e Jovem Aprendiz
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