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sábado, 29 de agosto de 2020

Dia Nacional de Combate ao Fumo: saiba quais são os malefícios do tabaco à saúde bucal

O consumo contínuo da substância também aumenta as chances de desenvolver formas mais graves de covid-19

 

No dia 29 de agosto, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabaco influencia diretamente na saúde bucal, estando algumas lesões associadas ao seu consumo e outras a alterações sistêmicas. A pandemia de covid-19 acendeu novo alerta sobre os malefícios do tabaco, já que o consumo de cigarros cresceu durante o isolamento social, segundo dados de pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – cerca de 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados. Ao mesmo tempo, as possibilidades de tratamento bucal estão limitadas neste período, o que reforça a necessidade de conscientizar a população acerca dos riscos envolvidos no uso da substância.

Estomatite nicotínica, pigmentação das mucosas pelo tabaco e o câncer de boca são algumas das doenças associadas diretamente ao consumo do tabaco. O tempo de uso e a frequência são determinantes no desenvolvimento destas lesões, principalmente no caso do câncer de boca. “A estomatite nicotínica se apresenta como uma placa única e difusa, com áreas avermelhadas e localizada no céu da boca, tendo sua origem relacionada ao calor produzido pelo uso do tabaco. Tal alteração é totalmente reversível, bastando cessar o hábito de fumar”, destaca Fábio de Abreu Alves, presidente da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Já as pigmentações pelo uso do tabaco, um dos principais fatores estéticos, são encontradas geralmente na gengiva e levam mais tempo para sumir, geralmente em até três anos após cessar o uso contínuo da substância.  

O tabaco também está relacionado ao mau hálito e à pigmentação amarelada dos dentes, ocasionados principalmente pelo alcatrão presente no cigarro. Outro problema frequente nos pacientes tabagistas é a doença periodontal, caracterizada por alterações das gengivas, o que os torna mais suscetíveis a perdas dentárias.

“O fumo acelera a evolução da doença periodontal, pois também diminui a resposta imunológica do paciente”, acrescenta Benedicto Bassit, presidente da Câmara Técnica de Periodontia do CROSP.


Os perigos do narguilé e do cigarro eletrônico

Mas os cigarros tradicionais estão longe de serem os únicos vilões dessa história. Estudos preliminares apontam que o uso contínuo do narguilé pode causar câncer de boca e de lábio em jovens.

Já os cigarros eletrônicos ou vaporizadores, cada vez mais populares, embora não apresentem a maioria dos elementos químicos de um cigarro convencional, também oferecem riscos de câncer e outros males. De acordo com os especialistas da CT de Estomatologia do CROSP, os líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos, uma vez aquecidos, se transformam em substâncias cancerígenas associadas ao câncer de pulmão. Além disso, pesquisas também têm investigado uma nova doença pulmonar relacionada ao consumo desses dispositivos, que pode causar sintomas como dificuldades para respirar, dor no peito, febre, tosse e vômito.


O tabaco e a covid-19

Com a limitação das possibilidades de atendimento odontológico, por conta da pandemia, a situação se torna ainda mais complicada para o fumante. “Mesmo no caso de pacientes não fumantes, a falta de acompanhamento profissional pode levar à diminuição na qualidade dos cuidados bucais e aumento de cárie e doença periodontal, principalmente. Quando o paciente é fumante, a situação sempre pode ser mais complicada. A única maneira de diminuir de fato o impacto do fumo na saúde bucal é parar de fumar. Mas uma higiene bucal muito criteriosa pode amenizar um pouco os efeitos do manchamento dental”, afirma Marcelo Cavenague, secretário da CT de Periodontia do CROSP.  

A frequência e duração do uso do tabaco podem trazer consequências não só para os pulmões ou a cavidade oral, mas também pode aumentar o risco do indivíduo desenvolver infecções virais, como, por exemplo, a covid-19.

“Essas pessoas acabam possuindo um comprometimento maior do seu sistema respiratório e, por conta disso, o fumante apresenta maior chance de desenvolver sintomas graves do coronavírus. O melhor tratamento ainda continua sendo a prevenção, conscientizando a população e tomando medidas para desestimular o uso do tabaco”, frisa Alves.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Tabagismo ocasiona problemas circulatórios e em alguns casos a amputação de membros

Tabaco provoca inflamações que podem causar obstrução na luz das artérias


Em 29 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi criada com o objetivo de conscientizar as pessoas a respeito dos riscos da prática. Um dos problemas mais comuns que o tabagismo pode causar é a tromboangeíte obliterante. Trata-se de uma doença vascular, que leva à obstrução total das artérias, principalmente nas pernas – do joelho para baixo – e mãos.

A formação de trombos é causada pela diminuição gradativa da luz no interior desses vasos sanguíneos. “O tabagismo é o principal fator de risco dessa doença. Acredita-se que o cigarro causa uma inflamação das artérias mais finas das pernas e dos braços”, explica o cirurgião vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e diretor da clínica Vascularline, Dr. Rodrigo Bruno Biagioni.

A carga tabágica – nível de tabaco no organismo, devido à quantidade de cigarros consumidos por dia – é grande influenciadora na gravidade da doença: quanto maior a carga, mais aguda a enfermidade pode ficar. Doenças pré-existentes, como o colesterol alto, diabetes e hipertensão podem intensificar ainda mais o problema.

Dores na panturrilha é o primeiro sinal da doença, que podem dificultar a mobilidade. “O quadro típico é que, sempre numa mesma distância, os pacientes sentem uma dor muito forte que impossibilita de continuar caminhando. Chamamos essa dor de claudicação intermitente. Após isso, rapidamente a doença evolui para lesões necróticas nos pés ou mãos, podendo, ou não, levar a amputações”, ilustra Dr. Biagioni. A pessoa acometida pode apresentar mãos e pés arroxeados e frequentemente frios, de modo que, durante o contato com a água gelada, fiquem pálidos e doloridos.

O especialista explica que 94% das pessoas com Tromboangeíte obliterante, quando deixam de lado o consumo de cigarro, conseguem evitar uma amputação. A baixa na carga tabágica permite que a circulação sanguínea volte ao seu estado normal nas pernas e braços, propiciando a regressão da doença. Mas, somente a avaliação de um angiologista ou cirurgião vascular poderá definir o melhor tratamento.

Medicamentos e adesivos podem ser de grande valia no processo de cessação do tabagismo, uma vez que, a partir do momento que a doença é diagnosticada, é necessário agir rapidamente. Pois, o surgimento de lesões tem potencial de deixar graves sequelas e, inclusive, levar à perda de membros.

Entretanto, é importante que o paciente faça um acompanhamento multidisciplinar, com um psicólogo ou psiquiatra, para que o processo de deixar o vício seja mais brando.

 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)

29 de agosto - Dia Nacional de Combate ao Fumo

Fumar é fator de risco para o novo coronavírus, explica especialista

 

O hábito de fumar está cada vez menos comum na população brasileira. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde de 2019, 9,3% dos brasileiros afirmavam ser fumantes em 2018 contra 15,6% em 2006. Nos últimos 13 anos, a quantidade de fumantes no país caiu 40%. O dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data de mobilização e alerta a respeito dos danos causados pelo hábito de fumar.

Os dados são positivos e a queda do consumo de tabaco no Brasil continua sendo tendência. Porém, em tempos de pandemia do novo coronavírus, o cigarro é um fator que gera preocupação. Os fumantes têm maiores riscos de complicações se infectados com a Covid-19, como maior chance de mortalidade, maior taxa de internação em UTI e consequentemente maior risco de intubação.

Apesar da queda no consumo de tabaco por parte dos adultos, há uma outra questão que necessita de atenção. O consumo de cigarros eletrônicos pelos jovens vem crescendo nos últimos anos, e é grande fator de risco para o novo coronavírus. Segundo um estudo recente da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, jovens que usam aparelhos eletrônicos para fumar, como os vaporizadores, têm até sete vezes mais risco de pegar Covid-19. O estudo aponta que a vaporização compromete o sistema respiratório e a imunidade. Dentre os pesquisados, aqueles que fumaram nos últimos 30 dias apresentaram tosse, febre, cansaço e dificuldade para respirar.

O cigarro é o principal fator de risco para câncer de pulmão e também implica no aumento da incidência de outros tipos de neoplasia, como tumores de bexiga, pâncreas, cabeça e pescoço e esôfago. "O tabagismo é fator de risco para inúmeras doenças e complicações cardiovasculares. É muito importante que o tabagista pare de fumar o quanto antes. A longo prazo, uma pessoa que abandona o tabaco vai diminuindo as chances de contrair essas doenças e, entre 20 e 30 anos, o risco do câncer de pulmão é próximo ao de uma pessoa que nunca fumou", explica o Dr. Carlos Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Em muitos casos, apenas a força de vontade do paciente em parar de fumar não é o suficiente. "No Hospital nós temos uma equipe médica multidisciplinar que fornece todo auxílio e suporte para quem deseja abandonar o vício do cigarro. Um paciente que está sem fumar há cinco anos já terá grande impacto positivo na função cardiorrespiratória e condicionamento físico", explica o especialista.

Em tempos de pandemia, muitas pessoas deixam de procurar ajuda médica por receio de contrair o coronavírus. Dessa forma, é importante ressaltar que o Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz está preparado e equipado com todos os recursos necessários para o tratamento desses pacientes com segurança. "Quanto mais tempo um paciente levar para procurar tratamento e cessar o consumo do tabaco, maiores são as chances de desenvolvimento de doenças. Em cerca de seis meses de acompanhamento médico, o paciente já pode apresentar grande evolução", diz o médico.

Nos mínimos sinais de sintomas, como tosse seca com sangue, falta de ar e emagrecimento repentino, a instrução é que o paciente procure ajuda médica imediatamente. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece diversos tratamentos individualizados a partir da necessidade de cada paciente, além de recursos como exames de rastreamento de câncer de pulmão, que ajuda no tratamento precoce e maiores chances de solução da doença.

 



Hospital Alemão Oswaldo Cruz

http://www.hospitaloswaldocruz.org.br/


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Setembro Amarelo: bons hábitos alimentares podem ajudar na prevenção ao suicídio

Andrezza Botelho, nutricionista, explica a relação que existe entre nutrição e saúde mental


 

A frase “você é o que você come” pode parecer irreal para alguns, clichê para outros. Mas ela é verdadeira, inclusive com relação à saúde mental. Nossos hábitos alimentares podem contribuir para na prevenção ou no desenvolvimento de quadros de depressão, doença que é responsável por muitos casos de suicídio ao redor do planeta. Andrezza Botelho, nutricionista e especializada em Transtornos Alimentares, alerta para abordar o assunto especialmente neste mês de Setembro, quando se fala em prevenção ao suicídio.

 

“A nutrição tem um papel tão importante no andamento da saúde mental que já existe uma área de estudo chamada Psiquiatria Nutricional, ainda pouco explorada no Brasil. Ela busca explicar as relações - já evidenciadas em estudos - entre alimentação e saúde mental. A certeza é uma só: o que comemos de fato atua diretamente na saúde do nosso cérebro e é por isso que os nutricionistas devem se atentar ao quadro geral do paciente”, explica Andrezza.

 

O primeiro passo para uma nutrição que seja aliada à boa saúde mental é diminuir (se não abdicar totalmente) os alimentos industrializados. “Descascar mais e desembalar menos”, como dizem os estudiosos. O número de conservantes e outras substâncias químicas presentes em determinados alimentos contribuem para o aumento da inflamação no organismo, o que pode levar ao agravamento de um quadro depressivo. “Investir no consumo de verduras, legumes - sempre que possível crus - ajudam a manter em dia os índices de vitaminas e sais minerais que são fundamentais para a saúde da mente. Além disso, alimentos ricos em triptofano, ajudam na produção da serotonina, o hormônio que atua regulando o sono, o humor. Cereais, peixes (salmão, sardinha e tilápia), além do arroz integral são alguns dos alimentos que podem ser inseridos na dieta de quem quer cuidar da mente”, diz Andrezza.

 

É preciso se atentar também aos pacientes que apresentam quadros de anorexia ou bulimia pois estes são portas de entrada para outros transtornos psiquiátricos que, quando não cuidados, podem evoluir para o suicídio. “Nutricionistas não só podem como DEVEM aconselhar seus pacientes a buscarem tratamento com profissionais da saúde mental - sejam eles psiquiatras ou psicólogos - quando percebem que eles precisam de ajuda. Muitos ainda carregam certo preconceito e consideram uma ‘fraqueza’ pedir ajuda quando na verdade é o contrário: é preciso ser muito forte para admitir o problema e procurar um profissional. E não há nada de errado nisso, pelo contrário: é sinal de amor não só a si, mas a quem está ao redor do paciente”, completa Andrezza, que atende em São Paulo e faz parte de equipes multidisciplinares no cuidado de pacientes que evoluem para quadros depressivos.

 

A profissional destaca que aqueles que sentem vergonha de pedir ajuda podem ligar anonimamente para buscar o CVV, Centro de Valorização à Vida, serviço especializado no atendimento de pacientes que precisam de cuidado com a saúde mental.

 





 

Andrezza Botelho - Formada em nutrição e especializada em Transtornos Alimentares pela Unifesp, Andrezza Botelho coordena uma clínica multidisciplinar que leva seu nome em São Paulo, na Vila Mariana. Ao lado de outros profissionais da saúde, Andrezza segue o conceito da “Nutrição Inteligente”, que foca na educação alimentar personalizada de cada paciente. Além disso, é palestrantes e consultora em nutrição de grandes corporações.

Instagram: @drandrezzabotelho



Nova carne vegetal traz ingredientes saudáveis, temperos naturais e praticidade

 Nutritivo e rico em proteínas, produto é voltado ao público que deseja reduzir ou eliminar o consumo de alimentos de origem animal


O consumo de carne animal vem se tornando menos popular entre os brasileiros. Segundo levantamento do Google, 57% da população quer reduzir o consumo de carne pelo menos uma vez na semana. E, de acordo com o Ibope Inteligência, a população vegetariana no País cresceu cerca de 75% em seis anos. Pensando no público que quer eliminar ou reduzir o consumo de carne animal e optar por uma alimentação mais saudável, a Jasmine Alimentos irá lançar no dia 18 de agosto o novo Vegetal Burger, que reúne ingredientes nutritivos e praticidade para o dia a dia.

Sem adição de ingredientes de origem animal, o produto é o resultado da combinação de soja não transgênica com aveia, linhaça dourada e quinoa, que formam um mix de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do intestino, contribuindo para o equilíbrio e a saúde do corpo. Rico em fibras, o Vegetal Burger também é rico em proteínas, contendo 27g de proteína em cada porção de 80g, sem colesterol e zero gordura trans.

Com selo vegan, o produto traz tempero caseiro, com cebola, alho e sal light, nas opções original e com ervas, sem uso de aromas artificiais. De forma prática, a carne vegetal deve ser misturada com um copo de água, modelada e em seguida está pronta para cocção. O Vegetal Burger pode ser usado para preparar hambúrgueres, almôndegas e quibes, por exemplo. Outro diferencial do produto é o fato de não precisar ser conservado na geladeira, o que garante mais praticidade no dia a dia.

Segundo o diretor de inovação e transformação da Jasmine Alimentos, Rodolfo Tornesi Lourenço, a empresa, que é vegana desde a criação, aposta em produtos voltados ao público que busca um estilo de vida cada vez mais saudável. “É uma tendência que está crescendo muito rápido. As pessoas estão mais preocupadas com a saúde e precisam ter à disposição produtos que atendam esta demanda, com praticidade e eficiência. Por já vir temperado, não precisar ser conservado em ambiente frio e só precisar da adição de um copo de água, o Vegetal Burger é uma ótima opção para quem possui uma rotina agitada e não quer abrir mão da alimentação saudável”, explica.  

Segundo a Mordor Intelligence, empresa especializada em pesquisas e consultoria de marketing, o mercado de substitutos de carne na América Latina deve valorizar cerca de US$ 328 milhões até 2025.


Você sabe por que fica nervoso quando está com fome?!

Em comemoração ao dia do Nutricionista, o time de nutrição do Esporte Clube Pinheiros desvenda este questionamento - Aprenda com a nutricionista dos atletas


Dia 31 de Agosto é comemorado o Dia do Nutricionista. A data foi criada em 1949 pela antiga Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN). Substituída, anos depois, para Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), órgão atual. A cada dia, mais pessoas estão se comprometendo com a sua saúde física e seu bem estar. O termo- qualidade de vida- cresceu 73% na busca pelo Google de 2018 para 2019, segundo o Google Trends. O profissional que está habilitado para verificar, acompanhar e direcionar nessa rotina equilibrada é o Nutricionista, certificando que a nossa alimentação e o nosso físico estejam alinhados e saudáveis.

O consumo de alimentos variados como cereais, grãos, frutas, verduras, leguminosas auxiliam também no humor. Tudo o que ingerimos vira um combustível para o nosso corpo, e quando estamos com fome precisamos repor essa necessidade energética. Nosso cérebro utiliza cerca de 20% das nossas calorias, e nesta situação de "abstinência" de alimentos, não consegue regular a raiva. E é aí que vem aquele típico mau humor.

Para a Nutricionista Renata David Kitade médica que coordena a equipe de Nutricionistas no Esporte Clube Pinheiros, "Nossa alimentação está ligada diretamente às nossas emoções, o ato de comer está associado ao bem estar, à felicidade e à satisfação. Quando restringimos a nossa alimentação ou começamos uma dessas dietas restritivas, perde-se o prazer em comer inclusive pela sua monotonia.

Pensando nisso, a Coordenadora da nutrição do Esporte Clube Pinheiros , Doutora Renata Kitade, elaborou algumas dicas para o seu dia a dia:

1. A alimentação saudável auxilia no controle do seu humor e ela não precisa ser ruim: abuse dos temperos

A dieta extremamente restritiva pode interferir no humor e todos os outros comportamentos relacionados às emoções. O nosso cérebro demanda de um fornecimento de energia contínuo. A dieta correta é aquela baseada em alimentos de verdade, ou seja, um prato de comida básico e colorido no qual distribuímos todos os nutrientes necessários ao nosso bem estar. Alimentos que não podem faltar para garantir o bom humor: carboidratos, proteínas, gorduras boas, alimentos fontes de vitaminas (B3, B6 B9, B12, C) e minerais (zinco, magnésio, ferro, cobre, manganês).

Todos eles são necessários para a fabricação do neurotransmissor relacionado ao humor, ao bem estar e ao prazer: a SEROTONINA, que sem dúvida está diretamente relacionada a uma alimentação adequada e nutritiva. Assim garantimos o bom humor e a vontade de viver. É possível encontrar esses nutrientes em alimentos, como: cereais integrais, frutas, grãos, legumes,verduras, leguminosas, entre outros.

2. Exercício físico está liberado na transformação alimentar

Quando praticamos atividade física, temos o aumento da necessidade energética ou seja, quando estamos mais sedentários, nosso gasto energético é menor. Então sentimos mais apetite na medida que o nosso metabolismo queima mais energia. Os atletas necessitam de uma ingestão de carboidratos maior que os não atletas, as necessidades devem ser adequadas individualmente para garantir o peso saudável e a manutenção ou ganho de massa muscular. O nutricionista consegue traçar o seu plano alimentar de acordo com o seu objetivo traçado. Por isso é sempre bom um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar com nutricionistas, preparadores físicos, endocrinologistas, etc.

3. Tá com sede?! A famosa música de carnaval tem razão ao anunciar a água mineral

O consumo de ÁGUA é fundamental para a manutenção da saúde e no caso de exercício físico, importantíssimo para o desempenho físico. O organismo é composto por dois terços de água, portanto a distribuição e o consumo de água são vitais para o equilíbrio hormonal, por exemplo, eliminando toxinas (produtos não aproveitados), mantendo as células em bom funcionamento e fornecendo nutrientes aos órgãos. A desidratação é o caminho certo para favorecer o ganho de peso. Alguns dos sintomas de desidratação: muita sede, boca seca, urinar e suar menos que o normal, urina de cor mais escura, fugindo ao habitual, cansaço e fadiga.

É preciso beber pelo menos de seis a oito copos de água por dia. E quando existe uma frequência de exercícios regular, esse consumo deve ser ainda maior, estipulado em função da sudorese ou peso perdido após os treinos ou competições, no caso dos atletas. Nestes casos também existe a recomendação de bebidas esportivas para garantir a adequada recuperação do atleta.

4. Tenha uma rotina alimentar

Quando temos uma rotina alimentar conseguimos ficar mais calmos e mais focados nas tarefas do dia-a-dia, procurando menos alimentos chamados de "Confort Food". São alimentos com alto teor calórico (geralmente mais ricos em carboidratos) e pobres em proteínas. Quando não nos alimentamos bem temos a tendência de querer comer fora de hora. É justamente neste contexto que acabam aparecendo os consumos excessivos e inadequados. A fome, em horários impróprios, desregula a rotina e isso se torna um círculo vicioso. Vale ressaltar que podem ser desenvolvidos transtornos alimentares quando não se tem uma rotina alimentar adequada, dificultando o controle do impulso e favorecendo o desequilíbrio, para mais ou para menos.


ECP- Esporte Clube Pinheiros

 http://www.ecp.org.br

Fake News sobre Alimentos: como lidar com informações duvidosas?


Durante toda a história de todos os tipos de transmissão de informações, as manchetes atraentes e intrigantes sempre constituíram uma forma de reter a atenção do público. Notícias falsas podem prejudicar o receptor de diversas maneiras, principalmente quando se trata de informações na área de ciência da saúde, uma vez que afetam uma questão sensível e muito íntima, que é a própria saúde do indivíduo.

Em sites de redes sociais, o alcance e os efeitos da disseminação da informação são significativamente amplificados e ocorrem em um ritmo tão rápido, que informações distorcidas, imprecisas ou falsas adquirem um tremendo potencial para causar impactos reais, em minutos, para milhões de usuários.

É importante salientar que as pessoas não confiam completamente nas informações na Internet, mas ainda é difícil ficar livre de sua influência. Isso quer dizer que muitas pessoas, através de seu senso crítico, tendem a considerar as informações on-line duvidosas e pouco confiáveis, mas a maioria delas ainda é influenciado. Essa influência é ainda maior se a pessoa já teve, anteriormente, contato com a suposta informação.  A familiaridade desempenha um papel importante na crença sobre notícias falsas, e a repetição facilita o processamento rápido e fluente, o que implica que a afirmação repetida se torna “verdadeira”

Como então podemos nos tornar mais críticos e sermos menos influenciados por notícias que podem prejudicar nossa saúde?

Elaboramos aqui algumas sugestões:

·         Buscar profissionais referências no assunto: verificar a formação, área de atuação e experiência de quem escreveu sobre o assunto. Se possível, contatar o profissional.  (isso o Bem Estar faz muito bem)

·         Consultar conselhos de classe, como o conselho de medicina ou de nutrição, por exemplo

·         Procurar textos de diretrizes e consensos, como por exemplo alguma Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Normalmente as diretrizes e consensos se baseiam na análise de diversos estudos sobre o tema abordado.

·         Buscar orientações propostas por órgãos como ANVISA e Ministério da Saúde, que também são elaboradas após análise de várias pesquisas.

·         Desconfiar quando a notícia tem um forte apelo emocional, com uma descrição de caso, por exemplo (ex. essa dieta mudou minha vida!)

·         Estar ciente de que os navegadores de internet que existem ferramentas da web que bloqueiam informações com as quais o usuário discorda e exibem notícias de acordo com suas crenças. Tudo isso é baseado em algoritmos que possuem informações sobre o usuário, como localização, comportamento, cliques passados, histórico de pesquisa (você já entrou em um shopping e recebeu uma mensagem de promoção de uma loja?). E aí entram informações com apelo emocional, econômico, moral e não científico. 

O profissional nutricionista é um profissional multifacetado e com várias e importantes inserções em diferentes ambientes e locais de trabalho. É o profissional mais competente para falar sobre alimento em qualquer aspecto.

Na área de produção de alimentos é vital a presença do profissional. Seu papel neste segmento compreende desde o desenvolvimento de produtos (no caso da indústria) até a adequação de portfólio com ajustes às necessidades do consumidor e às recomendações de ANVISA. Ser responsável técnico em uma empresa do ramo alimentício implica em não somente cuidar do produto, mas também desenvolver manuais de procedimento internos de qualidade e até mesmo produzir documentos de validação de segurança e qualidade de produto. Dentro deste mesmo segmento é possível ser responsável pelo departamento regulatório e assim discutir e implementar registros em nível nacional, com impacto na saúde da população.

Nas áreas de produção e varejo é também comum encontrar o nutricionista na função de speaker, atuando em comunicação e marketing. Aqui, seu papel principal é comunicar com responsabilidade e ética as características dos alimentos e também sua segurança e adequação de consumo. A comunicação responsável evita a propagação de fake news em alimentação e saúde, e desmistifica riscos inadequadamente associados ao consumo de alguns grupos alimentares específicos, transmitindo segurança aos produtores, ao comerciante e ao consumidor.

 

 


Lara Natacci – nutricionista, mestre e doutora pela Faculdade de Medicina da USP. Pós doutoranda pela Faculdade de Saúde Pública da USP, departamento de Nutrição. Certificada em Coaching de Saúde e Bem Estar pela Wellcoaches e American College of Sports and Medicine. Fez especialização em Transtornos Alimentares na Universidade de Paris V, em Bases Fisiológicas da Nutrição no Esporte pela UNIFESP e em Nutrição Clínica Funcional pela UNIB. Membro da comissão de Comunicação da SBAN. Diretora Clínica da Dietnet Nutrição, Saúde e Bem Estar. Autora de 6 livros e 8 e-books de nutrição.

 

 

Vanderli Marchiori – nutricionista, especialista em Fitoterapia e com larga experiência em atendimento de pacientes com alergias. Realiza frequentemente palestras , cursos e atendimentos individuais e atua na docência e coordenação de cursos de Pós Graduação em Nutrição Funcional e Fitoterapia. Longa participação em Entidades: APAN, CRN , ABNE e atualmente APFIT. Pioneira em estudos de fitoterapia no Brasil, stakeholder da regulamentação do uso de plantas por nutricionistas. Fundadora da APFIT (Associação Paulista de Fitoterapia) e conselheira da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva. Idealizadora do CEFITOS (Centro de Estudos em Fitoterapia e Saúde).


Confira dicas para manter uma alimentação saudável sem gastar muito



Com as incertezas econômicas e o aumento dos preços dos alimentos, manter uma dieta saudável parece desafiador. Muitas pessoas acham que alimentos nutritivos são alimentos caros e, por isso, optam por produtos altamente processados, que oferecem menos nutrientes e geralmente contêm maiores quantidades de sal, açúcar e gordura.

Para celebrar o Dia do Nutricionista, comemorado em 31 de agosto, a nutricionista e educadora Susan Bowerman, Diretora de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition, mostra que uma alimentação saudável é possível mesmo com o orçamento apertado. Basta aprender a escolher opções deliciosas e nutritivas para criar refeições que saciam e também alimentam adequadamente. Confira abaixo as dicas:

 

Planeje com antecedência

O planejamento é a chave para seguir o orçamento nas compras. Faça uma lista semanal e priorize os alimentos ricos em nutrientes, como vegetais e frutas frescas ou congeladas, proteínas magras e grãos integrais. Procure pular itens altamente processados ​​e salgadinhos, que custam caro em relação ao seu valor nutricional. Em vez disso, compre os ingredientes para fazer lanches saudáveis ​​e prepare porções individuais com antecedência para desfrutar durante a semana.

 

Aposte nos grãos!

Feijões, lentilhas e outras leguminosas possuem proteínas e fibras, saciam e também fornecem minerais importantes, como ferro e zinco. Os grãos secos são mais baratos do que os enlatados e podem ser comprados a granel em algumas lojas e supermercados. Prolongue o uso e economize tempo preparando um pacote inteiro do grão desejado, depois, adicione-o a sopas, ensopados e saladas durante a semana.

 

Proteínas diversas

A proteína é essencial para uma dieta saudável e equilibrada. À medida que os preços da carne aumentam, considere opções mais acessíveis, como coxas ou sobrecoxa de frango, atum ou sardinha enlatados ou proteínas vegetais, como tofu. Outras proteínas saudáveis ​​são ovos e laticínios, como o queijo cottage e o iogurte com baixo teor de gordura. Uma refeição rápida com alto teor proteico é o smoothie preparado com leite, suplemento de proteínas e frutas, que oferece proteína suficiente para matar a fome e pode ser consumido em casa ou carregado para onde for. Para deixá-lo ainda mais atraente para as crianças, prepare seu smoothie com leite e, em seguida, despeje-o em formas de picolé. É uma opção rica em cálcio e proteínas que todos podem desfrutar.

 

Aprenda novas receitas

Comer dentro do orçamento não precisa ser monótono. Existem inúmeros recursos online que fornecem receitas deliciosas que também atendem aos objetivos de saúde e nutrição.

 

Saiba usar congelados e enlatados

Os congelados são bastante procurados, pois os consumidores estão em busca de alimentos básicos acessíveis e duradouros. E a boa notícia é que frutas e vegetais congelados retêm as mesmas propriedades nutricionais dos frescos porque são congelados no pico de maturação e processados ​​logo após a colheita.

De grão-de-bico a atum enlatado, os corredores dos supermercados estão repletos de alimentos enlatados , que são duradouros e podem ajudar na hora da fome. Procure por versões com baixo teor de sódio. O tomate em lata, por exemplo, é bastante versátil e pode ser usado em sopas, guisados ​​e molhos. E além de terem vitamina C e fibras, são uma excelente fonte de licopeno, antioxidante que contribui para a saúde do coração.

 

Faça petiscos inteligentes

A maioria dos salgadinhos típicos são altamente processados ​​e geralmente carregados de sal, gorduras açucaradas e calorias vazias e, por isso, às vezes o barato pode sair caro. As opções de lanches a granel, incluindo nozes e frutas secas, fornecem gorduras boas, vitaminas e minerais saudáveis. Você pode usar os alimentos básicos da sua geladeira, freezer e despensa para fazer lanches saudáveis: descongele algumas frutas congeladas e coloque-as sobre o iogurte, faça um mix de nozes e frutas secas, misture grão-de-bico enlatado com azeite e leve-o para assar para ter uma guloseima crocante ou experimente um smoothie refrescante que tem proteínas e sacia a fome.



Herbalife Nutrition


Precisaremos de mais comida vinda do mar

Estima-se que em 2050, a população mundial estará próxima de 10 bilhões.


Para dar de comer a esse número de pessoas, será necessário expandir a produção de alimentos, o que é possível, mas com graves impactos ao meio ambiente em termos de poluição, mudanças climáticas, disponibilidade de água e biodiversidade.

Com o objetivo de buscar soluções para esse problema, um grupo de pesquisadores desenvolveu estudos cujos resultados acabam de ser tornados públicos pela revista Nature, no artigo The future of food from the sea.

Esses estudos mostram que a produção de alimentos vindos do mar poderia crescer entre 36% e 74%, ou de 21 a 44 milhões de toneladas anuais até 2050, sem causar danos ao meio ambiente, desde quer adotadas práticas sustentáveis na pesca e na aquicultura, a criação de animais marinhos.

Isso faria com que o mar passasse a fornecer 25% da proteína animal consumida no mundo, ao invés dos 17% atuais. Além disso, alimentos de origem marinha contém micronutrientes que não são comumente encontrados em alimentos produzidos em terra firme.

Quase todo esse aumento poderia vir da aquicultura, com a pesca convencional não devendo registrar aumento considerável; é um movimento similar ao que aconteceu com a proteína animal proveniente de terra firme: muito pouco vem da caça, quase toda de criações.

No que se refere à pesca convencional, seria necessário passar a buscar espécies atualmente pouco valorizadas - outras, como salmão, atum, bacalhau, lagostas e outras já vem sendo exploradas de forma irracional e correm perigo de extinção a médio prazo.

É claro que algumas medidas devem ser tomadas para que esse cenário se concretize, dentre elas o estabelecimento de sólida regulamentação supranacional e mecanismos que evitem transgressões. Recursos tecnológicos devem ser desenvolvidos e aportados e a pesquisa na área, estimulada.

De qualquer forma, é uma boa notícia para o nosso sofrido planeta.

 



Vivaldo José Breternitz - Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


Compulsão alimentar pode causar obesidade, propensão à diabetes e problemas cardiovasculares

Estresse, ansiedade e insatisfações com relação ao corpo podem ser fatores desencadeantes do problema

 

Comer, mesmo quando não há fome? Isso pode ser um sinal de compulsão alimentar. Caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos, em curtos espaços de tempo, a condição vem se tornando cada vez mais comum devido a pandemia causada pelo novo coronanvírus, onde muitas pessoas têm usado a comida como válvula de escape para o estresse, a ansiedade e o medo. 

Retratado pela primeira vez em 1959 e incluso no Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais (DSM) em 1994, esse transtorno alimentar atinge cerca de 2,6% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 4,7% da população, o dobro da porcentagem mundial, sofre de transtorno alimentar — mais recorrente entre jovens de 14 a 18 anos. 

De acordo com o médico da Medicina Integrativa Dr. Lucas Costa Felicíssimo, a compulsão alimentar tem causa multifatorial, mas também costuma surgir a partir de aspectos e sentimentos negativos.  “Dessa forma, o indivíduo recorre ao alimento, já que durante a ingestão, há liberação dos hormônios que proporcionam bem-estar e prazer. Porém, depois de se alimentar, a pessoa tende a se sentir culpada pela atitude, o que não a impede de continuar nesse ciclo vicioso”, explica.  

Apesar de não serem todos os pacientes que expõem a compulsão como uma maneira de aliviar o estresse e a ansiedade, há evidências de que a TCA está relacionada com transtornos psicológicos e de humor.

Dentre os comportamentos comuns que podem denunciar a presença do transtorno segundo a DSM estão: comer rapidamente, comer até se sentir cheio, ingerir grandes quantidades de comida mesmo quando não há fome, preferir comer sozinho por se constranger com a quantidade de comida presente no prato e sentir repulsa de si mesmo, depressão ou culpa após a compulsão.  

“A partir do momento que a pessoa sofre de compulsão alimentar, ela tende a perder o controle da linha entre fome e saciedade e por isso é tão difícil de resistir aos impulsos quando eles surgem”, explana o médico, que aponta que para o diagnóstico da doença, o paciente deve apresentar, pelo menos, um episódio por semana. 

Além de ser um problema que afeta a mente e a autoestima, as pessoas que sofrem com compulsão podem ter maior tendência à obesidade, já que o transtorno favorece o ganho de peso, afirma o médico Dr. Lucas Costa Felicíssimo. “O risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, problemas de sono, infertilidade e dificuldade na hora de interagir com outras pessoas também é maior”, alerta. 

Dessa forma, o tratamento é feito à base de medicamentos e também do acompanhamento conjunto entre nutricionista, psiquiatra e psicólogo. “Apoio de amigos e familiares é importante, mas o paciente não deve deixar de procurar ajuda profissional. É uma mudança intensa de hábito que requer um trabalho interdisciplinar para que funcione”, explica Lucas.


Dia do Nutricionista: profissionais atuam na linha de frente para combate à Covid-19

Dia do Nutricionista traz alerta sobre a importância desses profissionais neste momento
Créditos: Envato Imagens


Aporte nutricional é parte essencial para melhor resposta do sistema imunológico na recuperação e prevenção da doença


Além de respiradores, medicamentos, uso de máscaras e álcool em gel, a alimentação está entre os fatores decisivos na rotina de combate à Covid-19. Não com receitas milagrosas, mas sim com um cardápio pensado para garantir uma resposta melhor do sistema imunológico na prevenção e também recuperação da doença. Com isso, os profissionais da área de Nutrição entram na linha de frente para auxiliar a população na orientação científica e embasada sobre vitaminas e minerais necessários para garantir uma alimentação saudável. Celebrado no dia 31 de agosto, o Dia do Nutricionista traz o alerta sobre a importância desses profissionais neste momento.

De acordo com a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), em seu site, o momento pede uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais que possam auxiliar na imunidade da população.  O zinco, por exemplo, é um mineral encontrado em fontes de origem animal e fundamental para o aumento da produção das células de defesa do corpo. Mas o consumo deve ser sempre feito sem excessos e bem orientado para não prejudicar a absorção de outros minerais como ferro e cobre. 

Na prática, as ações devem ser aplicadas no dia a dia e também nas empresas, como é o caso da Alegra, indústria de alimentos derivados de carne suína do Paraná. “Nós buscamos manter uma tabela nutricional completa nas refeições dos colaboradores, além de redobrar as medidas de segurança na entrega desses alimentos, já que um cardápio balanceado e a ingestão de muita água durante o dia são mais algumas formas de proteção para todos”, explica a nutricionista da Alegra, Alaíssa Scudlarek. 

Além da atenção na elaboração das refeições, a indústria adotou novos processos para garantir o cuidado com os colaboradores. “Passamos a usar o sistema de marmitas, retiramos objetos que possam ser foco de contaminação por meio de superfícies, como bandejas e talheres, instalamos pedaleiras nas máquinas de suco, para evitar o contato direto com a mão, além dos cuidados gerais de todos os setores, como distanciamento, uso de álcool em gel, máscaras e tapetes higienizantes”, ressalta. 

No processo de produção da indústria, o cuidado também faz parte da rotina. “Todos os alimentos da Alegra são avaliados nutricionalmente para garantir a qualidade da carne. Além disso, os derivados da carne suína são uma excelente fonte de proteína, ferro, potássio e vitaminas do complexo B, sendo uma ótima opção para compor uma refeição completa e variada”, finaliza. 

 



Alegra

www.alegrafoods.com.br


Pacientes Com Leucemia Chegam Aos Hospitais Com Quadro Clínico Mais Grave Do Que Antes Da Pandemia

Por conta da pandemia, muitos pacientes tiveram dificuldades e ainda passam por essa situação para conseguir agendar consultas, ter acompanhamento, estoque baixo de sangue e até leitos. Além disso, por conta do atual momento que estamos passando, muitas pessoas deixaram de seguir o tratamento, retornar as consultas com seus médicos por medo do novo Coronavírus e, agora, chegam aos hospitais em um estágio muito avançado da doença e com o tratamento comprometido, obrigando-os a fazer intervenções mais drásticas. 

Contudo, os avanços recentes na área de oncologia, possibilitou a utilização de novas terapias que não necessitam o uso da quimioterapia, evitando que o paciente saia de casa com tanta frequência, o que é fundamental por conta do período que estamos passando e pela vulnerabilidade do estado clínico do paciente. Esse medicamento é aprovado pela Anvisa e aplicado via oral, com efeitos colaterais inferiores ao da quimioterapia e os pacientes que completaram o tratamento no prazo fixo de 12 meses, não apresentaram piora da doença em 28 meses de acompanhamento.

Cerca de 43% dos pacientes com câncer tiveram o tratamento impactado pela pandemia de covid-19, como cancelamento ou adiamento de procedimentos, segundo uma pesquisa online realizada pelo Instituto Oncoguia. Na região Norte, 63% dos participantes da pesquisa afirmaram ter tido impacto no tratamento. A região Sul foi a menos atingida, com 32% pacientes afetados. A pesquisa foi realizada com 566 pacientes oncológicos e seus familiares, desse total, 429 estão em tratamento no momento. Dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), 60% tiveram impacto no tratamento, contra 33% que utilizam serviço privado de saúde.

Entre esses 43%, os cancelamentos ou adiamentos de tratamentos ocorreram devido a decisões institucionais, ou seja, tomadas pelo hospital ou clínica. Os motivos fornecidos pelas instituições de saúde são: risco de contágio, priorização de pacientes, redução de equipe e impacto na infraestrutura.
Cerca de 12% dos pacientes tomaram a decisão por conta própria e 3% tomou a decisão em conjunto com o médico. Dentre os pacientes que tiveram alterações em seus tratamentos após o início da quarentena, 34% fazem quimioterapia, 31% hormonioterapia, 9% radioterapia e 9% terapia-alvo.

A pesquisa mostrou que 70% dos pacientes oncológicos se consideram grupo de risco para a covid-19. Também contribuiu para esses resultados o fato de que leitos que seriam usados para cirurgias oncológicas estão sendo ocupados por pacientes da Covid-19. Outra explicação é de que, alguns locais que fazem exames de imagem importantes para tratar e diagnosticar tumores, fecharam ou passaram a atender os atingidos pelo coronavírus como prioridade. De acordo com o INCA, no Brasil, a incidência por 100 mil habitantes será de 10.810 novos casos de leucemia, Sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. 



Fonte: http://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil


Hospitais entram em campanha interna por doação de plasma para tratar pacientes de Covid-19

Soro convalescente é um dos componentes do sangue coletado de pacientes que se recuperam da infecção causada por Covid-19. Movimento visa estimular colaboradores que tiveram Covid-19 a ajudar outros infectados no combate ao vírus


O Hospital Icaraí (HI) e o Hospital e Clínica São Gonçalo (HCSG) realizam, nos dias 31 de agosto e 1 de setembro, uma campanha interna de doação de plasma do sangue de colaboradores que já foram infectados pelo Novo Coronavírus (covid-19). O plasma, ou soro convalescente, é um dos componentes do sangue coletado de pacientes os quais se recuperam da infecção causada por Covid-19.  Ele apresenta elevado grau de titulação de imunoglobulinas (anticorpos) que, ao serem administradas em pacientes que estão em curso desta doença, oferecem imunidade imediata.  Trata-se de um produto de obtenção através da utilização de uma máquina especial, que separa unicamente o produto desejado, neste caso o plasma. O procedimento tem a duração entre 60 e 90 minutos. 

 

O doutor Daniel Thiengo, coordenador do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Icaraí, explica que quando alguém entra em contato com o vírus, como no caso do Covid-19, o sistema imunológico produz anticorpos para combatê-lo. Esses anticorpos permanecem na parte líquida do sangue, que é o plasma, mesmo após o vírus já ter sido destruído e a pessoa não estar mais infectada.  "Assim, é possível coletar o plasma através de uma doação de sangue e utilizá-lo em outra pessoa que ainda esteja contaminada, mas ainda não conseguiu produzir uma defesa adequada, fazendo com que os anticorpos da primeira pessoa (doador) combata o vírus que está infectando a segunda pessoa", salienta. 

Daniel esclarece que, apesar de serem necessários mais estudos para uma afirmação conclusiva sobre o Covid-19, publicações recentes, a exemplo de um estudo americano divulgado no último dia 10 de agosto, tendem a mostrar um resultado positivo e eficaz para os pacientes que foram tratados com essa terapia.  

Segundo o médico, o Hospital Icaraí vem utilizando o plasma em casos selecionados, com apoio do serviço de hemoterapia e do Hemorio. Porém, de acordo com o especialista, os estoques desse plasma estão ficando cada vez mais baixos: "Por isso é de importância essencial essa campanha de conscientização para as pessoas que conseguiram vencer essa doença se tornem doadores do plasma, proporcionando ajuda clara para pacientes que ainda estão vivendo essa fase mais complicada", enfatiza.  

De acordo com Joaquim Gonçalo, supervisor de captação da Pro-célula, clinica responsável pela montagem da estrutura nos hospitais para que os colaboradores possam efetuar as doações, bem como pelo  recolhimento da doação de sangue visando fazer a separação do mesmo com o plasma, é necessário ter toda uma triagem prévia para a pessoa ver se ela se encaixa no perfil de doador. "Antes mesmo da doação efetiva, se a pessoa se enquadra, ela terá que passar primeiro por uma coleta de amostra do plasma, a fim de ser testado quantitativa e qualitativamente o número de anticorpos. Posteriormente a esse resultado, agendaremos a coleta do plasma convalescente", explica.

Os critérios, entre os colaboradores do HI e do HCSG, para ser um doador de plasma convalescente são: ter idade entre 18 e 55 anos; e ter acesso venoso viável. 

Tenha idade entre 18 e 55 anos;

Tenha acesso venoso viável;

Tenha mais de 60 quilogramas (kg);

Seja do sexo masculino ou feminino (desde que não tenham tido gestação);

Não tenha recebido transfusão de sangue;

Resolução completa dos sintomas, pelo menos, 14 dias antes da doação;

Tenha sido testado reativo para Covid-19 no início dos sintomas. 

 

Em caso de dúvidas, entrar em contato: 21 97165- 6779.


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