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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Como sobreviver à avalanche de interações do cliente com a automação

A digitalização das experiências de compra na última década viu o volume de interações explodir. A pandemia e o bloqueio do Covid-19 contribuíram para essa mudança natural e amplificaram a tendência, forçando a maioria das companhias a interagir com seus usuários online, em vez de pessoalmente. 

Nesse contexto, é de suma importância para as empresas encontrarem maneiras novas ou melhores de lidar com a enorme quantidade de interações online que estão enfrentando. Então, como uma plataforma de gerenciamento pode ajudar e quais os benefícios da automação?

 

O que é gerenciamento de interações com o cliente?

O Customer Interactions Management (CIM) descreve como uma empresa se envolve com seus consumidores em todas as fases de sua jornada. Este pode ser o processo que uma organização segue para lidar com todos os contatos, mas, também, a maneira como uma empresa atende às suas diferentes necessidades.

 

O consumidor pode interagir com uma empresa de várias maneiras, seja fazendo perguntas, formulando uma reclamação ou, do outro lado do espectro, com elogios. Qualquer que seja a categoria em que e se enquadrem, elas podem ocorrer por meio de vários canais:

·       E-mails;

·       Chats;

·       Telefonemas;

·       Mensagens nas redes sociais;

·       Formulários de contato;

·       Avaliações em sites dedicados.

 

O impacto das interações do cliente em sua empresa

Os contatos com os consumidores devem sempre ser considerados como uma oportunidade para reunir feedbacks e melhorar a experiência do cliente. Na verdade, toda interação é uma chance de se conectar com ele, encantá-lo e aumentar sua retenção e fidelidade. Quando gerenciadas adequadamente, podem beneficiar sua empresa de maneiras diferentes.

 

Aumente a fidelidade à marca

Os consumidores de hoje não têm motivo para permanecer leais a uma empresa, a menos que tenham uma experiência de qualidade. Garantir que o engajamento com a sua marca sejam positivas e personalizadas pode fazer toda a diferença para torná-lo mais valioso do que seus concorrentes.

 

Desencorajar avaliações negativas

O boca a boca ruim se espalha rapidamente, pois os insatisfeitos estão ansiosos para compartilhar suas experiências negativas com seu círculo social. Priorizar grandes interações pode significar menos publicidade negativa nas mídias sociais e em outros canais.

 

Aumente as avaliações positivas

Indicações podem ser uma ótima maneira de aumentar suas chances de clientes recomendarem sua empresa a amigos e familiares. As indicações podem ser mais mais poderosas do que qualquer campanha de publicidade, podendo impactar positivamente os usuários.

 

O que é uma plataforma de gerenciamento de interação com o cliente?

Uma plataforma de gerenciamento de interação com o cliente (CIM) é um tipo de software corporativo que ajuda a lidar com as relações entre uma organização e seus consumidores. Mais amplamente, refere-se a todas as tecnologias de suporte ao gerenciamento e resolução de solicitações de atendimento, bem como aumento na produtividade dos agentes.

 

Em algumas opções de soluções há um ambiente único para gerenciar as interações de uma forma automatizada e em vários canais, com caixa de entrada que centraliza todos os canais de comunicação e permite que sua equipe tenha total visibilidade de cada contato. É possível  também reduzir o atrito na experiência graças às ferramentas de automação e autoatendimento, como módulos de chat, pesquisa inteligente e base de conhecimento.

 

A tecnologia de AI Simbólica e o Processamento Natural de Linguagem  (PNL) podem ser utilizados no gerenciamento, permitindo que ferramentas de automação entendam a intenção por trás das consultas do usuário e apresentem respostas precisas. 

 

Benefícios da automação do gerenciamento de interações com o cliente 

 

Gerenciar custos de suporte

Conforme mencionado anteriormente neste artigo, o número de interações aumentou exponencialmente com a pandemia de Covid-19 e as empresas não podem se dar ao luxo de recrutar a quantidade de pessoal necessária para lidar de forma eficiente com essas consultas. A automação complementa o autosserviço, para ajudar a lidar com a explosão do volume de interação, enquanto gerencia os custos.

 

Melhore a experiência 

Uma plataforma CIM automatizada libera os funcionários do call center de solicitações de suporte de nível 1 de rotina para que eles possam se concentrar em tarefas mais complexas. Ao fazer isso, a automação melhora os tempos de resolução (já que as ferramentas de autoatendimento estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana) e reduz o esforço do cliente para fazer as coisas, o que é um fator crítico para uma boa experiência.

 

Aumente o ROI

Por último, mas não menos importante, a automação de processos de back-end, graças a um sistema de gerenciamento de casos e bilhetagem, permite que as empresas ajudem seus agentes a serem mais produtivos, aumentando, assim, o ROI (Retorno sobre Investimento) do seu negócio e operação.

 





Cassiano Maschio - diretor de vendas e marketing da Inbenta Brasil, empresa especializada em atendimento ao consumidor online

 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Empresários do turismo têm que redobrar a atenção nos protocolos de saúde e na comunicação para atrair novos consumidores, indica sondage

Segunda edição de estudo sobre o perfil do turista mostra raio X do consumidor de viagens no Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina, com importantes alertas para agências de viagens, destinos, meios de transporte e de hospedagem.

 

A Interamerican Network e o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) realizaram, de 26 de outubro a 9 de novembro de 2020, a segunda edição da pesquisa O Novo Viajante, a fim de entender como a pandemia de covid-19 afetou e mudou os perfis e os hábitos dos viajantes latino-americanos, além de captar informações sobre o novo cenário dos consumidores de viagens. A sondagem foi realizada com 833 respondentes no Brasil, no México, na Colômbia, no Chile, na Argentina, no Peru e outros.

Tenha acesso completo aos resultados e gráficos neste link.

Na primeira edição da pesquisa, realizada em junho de 2020, 46% dos respondentes dos países pesquisados declararam que planejam fazer uma viagem ainda neste ano. Como estamos próximos ao fim do ano e a pandemia se estende, o índice caiu, agora, para 23%. A opção mais escolhida (26%) foi a de viajar somente quando houver uma vacina amplamente disponível. No entanto, há um bom equilíbrio ainda entre pessoas que se sentirão seguras em viajar somente no primeiro (21%) ou no segundo (22%) semestre de 2021.

“A maior preocupação dos viajantes continua sendo com lugares que tenham políticas de segurança sanitária, saúde e higienização. Lugares que não sejam muito cheios foi uma nova opção que incluímos no questionário, que acabou recebendo a segunda melhor colocação, à frente de flexibilidade caso os planos necessitem ser mudados, que aparecia em segundo lugar, em junho”, comenta Danielle Roman, presidente e CEO da Interamerican, que aplicou a pesquisa nos seis países. Preço continua sendo uma equação importante no processo de escolha do destino, ao contrário de lugares que ofereçam bom atendimento hospitalar, que figurou, novamente, em último lugar. Tal fato é confirmado quando se pergunta quais cuidados extras as pessoas passarão a ter para viajar sob as novas circunstâncias: as opções que privilegiam efetivos protocolos de segurança e higiene foram as duas mais escolhidas.

Um hábito famoso parece ter sido duramente atingido pela pandemia: resolver tudo na última hora – 27% dos entrevistados disseram pretender resolver a viagem com, pelo menos, seis meses de antecedência. No cômputo geral, três meses de antecedência foi a segunda opção mais votada (21%). “Um e dois meses de antecedência apareceram logo atrás e é importante que estes números sejam considerados, dada a característica instável da pandemia”, alerta Danielle.

Organizar a viagem sozinho, diretamente com hotéis, companhias aéreas, entre outros, segue sendo a opção mais escolhida na América Latina (58%) – aumento de 13 pontos porcentuais em relação a junho. Na média do continente, agentes de viagens foram a segunda opção mais votada (28%), muito à frente das OTAs (Operadoras de Turismo Online), com 7%, margem que foi alargada ainda mais em comparação à primeira pesquisa. Quando perguntados em quais circunstâncias comprariam com agentes de viagens, 45% disseram que para adquirir pacotes completos, com hotel, passagens, passeios e atrações; resposta que cai para 19% quando o caso for comprar em uma OTA.

Pode-se confirmar este hábito solitário de se organizar sozinho na pergunta sobre quem mais inspira o viajante na hora de escolher um destino. Ainda que a recomendação dos amigos continue sendo a principal inspiração (24%), a diferença é pequena para a opção “Eu procuro na internet” (23%), porcentagens quase idênticas à da pesquisa de junho. Dicas dos agentes de viagens perderam terreno em comparação a junho: a opção passou de terceiro para quinto lugar. Ganharam relevância, desta vez, o Instagram e as dicas de influenciadores ou blogueiros de viagem. Em seguida, estão publicidade, quase empatada com dicas de jornalistas especializados, com Facebook e YouTube na sequência.

Sobre o tipo de viagem mais desejada, destinos dentro do próprio país continuam em primeiro lugar, ainda que tenham passado de 60%, em junho, para 47%, em outubro. Europa continua em segundo lugar, mas crescendo de 14% para 21%, talvez por uma certa aceitação desta nova maneira de viajar. Destinos que foram riscados do mapa em decorrência da pandemia, segundo as respostas, são, na sua maioria, na Europa e nos Estados Unidos.

A praia segue sendo o destino preferido, ainda que tenha caído três pontos porcentuais. Viagens culturais e de ecoturismo ou contemplação vêm logo em seguida, como na pesquisa de junho. Um novo dado agregado a esta segunda edição da pesquisa foi a companhia preferida para a viagem: a família está bem à frente (48,38%), seguida por par romântico (29,05%), amigos (14,77%) e sozinho (7,8%).

“Os hábitos de consumo dos turistas também foram medidos, e outro lugar-comum parece ter caído por terra: além de transporte, hospedagem e alimentação, o que as pessoas menos dizem consumir nos destinos, inclusive no Brasil, são compras (18,85%) e vida noturna (9,37%)”, revela Danielle. “Atrações turísticas e culturais (30,46%), atrações na natureza (22,72%) e serviços do setor, como traslados e guias turísticos (18,85%) ocupam os primeiros lugares”, diz.

Olhando para o futuro, quando perguntados sobre o impacto da pandemia nas viagens, apenas os brasileiros acreditam que as mudanças serão poucas e não muito significativas (53,94%). No total, a maioria dos turistas da América Latina acredita que as viagens serão totalmente diferentes (53,78%).

Análise dos resultados no Brasil

No Brasil, o índice de pessoas que diz querer viajar, ainda em 2020, foi o mais alto em toda a América Latina, com 34%. Entretanto, 53% ficam preocupados se os destinos escolhidos têm políticas de segurança sanitária e se não são lugares que atraiam aglomerações. Além disso, 21% disseram se preocupar com flexibilidade, caso haja necessidade de alteração de planos de viagem.

“Esses números iniciais já indicam claramente as estratégias que os empresários do turismo devem traçar na retomada das viagens. A comunicação precisa ser clara, com informações em sites oficiais e parceiros, além das mídias sociais, de como está a situação da região em relação à covid-19 e às medidas que a cidade e a empresa estão tomando de proteção, bem como as condições de cancelamento e remarcação”, afirma Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP. “Não é o momento de deixar estes pontos nas “letras miúdas”, escondidas nos sites, pois estas variáveis estão sendo fundamentais na decisão de reservar viagem completa, transportes (aéreo, rodoviário, locação de veículos) e meios de hospedagem”, complementa a especialista.

Para endossar essa estratégia, 35% dos entrevistados disseram ter cuidados extras, como reservar em meios de hospedagem com efetivos protocolos de segurança sanitária, ao passo que 25% afirmaram o mesmo para meios de transporte. E 17% priorizarão viagens com carro próprio, na linha do que tem se configurado como tendência: o turismo de proximidade.

As viagens estão sendo programadas, em sua maior parte (28%), com seis meses ou mais de antecedência. Para uma parcela menor (22%), a programação é iniciada três meses antes de viajar. Entre um e dois meses, o porcentual foi de 37%. “Esses números merecem uma ponderação, pois os que decidem por viagens na véspera, diante de um cenário de pandemia, são os que vão para destinos mais próximos – por exemplo, famílias paulistanas que decidem ir ao litoral ou ao interior para passar um feriado. Quem programa com mais antecedência são aqueles que fazem buscas de passagens aéreas com preços mais baixos, que reservam hospedagem após longas pesquisas na internet etc”, comenta Mariana.

Dada a restrição da entrada de brasileiros nos Estados Unidos e na Europa, 51% dos entrevistados responderam que desejam viajar pelo Brasil. Muitos turistas estão aproveitando para conhecer lugares que não tinham em mente antes da pandemia. “É um gancho que os empresários podem utilizar na comunicação, com incentivos a conhecer locais novos, dentro do próprio país, ajudando na recuperação do turismo nacional”, disse Mariana. Para 23%, há um desejo de viajar para a Europa, seguido de 9% para destinos na América do Sul, onde gradativamente as fronteiras estão reabrindo.

O destino preferido dos brasileiros é a praia, conforme responderam 35% – mais que o dobro da segunda e da terceira opções mais escolhidas, tecnicamente empatadas: o turismo cultural, com 16,62%, e o ecoturismo, com 16,03%. “Várias pesquisas divulgadas ao longo da pandemia, pelos sites de buscas de passagens e de agências de viagens, mostraram que o Nordeste é o destino mais procurado. São inúmeras as opções de praias, desde as mais isoladas no litoral sul baiano até as que ficam em capitais (como Maceió), para que o turista decida conforme o gosto e, sobretudo, o bolso”, diz Danielle Roman.

Outro ponto interessante da sondagem foi que 70% disseram pretender organizar os detalhes da viagem sozinhos, diretamente com hotéis e empresas aéreas. Apenas 19% optam por agentes de viagens tradicionais e 6% se orientam pelas OTAs, as agências online. No entanto, é importante ponderar que muitos acreditam estarem comprando pela internet de maneira isolada, sem saber que, na verdade, estão utilizando uma agência online.

Tanto que 43% dizem que farão compras pela internet apenas para acomodação e 31% para o pacote de meios de hospedagem e avião. Os que utilizarão esses sites apenas para compra das passagens aéreas são 13%. Os casos nos quais o consumidor realizaria a compra por meio de uma agência de viagem seria na compra de pacotes completos (hotel, avião, passeios, atrações etc.) para 36%, e para 30%, o combo de hospedagem e aéreo.

“Assim, é importante, neste momento de pandemia, as agências se comunicarem com os consumidores e mostrarem a importância dos seus serviços, uma vez que podem oferecer hotéis, transportes e seguros, reduzindo a chance de surgirem problemas exatamente no momento mais esperado do ano: a hora de viajar”, diz Mariana. “Até mesmo porque a maioria dos entrevistados (44%) disse preferir viajar com a família. E quanto mais pessoas viajando juntas, principalmente com crianças, maior o desejo de evitar erros numa viagem”, finaliza. Para 30%, a preferência é fazer com o par romântico, e 15%, com amigos.

Logo, a comunicação clara e a digitalização dos negócios são essenciais para continuar no mercado de turismo. Isso porque, para 27%, a busca na internet é o que mais inspira na escolha do próximo destino. Na sequência, 21% preferem recomendação de amigos, 15% seguem o Instagram e 13% optam pelas dicas de influenciadores ou blogs de viagem.

Haverá muita mudança no perfil do viajante no pós-pandemia. Embora 53% disseram acreditar que teremos apenas algumas mudanças, mas não muito significativas, 43% responderam que as viagens serão totalmente diferentes depois da pandemia. “E aqui cabe a atenção do empresário ao fato de que essas mudanças não serão necessariamente no perfil de compra do turista (de hotel para pousada, de campo para praia etc.), até porque os números mostram que, no geral, não deverá ter muitas alterações do gênero. O diferente será na preocupação com protocolos sanitários do destino (cidade, hospedagem, transporte etc.) e nas condições de compra (remarcação e cancelamento). Por isso, a palavra ‘comunicação’ é o grande destaque neste momento”, finaliza Mariana.

Por fim, não se pode esquecer que o Brasil é um país com 8 mil quilômetros de praias. Os milhares de negócios, de todos os portes, dependentes deste grande atrativo turístico, podem usar a experiência, nos próximos meses, para fidelizar clientes e abrir novos mercados, garantindo demanda com promoções para os períodos de baixa ocupação. É o momento ideal para fazer uma boa gestão de preços – atraindo um público mais propenso a escolher períodos de baixa temporada – e já ampliar a previsão de receita para o próximo ano.

Sobre a pesquisa

O questionário foi aplicado de 26 de outubro a 9 de novembro de 2020, gerando 833 respostas completas, na maioria, de mulheres (65,43%). A origem dos respondentes foi do Brasil (40,58%), México (29,65%), Colômbia (17,05%), Chile (5,40%), Argentina (5,04%), Peru (0,72%) e outros (1,56%). Faixas etárias: 45 a 54 anos (28,57%), 35 a 44 anos (26,05%), 25 a 34 anos (23,17%), 55 a 64 anos (12,12%), 65 anos ou mais (5,16%) e 18 a 24 anos (4,92%).

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Sete áreas de trabalho e as suas profissões do futuro

Black Friday incentiva a procura por novos cursos de graduação e pós 


A pandemia fez com que o mercado de trabalho mudasse mais rápido do que o esperado e acelerou uma transformação digital, dando mais espaço a tudo que é online. O relatório The Future of Jobs 2020 (O futuro do trabalho 2020, em tradução livre), divulgado em outubro pelo Fórum Econômico Mundial, indica que o que antes era considerado o “futuro do trabalho” já chegou. As novas tecnologias em conjunto com as tendências globais norteiam o surgimento de novas profissões e demonstram demanda mista de habilidades digitais e humanas. 

O documento revela que mais de 80% dos executivos de negócios estão acelerando os planos para digitalizar processos de trabalho e implantar novas tecnologias e 50% dos empregadores esperam acelerar a automação de algumas funções em suas empresas. Ainda segundo o levantamento, em 2025, automação e uma nova divisão de trabalho entre humanos e máquinas vai mudar radicalmente 85 milhões de empregos em todo o mundo em médias e grandes empresas em 15 setores e 26 economias.

No início do ano, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, foi divulgado o relatório “Job of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy” (Trabalho do amanhã: mapeando oportunidades na nova economia, na tradução livre) – uma parceria do New Metrics CoLab, do Fórum Econômico Mundial, com cientistas de dados das empresas Burning Glass Technologies, Coursera e Linkedin – listou 96 profissões do futuro em sete categorias. O levantamento destacou profissionais ligados a inteligência artificial, transcrição médica, cientista de dados, especialistas de sucesso do consumidor e engenheiros full stack. Confira as sete áreas e quais as carreiras que mais se destacam.


Saúde

Algumas profissões mais tecnológicas ligadas a saúde – como especialista em transcrição médica, terapeuta de radiação, preparador de equipamentos médicos – vão ganhar força nos próximos anos. O levantamento também indicou algumas carreiras voltadas ao preparo físico, como assessor de terapia física, treinador atlético, fisiologista de exercício, treinador de fitness e instrutor aeróbico.


Dados e Inteligência Artificial

Já faz alguns anos que os dados e a Inteligência Artificial passaram a fazer parte do nosso dia a dia, e com a pandemia, as vendas online cresceram e, consequentemente, os dados gerados. “Estamos em um momento de copo meio vazio, com muitas possibilidades para crescimento para encher o copo, o que é bom. Por outro lado, o do copo vazio, há uma falta de empresas e profissionais preparados para estas oportunidades. Existem muitas oportunidades para quem tem conteúdo e sabe aproveitar o momento”, comenta Elton Ivan Schneider, diretor da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.

A pesquisa indicou crescimento de profissões como especialista em inteligência artificial, cientista de dados, engenheiro de dados, desenvolvedor de big data, analista de dados, especialista e consultor em analytics, consultor de dados, analista de insights e desenvolvedor de business intelligence.


Engenharia e Computação em Nuvem

Para gerir os dados, é preciso criar meios de captá-los e armazená-los. Profissões como engenheiro de estabilidade de site, engenheiro de plataforma, consultor de nuvem, analista de tecnologia e desenvolvedores em Python, full stack, Javascript e back end estão em alta.


Vendas, Marketing e Conteúdo

A venda e a divulgação da marca pelos meios digitais já era uma tendência, mas com a pandemia, a digitalização dos negócios foi acelerada. “A pandemia mundial acelerou bastante a famosa transformação digital e as pessoas passaram a comprar mais pela internet. Só no primeiro semestre de 2020, foram mais de sete milhões de novos compradores e 47% de crescimento no volume de vendas online. Com isso, profissionais ligados a essa área também passaram a ser mais buscados”, afirma Maria Carolina Avis, professora de Marketing Digital da Uninter.

Assistente de mídia social, growth hacker, coordenador de mídias sociais, especialista de marketing digital, representante de desenvolvimento de negócios, especialista de conteúdo, especialista de e-commerce e diretor de estratégia são algumas das carreiras destacadas pelo relatório apresentando no Fórum Econômico Mundial.


Desenvolvimento de Produtos

O mercado também vem buscando se aprimorar e desenvolver novos produtos. Isso gerou uma demanda de profissionais como product owner, analista de qualidade, engenheiro de qualidade de software, analista de produto e engenheiro de qualidade.


Economia Verde

Países e empresas estão se preocupando em reduzir o seu impacto ambiental, buscando amenizar a mudança climática.  Esse cenário fez com que profissionais como gerente de instalações de energia solar, especialista de fontes hídricas, gerente de projetos de energia eólica, especialistas de sustentabilidade e engenheiro de energia surgissem e fossem buscadas pelo mercado.


Pessoas e Cultura

Mesmo com o alto desenvolvimento tecnológico, o ser humano ainda é peça fundamental para as instituições. Ter recursos humanos que acompanham as tendências e sabem identificar os talentos disponíveis no mercado é fundamental. Com isso funções como recrutados de tecnologia da informação, parceiro de recursos humanos, especialista em aquisição de talentos, business partner e business partner de RH, estão crescendo.


Black Friday

A data vem se consolidando no Brasil, principalmente no meio digital, que em 2019 teve faturamento na casa dos R$3,2 bilhões. A oportunidade não é só para compra de eletrônicos, itens pessoais e domésticos, mas também para quem quer começar os estudos ou melhorar a sua qualificação profissional.

“A Black Friday parece ser o momento certo para as pessoas se presentearem por estarem passando e sobrevivendo a pandemia. É o que aponta a pesquisa, que mostra que 65% dos consumidores pretendem aproveitar a oportunidade para se presentear”, comenta Elizeu Barroso Alves, coordenador do Curso de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.

E por que não se presentear com um curso de graduação ou pós? Até dia 30 de novembro, os cursos do Centro Universitário Internacional Uninter estão com descontos que vão até 70% nas primeiras parcelas. Além da matrícula, que está gratuita no período, o aluno também ganha um curso de inglês.

A metodologia de ensino da Uninter foi estruturada pensando na flexibilidade do aluno, que pode organizar seus dias e horários de estudos. A modalidade mescla tecnologias digitais e analógicas, com momentos ao vivo ou gravados, presença obrigatória para realização das avaliações e atendimento online de tutoria e orientação educacional por professores. O centro universitário tem nota 4 no Índice Geral de Cursos (IGC) e 5 no Conceito Institucional (CI). Mais de 400 cursos entre graduação, pós-graduação e extensão são ofertados pela instituição.

 


Grupo Uninter 

 uninter.com

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Brasil lidera as compras online de produtos domésticos na pandemia, revela pesquisa global da Experian

Número de brasileiros que adquiriram este tipo de produto saltou de 11%, em março, para 31% em julho. Pesquisa ouviu três mil consumidores em dez países do mundo


O distanciamento social imposto pelo atual cenário levou a sociedade a mudar suas prioridades e hábitos de consumo. Para entender os principais movimentos no comportamento do consumidor, a Experian fez uma pesquisa com três mil pessoas em dez países do mundo e identificou que o Brasil lidera o maior crescimento de compras online de produtos domésticos (exceto alimentação), cujo resultado saltou de 11%, em março, para 31% em julho deste ano. Considerando especificamente as compras de produtos alimentícios pela internet (desde in natura até refeições prontas), o Brasil também é destaque, subindo de 60% para 71%, analisando o mesmo período de comparação. Veja todos os detalhes nas tabelas e gráficos abaixo:



A expectativa dos brasileiros é que as compras online aumentem 53% em até seis meses. “O cuidado com a saúde trouxe à população uma mudança de hábito que privilegia as compras e interações no ambiente virtual e essa tendência deve continuar após o isolamento social. Com isso, é fundamental que as empresas se adaptem a esta nova realidade para estarem cada vez mais preparadas e seguras no atendimento desse consumidor mais digital”, diz a diretora de Decision Analytics e Marketing Services da Serasa Experian, Beatriz Raulino.

Ainda de acordo com a pesquisa, no Brasil, 71% dos entrevistados afirmaram que têm uma expectativa alta na entrega de uma experiência digital online. “A mudança de comportamento trouxe maior conscientização para consumidores e empresários sobre o ambiente virtual. As pessoas estão mais atentas aos cuidados que devem ter ao realizarem compras ou transações nesse ambiente. As empresas perceberam que precisam de processos seguros e um atendimento eficiente para garantirem o retorno do cliente”, ressalta Beatriz.

O levantamento também revelou que os consumidores brasileiros estão satisfeitos com o atendimento online que vêm recebendo. Entre os entrevistados, 44% afirmaram que fariam mais negócios com as empresas durante o isolamento social e 33% manteriam o nível de negócios feitos durante o período. Entre as opções de serviços de pagamento oferecidos aos clientes, houve um aumento de 16% no uso de carteiras móveis, soluções eletrônicas que armazenam dados bancários e de identidade para facilitar operações financeiras, e aplicativos de varejo.

Os consumidores também afirmaram mais confiança nos fornecedores de serviços de streaming (60%), seguido de fornecedores de tecnologia (56%) e sistemas de pagamento (55%).


24% dos brasileiros reduziram gastos desnecessários


A pesquisa da Experian também indica uma mudança na relação dos consumidores com o dinheiro. Entre os respondentes brasileiros, 24% afirmaram que estão reduzindo gastos desnecessários e 21% estão economizando mais em fundos de emergência. “Os momentos difíceis também podem ser boas oportunidades para reavaliar os hábitos de consumo. A educação financeira é muito importante para ajudar o consumidor a lidar com os seus recursos, principalmente em momentos adversos”, avalia a executiva da Serasa Experian.

 

Metodologia


A Experian entrevistou 3.000 consumidores em 10 países do mundo, incluindo Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, região EMEA (Alemanha, Espanha, França) e região APAC (Austrália, Índia, Japão e Singapura) sobre insights relacionados a consumo, comportamento online, entre outros. O levantamento foi realizado entre 30 de junho e 7 de julho de 2020. Clique aqui para ver mais detalhes da pesquisa.



Serasa Experian

www.serasaexperian.com.b 

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Selic baixa, avanços tecnológicos e regulatórios, além de foco nos clientes ajudam na recuperação do mercado automobilístico

“Percebemos que, mesmo diante da pandemia, há uma retomada e o setor de veículos é um grande impulsionador dessa melhora”, pontuou Luis Eduardo da Costa Carvalho, Presidente da ACREFI

 

A taxa básica de juros, a Selic, com tendência de baixa, avanços tecnológicos e regulatórios, além de foco na demanda dos clientes são boas notícias para quem quer financiar veículo novo ou usado. Mesmo diante da pandemia, o setor sinaliza melhora e resiliência. De olho nestes movimentos, a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI) realizou o segundo dia de debates de um evento que teve como tema “Financiamento de Veículos: A hora e a vez da retomada”.

O encontro contou com a abertura de Luis Eduardo da Costa Carvalho, Presidente da ACREFI e sócio-fundador e presidente do conselho da Lecca Financeira, que agradeceu aos presentes. “Essa é uma das atividades mais relevantes da entidade, uma vez que grande maioria do nosso quadro atua neste segmento. Percebemos que, mesmo diante da pandemia, há uma retomada e o setor de veículos é um grande impulsionador dessa melhora”, pontuou Carvalho.

O presidente da entidade também falou sobre a importância do open banking nas negociações. “O mercado brasileiro está vivendo um momento especial. O Banco Central inseriu dois grandes projetos, o open banking e o Pix – que, como um novo meio de pagamentos, vai baratear o custo das operações de pagamentos e transferências. É um ganho importante para sociedade, ao consumidor. Já o open banking abre um leque de opções disponíveis para o consumidor e permite que ele tenha mais liberdade para levar suas informações financeiras para onde quiser - melhorando o ambiente de competitividade”, destacou Carvalho.

André Novaes, Diretor da Santander Financiamentos, afirmou que boa parte da retomada do crédito se deve a solidez do sistema. “O processo de digitalização, dessa transformação, é um grande auxiliar do segmento. O crédito de veículos impulsiona a participação da economia e os canais digitais melhoraram essa experiência do cliente pela simplicidade e agilidade em termos de atendimento”, destacou André.

Novaes reforçou sobre os benefícios do sistema PIX, que permitirá pagamentos e transferências bancárias 24 horas por dia, 7 dias por semana. “Já fazemos isso no Santander, com Gravames nos fins de semana, mas essa o PIX é um complemento nesse processo – que ajudará na interoperabilidade com outras instituições, não somente na qual o cliente e parceiro possui relacionamento. É um instrumento que trará outras possibilidades de negócio”, ponderou.

Alfredo Dassan, Diretor do Banco Bradesco Financiamentos, mencionou que é preciso estar atento na percepção do momento, até advindo do Covid-19. “O crédito não faltou e não faltará, pois há uma mudança positiva no segmento. Fizemos (sistema bancário e financeiras) movimentos importantes, como ofertas personalizadas e adequando ao fluxo de necessidade do cliente. Essa percepção, por parte do consumidor, incrementada pelo avanço dos canais digitais, foram  extremamente importantes. Trabalhamos com os dealers nesta intermediação e interlocução, focada em fomentar o crédito para empresas inclusive”, ressaltou.

Dassan avaliou ainda sobre o processo de retomada da indústria automotiva. “O mês de agosto deu forte indicativo de melhora, ou seja, a indústria se readaptou, evolui e já está crescendo. Estamos otimistas com o próximo ano – e já temos números e diversos setores que demonstram avanço. Projetamos um 2021 otimista e o mercado está preparado”, destacou.

Celso Rocha, Diretor de Distribuição e Varejo do Banco BV, comparou a situação atual ao período pré-Plano Real, salientando uma série de desafios e hiperinflação, antes do marco da estabilização. “O mercado aprendeu sobre resiliência e, esta construção, também impactou o cliente mais exigente: ele não aceita mais a demora e outras adversidades no atendimento. É uma mudança que, inclusive, envolve o comportamento de compra. É uma decisão diferente e, essa resiliência, exige que haja uma projeção de negócio diferente para sobreviver – temos decisões mais rápidas. O jogo hoje acontece de forma antecipada, já quando o cliente pensa na compra, e precisamos entender esse processo”, sugeriu Rocha.

Rocha fez também uma análise sobre a evolução das vendas, olhando para os EUA e Europa no contexto da evolução digital. “O brasileiro é diferente – a gente tinha uma venda calcada em relacionamento, na presença física. A Pandemia mudou essa percepção e, cada vez mais, precisamos sentar na cadeira do cliente e entender suas necessidades: a praticidade, a agilidade (no objeto de compra) e eficiência foram incorporadas ao processo”, exemplificou.

Enilson Sales, Vice-Presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), alertou que as vendas de veículos melhoraram consideravelmente. “Já projetamos setembro 12% acima e, os números de agosto, já estão se equiparando aos de 2019 – lembrando que, no ano passado, não tivemos uma pandemia que afetou nossa economia. Acreditamos que, se tudo ocorrer bem, podemos fechar como o ano passado”, disse Sales, mencionado que um dos entraves pode ser a falta de produtos.

Segundo ele, o mercado de multimarcas reagiu rapidamente. “Lá o caixa da loja está mais próximo do coração e bolso do dono, pois sente o impacto rapidamente. Foi preciso buscar alternativas, como vendas online e outros caminhos. O importante é que essa barreira foi ultrapassada”, ponderou.

Sales falou dos impactos dos fechamentos dos DETRANS. “O processo digital, cada vez mais, viverá harmonicamente com o cliente. A plataforma RENAVE – Registro Nacional de Veículos em Estoque – idealizado pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), com a participação da Fenabrave e da Anfavea, proporcionará maior segurança no comércio de veículos, com o uso de certificados eletrônicos e assinatura de documentos digitais. O objetivo é agilizar o processo de transferência, acelerando o trâmite e reduzindo os custos atuais, oferecendo maior transparência, segurança e benefícios para o setor e governo. Mesmo com resistência de alguns segmentos, em razão da burocracia, há um espaço e ambiente propício para romper essas barreiras. Mesmo que haja pessoas que querem viver no século passado, porque convém, essa barreira será ultrapassada”, alertou. 

Wilson Diniz, Superintendente Executivo do Banco PAN, mencionou que o Brasil é um país de riqueza e dimensão grande. “Temos uma distinção de clientes, diferente do passado, quando havia um atendimento padrão. Hoje o mercado se adequou, personalizam o atendimento (concessão de crédito) para atender qualquer nicho. Esse é um processo de eterna evolução, uma vez que cada cenário é um momento. Todos os mercados estão preparados para oferecer soluções com segurança e agilidade. A digitalização é um grande aliado nesse processo”, enfatizou.

Diniz falou que o mercado de motos sofreu por falta de produtos, não de consumidor. “Moto ainda havia um estoque, um soluço, mas que só aguentou até maio – depois começou a escassez e o mercado esfriou. Mas retomou em uma velocidade impressionante, em ‘V’, e precisamos lembrar que temos as principais montadoras de motos em Manaus (AM) – que foi um dos locais mais impactados do país no começo da pandemia e acabou parando para ajudar na produção de respiradores e, em seguida, retomou com vigor e baterá recordes. É um mercado que só vai crescer e é promissor”, avaliou.

Os painéis do evento foram mediados por Cleber Martins, Consultor de Operações/Comissões Técnicas da Acrefi. Os volumes de concessões mensais de financiamentos de veículos registraram R$ 9,1 bilhões e R$ 10,7 bilhões em Junho e Julho, respectivamente, volumes em linha com os registrados no pré-crise, afirmou.

 

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

No varejo de moda, a pandemia acelerou mudanças no atendimento ao cliente

Vendas digitais, relacionamento com clientes por meio de aplicativo de conversas e digitalização do ambiente são tendências acentuadas no varejo de moda com a pandemia.  Empresas que não conseguiram se adequar podem não sobreviver a este momento, mas crescem as oportunidades para novos negócios com boa integração entre ambiente físico e digital

 

Com a pandemia do novo coronavírus, muitas empresas do varejo de moda tiveram que se reinventar. Alternativas como a venda por aplicativos de conversas foi uma das saídas encontradas para acolher os novos consumidores digitais, menos acostumados com os ambientes tradicionais do e-commerce.

“Todo movimento de mudança deixa marcas profundas e mudanças de hábitos.  Ainda não sabemos exatamente quais ficarão e com qual intensidade, mas certamente mais consumidores se sentirão seguros de comprar online”, ressalta a professora e coordenadora do curso de pós-graduação em Negócios e Varejo de Moda da Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP), Marília Carvalhinha.

Segundo ela, o cenário incerto acelerou mudanças que já estavam em curso, como a humanização do relacionamento online e a digitalização do ambiente físico de vendas. “Já havia uma forte tendência de a relação com o cliente transitar além dos ambientes das lojas físicas e online, permeando também aplicativos de mensagem, principalmente em empresas menores”, explica a professora.

Mas, com a pandemia, ela lembra que mesmo as grandes varejistas começaram a buscar maneiras de abraçar esta tendência, apesar de ser algo mais complexo para controlar, uma vez que os altos volumes e os perfis dos clientes serem muito diversos.

“Por incrível que pareça, no aspecto do atendimento online humanizado, muitas empresas pequenas estão à frente das maiores, pois para elas não era problema ter um sistema de atendimento por WhatsApp, por exemplo.  Essa é uma questão que ainda está para ser delineada nas grandes companhias”, observa.

Outra tendência acelerada pela pandemia diz respeito à digitalização do ambiente físico das lojas, como meio de reduzir a necessidade de contato físico, a partir do uso de totens, displays e diversos outros aparatos tecnológicos. Essas interfaces também ampliam o potencial de utilização do espaço.  “A loja física vai se tornar cada vez mais um lugar de experiência, de apresentação de produtos junto aos conceitos”, diz.

Com o cenário de pandemia, conseguiram se adaptar melhor as marcas que já nasceram omnichannel, ou seja, desde o nascimento desenvolveram tecnologias e processos para atender ao cliente de uma maneira fluida entre o ambiente físico e o digital. Além disso, lembra a professora, existem empresas que já vinham investindo no digital, desenvolvendo jornadas de compra confortáveis para os clientes e transmitindo mais segurança. 


Pós-pandemia

Para a professora da FAAP, é possível que haja concentração de mercado no pós-pandemia, por conta da morte de empresas que não conseguiram sobreviver ao período do vale da crise por questões como dificuldade de adaptação de processos, tecnologias, maneiras de desenvolver produtos, quebra de caixa, entre outros fatores. 

“Quando acontecem grandes crises e cenários instáveis é difícil para muitos superar. Para outros, pode ser uma oportunidade de crescimento.  Então, o mercado concentra-se em menos empresas que, quando a economia retoma, têm grande oportunidade para se desenvolver, pois enfrentam menos concorrência”, diz.

A relação entre marcas e consumidores também será ainda diferente. “O consumo vai se tornar mais consciente para mais pessoas. A questão do conforto, do bem-estar e do autocuidado estão muito fortes.  A saúde física, mental e emocional também.  Por conta disso, creio que o consumidor tende a dar mais valor para produtos e serviços que tragam este acolhimento”, finaliza.

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Revenge Spending: 5 dicas para não comprar em excesso pós pandemia

Com o retorno e a reabertura do comércio, muitas pessoas que estavam em isolamento social começaram a sair nas ruas, e depois da privação ao acesso a lojas físicas, acontece uma tendência a um consumo excessivo; especialista esclarece as principais dúvidas sobre o assunto 

 

Você já ouviu falar de revenge spending? É um termo do inglês  que significa “gastos de vingança”, ou seja, por ficarem muito tempo de quarentena, muitas pessoas tendem a comprar compulsivamente no fim do isolamento social. Agora com o afrouxamento do comércio de rua e da reabertura dos shoppings, mesmo que em horário reduzido, esse pode ser um problema bastante presente na população. Isso já vem acontecendo em alguns países que formam filas na porta de lojas de diversos setores. 

 

De acordo com Ariane Marta, contadora e diretora da Brascont Contabilidade, este cenário é quase que certo e, para isso, é essencial que o comércio esteja preparado. “Por mais que nesse período de quarentena muitas pessoas realizaram compras online, elas voltarão com sede de passear no shopping, comer em restaurantes, experimentar roupas antes de ir para casa, ou seja, vontade de voltar a uma vida normal. O problema é que todo esse excesso de vontade pode impactar negativamente nas finanças”, alerta a especialista.

 

Ainda de acordo com ela, os comerciantes também precisam ficar de olho nessa tendência. “Receber clientes com vontade de comprar pode até ser uma boa ideia, mas isso não significa que devem deixar de lado o atendimento online ou delivery, adotado durante a pandemia, pois o comportamento do consumidor mudou. Um erro que deve ser evitado, após a pandemia covid-19 é deixar de utilizar os novos canais de atendimento e vendas. As estratégias digitais precisam ser mantidas para acompanhar essa mudança que torna o mercado exigente e competitivo para quem empreende”, conta a especialista. 


Abaixo, Ariane lista algumas dicas para ajudar as pessoas a consumirem em um mundo com o seu “novo normal”:

 

1- Cuidado ao achar que tudo voltou ao normal: por mais que o governo tenha afrouxado a quarentena é preciso entender que o vírus ainda está contaminando e que pessoas ainda estão morrendo. Isso quer dizer que as coisas não estão como antes e é necessário tomar cuidado com os atos de ir ao shopping para fazer compras, por exemplo. 

“Como a crise ainda não acabou, os problemas econômicos de empresas e pessoas também podem continuar por tempo indeterminado, então temos que tomar cuidado com esse excesso de compras para depois não precisar enfrentar uma dívida desnecessária. Tenha consciência”, salienta.

 

2 - Invista apenas no necessário: mesmo que a vontade de sair para aproveitar a vida seja grande, coloque em mente que ainda é tempo de pensar apenas no necessário. “Aquele restaurante que você tanto ama provavelmente continuará entregando a comida na sua casa, assim como a loja de roupa de seu agrado. Pense no que você realmente precisa e tome cuidado para não comprar/consumir mais do que o necessário”, aconselha.


3 - Tenha controle sobre seus gastos: pode até ser chato, mas ao anotar cada compra é possível ter um panorama geral de como pequenos custos podem se tornar uma bola de neve no fim do mês. “O primeiro passo é anotar tudo o que gasta, seja aquele cafezinho, almoço ou mesmo uma conta maior, como a fatura de um cartão de crédito, por exemplo. Não é preciso nenhuma planilha, você pode pegar um caderninho e ir anotando diariamente seus custos, entradas e retiradas. Assim fica mais fácil de evitar o consumo em excesso”, aconselha a contadora

Segundo Ariane, é esperado que em alguns tipos de comércios existam mudanças drásticas. “Já se ouve falar em mercados que não conseguirão se recuperar, mas acredito que todo negócio pode aproveitar as novas oportunidades, e olhar para o futuro empregando tecnologia, boa gestão, gestão financeira e de pessoas, conseguirá superar esse momento”, finaliza a especialista. 

 



Brascont Contabilidade

http://www.brasct.com.br

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Há motivo para comemoração do Dia Nacional da Saúde em 5 de agosto de 2020?

Em 2020, com a pandemia, a data é uma oportunidade de reflexão em relação ao atendimento de pacientes e a necessidade de priorização da saúde integral no país

 

O dia Nacional da Saúde, comemorado em 5 de agosto, foi escolhido em homenagem ao médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz, por sua grande preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, no combate às doenças transmissíveis.  

É muito provável que Oswaldo Cruz nem imaginava que em 2020 a humanidade passaria por tamanho caos com o início da pandemia. Sem dúvida, o próximo dia 5 de agosto não será de comemoração, mas servirá para uma reflexão se o mundo e, em especial, o Brasil estão no caminho certo quanto ao atendimento de pacientes e ao cuidado integral de saúde.  

O setor de saúde brasileiro carece não só de investimentos, mas de modernização, eficiência e investimentos na prevenção. Com a pandemia muitos problemas crônicos ficaram evidentes. 

As deficiências não são de exclusividade do país. Nos Estados Unidos uma surpreendente realidade foi revelada quando, em uma reportagem do jornal The New York Times, publicada em julho, mostrou que aparelho de fax ainda é utilizado no sistema de saúde norte-americano para receber resultado de exames, gerando um gargalo na comunicação, o que desperdiça recursos e prejudica o atendimento neste momento de urgência.  

Voltando ao Brasil, assim como em diversos departamentos da economia, o segmento de cuidados com a saúde passa por um momento de intensas transformações. O distanciamento social ocasionado pela Covid-19, provocou uma série de mudanças, não só no comportamento e consumo dos brasileiros, mas também em como as empresas têm se “virado” para atender a alta demanda, como é o caso das healthtechs e foodtechs, por exemplo. 

De acordo com o SimilarWeb, ferramenta online que analisa a quantidade de visitas de sites e aplicativos, o volume de downloads dos três principais apps voltados para exercícios físicos cresceu 291%. Outro número que chamou atenção foi a busca por produtos de prevenção contra o Coronavírus. Segundo o Google Trends Brasil, ferramenta gratuita que permite a descoberta das principais tendências relacionadas a uma palavra-chave específica, as recomendações por autoridades da saúde ocasionaram um aumento de 942% no interesse por álcool em gel e 412% em máscaras de proteção facial. 

Mas, os números não param por aí. Segundo levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a adesão por planos de saúde passou de mais de 46 milhões de beneficiários para mais de 47 milhões só em março deste ano, se comparado com o mesmo período em 2019. 

Tal cenário corresponde a uma aceleração na evolução do setor jamais vista. Grandes corporações que antes não ofereciam nenhum recurso voltado para a saúde, começaram a perceber as oportunidades dentro da área. Um exemplo disso foi a global Philips, empresa com produtos voltados à tecnologia, que desenvolveu uma solução para o recolhimento de dados relacionados ao Coronavírus, auxiliando os hospitais para uma tomada de decisão mais assertiva sobre a doença. 

Com a crescente demanda e procura por produtos e soluções que enaltecem o mercado da saúde, as organizações, que atuam diretamente com a área, têm buscado novas aquisições e parcerias para aprimorar seus serviços prestados. O relatório Global Health Tech 2020, desenvolvido pela Deloitte, empresa americana especializada em consultoria, aponta que essa é uma das tendências para o futuro desse ecossistema. 

Se por um lado os serviços oferecidos no modo online estão crescendo, por outro a aquisição por bens não duráveis em espaços físicos mostram uma desaceleração expressiva. De acordo com a Cielo, empresa brasileira de serviços financeiros, o setor de drogarias e farmácias apresentou queda de 4,1% no período da pandemia, embora seja a menor queda entre os setores avaliados não afasta a necessidade de busca de maior eficiência nos processos e conveniência ao consumidor para recuperação. Portanto, vemos um reforço da tendência da inclusão, cada vez mais presente, da tecnologia para compra e venda desses bens não duráveis como produtos de saúde, para higiene, nutrição e bem-estar. 

O mundo está vivendo em uma nova era em que a transformação digital e automação de dados já faz parte do dia a dia. Para se ter uma ideia, o relatório Healthcare 2030, da KPMG, empresa de prestação de serviços profissionais e consultoria, mostra que métodos tecnológicos como a inteligência artificial devem ser utilizados em 90% dos hospitais dos EUA até 2025. 

Os avanços e a alta procura por recursos na área da saúde são mais que visíveis e, além de progredir, as novidades corroboram para o desenvolvimento com grandes benefícios para este departamento, como facilidade de gerenciamento, maior segurança aos pacientes e profissionais da área, melhor acesso aos recursos e produtos que ele oferece. Além disso, todo esse cenário corrobora para uma grande mudança no segmento de cuidados, pois fará com que a assistência médica não fique apenas focada no tratamento de doenças, acelerando os processos de prevenção e cura. 

“E é exatamente disso que precisamos. Quanto menor a resistência na transformação, maiores serão as oportunidades que as instituições médicas terão para proporcionar qualidade de vida e potencializar a eficiência do atendimento ao paciente. Afinal, estamos lidando com pessoas, portanto, nenhum progresso valerá de nada se não focarmos no que realmente importa, a vida”, comenta Rodrigo Correia da Silva, especialista no mercado de saúde e CEO-fundador da Suprevida.  

No caso do Brasil, é certo que para trilhar um caminho evolutivo será necessário reunir todas as forças possíveis, englobando os Governos Federal e Estadual, entidades e profissionais da área da saúde, além de empreendedores, que se dedicam a encontrar soluções que cubram as lacunas parcial ou, até mesmo, integralmente.   

Por isso, as health techs estão ganhando um brilho especial durante a pandemia. São diversas soluções apresentadas, que vão desde a produção de equipamentos de proteção individual em impressoras 3D, passando por soluções que visam a melhoria dos fluxos hospitalares até a criação de uma plataforma que conecta compradores, profissionais de saúde e fornecedores da área de saúde, objetivando facilitar o encontro dessas partes e agilizar o atendimento das necessidades logísticas e de acesso no setor.  

“Não há tempo para esperar e as health techs sabem disso. Essas empresas não estão presas aos modelos existentes, são flexíveis e usam a tecnologia para criar soluções mais viáveis e rápidas nesse momento, já que contam com uma mentalidade diferenciada”, comenta Silva. 

 

 


Rodrigo Correia da Silva – Especialista do mercado de saúde e CEO-fundador da Suprevida  , é CEO-fundador da startup Suprevida. Formou-se advogado pela PUC/SP. Fundou a Correia da Silva Advogados, o qual é premiado internacionalmente pela atuação no setor de saúde em Regulação e em Relações Governamentais. Mestre aos 25 anos com a tese transformada em livro “Regulamentação Econômica da Saúde”, assumiu a liderança dos Comitês de Saúde da Amcham e da Britcham. Foi presidente da Filial SP da Britcham. Atualmente, é membro do Conselho da instituição. Foi membro da Comissão de Assuntos Regulatórios da OAB/SP e atualmente é membro da Comissão de Relações Internacionais da instituição. Fez parte do grupo de estruturação do Instituto Ética Saúde e da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, atuou para diversas associações de classe do setor saúde (Sindusfarma, Abiquif, Abimed, Abraid, ABCV, Abrifar, entre outras), participou de livros e artigos. É conferencista sobre temas relacionados ao setor de saúde e relações governamentais e internacionais. Leciona Política Regulatória e Defesa da Concorrência no MBA de Relações Governamentais da FGV/SP/RJ/DF. Além disso, é reconhecido pela Chambers International, WHO is WHO Legal, Champions League e Practical Law como um dos advogados líderes em LifeSciences e HealthCare no Brasil. 


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