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quarta-feira, 1 de abril de 2020

5 atitudes esperadas dos líderes durante períodos de instabilidade



Consultor da Page Executive aponta as melhores práticas para lideranças após transformações no mercado de trabalho decorrentes da pandemia de coronavírus


Em função da pandemia de coronavírus e da renovação das estratégias de planejamento das empresas, o home office tem sido uma alternativa para garantir a continuidade das operações, ao mesmo tempo em que resguarda a saúde e o bem estar dos colaboradores, impactando na produtividade, na economia de recursos e na gestão de pessoas. Por outro lado, as lideranças e os profissionais de todas as áreas e hierarquias passaram a vivenciar o incerto e a ter de superar grandes desafios.

Para garantir bons resultados, o novo modelo de trabalho também exige novas formas de gestão, que sejam capazes de engajar seus times à distância, de manter canais de comunicação ativos e transparentes, de assumir a fragilidade do momento e, principalmente, de confiar e prezar por suas equipes.

Segundo Ricardo Basaglia, diretor-geral da Page Executive, unidade de negócio do PageGroup especializada em recrutamento e seleção de executivos para alta direção (o chamado “C-Level”), a pandemia e a decorrente situação de crise pode ser mais uma oportunidade para evoluirmos como sociedade, como empresas e como profissionais, que precisam trabalhar cada vez mais a autonomia e a autorresponsabilidade para que todos cumpram com suas responsabilidades. “De modo geral, o fato é que as lideranças vão precisar evoluir e, com isso, o mercado de trabalho também progride. É preciso manter o olhar humano. Quando tudo chegar ao fim, talvez as equipes não se recordem de todas as instruções e projetos realizados, mas com certeza todos se lembrarão como os fizeram se sentir".

Confira abaixo cinco recomendações do consultor para o bom desempenho dos papéis de liderança durante períodos de instabilidade:


  1. Considere todos os stakeholders para a tomada de decisões

Em primeiro lugar, todos os líderes devem saber equilibrar as cobranças dos times, dos acionistas e dos fornecedores para estarem aptos a tomarem as melhores decisões. É natural que, em um primeiro momento, as maiores preocupações estejam centradas nas finanças da empresa, afinal, é com isso que empregos serão protegidos. No entanto, qualquer medida que não leve em consideração todos os grupos, pode desestabilizar a corporação. Todos os pontos de contato devem estar alinhados para que as deliberações sejam efetivas. Em um momento desafiador como o que estamos passando, é preciso engajamento.



  1. Esteja preparado para todas as etapas que times remotos enfrentarão

Líderes de times remotos têm grandes desafios. No primeiro momento, a equipe considerará trabalhar de casa legal. É novo, diferente e mais cômodo. Mas é muito importante saber que essa fase passará. Com o decorrer das semanas e possíveis casos de suspeita ou infecção de familiares ou de pessoas próximas, haverá uma preocupação crescente com a saúde e a desestabilização psicológica, também decorrente do enclausuramento forçado. Os colaboradores ficarão com medo de perderem seus empregos, a preocupação financeira surgirá e vamos acabar em uma situação de pessimismo generalizado. É hora de engajamento total. Estabeleça conversas frequentes e honestas com seu time. Mantenha a boa energia e evite ao máximo as opiniões pessoais ou ser levado por emoções. Precisamos esclarecer fatos e dados e seguir à risca as regras e recomendações dos governos e órgãos de saúde para evitar expor os profissionais e garantir a satisfação com as atitudes tomadas pela empresa.


  1. Entenda as políticas da empresa

Como líder, é importante ser referência no estabelecimento de normas e recomendações da empresa. Mesmo que não tenha certeza das decisões que precisará tomar e das informações que levará ao time durante o momento de incerteza, não deixe de manter contato e esclarecer o momento atual com as pessoas. Embora seja importante demonstrar que não temos todas as respostas prontas, a liderança nunca deve desaparecer. Se não mantiver a equipe atualizada, informações desencontradas podem surgir e afetar os negócios.


  1. Crie uma equipe para lidar com ondas de informações

Uma quantidade enorme de informações sobre a pandemia e as consequentes crises é distribuída diariamente nas empresas. Por isso, é importante criar uma equipe para o gerenciamento do tema, que possa monitorar e dar retornos rápidos em relação aos acontecimentos internos. O ideal é que pelo menos um colaborador de cada área relevante para o funcionamento da corporação, como Recursos Humanos, Finanças, Atendimento ao Cliente, entre outros, faça parte do grupo, viabilizando diferentes olhares e novas soluções para os problemas. 


  1. Estabeleça metas e confie no time

Defina metas para que as pessoas possam trabalhar remotamente e dê votos de confiança. Nota-se que há uma necessidade constante de estar próximo para conferir se as pessoas estão trabalhando mas, nos momentos em que não há essa possibilidade, é preciso alterar a forma de gestão e confiar no time. Continue acompanhando o desempenho de cada um. Estabeleça uma relação diária e deixe claro tudo o que será preciso fazer para estar no caminho certo. Não se esqueça que todos estão no mesmo barco e que a humanidade é necessária para passarmos pelo momento. No início das reuniões, comece perguntando como todos estão, mostre cuidado com as pessoas. Confira se todos têm a infraestrutura necessária para trabalhar e se precisam de algo. 


Ensino EAD é alternativa para continuar aprendendo sem sair de casa


Franquia Via Certa disponibiliza aulas por meio de videoconferência e plataforma individualizada; A ideia é fazer com que as pessoas usem o tempo ocioso da quarentena, causada pelo coronavírus, com o ensino profissionalizante a distância; São mais de 30 cursos disponíveis


A Via Certa Educação Profissional, rede com atuação no mercado de cursos profissionalizantes, enxergou uma maneira de reinventar o seu negócio. Após as pessoas ficarem em quarentena em suas casas, em virtude da pandemia do coronavírus, a franqueadora buscou uma forma de fazer com que os alunos utilizassem o tempo ocioso para se profissionalizarem.
A nova medida, que já está valendo em todas as 30 operações da rede, é aberta para os mais de 30 cursos profissionalizantes e preparatórios para concurso público e acadêmico, da área de administração e vendas; beleza; idiomas; minas e energia; saúde, e preparatório.

A população tem em suas mãos a ferramenta perfeita para a utilização do seu tempo, juntando o útil ao agradável, pois, enquanto está em sua casa, pode ter acesso aos nossos cursos profissionalizantes, ocupar sua mente com conteúdo rico e ainda ascender em sua carreira profissional”, afirma Décio Marchi, diretor executivo da Via Certa.


Aula online

O diretor executivo explica que as aulas são direcionadas para os alunos já matriculados e também para pessoas interessadas em começar uma nova capacitação profissional.

Nesse último caso, a matrícula é fechada por telefone, em seguida, um office boy vai até a casa do aluno para entregar o contrato, carnê para pagamento e pegar a assinatura dele. A coordenadora pedagógica irá entrar em contato com o aluno por telefone ou chamada de vídeo para explicar o contrato, os benefícios que a escola oferece e esclarecer dúvidas, bem como, explicar como o aluno fará suas aulas. 

Em seguida, o professor ligará para o aluno para passar o código e senha de acesso da plataforma online e orientá-lo como entrar nas aulas individualizadas e/ou aulas por videoconferência. Por fim, o aluno é adicionado em um grupo de estudantes para compartilhar dúvidas em comum.

O processo para início das aulas é rápido e prático. Segundo o diretor, essa foi umas das maneiras encontradas para levar comodidade ao aluno, bem como, dar continuidade o ensino.

Os alunos já matriculados que não quiserem fazer o curso online poderão repor suas aulas sem prejuízo pedagógico assim que as atividades presenciais retornarem.

“É justamente nesse momento que as pessoas devem continuar a se profissionalizarem, mantendo-se atualizadas com o mercado, otimizando o seu tempo através de cursos, visto que esse período também pode gerar oportunidades. Em breve, haverá uma retomada do mercado de trabalho, e é a chance para a recolocação destas pessoas”, conclui Marchi.





Via Certa

Agricultura garante soberania alimentar e contribui para atender demanda global durante pandemia do coronavírus


A crise global causada pelo coronavírus tem provocado uma corrida da população aosmercados para adquirir itens de proteção e desinfecção e estocar alimentos e outros produtos de uso doméstico. Apesar da escassez de álcool em gel e máscaras em muitos países e regiões, não há notícias de falta sistêmica de alimentos para suprir a demanda de consumo, mesmo em países mais afetados até agora, como China, Itália, Irã, Espanha, Estados Unidos e França.
No Brasil, nos últimos 46 anos, a agricultura tornou-se cada vez mais forte, alicerçada na Ciência. Isso transformou o País em líder mundial em tecnologias para a agricultura tropical e em produção de alimentos. Entre os exemplos bem-sucedidos da ciência brasileira está a tropicalização da soja, hoje cultivada em 34,8 milhões de hectares em todas as regiões do País, com previsão de produção de 117,9 milhões de toneladas na safra 2019/2020. Outros bons exemplos são a tropicalização e expansão do cultivo de trigo no Cerrado e o desenvolvimento de cultivares e sistemas de produção de uva e pera em cultivos irrigados na região Nordeste do Brasil.
Com a agricultura movida a Ciência, o Brasil foi capaz de garantir a sua soberania alimentar, expandir a produção de biocombustíveis e passar de importador a um dos principais exportadores mundiais de alimentos. O País é o maior produtor e exportador de açúcar, café e suco de laranja. É também o segundo maior produtor e o maior exportador de soja e carnes de frango e bovina. Além disso, tem papel crescente na produção e exportação de algodão e milho.
Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a safra 2019/2020, apontam crescimento de 4,1% na produção de grãos, em comparação à safra passada. O indicativo atual é de um volume total de 251,9 milhões de toneladas, com crescimento de 9,9 milhões de toneladas em relação a 2018/2019. Para a área semeada, a expectativa é que sejam cultivados 64,78 milhões de hectares, ou seja, uma variação positiva de 2,4% em comparação àquela área utilizada na safra anterior.
A produção agropecuária nacional garante a segurança alimentar dos 210 milhões de brasileiros, embora a desigualdade de renda ainda limite o acesso à alimentação adequada para mais de 13,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. As exportações brasileiras de alimentos também contribuem para suprir a demanda de centenas de milhões de pessoas em mais de 200 países. Em 2019, o agronegócio nacional exportou 96,8 bilhões de dólares, o correspondente a 43,2% de todas as exportações do País. Mais uma vez, o agronegócio, que representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto, atuou como âncora da economia brasileira.
Esse cenário é animador, mas os produtores brasileiros podem fazer muito mais. A produtividade atual da agricultura e pecuária brasileiras ainda está aquém da produtividade potencial, com uso das tecnologias já disponíveis, porém o acesso a recursos tecnológicos ainda é restrito no campo. Também, existem graves barreiras a serem vencidas para assegurar a continuidade do crescimento da produtividade e da produção agrícola do País. Os dois principais desafios são a universalização do acesso à assistência técnica e gerencial de qualidade e ao crédito rural, principalmente pelos pequenos e médios produtores.
É importante destacar que os mais de cinco milhões de produtores rurais, que fazem a produção agropecuária brasileira, também têm função vital na conservação ambiental do País. Esses produtores, de acordo com o Código Florestal, destinam parte de suas propriedades à conservação da biodiversidade da vegetação nativa em Reservas Legais e em áreas de Preservação Permanente, para a proteção dos cursos de água nos diferentes biomas brasileiros (80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nos demais biomas).
Nesses dias de crise global, além das medidas individuais e coletivas para prevenir o contágio com o coronavírus, uma das principais preocupações das pessoas e das comunidades é a segurança alimentar. Para evitar que as cadeias de produção, industrialização e comercialização de alimentos sejam interrompidas, o governo federal, em conjunto com outras esferas da gestão pública, vem atualizando regras legais e estabelecendo planos e estratégias para garantir o fluxo de transporte dos produtos agropecuários das propriedades rurais até as agroindústrias processadoras, as centrais de
abastecimento e os mercados e supermercados.
Essas medidas também visam assegurar os canais de produção, distribuição e comercialização de insumos agropecuários, essenciais para que esses milhões de estabelecimentos rurais possam continuar suas atividades de cultivo e de criações de animais, vitais para garantir a soberania alimentar e gerar excedentes para o País continuar exportando e contabilizando superávits na balança comercial, condição para a economia brasileira voltar a crescer.
Neste momento de crise, é importante também garantir a sustentabilidade do sistema de pesquisa e inovação agropecuário brasileiro, constituído pela Embrapa, organizações estaduais de pesquisa agropecuária, universidades e institutos federais de educação.
Diversas inovações que ajudaram os produtores a transformar a agricultura brasileira levaram anos até sair dos laboratórios para os pratos dos consumidores e envolveram esforços conjuntos de dezenas de pesquisadores de diferentes áreas de estudo. A liderança nacional em tecnologias para a agricultura tropical é um dos maiores ativos econômico, social e político do País e as inovações tecnológicas podem ajudar o Brasil e o mundo a superar momentos de crise, como a pandemia do coronavírus.




Judson Ferreira Valentim - pesquisador da Embrapa Acre


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