Cada faixa
etária tem sua particularidade, mas em todas elas a prevenção é a forma mais
eficiente de tratar problemas nos olhos
Você já
parou para pensar quantas vezes foi ao oftalmologista para exames de rotina?
Essa é uma pergunta que ressalta a importância de cuidar dos olhos,
principalmente diante das condições do ambiente, poluição e intensificação
do tempo dispensado diante da tela de celular, computador, tablets, televisão,
além, é claro, do natural desgaste da visão que avança com a idade e problemas
crônicos que são passíveis de serem desenvolvidos ao longo da vida.
Pensando nisso, o diretor médico da MAPFRE
Saúde, Claudio Tafla, frisa que a prevenção de problemas oculares deve
acontecer em todas as idades, mas precisa ser ainda mais intensa em idosos e
bebês. “As doenças oculares são silenciosas e gradativas. Por isso, é essencial
que as pessoas se conscientizem de que é fundamental ir ao médico com mais
frequência e realizar exames regularmente”, afirma.
O médico explica que cada faixa etária tem
sua particularidade e que é necessário ficar atento, pois é muito normal
problemas de visão não apresentarem sintomas aparentes.
Nascimento até 2 anos
Para as crianças recém nascidas é ideal
que seja realizada ainda na maternidade a primeira avaliação oftalmológica,
através do “teste do olhinho”, que é capaz de detectar doenças congênitas como
catarata, glaucoma e retinoblastoma. "É imprescindível que a família
esteja atenta a avaliação realizada ainda no hospital pois o diagnóstico
precoce é essencial para o bom desenvolvimento da criança na primeira
infância”, explica.
Entre 3 a 12 anos
Esse é o período que as crianças estão
desenvolvendo a sua visão e aprendem a enxergar. Nesse caso, é necessário que
os pais atentem à maneira com que a criança está enxergando, para identificar
problemas comuns nesta idade, como o estrabismo, que é o desequilíbrio na
função muscular dos olhos, fazendo com que eles não fiquem em paralelo. “Quando
diagnosticado no início de seu desenvolvimento, o estrabismo pode ser corrigido
em crianças de até 6 ou 8 anos de idade”, comenta. Vale lembrar que o
ideal é que a criança faça a sua primeira consulta ao oftalmologista a partir
dos três anos de idade.
Entre 14 e 20 anos
Entre os jovens, a doença mais frequente é
o ceratocone, que afeta diretamente o formato e a espessura da córnea,
provocando a visão destorcida, tanto para perto quanto para longe. Geralmente,
ela surge com o hábito de coçar excessivamente os olhos, e também a Síndrome da
Visão do Computador (CVS), que aumenta a possibilidade da miopia e da
hipermetropia com o uso em excesso nos aparelhos eletrônicos. “Passamos a maior
parte do nosso tempo na frente da tela de um celular ou do computador e isso
acaba forçando a nossa visão a se adaptar constantemente ao brilho e a luz
dessas telas”, afirma.
Entre a 40 e 50 anos
A partir dos 40 anos é essencial a medição
anual da pressão intraocular, que faz a avaliação do fundo do olho para
identificar danos que doenças, como o diabetes, podem causar a visão. Além
disso, a medição torna-se ainda mais importante para aqueles que já têm na
família casos de glaucoma que, quando diagnosticado com antecedência, pode
ser tratado de forma mais eficiente.
A partir dos 60 anos
Pode ser considerado o momento de maior
cuidado da visão, já que nessa fase o corpo está pré-disposto ao
surgimento de doenças como catarata e degeneração macular, um problema na parte
central da retina, que afeta a percepção de detalhes, formas e cores.
Segundo Tafla, é importante identificar os
sinais de que a sua visão está começando a ter problemas. “A visão embaçada,
lacrimejamento excessivo e dores de cabeça e nos olhos são alertas e devem ser
monitorados com o acompanhamento de um especialista”, finaliza.
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