Sabe-se que as mulheres são do sexo forte e que a vaidade e
a saúde são deixadas de lado quando a longa lista de afazeres está relacionada
em ter que cuidar da casa, do parceiro, dos filhos ou até mesmo do trabalho.
Realmente não deve ser tarefa fácil.
Porém, deixar a saúde de lado não é aconselhavel. Segundo a
Dra. Thais Almeida, coordenadora da Ginecologia Oncológica do Hospital Bandeirantes,
mesmo sendo atarefada as mulheres precisam de um tempinho só para elas, para
cuidar, principalmente, da saúde. E os primeiros cuidados devem começar dentro
de um consultório. “A consulta periódica com o médico ginecologista, por
exemplo, deverá ser realizada uma vez por ano, pois auxilia no rastreamento e
prevenção de doenças”, alerta a ginecologista.
Ao cantar a música Rosa Choque, a cantora Rita Lee já dizia
“Mulher é um bicho esquisito, todo mês sangra”. Ou seja, o cuidado com a saúde
da mulher começa na juventude, com a primeira menstruação, e deve permanecer
até depois da menopausa. A prevenção de doenças começa com a realização de
exames, orientações sobre anticoncepcional, terapia de reposição hormonal,
controle de peso; e de doenças sexualmente transmissíveis. Os exames indicados
pela ginecologista para prevenção são: colpocitologia oncótica, que poderá
diagnosticar as lesões pré cancerígenas e o câncer do colo de útero;
mamografia, para rastrear câncer de mama; exames laboratoriais e Densitometria óssea (diagnóstico de
osteopenia ou osteoporose).
O Ginecologista Oncológico, especialista em tratar tumores
pré malignos e malignos do trato genital inferior na mulher e realizar o
tratamento cirúrgico, muitas vezes indicando tratamento complementar com radioterapia e/ou
quimioterapia, deverá ser procurado para tratar as anomalias do corpo feminino.
O especialista tratará de:
Câncer do colo do útero
É uma das anomalias que mais atinge o sexo feminino. É um tumor
que acomete a porção inferior do útero, chamado de o colo ou cérvix. O Câncer é
ocasionado pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e a mulher contrai o vírus
principalmente na relação sexual. O câncer aparece por meio de lesões com
destruição ou formação de tumor, que tem como extensão direta a vagina e órgãos
ao redor do colo. As jovens são
as mais afetadas e as chances de cura são altas quando diagnosticado em
estágios iniciais.
Câncer de endométrio
Comum em mulheres com mais de 60 anos, o câncer do endométrio
é detectado por um sangramento vaginal na pós menopausa. A doença não tem um
sintoma específico, mas caso a paciente apresente sangramento vaginal entre as
menstruações ou pós menopausa associdado
a dor pélvica ou durante a relação sexual, deverá procurar um especialista. O
diagnóstico é feito a partir do exame pélvico, ultrassom vaginal e biópsia do
endométrio por histeroscopia ou curetagem uterina.
Câncer
de ovário
De
acordo com a ginecologista é um dos mais difíceis de ser diagnosticado na fase
inicial da doença pois os sintomas são leves
ou inexistente. Os tumores do
ovário, em sua maioria, se manifestam em estágio avançado, porém sua evolução é
lenta. Os sintomas da paciente podem estar associados à presença de massa
pélvica com ou sem formação de líquido (ascite), dor abdominal difusa além do
desconforto digestivo. Vale
lembrar que o exame de Papanicolau não detecta o câncer de ovário.
Câncer
de vulva
Uma
neoplasia que acomete os pequenos e/ou grandes lábios, clitóris e períneo. A
influência desta anomalia está presente com predomínio na faixa etária entre 50
e 80 anos. O tumor pode ser observado pelo inchaço, a vermelhidão e uma espécie
de ferida. É comum sentir muita coceira, dor ao urinar, queimação e sangramento
local. Algumas pacientes sentem vergonha e, por isso, não procuram por um
especialista, mas vale lembrar que o tratamento inicial é, preferencialmente,
cirúrgico.
Câncer
de vagina
O
diagnóstico da doença é realizado pela biópsia do local suspeito e exclusão de
outros tumores metastáticos para vagina. O ginecologista raspa o tecido da
superfície no interior da vagina para realizar uma biópsia. Em alguns casos, é
possível observar a ferida a olho nu. O diagnóstico pode variar, porém a
indicação mais comum para o tratamento é feito por meio da radioterapia.
Tratamento
tecnológico
Segundo
a doutora Thais Almeida, em alguns casos é possível realizar tratamento de
alguns tipos de tumores ginecológicos pela cirurgia videolaparoscopica, como
por exemplo: tratamento dos
tumores iniciais de câncer do colo do útero, câncer de endométrio e abordagem
de tumores de ovário boderline ou mesmo massas de pequeno volume.
O procedimento cirúrgico por vídeo também é indicado para
diagnóstico por biópsia em casos de doença pélvica- abdominal irressecável, no
âmbito de iniciar tratamento quimioterápico a curto prazo.
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