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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Entenda os cuidados que toda mulher deve ter com a saúde íntima




Sabe-se que as mulheres são do sexo forte e que a vaidade e a saúde são deixadas de lado quando a longa lista de afazeres está relacionada em ter que cuidar da casa, do parceiro, dos filhos ou até mesmo do trabalho. Realmente não deve ser tarefa fácil.
Porém, deixar a saúde de lado não é aconselhavel. Segundo a Dra. Thais Almeida, coordenadora da Ginecologia Oncológica do Hospital Bandeirantes, mesmo sendo atarefada as mulheres precisam de um tempinho só para elas, para cuidar, principalmente, da saúde. E os primeiros cuidados devem começar dentro de um consultório. “A consulta periódica com o médico ginecologista, por exemplo, deverá ser realizada uma vez por ano, pois auxilia no rastreamento e prevenção de doenças”, alerta a ginecologista.
Ao cantar a música Rosa Choque, a cantora Rita Lee já dizia “Mulher é um bicho esquisito, todo mês sangra”. Ou seja, o cuidado com a saúde da mulher começa na juventude, com a primeira menstruação, e deve permanecer até depois da menopausa. A prevenção de doenças começa com a realização de exames, orientações sobre anticoncepcional, terapia de reposição hormonal, controle de peso; e de doenças sexualmente transmissíveis. Os exames indicados pela ginecologista para prevenção são: colpocitologia oncótica, que poderá diagnosticar as lesões pré cancerígenas e o câncer do colo de útero; mamografia, para rastrear câncer de mama; exames laboratoriais  e Densitometria óssea (diagnóstico de osteopenia ou osteoporose).
O Ginecologista Oncológico, especialista em tratar tumores pré malignos e malignos do trato genital inferior na mulher e realizar o tratamento cirúrgico, muitas vezes indicando tratamento  complementar com radioterapia e/ou quimioterapia, deverá ser procurado para tratar as anomalias do corpo feminino. O especialista tratará de:
Câncer do colo do útero
É uma das anomalias que mais atinge o sexo feminino. É um tumor que acomete a porção inferior do útero, chamado de o colo ou cérvix. O Câncer é ocasionado pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e a mulher contrai o vírus principalmente na relação sexual. O câncer aparece por meio de lesões com destruição ou formação de tumor, que tem como extensão direta a vagina e órgãos ao redor do colo.  As jovens são as mais afetadas e as chances de cura são altas quando diagnosticado em estágios iniciais.
Câncer de endométrio
Comum em mulheres com mais de 60 anos, o câncer do endométrio é detectado por um sangramento vaginal na pós menopausa. A doença não tem um sintoma específico, mas caso a paciente apresente sangramento vaginal entre as menstruações ou pós menopausa  associdado a dor pélvica ou durante a relação sexual, deverá procurar um especialista. O diagnóstico é feito a partir do exame pélvico, ultrassom vaginal e biópsia do endométrio  por  histeroscopia ou curetagem uterina.
Câncer de ovário

De acordo com a ginecologista é um dos mais difíceis de ser diagnosticado na fase inicial da doença pois os sintomas são leves  ou inexistente.  Os tumores do ovário, em sua maioria, se manifestam em estágio avançado, porém sua evolução é lenta. Os sintomas da paciente podem estar associados à presença de massa pélvica com ou sem formação de líquido (ascite), dor abdominal difusa além do desconforto digestivo.  Vale lembrar que o exame de Papanicolau não detecta o câncer de ovário.

Câncer de vulva
Uma neoplasia que acomete os pequenos e/ou grandes lábios, clitóris e períneo. A influência desta anomalia está presente com predomínio na faixa etária entre 50 e 80 anos. O tumor pode ser observado pelo inchaço, a vermelhidão e uma espécie de ferida. É comum sentir muita coceira, dor ao urinar, queimação e sangramento local. Algumas pacientes sentem vergonha e, por isso, não procuram por um especialista, mas vale lembrar que o tratamento inicial é, preferencialmente, cirúrgico.

Câncer de vagina
O diagnóstico da doença é realizado pela biópsia do local suspeito e exclusão de outros tumores metastáticos para vagina. O ginecologista raspa o tecido da superfície no interior da vagina para realizar uma biópsia. Em alguns casos, é possível observar a ferida a olho nu. O diagnóstico pode variar, porém a indicação mais comum para o tratamento é feito por meio da radioterapia.

Tratamento tecnológico
Segundo a doutora Thais Almeida, em alguns casos é possível realizar tratamento de alguns tipos de tumores ginecológicos pela cirurgia videolaparoscopica, como por exemplo: tratamento dos tumores iniciais de câncer do colo do útero, câncer de endométrio e abordagem de tumores de ovário boderline ou mesmo massas de pequeno volume.

O procedimento cirúrgico por vídeo também é indicado para diagnóstico por biópsia em casos de doença pélvica- abdominal irressecável, no âmbito de iniciar tratamento quimioterápico a curto prazo.



Hospital Bandeirantes - Site: www.hospitalbandeirantes.com.br
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