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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Explode a violência contra médicos de São José do Rio Preto e região

Seis em cada dez profissionais já acompanharam agressões a colegas da área, segundo levantamento da Regional SJRP da Associação Paulista de Medicina


 

A violência contra médicos em São José do Rio Preto e cidades da região está em alta, equiparando-se, em alguns quesitos, a gravíssimos índices registrados em pesquisas estaduais.

 

De acordo com levantamento inédito da Regional SJRP da Associação Paulista de Medicina, divulgado, nesta manhã de 29 de julho, um em cada dois médicos já sofreu agressão por parte de pacientes e familiares. Os episódios vão desde ataque físicos a psicológicos, passando por situações de assédio sexual.

 

O arrefecer da truculência, mesmo em um momento em que os médicos têm exposto suas vidas e de seus familiares para salvar os acometidos pela Covid-19, já provoca reações das entidades representativas da classe.

 

A Associação Médica Brasileira (AMB), por meio do presidente César Eduardo Fernandes, acionou sua assessoria parlamentar em Brasília, na primeira hora de hoje (29), solicitando que deputados e senadores sejam contatados imediatamente e cobrados a dar celeridade à aprovação do Projeto de Lei n° 6749 de 2016. O PL tipifica de forma mais gravosa os crimes de lesão corporal, contra a honra, ameaça e desacato, quando cometidos contra médicos e demais profissionais da saúde no exercício de sua profissão.

 

“Lamentavelmente, as mazelas no sistema público e da rede suplementar são recorrentes e os pacientes sofrem na pele. São dificuldades para o acesso, demora para atendimento, falta de leitos, de medicamentos, de profissionais, entre outras”, argumenta César Eduardo Fernandes. “A indignação dos pacientes e familiares é justificável, somos solidários a eles. O problema é que alguns jogam sobre nós a responsabilidade da má-gestão da saúde, nos culpam por falhas estruturais. Isso é um equívoco inadmissível. Uma coisa é defender a cidadania, outra é calar ante a selvageria”.


 

Segurança Pública e Ministério da Justiça são acionados

 

No dia 27 de julho, imediatamente após tomar conhecimento dos dados do levantamento, a APM Estadual acionou os Ministérios da Justiça e da Saúde, o Governo do Estado de São Paulo, as Secretarias de Segurança Pública e Saúde, além da Procuradoria Geral de Justiça, requerendo providências urgentes para garantir a segurança dos profissionais de São José do Rio Preto e região.

 

“Faz anos que as pesquisas apontam o agravamento da violência”, pontua Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina.

 

“Temos uma emergência de saúde pública e as autoridades responsáveis nos devem respostas e soluções. Além do fator humano, de garantia da integridade do médico, há outra questão: toda vez que sofremos um ataque desses e somos obrigados a nos afastar da linha de frente, aumentam os buracos da assistência”.

 

O presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, pondera que a violência na saúde não é alarmante apenas no Brasil; é fragilidade comum aos países com falta de justiça social.

 

“Os serviços de saúde nas periferias e até em consideradas áreas de melhor poder aquisitivo apresentam insuficiências. Isso acaba em transferência da revolta à gestão e aos responsáveis pelo sistema para quem está cuidando do cidadão na linha de frente”.


 

Números da pesquisa    

 

Essa é a primeira pesquisa da história, exclusivamente com médicos de Rio Preto, sobre violência. Foi motivada pelo aumento das denúncias informais de agressão para a Regional APM.

 

Assim, para compreender a extensão do problema, houve entre 5 e 19 de março de 2021, um levantamento junto aos profissionais por intermédio da plataforma on-line Survey Monkey. Em termos estatísticos, o retorno é excelente: 354 médicos responderam ao questionário, 68% homens e 32% mulheres.

 

Dessa amostra, 63,28% já tiveram o dissabor de assistir algum colega da saúde sofrer violência, sendo que 44,92 (praticamente um a cada dois) foram vítimas de agressões. 

 

Os números de São José do Rio Preto se aproximam de outros, alarmantes, de pesquisas estaduais. Em 2018, levantamento do Conselho Regional de Medicina dava conta de que a taxa no estado era de 7 vitimados em cada 10.

 

Os dados da região também se aproximam aos do conjunto da América Latina: 66,70%, em 2015, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde.

 

A agravante é a de que a estrutura de SJRP para garantir a segurança dos médicos e demais profissionais é extremamente insuficiente. Conforme a pesquisa da APM SJRP, na saúde pública, esse aparato só é perceptível para 17,80% dos que responderam; enquanto na saúde privada a percepção é de 30,79%.

 

Confira a íntegra da pesquisa em apm.org.br 

 

7 lições do esporte que valem para o mundo corporativo

Do brasileiro que surfou na onda da mudança à ginasta que desistiu da competição


Os últimos dias têm movimentado o mundo e colocado milhões de telespectadores de olho nas Olimpíadas de Tóquio. Depois de tanto tempo de isolamento social, é chegada a hora de acompanhar o desempenho dos atletas e torcer pelas estrelas do esporte. Chegar ao Japão exigiu – para esportistas e equipes – muito preparo e equilíbrio para superar não apenas os concorrentes, mas principalmente a ansiedade e a angústia da espera forçada pela pandemia.

Mas o que temos a aprender com o desempenho, a performance e os comportamentos dos competidores no que se refere ao universo corporativo? A especialista em gestão e liderança Luciane Botto avaliou a semana e destaca alguns aprendizados que podemos levar àqueles em cargos de comando e para a vida.

Segundo ela, “aprender com a experiência do outro, em situações tão reais e emocionantes como as acompanhadas nas telas, nos dá a oportunidade da reflexão por meio do lúdico, da dor e da superação - expostas e revisitadas em várias reprises pelos meios de comunicação.  “Todo mundo deseja vencer, mas é interessante pensar que uma competição não se faz apenas de vitoriosos. Nem sempre ganha quem domina a técnica, mas aquele que também sabe usar suas habilidades comportamentais para lidar com o estresse da competição em si”, enfatiza a consultora empresarial.

Ponderação

Neste sentido, Luciane destaca três atletas e posturas que considera importantes para reflexão:

Ítalo Ferreira: o surfista brasileiro ganhou a primeira medalha de ouro do Brasil nos jogos de Tóquio. Em seu depoimento à Imprensa, falou que aquele momento representava a concretização de um sonho, fez o que ama fazer e que entrou na água sem pressão.

Rayssa Leal: a brasileirinha de 13 anos - que precisou viajar acompanhada da mãe - conquistou a prata no skate street feminino e se tornou a medalhista mais jovem do Brasil. Foi leve, dançou antes de entrar na pista, não absorveu a pressão e fez o seu melhor.

Já a americana Simone Biles, a tão esperada rainha da ginástica olímpica dos últimos anos, trouxe uma lição ao mundo ao desistir da final de Tóquio e revelar que o seu maior desafio, no momento, é a saúde mental: “Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos. Não somos apenas atletas, somos pessoas e às vezes é preciso dar um passo atrás”. 

A justificativa para a desistência da favorita ao título fala por si só e nos mostra que Simone é vencedora mesmo quando assume sua fragilidade e pensa em si. Como bem citou o psicólogo organizacional americano Adam Grant, “Por gerações, as ginastas sofreram abusos e sacrificaram seus corpos para nosso entretenimento. Simone Biles é o modelo que precisamos para mudar essa cultura tóxica”.

Das quadras para os escritórios

Acostumada a trabalhar com líderes de empresas em diversos ramos, Luciane Botto – autora do livro Liderança Integral – A evolução do ser humano e das organizações (ed. Vozes, 344 págs.) - relata que esse conjunto de situações, posturas e situações esportivas a fez pensar nos desafios da área corporativa.

“Tem algo que chama atenção nessas modalidades e permite fazer um paralelo com a vida: o surf diante da maré de incertezas que estamos vivendo e a importância de sairmos da zona de conforto, focarmos e nos adaptarmos aos diferentes cenários e mudanças; o skate nos mostra que sempre podemos encontrar oportunidades para ousar, aprender algo novo, se superar e acima de tudo, se divertir; e a ginástica - que revela a importância da nossa flexibilidade e do autoconhecimento - no sentido de descobrir nossos limites. E para todos esses desafios, surge a necessidade da coragem e da inteligência emocional”, explica.

E complementa usando uma frase da professora Brené Brown, pesquisadora da Universidade de Houston e que estuda há duas décadas a coragem, a vulnerabilidade, a vergonha e a empatia: “Às vezes, vencer não é chegar primeiro. Às vezes, vencer é fazer algo realmente corajoso. E talvez, para você, vencer seja sair de casa na chuva e se molhar”.

7 dicas do esporte ao mundo corporativo

Confira agora 7 dicas da especialista em gestão e liderança, Luciane Botto, para observar no esporte e levar para o mundo corporativo:

1) Preparo: é necessário para superar desafios e alcançar objetivos. Não há como esperar resultados melhores sem o compromisso de melhoria e atualização constante. Cursos, leituras, experiências nos fazem sentir mais preparados e confiantes.

2) Autoconhecimento: conhecer o seu limite, não depender da aprovação do outro para tomar decisões, saber “dizer não” e superar o “medo de errar” são alguns dos maiores desafios que as pessoas enfrentam na vida e na carreira. Será que precisamos ser tão duros com a gente mesmo? Como seria equilibrar melhor as prioridades, operando de modo saudável?

3) Resiliência: ter a capacidade de olhar para o copo cheio e não levar tudo “a ferro e fogo”. Implica na capacidade de extrair as lições de experiências, ter orgulho da sua história, das suas conquistas e tudo o que trilhou, de virar a página e seguir em frente.

4) Empatia e apoio: compreender o que o outro está sentindo e ter sensibilidade para observar quando a produtividade cai, quando se está no limite e ter condições de oferecer apoio e liberdade para o outro se expressar com autenticidade. O que os times esperam dos líderes em momentos críticos, de tensão ou pressão? Sem dúvida, eles desejam direção, apoio, reconhecimento, escuta e compreensão verdadeira.

5) Cuidados com a saúde física, mental e emocional: sem saúde e equilíbrio não há performance que se sustente. Momentos de pausa, meditação, diversão, interação e atividade física nos ajudam a ter mais foco e prazer no que realizamos. A disputa acontece todos os dias e o mais importante é se manter em movimento, na velocidade que for possível – não a qualquer custo.

6) Mantenha a humildade para ganhar e perder: nem sempre temos as melhores ideias, soluções ou respostas para o que estamos vivendo. Nem sempre estaremos no topo. É preciso aprender com as vitórias e derrotas. Numa competição, um lado ganha e outro perde. E é claro que ninguém deseja perder.

7) Desafie suas métricas ou “verdades absolutas”. Será mesmo que o comando e controle e a pressão trazem os melhores resultados? Ou o ato de mesclar talento, paixão, leveza e diversão são capazes de nos fazer ir além?

“Lembre-se de que o resultado é só a ponta do iceberg. Considere anos de dedicação, foco, treino e suor nos bastidores. O que as pessoas veem e acompanham é apenas uma parte da sua caminhada. No fim - com vitória ou derrota – percebemos que o importante vai muito além da medalha: saber quem realmente você é, com quem você pode contar, celebrar ou chorar”.

 

Mercado de trabalho: adesão ao modelo híbrido ou retorno ao presencial?

Impacto da pandemia no mercado de trabalho possibilitou que empresas testem novos formatos de trabalho, que devem se manter no longo prazo

 

Com o avanço da vacinação e a redução de novos casos da COVID-19, uma nova discussão no mercado de trabalho vem à tona: a volta presencial das equipes aos escritórios. A crise sanitária que colocou profissionais de diversas áreas em home office, e que trouxe a curto prazo algumas vantagens, como a possibilidade de contratar pessoas de qualquer lugar e a flexibilidade, apresentou também alguns desafios, como falta de motivação, relações interpessoais, impacto na produtividade e na saúde mental e física. E dentro disto, uma solução encontrada pelas empresas foi a adoção do modelo híbrido, combinando dias de trabalho em casa (home office), com rodízio entre os funcionários presencialmente no ambiente do escritório. 

Solução vista com bons olhos durante muito tempo, e que deve se manter em muitas empresas ao redor do mundo, mas que ainda divide opiniões entre organizações que, de um lado possuem funcionários que desejam voltar 100% presencial, enquanto outras, se adaptaram ao home office e pretendem continuar neste formato, ou adotando o sistema híbrido. Segundo pesquisa realizada pela consultoria KPMG, 33,8% das empresas preveem voltar ao trabalho presencial nos escritórios apenas em 2022, enquanto 66,2% já voltaram dentro do modelo híbrido ou esperam que isso ocorra ainda este ano. Fora do Brasil, a realidade que se desenha é outra, pois o que parecia ser um retorno ao velho normal — ou seja, à sede da empresa — ganhou ares de resistência, com alguns funcionários se recusando a encarar a antiga rotina ou até em alguns casos, há quem prefira a demissão. Este movimento é observado em diversos países e põe em xeque a nova rotina dos trabalhadores. Como nos Estados Unidos, onde segundo pesquisa realizada recentemente pela Morning Consult essa tendência se confirma entre os americanos:  87% dos entrevistados que adotaram o teletrabalho durante a pandemia desejam continuar no regime pelo menos uma vez por semana. Porém, alguns executivos, no entanto, não querem nem ouvir falar em propostas desse tipo e permanecem fiéis aos velhos modelos. 

Para o Gerente de Recursos Humanos, Carlos Espósito, profissional que já passou por multinacionais como WarnerMidia e Latam Linhas Aéreas, e que segue acompanhando as tendências e comportamento do mercado internacional, no Brasil não existe uma urgência das empresas em retornar presencialmente nos próximos meses, mas o trabalho híbrido já é uma realidade e será algo extremamente natural e requisitado para qualquer organização. “Tenho conversado com empresários de diversos setores e venho percebendo que o plano pós pandemia com certeza será o trabalho híbrido. Além de ser muito favorável em vários escopos, temos que pensar que existe a questão do bem-estar do funcionário, custos, logística que são positivos para essas empresas. Acho muito difícil a volta 100% presencial, porque realmente este modelo de trabalho traz muitos benefícios”. 

No início da pandemia a adesão ao home office fez com que uma parcela de empresários aprovasse e apostasse neste que seria o modelo ideal a seguir a longo prazo, mas a realidade no dia a dia foi outra. “Inicialmente para a grande maioria das empresas o trabalho em casa funcionou super bem, mas isso depende de diversas questões, entre elas a estrutura que a organização oferece ao funcionário, desde uma boa internet até equipamentos como cadeira ergométrica, interação com a equipe e um local na casa que sirva de escritório e que tenha privacidade. Sem isso, vimos muitos profissionais que não possuem uma condição financeira favorável com dificuldades de se adaptarem a essa realidade e como consequência o rendimento de trabalho caiu”, completa.

 

Dentro deste cenário, os coworkings chegaram como solução para ajudar as empresas a se adaptarem em meio à pandemia, por trazerem as ferramentas necessárias e planos customizados para a realidade de cada organização, além de ter flexibilidade para atender qualquer ajuste das empresas, aumentando ou reduzindo seus espaços conforme necessidade. “Ter o colaborador presente de 2 a 3 vezes por semana, foi o que transformou em realidade trabalho em formato hibrido, para que cada organização pudesse inserir à rotina a troca de ideias interpessoal e o networking que o home office não consegue proporcionar. A partir daí o aumento do rendimento tornou-se consequência”, afirma Patrícia Coelho, Diretora de operação e novos negócios do Club Coworking.

 

Segundo Patrícia, a percepção é de que ainda não há uma tendência para retorno 100% presencial e que home office exclusivo já não é mais realidade em parte do mercado, por isso, em um curto espaço de tempo, as empresas perceberam que coworking é a melhor solução para retomada do funcionário, seja em modelo híbrido, novos formatos e até mesmo um futuro presencial. “A maior parte das empresas fala em adotar o modelo híbrido e enxerga no coworking a flexibilidade ideal para fazer testes, entender a demanda dos funcionários e, se no futuro decidir voltar ao 100% presencial, poder ampliar seu espaço de forma prática”, completa.

 

Para equipe, as principais vantagens do trabalho híbrido está na redução do deslocamento diário, fazendo com que possa aproveitar o melhor dos mundos: a produtividade e networking do escritório, com aumento da qualidade de vida de poder estar em casa alguns dias da semana.

 


ClubCoworking

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quarta-feira, 28 de julho de 2021

HOLOFOTES NEON PARA A SAÚDE BUCAL

Na noite de 29 de julho, o laço do Julho Neon vai tomar conta da fachada do prédio da FIESP, na Av. Paulista, para chamar atenção da importância da Saúde Bucal no Brasil


É preciso ampliar o acesso, principalmente ao menos favorecidos: todos têm o direito de sorrir. Pensando nisso, a Associação Brasileira de Planos Odontológicos (SINOG) lidera o Movimento Julho Neon - Salve o sorriso brasileiro, com objetivo de reforçar a importância da saúde bucal, adotando o mês de julho como o mês da conscientização. "Acreditamos também que uma das formas de acesso aos tratamentos dentais, com atendimentos de qualidade, é através dos planos odontológicos que, devido ao mutualismo, oferecem uma enorme relação de tratamentos com valores acessíveis".

Além disso, o Movimento Julho Neon fez parcerias com duas Ongs: "Doutores das Águas" e "Turma do Bem - TdB " para levar saúde às comunidades menos favorecidas do Brasil e todo o lucro arrecadado no e-commerce do Julho Neon, será doado para estas ONGs.

O Movimento irá iluminar na noite de 29 de julho, a fachada do prédio da FIESP, na Av. Paulista em São Paulo, como forma de chamar a atenção para a saúde bucal no Brasil, o país com mais dentistas no mundo.

O Hit Musical - Escovar, cuidar e sorrir!
Escrito e interpretado pelo cantor Jair Oliveira, o Jairzinho
, com arranjos da S de Samba e produção do Pedro Caldas e Diego Guimarães, embala o mês da saúde bucal.


Dia Mundial de Combate à Hepatite: doença também pode afetar os cães

Data é lembrada no próximo 28 de julho e veterinário alerta que pets devem ser vacinados para evitar o risco da enfermidade 



Na próxima quarta-feira, 28, comemora-se o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2010. A doença, que é muito séria e infecciosa, atinge o fígado e pode causar consequências graves, como câncer, cirrose e óbito nos humanos. O que muita gente não sabe é que a enfermidade também acomete os cães. Por isso, conversamos com Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, para alertar os tutores dos animais de estimação sobre os cuidados com a hepatite.

"Atualmente, a hepatite infecciosa canina não é tão comum como as hepatites dos humanos porque, graças à vacinação, ela está controlada no Brasil. Daí a importância de continuar prevenindo a doença nos cachorros, para evitar casos novos", explica o médico-veterinário.

Hepatite infecciosa canina (HIC): o que é, prevenção e tratamento

A hepatite infecciosa canina é causada pelo adenovírus canino tipo 1 (CAV-1). Apesar de a doença não ser tão comum, ela ainda pode acometer cães, principalmente aqueles que não estão vacinados. Seu agente causador é responsável por atacar o fígado, causando inflamação no órgão, o que é mais comum em animais mais novos.

De acordo com Barboza, a única e melhor maneira para prevenir a enfermidade é a vacinação. "Assim como diversas doenças, a prevenção é sempre a melhor solução. Nesse caso, ainda mais importante porque o vírus é altamente resistente no ambiente, mesmo que ele seja completamente limpo e higienizado", alerta.

Além disso, é muito importante que os tutores saibam que a hepatite pode ser transmitida por meio do contato com as secreções de animais infectados, como a urina. Mas os humanos podem ficar tranquilos, já que a doença não é transmitida para pessoas, apenas para animais.

Os principais sintomas são febre, falta de apetite, conjuntivite, vômito, diarreia, tosse, convulsões e pressionar a cabeça contra a parede. No entanto, é essencial saber que eles podem ser ou não percebidos, ou seja, tudo depende da gravidade: hiperaguda e aguda, em que o animal apresenta sinais, e subclínica, que não apresenta sinais. Por isso é de grande importância a prevenção.

"O ideal é que os tutores vacinem os cães a partir de 6 semanas de idade com um intervalo de 2 a 4 semanas entre as doses até que completem no mínimo 12 semanas de idade, e que depois recebam uma dose a cada ano. O médico-veterinário é o único profissional que pode estabelecer o melhor protocolo vacinal para as necessidades do seu animal", diz Márcio.

Mas, se o seu pet apresentar os sinais e for diagnosticado com a doença, vale lembrar que ela tem tratamento para amenizar os sintomas. O profissional saberá decidir a melhor maneira para cuidar do seu animal.


Cuidar do pet também é cuidar da família! O médico-veterinário deixa uma dica valiosa: quando cuidamos do nosso pet, estamos cuidando também da nossa família. Isso porque, quando investimos em produtos que trazem proteção ao nosso animal, o ambiente e as pessoas que convivem com eles também ficam protegidos.


Bebês devem ser estimulados a segurar e alcançar objetos desde o nascimento, sugere estud

 

Nova abordagem contribuiu para estimular o desenvolvimento social, motor e cognitivo de recém-nascidos (fotos: divulgação)


Recém-nascidos e bebês de até três meses de idade já devem receber estímulos para manusear objetos e observar adultos desenvolvendo tarefas do dia a dia. Esse incentivo ajuda no desenvolvimento social, motor e cognitivo. É o que sugerem pesquisadores em artigo publicado na revista científica Infant Behavior & Development.

O estudo propõe que, desde o nascimento, os bebês assistam cotidianamente os adultos em suas atividades diárias, como, por exemplo, na manipulação de utensílios domésticos. Além disso, também devem ter contato frequente com objetos para que desenvolvam as habilidades de segurá-los e de estender os braços para alcançá-los.

Por meio dessas interações sociais, os bebês conseguem desde os primeiros dias de vida aprender a usar o próprio corpo de maneira funcional e a perceber as relações entre seus movimentos e as consequências no ambiente.

“Apresentamos evidências de que as atividades de imitação e manipulação neonatal estão conectadas e propomos práticas de estimulação baseadas em desenhos experimentais, nas quais os bebês devem ser posicionados de maneira favorável a observar as ações das pessoas. Isso terá impacto na forma como entendem o mundo social e a cadeia de ações possíveis nesse ambiente”, escrevem os pesquisadores no artigo Interweaving social and manipulative development in early infancy: Some direction for infant caregiving.

O trabalho teve apoio da FAPESP no âmbito de convênio com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

A pesquisadora Priscilla Ferronato, do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista (Unip), primeira autora do trabalho, afirma que o estudo estabelece ligação entre os sistemas social de imitação e o motor de ação manipulativa. “As pesquisas têm demonstrado, desde os anos 1970, que os bebês conseguem copiar expressões faciais logo que nascem. Sugerimos que eles imitam tudo, tanto as expressões como as ações motoras de manipular objetos. Ao ver o adulto usando as mãos, eles copiam e aprendem a usá-las”, disse. 

Ferronato explica que, nos primeiros três meses de vida, os bebês, em geral, não conseguem fazer sozinhos movimentos para alcançar objetos. “Os cuidadores normalmente estimulam o uso das mãos a partir do momento em que os bebês aprendem o movimento de alcançar objetos. Nossa proposta é o contrário: incentivar no período em que eles ainda não conseguem”, disse. 

No artigo, os pesquisadores fizeram uma revisão de estudos e perspectivas teóricas e apresentaram a nova abordagem como alternativa para compreender a imitação e as atividades manuais.

As sugestões estão baseadas na reprodução de cenários simples e de fácil adaptação, que replicam situações experimentais de estudos clássicos do desenvolvimento infantil.

Um dos exercícios propostos é o de colocar nas mãos da criança um objeto com textura lisa. Em seguida, acrescentar rugosidade à superfície para que ela sinta a diferença na forma de agarrar. Outra sugestão é oferecer um dedo para o bebê segurar e, quando ele conseguir, sorrir para que haja a associação do toque com o estímulo visual.

Mais uma atividade proposta é, em um ambiente com baixa luminosidade, colocar um feixe de luz (com uma lanterna ou o celular) atravessando horizontalmente o bebê na altura do peito para que ele tente controlar os braços ao buscar o feixe de luz.

“O nosso objetivo final é levar essas informações não só a professores de creche para aplicação prática, mas também aos pais, já que, geralmente, os bebês estão em casa nesse período. A maioria dos pais não tem ideia de que os bebês são capazes de aprender logo nos primeiros meses de vida”, disse Ferronato.

Na pesquisa Primeiríssima Infância – Interações: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anospublicada em 2020 pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 21% dos pais entrevistados disseram que as crianças começam a aprender a partir dos seis meses de idade, e outros 21%, de um ano em diante. Dos 58% que responderam que os bebês aprendem ainda no útero ou logo após nascer, a maioria tem ensino superior e renda mais alta.

Desenvolvendo habilidades

No Brasil, a Lei 13.257/2016 define a primeira infância como o período que abrange os primeiros seis anos completos da criança. Mas pesquisadores e entidades já utilizam o que chamam de “primeiríssima infância”, até os três anos. Nessa faixa etária estão cerca de 10 milhões de crianças no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2019.

Ainda antes desse período, os primeiros mil dias de um bebê (da gravidez até os dois anos) são considerados os mais importantes do desenvolvimento físico e mental do ser humano, podendo determinar inúmeros fatores da vida adulta. Conhecido como “intervalo de ouro”, é também marcado pela grande plasticidade cerebral, sendo muito favorável para situações de aprendizagem.

Em fevereiro, a FAPESP lançou o Centro Brasileiro para o Desenvolvimento na Primeira Infância, em parceria com a FMCSV e com sede no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo.

Entre os seus objetivos estão a realização de pesquisa na área de mensuração do desenvolvimento da primeira infância (DPI) e a integração de dados de DPI registrados por diferentes fontes, além de oferecer cursos e oficinas (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/35128/).

O artigo Interweaving social and manipulative development in early infancy: Some direction for infant caregiving, de Priscilla Ferronato, Briseida Resende Edison de Jesus Manoel, pode ser lido em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0163638321000394?via%3Dihub.

 

 

Luciana Constantino 

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/bebes-devem-ser-estimulados-a-segurar-e-alcancar-objetos-desde-o-nascimento-sugere-estudo/36439/


Acidentes domésticos: qual o papel da babá

 Cuidados básicos são importantes e profissionais bem preparados podem fazer muita diferença


Os indesejados acidentes domésticos podem acontecer e o período de férias escolas é ainda mais propício a isso, uma vez que as crianças estão mais tempo em casa. Para quem tem babá, é importante transmitir corretamente informações do que fazer se algo acontecer com os filhos, enquanto os pais estão trabalhando. A diretora da Anjely Agência e Treinamento de Babás, Bianca Guazzelli Aldworth, reforça que o mais importante é a prevenção.

“O papel da babá é agir de forma preventiva, esse o melhor a fazer. A revisão completa da casa ou apartamento é um trabalho fundamental e algo que deve ser feito de forma contínua para minimizar todos os riscos”, explica.

O atendimento a criança é responsabilidade do médico. Porém, a babá cumpre um papel importante se souber lidar em cada situação. Para isso, o indicado é que os pais busquem sempre informações com o pediatra ou médico de outra especialidade e transmitam da melhor maneira possível à babá.

“Saber como lidar em cada situação é importante. De um modo geral, é importante que a babá consiga manter a calma e saiba agir rapidamente em situações de perigo. Ela conhecer previamente o que fazer, é um diferencial importante”, completa Bianca.

A situação de engasgos com bebês e crianças pequenas exige atenção. Por conta disso, nos processos seletivos, pode ser um diferencial a babá contar com um curso de primeiros socorros. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, os objetos mais comumente aspirados são: alimentos (pipoca, nozes, amendoim, milho, feijão, salsichas e ossos ou fragmentos de ossos), peças de brinquedos, bolinhas, moedas, tampas de canetas, tachinhas, pinos, clipes de papel, unhas, parafusos, balas e bexigas (essa última, geralmente fatal). As orientações podem variar conforme a idade, havendo um procedimento para menores de 1 ano e outros tipos de cuidados para maiores de um ano. Os detalhes podem ser conferidos na página da SBP.

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/prevencao-de-acidentes/aspiracao-de-corpo-estranho/

Em virtude da importância do tema, a Anjely Agência e Treinamento de Babás promove cursos que podem ser realizados na própria casa da família. O procedimento inclui uma revisão da residência para evitar acidentes.

 


Marcelo Matusiak


O mau hálito é transmitido pelo beijo

Saiba se a halitose está relacionada com o amor


Beijar na boca é uma das melhores e mais comuns expressões do amor e da cumplicidade. No entanto, por envolver partes do corpo humano suscetíveis à propagação de doenças, é importante que os parceiros estejam atentos à saúde do outro. Um dos problemas de saúde que é muito discutido se pode ou não ser transmitido através do beijo, é com relação ao mau hálito.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Halitose, a Dra. Cláudia Gobor, “30% da população sofre com mau hálito. Isso significa que, embora o cheiro seja desagradável, é muito comum que, no decorrer da sua vida você encontre algum parceiro com essa condição”. Todavia, apesar disso, o mau hálito é uma condição extremamente desagradável tanto para o seu portador, quanto para as pessoas que convivem com o mesmo.

No que se refere ao beijo, a dentista explica que “por envolver questões ligadas às próprias bactérias já existentes na boca do indivíduo, o mau hálito não pode ser transmitido pela saliva. Ele, portanto, é somente tido quando ocorre um aumento das bactérias bucais que causam o mau cheiro, que podem sofrer esse crescimento por diversos fatores”.

É importante lembrar que o mau hálito é um forte indicador de questões essenciais da nossa saúde. Isso porque, embora uma das maiores causas seja a má higienização bucal, ele também pode estar relacionado ao estresse, problemas bucais como gengivite e periodontite e problemas sistêmicos como infecções renais e diabetes.

Para finalizar, a especialista pelo MEC em halitose alerta que “além da escovação bucal e da higiene diária necessária, o mau hálito é uma condição que tem tratamento. Por isso, atualmente não é mais necessário viver com esse tipo de desconforto. Consultar um profissional que entende do assunto, é essencial para se ter uma boa qualidade de vida”.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Presidente da Associação Brasileira de Halitose

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

Instagram: @Claudiacgobor

Facebook: @ClaudiaCGobor

Youtube: Claudia Gobor


Uso de tecnologia para controlar crises epilépticas pode reduzir número de internações hospitalares pela metade, liberando leitos durante pandemia

Com o uso da terapia de estimulação do nervo-vago (VNS), número de internações cai em até 50%, e atendimentos hospitalares necessários também diminui


Pacientes com epilepsia refratária, aqueles resistentes ao tratamento medicamentoso, permanecem internados em média 39 dias por ano, de acordo com um estudo americano de 2012, sobre o ônus de epilepsia não controlada em pacientes que requerem uma visita ao pronto-socorro ou hospitalização. Além disso, um paciente que não controla adequadamente suas crises recorre ao pronto-socorro cerca de 2 vezes mais do que um paciente que as controla e, por consequência, exige um maior número de atendimento com especialistas. Em épocas de pandemia, a liberação de leitos hospitalares torna-se crucial para o tratamento dos pacientes com Covid-19.  

 "Com a utilização da terapia de estimulação do nervo-vago, VNS, uma espécie de marca-passo para o cérebro, esse problema pode ser bastante atenuado", afirma Celso Freitas, diretor médico da LivaNova, empresa de tecnologia médica líder de mercado na área de neurologia. Segundo um estudo de 2018 (Autoestimulação no tratamento com estimulador do nervo vago: modulação da neuromodulação), com o uso da terapia VNS as internações hospitalares por crise podem ser reduzidas em até 50%, e o número de pronto-atendimentos em até 75%.

 No Brasil estima-se que cerca de 600 pacientes teriam indicação para o uso da tecnologia no SUS. Segundo dossiê da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), que recomenda a incorporação da terapia VNS no SUS, a incorporação desta tecnologia no SUS poderia representar uma redução significativa do número de internações de pacientes. Desta forma seria possível remanejar orçamentos e recursos que hoje são gastos no gerenciamento das crises desses pacientes, liberando mais de 12 mil leitos hospitalares/ano. Em épocas de pandemia, quando quase todos os hospitais do Brasil estão com ocupação máxima, esta liberação torna-se fundamental", afirma Celso Freitas.

A fisioterapeuta Mary Ellen Mac fadden Moraes conta que seu filho Arthur, de apenas 5 anos, ficava praticamente internado o ano inteiro no hospital antes de implantar a terapia VNS. "Ele tinha mais de 100 convulsões seríssimas diariamente. Depois de implantar o VNS, no final de 2018, não teve mais que ser internado por conta da epilepsia. Nossa vida mudou completamente", diz ela.


Terapia VNS - Como funciona:

A Terapia VNS usa um gerador, um pequeno aparelho médico como um marca-passo, que através de um condutor envia minúsculos impulsos elétricos ao eletrodo ligado ao nervo vago esquerdo situado no pescoço, ajudando a prevenir as irregularidades elétricas que causam as crises. O nervo vago é um grande elo de comunicação entre o corpo e o cérebro, responsável por enviar impulsos às partes do cérebro.   

Procedimento de implante da Terapia VNS: 

•  O procedimento da Terapia VNS não envolve cirurgia cerebral.

•  A cirurgia, rápida e simples, geralmente é realizada sob anestesia geral que pode requerer uma curta estadia no hospital.

•  Através de uma pequena incisão o gerador de pulso é implantado sob a pele abaixo da clavícula esquerda ou próximo da axila esquerda.

•  Uma segunda incisão pequena é efetuada no pescoço para fixar dois pequenos eletrodos ao nervo vago esquerdo. Os eletrodos são ligados ao gerador por um condutor sob a pele.

•  Após a cirurgia, além das duas pequenas cicatrizes devido às incisões, quase não se pode notar o gerador que apresenta apenas uma leve elevação na pele do peito onde foi implantado.

Em adição à estimulação intermitente programada é fornecido um ímã aos pacientes, o qual permite aos pacientes ou cuidadores realizarem estimulações magnéticas sob demanda ao perceberem o início de uma crise. Por meio da estimulação sob demanda é possível parar ou diminuir a gravidade das crises epilépticas. A estimulação magnética sob demanda é um benefício único da terapia de eletroestimulação do nervo vago que oferece mais qualidade de vida aos pacientes e suas famílias.

 

A Epilepsia            

A epilepsia é uma condição neurológica com incidência em torno de 1 a 2% da população. De acordo com a OMS, aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, o que posiciona a epilepsia como uma das doenças neurológicas crônicas mais comuns no planeta. No Brasil, as estimativas variam de 2 a 3 milhões de pessoas. Ela ocorre quando o cérebro não funciona corretamente e um grupamento de células cerebrais (neurônios) se comporta de maneira hiperexcitável.                                     

Atualmente existem três opções de tratamento para a doença: a química (medicamentos e/ou dieta), a cirurgia ressectiva e a neuromodulação (terapia VNS). A maioria dos pacientes com epilepsia recebe o tratamento medicamentoso e quando este é feito corretamente 70% tem boa resposta, podendo até viver sem crises. Os casos com indicação cirúrgica são restritos, ocorrendo somente quando a região cerebral responsável pelas crises é bem definida e sua remoção não trará consequências ao paciente. No entanto, 20 a 30% dos pacientes refratários não evoluem bem ou não são candidatos à cirurgia.  Para estes, o tratamento disponível é a neuromodulação.  Dentro deste tipo de tratamento o estimulador do nervo vago (terapia VNS) foi o primeiro a ser aprovado pelo FDA em 1997, e no Brasil em 2000.



LivaNova

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Mitos e verdades sobre os danos que a Covid-19 pode causar ao olfato e palada

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Especialista do Hospital Paulista destaca que, ao contrário do que se imagina, é possível recuperar olfato mesmo após muito tempo da perda

 

Apesar de a pandemia já perdurar por quase dois anos, a Covid-19 ainda é uma doença relativamente nova, que, diariamente, desafia a ciência e a medicina com questões que surgem cada vez que aparece uma nova variante do vírus.

Para ajudar a sanar algumas dúvidas sobre os problemas que a doença pode causar ao olfato, paladar e sistema respiratório, o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, respondeu a algumas questões que ajudam a desvendar mitos e verdades sobre a Covid-19, associados a doenças tratáveis na especialidade de Otorrinolaringologia.


1 - Há alguns dias eu não sinto gosto e nem cheiro de nada. Estou com Coronavírus?

Mito. No atual momento, a possibilidade não deve ser descartada, porém a dificuldade em sentir cheiros não é uma exclusividade da Covid-19. É comum que, em doenças como H1N1, rinites, pólipos e desvios de septo, as pessoas apresentem a falta de olfato como um de seus sintomas. "Para se ter um diagnóstico correto, é indicado que, ao apresentar este ou mais sintomas, o paciente procure um hospital", orienta o especialista.


2 - As chances de desenvolver quadros respiratórios graves são maiores para idosos que contraem a infecção pelo Coronavírus?

Verdade. Por fazerem parte do grupo de risco à doença, os idosos têm maior probabilidade de apresentar quadros mais graves. Por esse motivo, a imunização contra o vírus é imprescindível para estas pessoas, que tendem a ter a saúde mais vulnerável nesta fase da vida. No entanto, não podemos deixar de mencionar que, desde o surgimento da doença, cada vez mais pessoas jovens têm tido o quadro agravado pela doença e até perdido suas vidas para o vírus.


3 - Perdi meu olfato e paladar há mais de 15 dias. Não vou mais recuperá-los?

Mito. Ninguém pode afirmar que o olfato não pode ser recuperado. Atualmente, existem tratamentos intensos capazes de devolver o olfato em até 6 meses. A recuperação pode ser feita em até dois anos após a percepção do dano.

Segundo o médico, apenas 1,4 % dos casos são irreversíveis


4 - Fazer gargarejo com vinagre ou água salgada ajuda na prevenção?

Mito. A forma de prevenir a doença é evitando o contato com o nariz, a boca e os olhos. Por esse motivo, as mãos também devem estar sempre higienizadas. Um estudo de 2015 da Universidade de Medicina da Austrália apontou que, por hora, uma pessoa toca no rosto cerca de 23 vezes e 44% destes contatos envolvem membranas mucosas presentes nos órgãos. O uso correto da máscara também evita o contato e a transmissão do vírus.


5 - Usar descongestionantes nasais pode ajudar a recuperar o olfato?

Mito. Descongestionantes nasais melhoram a recuperação do olfato de forma parcial. O uso indiscriminado destes medicamentos, por um período superior a 7 ou 10 dias, pode provocar lesões na mucosa, gerando dependência e riscos cardiovasculares, como taquicardia e angina.


6 - Pessoas que sofrem de "ites" têm mais chance de contrair o Coronavírus?

Verdade. Pacientes que têm algum tipo obstrução nasal, coceira e coriza tendem a levar as mãos ao nariz muito mais vezes, provocando maior contato com o vírus. Isso acontece por ser um reflexo involuntário.


7 - Peguei Covid-19, não sinto gosto e cheiro de nada. Posso tratar sozinho as sequelas?

Mito. Caso a perda de olfato seja de 15 dias ou mais, ela deve ser tratada com medicações específicas, capazes de evitar sequelas mais graves. Procure um otorrinolaringologista.


8 - A máscara é prejudicial para quem sofre de "ites"?

Mito. A máscara não tem capacidade de piorar a rinite. O que acontece é que pessoas em crise de rinite podem ter dificuldades para usar a máscara. Por isso, a doença deve ser acompanhada por um especialista, para que seja tratada ou ao menos controlada.


9 - Espirro é um sintoma de Covid? Devo segurá-lo perto de uma pessoa para evitar disseminar a doença?

Mito. Os espirros não necessariamente representam a existência da Covid-19, eles estão presentes em gripes, resfriados e alergias, causadas por diversos motivos. Segurar o espirro também não é recomendado. A melhor forma de evitar a disseminação do vírus é utilizando máscaras.


10 - O ibuprofeno pode ser utilizado no alívio dos sintomas da gripe causada pelo Coronavírus?

Mito. O anti-inflamatório ibuprofeno está em investigação e, no momento, não é recomendado. "Além disso, a automedicação deve ser terminantemente evitada. Seja para a Covid-19 ou quaisquer outras patologias. O indicado, sempre que apresentar um sintoma que possa estar relacionado à alguma doença, é procurar um médico para análise e orientação correta dos medicamentos, de acordo com o que estiver sentindo", finaliza o otorrinolaringologista.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


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