Com o intuito de
alertar a população para a importância da adoção de um
estilo de vida saudável e, em especial, da mudança dos hábitos alimentares e
controle do teor de gorduras, o Ministério da Saúde instituiu o “Dia Nacional
do Combate ao Colesterol”, celebrado no dia 8 de agosto.
Anualmente, as doenças do coração
ceifam a vida de milhões de pessoas. Segundo a OMS (Organização Mundial da
Saúde), são as principais causas de morte no Brasil. Em 2015,
o País registrou mais de 346 mil falecimentos decorrentes de
problemas cardíacos.
Segundo dados do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), o sedentarismo é rotineiro
em cerca de 46% da população acima de 18 anos. Aproximadamente 50% dos
habitantes encontram-se com sobrepeso, situação que
predispõe à elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no
sangue, aumentando os riscos de diabetes e hipertensão.
Embora o colesterol seja uma substância
fundamental para o organismo, pois atua na formação das membranas celulares,
vitamina D, hormônios e ácidos biliares, a ingestão excessiva de gorduras pode
causar doenças cardiovasculares.
De acordo com o cardiologista e
presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Ibraim
Masciarelli Pinto, "para manter os níveis de colesterol em um
padrão que não prejudique a saúde, é recomendado a mudança dos hábitos,
incluindo a prática diária de atividades físicas, a não ingestão de alimentos
ricos em gorduras e industrializados, além de aumentar a quantidade de vegetais
na dieta”.
O cardiologista, explica, ainda,
que água e os alimentos que contêm fibras, como aveia, grãos, vegetais e
hortaliças também auxiliam no controle dos níveis de colesterol. Sendo que, o
ideal em relação a água, é que a pessoa tome
o equivalente de dois a três litros por dia.
A diretora do Departamento de Nutrição
da Socesp, Cibele Gonsalves, afirma que, de um modo geral, pessoas com
colesterol elevado devem ser estimuladas a prática de uma alimentação
equilibrada, evitando ou reduzindo o consumo de gorduras saturadas, encontradas
principalmente em alimentos de origem animal, controlar o consumo de gorduras trans, presentes em
diversos produtos industrializados. Ela ressalta que reduzir o consumo de
carboidratos refinados (açúcar e massas) é essencial, pois esses alimentos
contribuem indiretamente na formação de partículas que transportam o colesterol
na formação de placas (lesões ateroscleróticas).
“Essas mudanças contribuem para
uma vida melhor e mais saudável. O ideal é que as pessoas
sejam estimuladas a consumir alimentos integrais (arroz, pães e
massas integrais), além do consumo preferencialmente de azeite de oliva,
peixes, como sardinha e salmão que são ricos em ômega-3, substituindo a
ingestão dos alimentos ricos em gorduras saturadas que prejudicam a saúde do
coração”.
Ibraim, ainda, destaca, que realizar
exames para saber a dosagem dos níveis de colesterol e triglicerídes, conhecer
os valores do colesterol, como HDL (conhecido como o colesterol “bom”) e
LDL (o colesterol “ruim”) auxilia as pessoas a identificarem alterações metabólicas
e a combater as doenças isquêmicas do coração, como o infarto do miocárdio,
dentre outras.
Ao falar da data e da importância da prevenção, os
especialistas salientam que o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, é
fundamental, uma vez que alerta a população a identificar se a concentração de
colesterol está dentro da faixa de normalidade. Também reforça aos
profissionais de saúde a necessidade de incluírem nas rotinas clínicas,
orientações e exames identifiquem os níveis de colesterol, principalmente
quando a avaliação do paciente sugerir um risco individual ou familiar.
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