Especialista em tecnologia da
informação alerta e dá dicas sobre segurança na rede mundial de computadores;
pesquisa mostra que custos com crimes cibernéticos em empresas chegam a R$57
milhões
Tem se tornado cada vez mais comum o
ataque de hackers e usuários mal-intencionados na web. Pelo
endereço de IP (protocolo de internet), os criminosos virtuais conseguem
vasculhar dados sigilosos e cometer crimes graves, como roubar informações,
invadir sistemas, disseminar vírus e praticar golpes virtuais. Um estudo
recente sobre crimes cibernéticos, realizado pela Ponemon Institute em 2015,
aponta que o Brasil é o segundo maior gerador de crimes cibernéticos do mundo,
tanto como origem quanto como alvo de ataques online.
E-mails suspeitos, anexos maliciosos ou
arquivos desconhecidos são instrumentos fáceis, caso o usuário não esteja
atento. A principal dica, de acordo com o especialista em tecnologia da
informação e presidente da DBMaster, João Oliveira, é sempre proteger os
dispositivos de uso pessoal com senhas, utilizar criptografia, ter cuidado ao
usar redes wi-fi públicas e desabilitar o bluetooth, se não
estiver utilizando.
Uma das maiores ameaças para os usuários
de Internet no Brasil é o malware bancário. Um relatório da Kapersky
revelou que 6,5% dos crimes cibernéticos em bancos e no setor financeiro
aconteceram no Brasil, em 2014. Para evitar esses problemas, empresas e pessoas
físicas devem ter o hábito de tomar o máximo de cuidado ao navegar pela
internet, seja em computadores, notebooks, smartphones e tablets.
“Um cuidado muito importante é com a
proteção ao acesso de arquivos sincronizados em nuvem. Ao acessar a nuvem, por
meio de um dos dispositivos, todos os dados de todos os dispositivos estarão
comprometidos, e há vários relatos de sequestro de senha em nuvem, somente
liberada após pagamento de resgate”, alerta. Para esses casos, segundo João
Oliveira, o cuidado deve ser redobrado, já que os criminosos atuam por meio da
vulnerabilidade dos aplicativos.
O relatório da Ponemon Institute também
mostra que os crimes cibernéticos oneram as empresas de R$ 1,2 a R$ 57 milhões
em um ano, número que pode variar de acordo com o porte da organização e
encarecer ainda mais, caso não seja resolvido rapidamente. O tempo médio para
resolver um ataque cibernético é de 28 dias. Para empresas, o maior risco está
relacionado com o sequestro de informações.
“Nesse caso, a
indicação é ter um sistema de segurança robusto, com monitoramento do banco de
dados, backups corporativos realizados em grande escala, principalmente
contingência, além de possuir uma proteção firewall, uma barreira que
controla o tráfego de dados entre seu computador e a internet, permitindo
somente a transmissão e a recepção de dados autorizados”, orienta o
especialista.
Para
João Oliveira, a segurança da informação em ambientes tecnológicos depende de
uma série de fatores, que vão desde controles, filtros, bloqueios, até um
trabalho interno para a sensibilização dos colaboradores a respeito do cuidado
ao navegar pela internet. “No mundo digital, todo o cuidado é pouco quando se
trata de interação em ambientes virtuais, pois, da mesma forma que a tecnologia
evolui, certas ameaças também pegam carona nessa evolução”, destaca o executivo
da DBMaster.
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