Com quantos anos a
criança deve firmar o pescoço? Quando ela começa a rolar e engatinhar? E a
andar? Quando isso geralmente começa? Será que meu filho está atrasado ou
adiantado? Essas são exemplos de perguntas que muitos pais fazem,
principalmente quando têm o primeiro filho.
Com quantos anos a criança
deve firmar o pescoço? Quando ela começa a rolar e engatinhar? E a andar? Quando
isso geralmente começa? Será que meu filho está atrasado ou adiantado? Essas
são exemplos de perguntas que muitos pais fazem, principalmente quando têm o
primeiro filho.
São Paulo, abril de 2024 – Os Marcos do Desenvolvimento Infantil foram
estabelecidos para fornecer aos especialistas uma referência do que é
considerado desenvolvimento típico, abrangendo marcos motores, cognitivos,
sociais e emocionais.
Esses marcos são determinados com base em pesquisas
científicas e observações clínicas de crianças em diversas idades e culturas,
com instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Academia
Americana de Pediatria (AAP) desempenhando papéis importantes em sua definição
e atualização. Além de orientar os especialistas, essas diretrizes também
ajudam os pais e cuidadores a responderem questões sobre o desenvolvimento
infantil.
Porém, como explica a Prof.ª Dra.
Juliana Bilhar, fisioterapeuta com doutorado e mestrado em
Ciências pela USP, especialista em Fisioterapia Neurofuncional, embora os marcos
do desenvolvimento sejam úteis como referência geral, é importante notar
que cada criança se desenvolve em seu próprio ritmo, e pode
haver variações individuais dentro do espectro do desenvolvimento.
“Os marcos servem como um guia geral para pais e
cuidadores, mas também é muito importante observar e responder às
necessidades únicas de cada criança. Afinal, embora
muitos aspectos do desenvolvimento infantil sejam semelhantes entre crianças
típicas e atípicas, existem diferenças importantes que exigem uma abordagem
individualizada para entender e apoiar o desenvolvimento
saudável de cada criança”, explica a Prof.ª Dra. Juliana.
A especialista destaca três diferenças entre
os marcos do desenvolvimento em crianças típicas e atípicas:
Padrões de Tempo: Crianças típicas alcançam marcos específicos, como sorrir, rolar,
sentar, engatinhar, andar e falar, dentro dos marcos do desenvolvimento
"padrão". Enquanto isso, crianças atípicas podem apresentar
dificuldades em alcançar certos marcos ou alcançá-los de forma diferente. Por
exemplo, uma criança com autismo pode desenvolver a fala mais tarde do que o
esperado, ou uma criança com paralisia cerebral pode não atingir os marcos
motores típicos.
Variações Individuais: As variações individuais das crianças atípicas são amplas e podem afetar
diferentes áreas de desenvolvimento, como habilidades motoras, cognitivas,
sociais e emocionais. Algumas podem apresentar atrasos em certas áreas,
enquanto outras exibem habilidades avançadas em outras. Fatores como gravidade
da condição, intervenções precoces e ambiente familiar influenciam essas
variações. Portanto, é importante reconhecer e apoiar essas diferenças para
garantir que cada criança, típica ou atípica, receba o suporte necessário para
alcançar seu potencial máximo de desenvolvimento.
Necessidades de Suporte: Crianças típicas geralmente não precisam de intervenções
específicas para atingir marcos do desenvolvimento, enquanto crianças atípicas
podem exigir suporte adicional, incluindo terapia ocupacional, fonoaudiologia,
fisioterapia ou outras intervenções, para ajudá-las a alcançar marcos e atingir
seu potencial máximo de desenvolvimento.
Para a Prof.ª Dra. Juliana Bilhar, o mais
importante é compreender os marcos do desenvolvimento e oferecer
o apoio necessário a cada criança em sua jornada de crescimento.
“Reconhecer as variações individuais, promover a inclusão e fornecer
intervenções adequadas são essenciais para garantir que todas as crianças,
típicas ou atípicas, tenham a oportunidade de alcançar seu potencial máximo,
independentemente de suas trajetórias de desenvolvimento”, finaliza a
fisioterapeuta.
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