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quinta-feira, 2 de abril de 2015

O governo e suas vítimas na educação




O ano entra em seu terceiro mês e o que se percebe que a maioria da população brasileira torce para que 2015 acabe o quanto antes. Em todos, os setores nota-se desgaste, incerteza e insegurança.  Para a Educação, o ano prometia avanços e evolução, esperança que partia do discurso da Presidenta Dilma, em sua posse: “Brasil, Pátria Educadora”. O que se vive, porém, é um total desalinhamento com as propostas disseminadas, não só durante o processo eleitoral, mas durante o primeiro mandato.
O Plano Nacional de Educação aprovado pelo Congresso Nacional em 2014, associado à Lei de Diretrizes de Bases, deveria sustentar todas as ações do Ministério da Educação e garantir a evolução do país no segmento educacional. Porém, foi substituído por portarias lançadas no final daquele ano, regras de acesso ao financiamento sem detalhamento prévio e bloqueios de sistemas de credenciamento e adesão. Essa realidade pós-discurso deixou milhares de estudantes sem terem como cursar seus programas de graduação.
As instituições privadas, que apoiaram os programas, foram abandonadas e ficaram com a responsabilidade de cobrar os créditos dos alunos e os recursos para pagar professores contratados com base nos programas de acesso ao ensino. Política pública associada à parceria com instituições privadas é processo de comprometimento, de estratégia, de planejamento. Abandonar os parceiros sem justificativa técnica é muito mais pernicioso ao setor do que uma apresentação transparente de desistência de seus compromissos e dos valores apresentados como de grande diferencial.
O sistema de Acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi bloqueado. As mensalidades pagas por seus alunos foram reajustadas, inicialmente, acima de 4,5% e depois, em 6%. Não houve aviso prévio a alunos ou às instituições que têm contrato de adesão ao programa. As compras dos títulos públicos, que significam o pagamento das mensalidades dos contratos de FIES, embora assinadas e em vigência, foram reduzidas a dois terços dos valores acordados em prazos 50% maiores do que os estabelecidos inicialmente.
Os repasses do programa Bolsa Formação do famoso PRONATEC estão atrasados em mais de 90 dias. Após grande grita dos parceiros privados na imprensa, foram parcialmente realizados. Os alunos que fizeram adesão ao FIES estão impossibilitados de fazer suas matrículas e inserir documentos comprobatórios por problemas no sistema. As vagas para novo ingresso de alunos no programa Bolsa Formação tiveram sua divulgação adiada por 45 dias. Isso resulta na inexistência de novas turmas e, consequentemente, na demissão de milhares de professores.
A confiança nas propostas do governo na educação resultou em prejuízo generalizado. As instituições privadas perdem mais de 40% de seu valor e se veem em meio a atrasos de repasses, desrespeito a contratos e paralisia dos sistemas de adesão e comprovação. Novas turmas não são iniciadas como estabelecido em cronograma oficial e vai por terra a expectativa de dezenas de milhares de alunos de prosseguir seus estudos ou se matricular em cursos profissionalizantes – apesar de terem sido estimulados a aderir a tais programas – e milhares de docentes ficam sem lecionar.

Francisco Carlos Borges - consultor da Fundação FAT, mestre em Educação pela Universidade de São Paulo e atua há mais de 25 anos em educação profissionalizante 

Comércio de leite materno: “cuidado com a prática”, avisa o pediatra Moises Chencinski!





Como tudo o que vem dos Estados Unidos é sempre visto com bons olhos e costuma, rapidamente, ser adotado por aqui, vale um alerta a respeito de uma nova moda americana: o comércio de leite humano

O leite materno é o “padrão ouro” na alimentação infantil. E isso não passou despercebido por determinados grupos de adultos – pacientes com câncer, fisiculturistas, fetichistas – que não têm acesso a esse tipo de nutriente de forma livre.
“Além disso, nem todas as mães, por alguma razão, conseguem amamentar e, movidas pela campanha de informação sobre os benefícios do leite materno e dos riscos do uso de fórmulas infantis, buscam o melhor para seus filhos. Porém, nem sempre essas mães fazem parte do grupo elegível para receber o leite materno doado nos bancos de leite”, diz o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Procura gera oferta. “Criou-se, assim, um cenário perfeito para que o produto – no caso o leite materno – seja visto como uma fonte de lucro, com a Internet sendo a fonte mais ágil e difundida para essa comercialização, que, apesar de à primeira vista parecer saudável e segura, pode trazer riscos inimagináveis a quem os procura para consumo, especialmente as crianças”, alerta o médico.
Segundo matéria recente, publicada no British Journal of Medicine, sites de comercialização de leite humano conseguem “vender” o produto por preços mais acessíveis do que os estabelecidos em bancos de leite (que são regulamentados), por não terem custos com pasteurização e testagem do “produto” em relação à contaminação na coleta, armazenamento e distribuição.
“Diferente do que é exigido nos bancos de leite regulamentados, o leite humano comercializado pelos sites não passa por testagem sorológica (hepatite B e C, HIV, sífilis) colocando em risco a transmissão dessas doenças”, afirma o pediatra, que é autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.
Um estudo  publicado no Pediatrics comparou amostras de leite doado a bancos de leite, sem pasteurização (20 amostras) com as que foram adquiridos on-line, pela internet (101). Os resultados apontavam para um aumento de todo o tipo de bactérias nas amostras adquiridas pela Internet. O citomegalovírus foi encontrado em 21% das amostras não controladas, contra apenas 5% das amostras dos bancos de leite. Apenas 9, entre as 101 amostras da Internet, não apresentavam qualquer crescimento bacteriano, consequência do manejo inadequado.
 “Como o leite humano comercializado na Internet não é fiscalizado, em algumas amostras, em outros estudos, já foram encontrados bisfenol, drogas ilícitas e mistura com leite de vaca e água para aumentar o volume”, diz o médico.
 “Com esse panorama e o risco da ‘importação’ dessa prática no Brasil (se é que ela já não existe), é fundamental a participação dos profissionais de saúde, acolhendo as mães para que elas se sintam confortáveis e seguras em compartilhar seus problemas e dificuldades em relação à amamentação”, orienta Moises Chencinski.
Diante do questionamento das mães, os profissionais de saúde precisam fornecer respostas embasadas. “As informações sobre possibilidades mais saudáveis e seguras nesses casos podem ser transmitidas em consultas com os pediatras, bem como uma forma correta e recomendada de coleta, armazenamento e reaproveitamento do leite materno, sempre lembrando que, no Brasil, a amamentação cruzada é proibida por lei. O leite materno testado e tratado de forma apropriada nos bancos de leite é a segunda melhor opção na alimentação infantil, ‘perdendo’, apenas, para o leite da própria mãe”, alerta o médico, que também é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.



Moises Chencinski -  http://www.drmoises.com.br - Email: fale_comigo@doutormoises.com.br - https://www.youtube.com/user/DoutorMoises - Blog: https://euapoioleitematerno.wordpress.com/

Condomínios podem esconder focos do mosquito da dengue




Combate ao Aedes aegypti deve se estender às áreas comuns, como jardins, piscina, caixa d’água e fosso de elevadores, alerta a Lello

Os condomínios residenciais de São Paulo devem estar em alerta máximo para remover os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas áreas comuns.
A orientação é da Lello, empresa líder em administração de condomínios no Estado de São Paulo.
A administradora orienta para que haja cuidados redobrados não somente no interior dos apartamentos, evitando acúmulo de água parada em recipientes como vasos de planta, garrafas e latas, mas também nas áreas comuns como jardins, piscina, caixa d’água, fosso de elevadores, ralos externos, marquises e canaletas de drenagem para água da chuva (veja dicas abaixo)
“O esforço conjunto de síndicos, funcionários e moradores, aliado ao trabalho das autoridades em saúde, é fundamental para evitar que as pessoas adoeçam com dengue”, afirma Angélica Arbex, gerente da Lello Condomínios.
A gerente da Lello afirma que muitas pessoas estão guardando água por conta da crise hídrica, e que isso pede cuidados visando ao correto armazenamento.
“Nos prédios residenciais os cuidados para evitar focos do Aedes aegypti precisam ser redobrados porque há uma concentração de pessoas por metro quadrado maior do que nas residências, o que pode tornar o condomínio mais vulnerável”, conclui Angélica.
Cuidados necessários nas áreas comuns dos prédios (fonte: Lello Condomínios) 
·     Ralos externos e canaletas de drenagens para água da chuvas: usar tela de nylon para proteção.
·     Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro)
·     Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água, eliminando eventuais poças após cada chuva.
·     Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água.
·     Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento.
·     Vasos sanitários sem uso diário: manter sempre tampados, acionando a descarga e semanalmente; caso não possuam tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva.
·     Caixas de descarga sem tampa e sem uso diário: tampar com filme plástico ou saco plástico aderido com fita adesiva.
·     Pratos e pingadeiras de vasos de plantas: substituir a água por areia grossa no prato ou pingadeira, até a borda.
·     Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente.
·     Piscinas em período de uso: efetuar o tratamento adequado com cloro.
·     Piscinas sem uso frequente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água.
·     Recipientes descartáveis: acondicionar em sacos de lixo e disponibilizá-los para coleta rotineira da limpeza pública.

2 DE ABRIL: DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO





Ø Segundo o Centro Pró-Autista, estima-se uma parcela ínfima da população portadora de autismo esteja sendo tratada

Ø  Para ampliar a conscientização sobre o transtorno, a Guardian e o CPA promovem a iniciativa Self Azul, durante a Virada da Saúde, em São Paulo
Não existem estudos epidemiológicos amplos que mostrem a incidência de portadores de Transtorno do Espectro Autista no Brasil. Levando-se em conta estatísticas conservadoras que apontam a incidência de 4 portadores de autismo para cada 1 mil nascimentos, teríamos em São Paulo 80 mil pacientes na capital e 160 mil no estado.

No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado hoje (02/04), o médico Wanderley Domingues, presidente do CPA, alerta para a necessidade de que haja serviços especializados em Transtorno do Espectro Autista para o atendimento desses pacientes.

“O diagnóstico diferencial entre o Transtorno do Espectro Autista e os outros transtornos mentais deve ser realizado por especialistas, pois as abordagens terapêuticas são diferenciadas”, explica Domingues. Ele destaca que a conscientização desse quadro clínico junto à população se faz necessária e, de preferência, na primeira e segunda infância para que os resultados sejam mais satisfatórios, minimizando os riscos de uma evolução do Transtorno do Espectro Autista para uma deficiência mental e/ou doenças mentais.

“Sabemos que a falta de tratamento adequado e precoce tende a agravar a autonomia pessoal, além da desorganização do sistema familiar e social próximo ao indivíduo”, acrescenta a médica Maria Clara Nassif, diretora técnica do Centro Pro Autista.

Diagnóstico e intervenção precoces são fundamentais para uma melhor evolução desses pacientes nas áreas da comunicação social, da linguagem, da cognição social e sua ampla adaptação ao meio ambiente.
INICIATIVA DO SELF AZUL

Diante da importância em se disseminar o conhecimento sobre o autismo e ampliar a conscientização da população, a Guardian, uma das maiores fabricantes de vidros e espelhos do mundo, uniu-se ao CPA para promover a Iniciativa Self Azul (www.selfazul.com.br), durante a Virada da Saúde, que acontece entre os dias 7 e 12 de abril, em São Paulo. A iniciativa conta com o apoio da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Instituto Saúde e Sustentabilidade.

Entre as ações previstas no projeto está a instalação de uma obra do artista Eduardo Srur, composta por seis esculturas de espelho, no vão livre da FIESP e nas estações de Metrô Paraíso e Trianon-Masp, a partir do dia 7 de abril. O artista criou a obra “Puzzle”, composta por seis esculturas de espelhos, representando grandes peças de quebra-cabeça. Na FIESP, duas peças estarão dentro de uma sala de espelhos, e serão um convite aos transeuntes da Avenida Paulista para compartilharem uma experiência estética e de conhecimento sobre o complexo universo do autista.

Outra importante iniciativa é o Fórum Self Azul, que acontecerá no dia 9 de abril, no auditório da FIESP, das 8h30 às 12h30, com o tema “A descoberta do autista - A emergência do sujeito. Como acontece esta consciência de si que nos revela como é o outro?”. Na ocasião, os doutores Wanderley Domingues, Maria Clara Nassif e Jair Mari, além de Marié-Hélène Plumet, que vem da França para palestrar no evento, vão discutir a importância do diagnóstico e tratamento precoce, a participação da família no desenvolvimento do indivíduo, os processos de cognação social do autismo, entre outros assuntos.

Para a Guardian, patrocinar esse projeto é um grande orgulho, pois permite aliar a política de responsabilidade social da companhia ao seu principal produto – o espelho -, que tem grande relevância em todo o processo de autodescoberta de um autista, destaca Renato Sivieri, gerente de comunicação e marketing da Guardian.

Sobre o Centro Pró- Autista
Fundado em 4 de abril de 2000, o Centro Pró-Autista atende pacientes de todo o Brasil, juntamente suas respectivas famílias, prestando serviço de diagnóstico e indicações terapêuticas para cada perfil de paciente com autismo. Realiza ainda tratamento terapêutico multidisciplinar em seu ambulatório, no centro de atenção diária e nas oficinas, utilizando técnicas de trabalho de padrão internacional.

Sobre a Guardian
Fundada em 1932 em no estado de Michigan (EUA), a Guardian é uma das maiores fabricantes de vidros e espelhos do mundo. A companhia está presente em mais de 25 países, entre eles o Brasil, onde mantém duas fábricas, uma em Tatuí (SP) e outra em Porto Real (RJ), e possui um Centro de Distribuição em Fortaleza (CE).

Sobre a Virada da Saúde 2015
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde e correalização do Instituto Saúde e Sustentabilidade, realiza a Virada da Saúde de 7 a 12 de abril. O evento nasce para aproximar a sociedade de ações associadas a um convívio saudável e sustentável nos grandes centros urbanos.
Divididos em quatro eixos de ação: Educação, Cultura, Bem Estar e Médico-Assistencial, o evento terá mais de cem atividades gratuitas e acontecerá simultaneamente em parques, Fábricas de Cultura, estações de metrô,  centros culturais, museus e vias públicas. Saiba mais em: www.viradadasaude.org.br

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