Inflamação crônica demonstra cenário preocupante: 66% das pacientes que engravidam com a doença ativa podem apresentar piora, e a situação pode ser grave. Médica especialista explica!
Nesta perspectiva, segundo a gastroenterologista da
Imuno Brasil, Fernanda Nunes, as mulheres devem se
atentar à importância do diagnóstico precoce, principalmente porque a
apresentação das DIIs podem se confundir com doenças mais comuns, como as
infecciosas que acometem o trato gastrointestinal. Entre os sintomas mais
frequentes estão diarreia, emagrecimento e dor abdominal, sobretudo quando têm
duração superior a 3 meses.
A inflamação crônica presente demonstra um cenário
preocupante: 66% das pacientes que engravidam com a doença ativa irão
permanecer desta forma ou apresentarão piora durante o período gestacional. Por
outro lado, cerca de 80% das mulheres que ficam grávidas com a doença em
remissão mantêm-se assintomáticas.
Engravidar com a doença em atividade confere riscos tanto para a mãe quanto
para o bebê. Para a mulher, embora ela possa, na maioria das vezes, seguir a
indicação obstétrica usual, as chances de conversão em parto cesariano são
maiores, bem como de desenvolver tromboses. Já para o bebê os riscos são mais
sérios, pois pode não sobreviver devido a um aborto ou morte fetal, ter maior
taxa de internação em UTI, estar sujeito até quatro vezes mais à prematuridade
e a nascer com baixo peso e comprimento.
A doutora também considera relevante ressaltar que
as doenças inflamatórias intestinais, embora não estejam diretamente associadas
à infertilidade, podem afetar a capacidade reprodutiva de maneiras indiretas
devido a fatores como inflamação, cirurgias e uso de certos medicamentos.
“Para uma gestação mais
segura, idealmente a paciente deve estar livre de medicação corticosteróide por
pelo menos 3 meses e com a doença em remissão, confirmada por exame clínico,
endoscópico, laboratorial e de biomarcadores. É importante também estar
em boas condições nutricionais e realizar suplementações conforme orientação
médica. Fazer um planejamento gestacional, realizar a rotina pré-natal e não
interromper ou iniciar medicações sem orientação é essencial”. Pontua a doutora.
Apesar de não ser uma sentença, ou seja, não são
todas as pacientes com essas enfermidades que apresentarão algum problema
durante a gestação, no mês das Mães e de conscientização às DIIs é muito
importante destacar que portadoras de doenças autoimunes devem manter uma
comunicação aberta com seus médicos, seguir um plano de tratamento com um
planejamento gestacional adequado a fim de evitar qualquer complicação
potencialmente grave.
A médica Fernanda Nunes aborda essas informações e
outras mais abrangentes sobre as DIIs, tais como: distribuição da doença no
Brasil e no mundo; acesso e escolha da medicação e tratamento não
farmacológico ou cirúrgico no e-book gratuito “Doenças Inflamatórias
Intestinais”, que será lançado dia 19/05 no site da Imuno Brasil, grupo de saúde que atua efetivamente na área de
doenças imunomediadas.
O livro virtual é o sexto de uma coleção destinada
a entregar conhecimento de forma segura, elaborado em parceria com a KPMO
Cultura e Arte – editora especializada em publicações
personalizadas há 10 anos.
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