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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Entenda como a positividade tóxica pode prejudicar a saúde mental

A psicóloga Maria Klien aborda o tema e mostra que todos os tipos de sentimentos são válidos para o crescimento humano

 

A positividade tóxica é uma característica que se manifesta quando as emoções negativas são invalidadas em nome de uma busca incessante pelo otimismo. Apesar de parecer benéfica à primeira vista, essa prática pode ter impactos adversos na saúde mental, uma vez que reprime a expressão autêntica das emoções humanas. Segundo especialistas, o equilíbrio emocional depende do reconhecimento e da limitação de todos os sentimentos.

De acordo com a psicóloga Maria Klien, a positividade tóxica pode levar ao isolamento emocional. “Quando nos sentimos pressionados a ignorar ou mascarar nossas dificuldades, acabamos impedindo a conexão genuína com outras pessoas, que também enfrentam desafios semelhantes”, explica. Esse isolamento reforça a ideia de que as emoções negativas são inaceitáveis, agravando questões como ansiedade e depressão.

Além disso, a cultura da positividade extrema desconsidera a complexidade das emoções humanas. Sentimentos como tristeza, raiva ou frustração desempenham um papel essencial no desenvolvimento pessoal e no aprendizado. Ao negar essas experiências, cria-se uma desconexão interna, dificultando a capacidade de enfrentar desafios e encontrar soluções para problemas.

O movimento de conscientização sobre os danos da positividade tóxica incentiva uma visão mais abrangente das emoções. Para Maria Klien, essa abordagem valoriza a desvantagem emocional, sejam elas consideradas positivas ou negativas, é essencial para o bem-estar psicológico. As emoções negativas, assim como as positivas desempenham um papel legítimo e importante em nossas vidas, nos ajudando a compreender melhor  nossos limites, necessidades e encontrar caminhos para o crescimento pessoal”, afirma.

Uma prática comum de positividade tóxica está nas interações sociais, quando frases como “vai ficar tudo bem” ou “pense positivo” são usadas para minimizar experiências difíceis. Embora essas expressões sejam muitas vezes bem-intencionadas, podem invalidar a dor do outro, indicando que não há espaço para a vulnerabilidade ou o sofrimento.

A liberdade de sentimentos permite um processamento mais saudável das situações adversas, contribuindo para uma maior inteligência emocional. Esse processo não implica uma glorificação do sofrimento, mas sim um reconhecimento da sua importância no contexto humano.

Maria Klien ressalta que é essencial criar espaços seguros para a expressão emocional. “Quando uma criança demonstra comportamentos diferentes na presença da mãe, falo isso como um exemplo, isso pode ser interpretado de forma positiva, pelo menos na perspectiva da psicologia que eu pratico. Esse comportamento indica que a criança reconhece na mãe um espaço seguro para ser autêntico, sem a necessidade de desempenhar funções ou buscar uma perfeição inatingível”, comenta.

Por outro lado, a positividade tóxica pode perpetuar estigmas em torno da saúde mental, dificultando que as pessoas procurem ajuda profissional. A pressão para parecer bem o tempo todo pode levar a um adiamento do tratamento de questões emocionais, agravando sintomas e atrasando a recuperação.

Abandonar a positividade tóxica não significa adotar uma postura pessimista, mas sim compreender que todas as emoções são válidas e desempenham papeis importantes no crescimento pessoal. Essa mudança de perspectiva promove uma convivência mais harmoniosa com os próprios sentimentos, criando espaço para o autoconhecimento e a evolução emocional.

  


Maria Klien - exerce a psicologia, se orientando pela investigação dos distúrbios ligados ao medo e à ansiedade. Sua atuação clínica integra métodos tradicionais e práticas complementares, visando atender às necessidades emocionais dos indivíduos em seus universos particulares. Como empreendedora, empenha-se em ampliar a oferta de recursos terapêuticos que favorecem a saúde psíquica, promovendo instrumentos destinados ao equilíbrio mental e ao enfrentamento de questões que afetam o bem-estar psicológico de cada paciente.


Quais os sinais do vício de crianças em aparelhos eletrônicos?

Pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, aponta que 25 milhões de jovens entre 9 e 17 anos usam a internet

 

Os impactos da tecnologia na saúde mental das crianças têm se tornado cada vez mais relevantes. Recentemente, o presidente Lula sancionou a Lei 15.100/25 que proíbe o uso de celulares em escolas desde a educação infantil até o ensino médio, tanto na rede pública como na particular. Com isso, para além da proibição em escolas, é importante compreender que o cuidado para com a saúde mental das crianças e adolescentes precisa estar presente dentro de casa também. 

De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de 25 milhões de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos eram usuários de internet em 2023 no país. Na relação entre jovens e internet, há o uso de redes sociais e com isso, os feeds infinitos causam um impacto considerável na saúde desse público. 

“Os feeds infinitos são projetados para estimular a hiperconectividade e, no caso de jovens, portanto, devemos observar se a relação com o meio virtual dilui a experiência de privacidade e solitude, necessárias na formação da identidade. Então, quando a busca do adolescente por se conhecer e ser reconhecido se resume a postar e compartilhar, a dependência do mundo digital não é a raiz do problema e sim um sintoma de uma busca emocional para pertencer”, explica Marcos Torati, psicólogo e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.

Segundo o especialista, a ausência de pausas nos feeds infinitos pode reforçar a tendência à instantaneidade, dificultando o manejo da capacidade de espera, o que se conecta com o conceito de FOMO (“Fear of Missing Out”), o medo de não conseguir acompanhar as atualizações dos eventos. Além disso, o excesso de estímulos e conteúdos apresentados em alta velocidade pode banalizar as experiências, reduzindo a capacidade de atenção e a qualidade do tempo na plataforma.

"Redes sociais assim combinam conteúdos personalizados, autoplay e recompensas imprevisíveis para manter a atenção dos usuários. A combinação de repetição automática e busca obsessiva pode provocar no indivíduo um estado alterado de consciência, comparável à hipnose, pois o foco intenso, aliado ao relaxamento psicológico, favorece a alienação do mundo exterior. Essa desconexão resulta em procrastinação e perda de noção corporal e do tempo social", comenta ele.


Como pais e responsáveis podem saber se há algo errado com os filhos?

É preciso estar atento ao comportamento dos jovens e buscar orientá-los sobre os riscos do uso excessivo de redes sociais e das interações com desconhecidos. Mas, para que a proibição e o diálogo sejam significados como expressões de cuidado, os pais devem avaliar se eles próprios são presentes e se representam figuras de confiança.

"Os pais devem observar se o uso das redes agravou ou produziu mudanças nos padrões comportamentais dos filhos, como novos vocabulários, respostas agressivas diante das frustrações, perturbações na concentração ou hiperfoco, distúrbios no processo de aprendizagem, procrastinação, obesidade, insônia; tendinites, dores posturais, isolamento social, etc. Por vezes, a intoxicação eletrônica apresenta sintomas semelhantes aos do Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que pode levar pais e profissionais a erros de diagnóstico e prejudicar o tratamento apropriado.", exemplifica Torati.

O psicólogo ainda aponta que as crianças se sentem seguras emocionalmente com a previsibilidade e estabilidade do ambiente, por isso a rotina é algo importante, como vemos no ato de assistir o mesmo programa, ouvir as mesmas músicas e realizar as mesmas brincadeiras.  No mais, é preciso avaliar se a hiperestimulação inerente ao mundo digital produz desconexões em relação ao prazer de brincar, de interagir com as pessoas físicas e de existir no mundo real.

Segundo ele, desse modo, quando ele encontra um aparelho eletrônico que repete infinitamente o que ela deseja, a criança pode entrar em estado anestesiamento mental por alguns períodos, o que a longo prazo traz prejuízos.

"Quando toda essa hiperestimulação se torna habitual no contexto da criança e do adolescente eles se distanciam de três experiências importantes no processo de desenvolvimento: o contato com a sensação de vazio, o tédio e surgimento do ócio criativo. Pois, é na ausência do outro e dos estímulos externos que a criança e o jovem podem descobrir a importância da capacidade de estar só e o valor da solitude, explorando a capacidade de se entreter consigo e com a companhia dos próprios pensamentos", reforça ele.

A hiperconectividade não deve ser encarada como uma característica exclusiva da juventude moderna, mas também um sintoma contemporâneo que pode denunciar como as famílias modernas adotaram os aparelhos eletrônicos como um novo membro familiar, um elemento forjado para aliviar tensões e substituir as funções dos cuidados parentais. De acordo com Torati, as “chupetas” eletrônicas ou digitais podem servir tanto para os filhos quanto para os pais.

"Ao evidenciarmos as figuras parentais como possíveis agentes dos vícios infantis, certos detalhes aparecem. Por exemplo, um smartphone pode ser entregue nas mãos de uma criança pela dificuldade dos pais em lidar com choros e frustrações. Em outros casos, esses pais têm medo de dizer ‘não’, enquanto em alguns lares, é construído um pacto inconsciente em torno do gozo, de modo que os pais não pensam em proibir o acesso dos dispositivos porque eles próprios são vítimas das intoxicações eletrônicas e não desejam perder e nem exigir esse direito", finaliza o psicólogo.

 

Marcos Torati - Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com especialização em psicanálise (abordagem winnicottiana) e psicoterapia focal. É supervisor de atendimento clínico e professor e coordenador de cursos de pós-graduação em Psicologia e Psicanálise


Tecnologia pode ter impacto no aumento de transtornos mentais

A frequência da Terra baixou e psicanalista revela cinco dicas para a cocriação de uma melhor realidade 

 

A nova era da humanidade trouxe avanços tecnológicos importantes e de impacto positivo na rotina, como a inteligência artificial, mas também gerou as chamadas correntes invisíveis que aprisionam os seres humanos, reduzindo a frequência vibracional da Terra. Em geral, há uma crescente onda de insegurança, medo e desesperança, afetando diretamente a energia emitida por cada indivíduo e, consequentemente, pelo planeta como um todo.

A pesquisa "Psiquiatria e o mundo digital: de uso problemático de tecnologias a novas ferramentas em saúde mental," conduzida pelo Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento da UFRGS, revela dados preocupantes sobre o impacto das tecnologias na saúde mental, como a prevalência global de 3,05% para o gaming disorder, um transtorno incluído na CID-11. Por outro lado, o estudo destaca o uso crescente das próprias ferramentas digitais para melhorar a precisão no diagnóstico e na predição de riscos, especialmente em áreas críticas como a prevenção ao suicídio, que atualmente é uma das principais causas de morte entre jovens.

Elainne Ourives, psicanalista e especialista em reprogramação mental, explica que as pessoas conscientes dessa realidade estão buscando entender como elevar suas próprias vibrações para cocriar uma vida mais alinhada com seus sonhos. “Em meu projeto HoloCINE, milhares de participantes já compartilharam experiências transformadoras nas primeiras horas de exibição”, comenta. Para ela, o conteúdo ajuda a mudar a percepção sobre o impacto do campo eletromagnético humano e ensina técnicas que visam ajustar essa frequência, atraindo uma realidade mais positiva.

A especialista cita cinco passos essenciais para cocriar uma realidade melhor:

  1. Compreenda o seu campo eletromagnético

Todos os seres humanos emitem uma frequência, um campo energético. Ao modificar conscientemente a energia que você envia ao universo, pode-se ajustar o retorno dessa vibração, criando novas possibilidades.

  1. Alinhe as suas quatro mentes

A mente é composta por quatro aspectos fundamentais que definem a realidade em que se vive. É crucial aprender a identificar e harmonizar esses aspectos para atingir seus objetivos e cocriar seus sonhos de forma plena.

  1. Eleve a sua frequência emocional

De acordo com estudos de Neurociência e Física Quântica, sentimentos e emoções possuem frequências vibracionais que podem ser medidas em Hertz. Vibrar em emoções de alta frequência, como amor e gratidão, eleva sua vibração e permite uma cocriação mais eficaz.

  1. Comunique-se com o Universo

Crenças limitantes podem ser os maiores impedimentos para alcançar a realidade que você deseja. É necessário reconhecer essas barreiras internas e substituí-las por padrões mais elevados de pensamento e emoção, enviando uma mensagem clara ao Universo.

  1. Desbloqueie sua felicidade

Para cocriar a vida dos seus sonhos, você deve se libertar de prisões emocionais. O primeiro passo é identificar e neutralizar esses bloqueios. A técnica Hertz, uma poderosa ferramenta de reprogramação mental e vibracional, foi desenvolvida para ajudar nesse processo.

“Pesquisas como as conduzidas pelo Dr. David Hawkins apontam que emoções de baixa frequência, como vergonha e culpa, podem aprisionar indivíduos em ciclos negativos, enquanto sentimentos de alta frequência, como coragem e amor, são fundamentais para transformar realidades”, conclui a psicanalista. Essa conscientização é a chave para elevar a frequência global. 

 


Elainne Ourives - Treinadora mental, cientista e pesquisadora nas áreas da Física Quântica, das Neurociências e da reprogramação mental; autora best-seller de 8 livros; mestra de mais de 200 mil alunos, sendo 120 mil deles alunos do treinamento Holo Cocriação de Sonhos e Metas, a mais completa metodologia de reprogramação mental, cocriação e manifestação de sonhos do mundo; formada pelos maiores cientistas do mundo, tais como Jean Pierre Garnier Malet, Tom Campbell, Gregg Braden, Bob Proctor, Joe Dispenza, Bruce Lipton, Deepak Chopra e Tony Robbins; multiplicadora do Ativismo Quântico de Amit Goswami; certificada pelo Instituto HeartMath; única trainer de Joe Vitale no Brasil. É ainda idealizadora do Movimento “A Vida é Incrível”, lançado para ajudar a libertar o potencial máximo das pessoas na realização de seus sonhos; e criadora da Técnica Hertz®, que surgiu a partir de descobertas da física quântica e do estudo aprofundado das mais poderosas técnicas energéticas do mundo.
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47% dos pais têm dificuldade para engajar os filhos em atividades criativas, revela estudo da Faber-Castell

Pesquisa reforça a importância do incentivo à criatividade na infância, estimulando a imaginação e a capacidade de pensar em soluções para situações do cotidiano   

 

Brincar, explorar e experimentar - você já parou para pensar na importância da criatividade para o desenvolvimento das crianças? Esse é o convite da Faber-Castell por meio da linha de brinquedos Creativity For Kids. Para conhecer a fundo a percepção dos pais e cuidadores sobre o tema, a marca se uniu à plataforma Toluna para entrevistar mais de 500 pessoas de todas as regiões do país com filhos entre três e doze anos*. O levantamento mostra que 98% dos entrevistados consideram a criatividade muito importante ou importante para o desenvolvimento dos pequenos. No entanto, outro apontamento também chama atenção para um desafio contemporâneo: o equilíbrio entre o estímulo à imaginação e o uso de telas.

Durante as entrevistas, 77% dos pais consideram que brincar com os filhos é uma forma essencial de criar memórias afetivas duradouras e 56% também acreditam que essas atividades representam tempo de qualidade em família. Entretanto, a pesquisa revela que o uso de telas entre crianças é uma realidade: com a maioria das crianças utilizando dispositivos eletrônicos entre 30 minutos e 3 horas por dia, 47% dos pais apontam a preferência dos filhos por TV, celular, videogame e outros dispositivos. A preocupação com o tempo excessivo de tela é representativa para 42% dos pais, que buscam alternativas para equilibrar o uso da tecnologia com atividades que estimulem a imaginação. 

Ainda que o uso excessivo das telas seja uma preocupação, a solução está em encontrar o equilíbrio entre o uso das telas e o estímulo da criatividade, como apontam os dados. Em uma pergunta de múltiplas escolhas, os entrevistados revelaram que entre as atividades mais realizadas pelos seus filhos durante o tempo livre estão as atividades de pintar e desenhar (53%), disputando espaço com os jogos e/ou brinquedos eletrônicos/celular (49%) e o consumo de vídeos e filmes na TV (45%).

 

E agora, como ajudar os pais a manter o equilíbrio?  

Há mais de 260 anos incentivando o potencial criativo de pessoas de todas as idades, a Faber-Castell enxerga a criatividade como a capacidade inata das crianças de imaginar e criar de forma leve e divertida. Seja desenhando, inventando histórias, construindo brinquedos ou encontrando soluções criativas para os desafios do dia a dia, a criatividade infantil desabrocha quando as crianças são encorajadas a explorar o mundo ao seu redor com curiosidade e liberdade.

É por isso que, neste ano, a marca reforçou sua presença no Brasil com o lançamento da linha de brinquedos criativos Creativity For Kids, que estimulam a imaginação das crianças enquanto contribuem para habilidades como coordenação motora, autoconfiança e foco. O objetivo é continuar contribuindo para ajudar as famílias a encontrarem um equilíbrio saudável entre o mundo digital e o analógico, já que 87% dos pais afirmam que se esforçam para incentivar a criatividade em seus filhos, promovendo brincadeiras que estimulam a imaginação e disponibilizando diversos materiais para atividades criativas. Esse dado demonstra que os pais reconhecem a importância da criatividade e buscam ativamente maneiras de promovê-la no dia a dia de seus filhos.

"Atividades manuais, como desenhar, colorir, montar e criar surgem como uma alternativa eficaz para equilibrar o tempo de tela e estimular a imaginação, oferecendo às crianças a oportunidade de expressar suas emoções, desenvolver habilidades motoras e explorar todo o seu potencial criativo”, comenta Luis Mauro de Campos Russo, Gerente da linha de Creativity For Kids na Faber-Castell.

 


*Pesquisa 100% online realizada em outubro de 2024, com 530 adultos de 18 a 55 anos, com um ou mais filhos de 3 a 12 anos, das classes A, B e C, das regiões Sudeste, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.


Faber-Castell


Maternidade Atípica: o desafio de redescobrir o mundo a cada dia

Com 73% dos pais ausentes, de acordo com estudo, mães atípicas enfrentam sobrecarga emocional e financeira

 

A maternidade é um dos desafios mais transformadores da vida de uma mulher. Quando falamos de uma mãe atípica, essa jornada se torna ainda mais intensa, repleta de aprendizados e uma necessidade constante de adaptação. Alessandra Oliveira, coautora do livro “Maternidade Atípica”, aborda essa realidade no capítulo “Não há nada de errado com você!”, trazendo reflexões sobre os desafios e as descobertas que acompanham esse caminho.

“Uma mãe atípica vivencia uma situação ainda mais dinâmica, pois precisa lidar com um mundo desconhecido e explorar novas alternativas trazidas pela incerteza que o diagnóstico do seu filho representa”, ressalta Alessandra. A incerteza é um dos primeiros sentimentos a se fazer presente, especialmente quando a família recebe um diagnóstico que desafia expectativas e reformula sonhos.

A aceitação é um processo individual e singular. “O primeiro desafio é aceitar o sentimento de luto e frustração que o diagnóstico apresenta: é preciso superar a expectativa inicial do 'filho sonhado' para dar lugar ao 'filho concebido'”, explica a autora. A duração desse luto varia para cada família, e respeitar esse tempo é essencial para que a mãe possa viver plenamente sua maternidade.

Outro ponto crítico enfrentado por muitas dessas mães é a falta de suporte. De acordo com um estudo do Instituto Mano Down, cerca de 73% dos pais abandonam suas famílias em até cinco anos após o nascimento de uma criança com deficiência intelectual. Essa realidade intensifica a carga emocional e financeira sobre as mães, que precisam lidar sozinhas com consultas médicas, terapias, processos burocráticos e a inclusão escolar dos filhos.

A sobrecarga pode levar a problemas graves como ansiedade, depressão e burnout. “Diante de tanta sobrecarga, as mães atípicas enfrentam muitas aflições que causam insegurança, medo, cansaço, impotência e solidão”, alerta Alessandra. Por isso, a inteligência emocional se torna uma ferramenta essencial para a saúde mental dessas mulheres. A prática da atenção plena (mindfulness) e o autocuidado são algumas das estratégias recomendadas para manter o equilíbrio emocional e garantir que a mãe tenha condições de oferecer o melhor de si ao filho.

Apesar dos desafios, a maternidade atípica também é repleta de momentos de felicidade e realização. “Celebre o progresso do seu filho, pois cada passo, mesmo pequeno, é uma conquista. Torne a jornada uma festa de amor e apoio incondicional”, encoraja Alessandra. Para ela, o amor supera os obstáculos e transforma a relação entre mãe e filho em um aprendizado constante.

A sociedade tem um papel fundamental nesse processo. Criar redes de apoio, oferecer empatia e valorizar a diversidade da maternidade são atitudes que podem tornar o mundo mais inclusivo e acolhedor.

O caminho da maternidade atípica é repleto de desafios, mas também de grandes descobertas e aprendizados. “Que possamos, como sociedade, oferecer o suporte necessário para que essas mães possam exercer seu papel com dignidade, respeito e amor”, conclui Alessandra.


Como identificar os sinais de um relacionamento tóxico e como sair dele? Especialista Elisa Ponte ensina

A terapeuta comportamental Elisa Ponte afirma que dependendo do nível que essa pessoa está envolvida, ela não consegue ter ferramentas para se libertar

Em algum momento você já ouviu essa expressão ou até já lidou com isso. O relacionamento tóxico é vínculo extremamente abusivo emocional, físico ou psicológico, que acontece no ambiente de trabalho, no ambiente familiar ou nos relacionamentos amorosos. A especialista em inteligência emocional e terapeuta comportamental ajuda a identificar os sinais.

"Um relacionamento tóxico é um vínculo em que há abusos emocionais, físicos ou psicológicos. Pode ocorrer entre amigos, familiares, colegas de trabalho ou parceiros amorosos. Alguns sinais são apresentados, Falta de apoio, ansiedade, medo, ciúmes, ameaças, críticas disfarçadas de elogio, desrespeito, dependência financeira emocional e física, desrespeito às fronteiras", pontua.

Elisa diz que geralmente, ninguém será tóxico em um relacionamento no início da relação. "Isso ocorre conforme o tempo. Você conhece uma pessoa, você revela os seus sonhos, suas metas, seus objetivos, você traz essa pessoa para o seu mundo, você quer que ela faça parte da sua realidade. E isso é em qualquer ambiente, familiar, na amizade ou amoroso. E você não sabe o que está passando na cabeça da outra pessoa. E tudo inicia com uma grande amizade. Porque em todos os nossos relacionamentos, a princípio, a gente tem que estabelecer um nível de confiança. Você não começa nenhum relacionamento se você não se sentir confortável e confiante. E quando a pessoa começa a perceber que você deu essa abertura para ela e ela tem má intenção, ela pode aproveitar da sua vulnerabilidade para iniciar os ataques emocionais, físicos ou psicológicos", frisa a especialista.

Elisa diz que quando a pessoa está totalmente envolvida em um relacionamento abusivo, ela não consegue perceber. "Às vezes ela sente mal, ela chora, ela compartilha com os amigos ou com alguém próximo, as pessoas que estão do lado de fora começam a opinar e ela no mundo dela real e dependendo do grau de dependência, ela não consegue perceber. A pessoa pede desculpa, pede perdão, fala que não vai acontecer mais e é um ciclo repetitivo. E a pessoa começa a perceber que aquele relacionamento não está mais fazendo bem e ela não consegue se libertar. E muitos relacionamentos vão passando, se tornam totalmente dependentes um do outro porque. Quanto maior liberdade você entrega para uma pessoa, mais conhecimento ela tem sobre você. E imagina você viver num relacionamento que a pessoa sabe todas as suas informações, as suas fraquezas, as suas dores, os seus sonhos, as suas forças. E ela está ali com o único objetivo de te prender, de te machucar, de ferir. E aí essa pessoa não tem ferramentas para se libertar. E as pessoas que estão do lado de fora para opinar, sempre tem alguém para opinar, faz apenas essa pergunta. Por que você não sai desse relacionamento? Por que você não larga isso? Isso não é para você", destaca,

A terapeuta comportamental afirma que dependendo do nível que essa pessoa está envolvida, ela não consegue ter ferramentas para se libertar deste relacionamento, porque a autoestima dela está lá embaixo.

"Às vezes ela está sem amor próprio, às vezes ela perdeu o ciclo de amizade. E aí cria uma dependência totalmente emocional. Até vínculo, porque essa pessoa pensa e tem toda uma visão distorcida, que essa pessoa era apenas amigo, ou uma amiga, e como essa pessoa tem muitas informações. Ela começa a utilizar essas informações para ofender, para machucar, para magoar. E o mais importante, e o mais desafiador, é você começar a perceber isso no início dum relacionamento, para que você não possa permitir. E o perdoar, que a gente fala, é muito fácil. Olha eu perdoo porque você gritou comigo porque você fez isso porque você me feriu, mas eu não posso aceitar. O que acontece é que as pessoas perdoam aceita perdoe aceita e vão vivendo em padrões repetitivos abusivos e quando você percebe você já tá ano dois anos três anos dez anos. E vivendo totalmente em uma prisão. E, ter essa liberdade, é algo que precisa ser trabalhado muitas vezes, numa terapia, Como pessoa que entende. Porque nós não sabemos o que passa dentro da mente de uma pessoa. E nós não podemos julgar os sentimentos de uma pessoa", aconselha.

O medo é algo comum em um relacionamento tóxico. De acordo com Elisa, a vítima ouve tantas palavras ofensivas que ela não sabe como sair. "Ela se sente ameaçada. Será que essa pessoa vai fazer isso mesmo? Quantas mulheres vivem hoje dentro de uma prisão? O Brasil é o quinto maior país que sofre de feminicídio. As mulheres, elas têm o lado doador, tem o lado materno. E elas sempre estão ali de coração aberto para perdoar, para entender, porque isso é da mulher. E os homens aproveitam dessa situação. E por isso que os casos de feminicídio vêm aumentando em uma escala muito grande em todo o mundo, principalmente no nosso país. Então se você está presenciando qualquer tipo de relacionamento abusivo, não julgue. Procure entender, ajudar, alertar. Veja os sinais. Pensa, a pessoa que está inserida no relacionamento, ela, às vezes, não consegue ter a mesma percepção de quem está desassociado do relacionamento. Nosso objetivo é orientar, ajudar. Proteger e não julgar. Vamos nos apoiar, para evitarmos relacionamentos abusivos", pontua.

A especialista lembra que o medo é uma das maiores emoções que o ser humano pode ter. "E muitas vezes uma pessoa não desvincula de um relacionamento tóxico por medo, pelas ameaças. Medo de perder a família, de perder os amigos, medo de perder a segurança financeira ou medo de perder a própria vida. Menos julgamento, mais aceitação. Vamos olhar e vamos buscar até um olhar de amor para essas situações. Porque só quem vive um relacionamento abusivo pode entender o que está sentindo. Você jamais vai sentir o que o outro está passando. A nossa ideia e o nosso objetivo é ajudar. Perceba os primeiros sinais. Em um relacionamento. E saia o mais rápido que você puder. Para não criar nenhum vínculo emocional. Nenhuma dependência físico-moral. Esse é o objetivo. Essa é a estratégia. Porque relacionamentos tóxicos estão acontecendo a cada instante, em todos os ambientes que você possa imaginar. Nosso ambiente de trabalho, familiar, amoroso, ambiente cultural. E é algo que precisamos começar a dar uma atenção singular", argumenta,

Elisa Ponte reitera que relacionamentos tóxicos podem causar sofrimento e dor, e afetar a saúde mental das pessoas envolvidas. Ela ensina como se recuperar de uma relação não saudável. 

"Para se recuperar de um relacionamento tóxico, é importante buscar ajuda psicológica, ter uma rede de apoio, reforçar os laços afetivos com amigos e familiares, reconhecer que não foi a culpada pelos acontecimentos, reconstruir a autoestima e confiança".

 

87% dos brasileiros acreditam que os pais devem controlar o tempo de tela dos filhos


  • 94% reconhecem que a exposição precoce a celulares é prejudicial para crianças e adolescentes
  • 86% concordam que o celular pode afetar o desenvolvimento infantil, prejudicando aprendizagem e socialização

 

Os efeitos do tempo de tela, o acesso precoce à internet e às redes sociais e os impactos na saúde e no desenvolvimento de crianças e adolescentes têm preocupado de pais a educadores. Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro revela que 8 em cada 10 adultos (87%) acreditam que os pais devem controlar o tempo de tela dos filhos. A concordância com essa medida é significativa entre diferentes grupos demográficos: 

  • Pais: 82% apoiam a proibição.
  • Brasileiros sem filhos: 72% concordam com a medida.
  • Geração Z (18 a 29 anos): 68% são favoráveis à proibição.
  • Pessoas com 61 anos ou mais: 87% apoiam a restrição. 

“Depois da pandemia, período em que a internet teve um papel fundamental para que as crianças mantivessem os estudos, a população começa a perceber os efeitos negativos do uso excessivo de telas e do acesso à internet na infância e adolescência. Hoje, a maioria da população é a favor da proibição do uso do celular dentro das escolas – e a proibição é majoritária mesmo entre os mais jovens”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. 

A percepção geral é de que essa realidade faz com que os jovens percam momentos de lazer tradicionais, dedicando mais tempo às telas. 94% reconhecem que a exposição precoce aos celulares pode ser prejudicial para crianças e adolescentes. Quase a mesma porcentagem, 90% (139 milhões de brasileiros), concorda que as crianças de hoje não querem mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV. 

Além disso, 86% concordam que os celulares podem prejudicar o desenvolvimento das crianças, afetando a aprendizagem e a socialização. 

Os efeitos negativos percebidos incluem:

  • Vício em tecnologia: 75% dos entrevistados apontam este problema.
  • Aumento da ansiedade e depressão: 71% acreditam que o uso excessivo de celulares contribui para essas condições.
  • Problemas de sono: 70% reconhecem impactos negativos no sono das crianças e adolescentes.
  • Desempenho escolar prejudicado: 68% observam que o uso do celular afeta negativamente o rendimento acadêmico.
  • Dificuldades nas relações sociais: 54% identificam prejuízos na socialização.
  • Exposição ao cyberbullying: 50% estão preocupados com esse risco. 

"O uso cada vez mais precoce do celular tem afetado o comportamento das crianças e mudado dinâmicas de socialização. Estamos diante de um desafio novo: uma maioria de pais que vivenciaram uma infância sem smartphones tendo que lidar com o acesso precoce de crianças e adolescentes", conclui Renato.

 

Controle parental em diferentes faixas etárias 

  • Tanto os mais novos quanto os mais velhos defendem o controle dos pais sobre o tempo de tela dos filhos.
    • Baby boomers (61 anos ou mais): 87% defendem o controle parental.
    • Geração Z (18 a 29 anos): 79% apoiam o controle, embora em menor proporção.

  • Em relação ao controle do conteúdo acessado pelas crianças:

    • Baby boomers: 87% defendem a necessidade de controle do conteúdo.
    • Geração Z: 82% concordam com o controle, mas são menos enfáticos. 

Outro dado relevante é que 9 em cada 10 brasileiros (94%) reconhecem que a exposição precoce aos celulares pode ser prejudicial para crianças e adolescentes, indicando uma consciência generalizada sobre os potenciais riscos associados ao uso excessivo de tecnologia na infância. 

Além disso, o levantamento identificou que 90% dos brasileiros, ou 139 milhões de pessoas, concordam que as crianças de hoje não querem mais brincar na rua por causa do uso do celular ou para assistir TV, evidenciando uma mudança significativa nos hábitos de lazer e interação social das novas gerações. 

"A tecnologia é uma ferramenta poderosa que oferece inúmeras oportunidades, mas é essencial que seu uso seja acompanhado de orientações adequadas. O controle parental não deve ser visto como uma restrição, mas como uma forma de garantir que as crianças tenham uma relação saudável com a tecnologia, aproveitando seus benefícios sem sofrer com os efeitos negativos", acrescenta Renato. 

A discussão sobre o tempo de tela e o acesso precoce à tecnologia também reflete diferenças geracionais. Enquanto os baby boomers vivenciaram uma infância sem a presença de dispositivos digitais, a geração Z já nasceu em um mundo altamente conectado. Essa diferença influencia as percepções e atitudes em relação ao controle e ao monitoramento do uso da tecnologia. 

Mesmo entre os mais jovens, há reconhecimento dos potenciais riscos associados ao uso excessivo de celulares. Embora a geração Z seja menos enfática em relação ao controle parental (79% defendem o controle do tempo de tela e 82% o controle do conteúdo), a maioria ainda concorda com a necessidade de algum nível de supervisão.

 

Como preparar um open house de forma prática

 

Saiba como receber amigos e família na casa nova com tudo em ordem

 

Mudar de casa é um momento muito trabalhoso, mas também bem empolgante. Pode ser uma oportunidade para inovar na decoração, nos móveis, nas cores e no mood de cada ambiente, além de ser um ótimo motivo para organizar uma reunião com pessoas queridas e apresentar o novo espaço para todos - evento conhecido como open house. 

Preparar um open house pode ser desafiador para aqueles que não têm o costume de receber convidados em casa ou mesmo para quem conhece muitas pessoas. Porém, com alguns elementos-chave, a organização da festa pode se tornar muito mais prática do que parece. Confira cinco dicas para um open house de sucesso:

  • Conte o número de pessoas: ter uma ideia de quantos convidados estarão presentes é importante para evitar surpresas, organizar comes e bebes e garantir que todos fiquem confortáveis. Uma opção para não lotar os espaços e para conseguir dar atenção a todos é dividir em duas festas - uma para amigos e outra para a família.
  • Deixe a casa limpa e cheirosa: Já que o intuito é apresentá-la, ela deve estar em seu melhor estado. Para facilitar, Elvis Barreto, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Reckitt Industrial, fabricante da marca Veja, recomenda limpadores perfumados para o piso, que higienizam e deixam uma fragrância agradável no ambiente. As superfícies também devem ser higienizadas com produtos específicos – para maior remoção da sujeira, procure uma solução para cada ambiente, como produtos para a cozinha ou para o banheiro. Leia o rótulo com atenção antes de aplicá-los.
  • Escolha bem o horário: Ele ditará o mood da festa. Se for mais cedo, você pode optar por um brunch, por exemplo, e à noite é possível preparar um jantar ou um ambiente mais descontraído com salgados e doces. Prefira o que for mais prático e agradável para você.
  • Tenha espaço para gelo: Independentemente de serem alcoólicas ou não, as pessoas costumam levar suas próprias bebidas em festas open house; portanto, é importante ter espaço para armazená-las e mantê-las geladas. Prepare coolers com gelo caso não tenha um freezer grande o suficiente.
  • Considere fazer uma lista de presentes: Fazer um open house no estilo chá de panelas, mesmo que você esteja indo morar sozinho ou com amigos, pode ser muito útil, principalmente para quem está começando a construir o lar. Você pode estabelecer um valor máximo para os presentes e ter a vida resolvida quanto a utensílios de cozinha, de banheiro ou pequenas lembranças decorativas. Também é uma forma de lembrar pessoas queridas com objetos para a casa.



Veja

¹Tipo do serviço de medição (RETAIL INDEX EVOLUTION) / Período: YTD’24 – (JAN’24 ATÉ JUN’24) / Abrangência geográfica (Total Brasil) / Mercado: CP 102 – DESINFETANTES – MARCA / Canais reportados: TOTAL BRASIL INA + C&C
²Leitura SCANNTECH - PDV’s YTD’24 (JAN’24 a AGO’2
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A ERA DIGITAL NAS ESCOLAS: ESTAMOS PREPARADOS PARA LIDAR COM OS EFEITOS?

 

A neuropsicanalista Carla Salcedo alerta para a necessidade de uma alfabetização digital, onde a tecnologia é utilizada de forma consciente, equilibrada e estratégica, sem prejudicar o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças
 

Recentemente, o Brasil tomou uma medida radical ao proibir o uso de celulares em escolas, uma decisão que divide opiniões. De um lado, há os defensores de que o aparato tecnológico tem prejudicado a concentração e o rendimento acadêmico das crianças. Do outro, existe a realidade de que essas mesmas crianças nasceram na era digital e são, por essência, imersas nesse mundo virtual. A questão é: estamos, como sociedade, preparados para lidar com esse novo cenário sem prejudicar o desenvolvimento das futuras gerações? 

Para a neuropsicanalista Carla Salcedo, a decisão tem implicações complexas. “A proibição pode ser uma resposta imediata a um problema real, mas não trata a raiz da questão. As crianças de hoje nasceram em um mundo digital, e seus cérebros estão sendo moldados por essas novas tecnologias. O desafio é como usar essas ferramentas de forma positiva, e não se livrar delas de maneira simplista”, afirma a especialista. 

Estudos recentes sobre o uso da tecnologia no desenvolvimento infantil revelam que o cérebro de crianças e adolescentes é particularmente vulnerável aos estímulos digitais. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil possui mais de 100 milhões de smartphones em circulação, e a maioria das crianças tem seu primeiro contato com a tecnologia entre os 4 e 6 anos. Isso levanta uma importante questão: como educadores e famílias podem se adaptar a esse novo paradigma? 

Embora o uso de celulares possa ser um fator de distração, a questão não é apenas sobre a presença do aparelho, mas como ele é utilizado. A pesquisa realizada pela Unicef Brasil em 2023 mostrou que, embora 78% dos professores considerem os celulares uma distração em sala de aula, 55% deles afirmam que o uso controlado pode ser uma ferramenta educativa. O grande desafio está em equilibrar essas duas pontas: aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer o aprendizado. 

Para a neuropsicanalista, a solução não está em restringir o acesso à tecnologia, mas em educar para um uso consciente. “Precisamos de uma nova alfabetização digital. Não basta saber usar um celular; é preciso saber como ele impacta a mente e como os professores podem usar essas ferramentas de maneira que complementem o processo de aprendizagem”, explica Carla.
 

Ações para Pais e Professores

Diante desse novo cenário, tanto os pais quanto os educadores precisam ser proativos em relação ao impacto digital. Carla Salcedo oferece algumas dicas essenciais para lidar com essa transição:
 

1. Desenvolver uma comunicação aberta: Pais e professores precisam conversar sobre os impactos da tecnologia no desenvolvimento das crianças. Promover um ambiente onde o celular seja visto como uma ferramenta, e não um vilão, é fundamental.

2. Educação sobre o uso consciente: Ensinar as crianças a fazerem escolhas saudáveis, limitando o tempo de tela e criando espaços para atividades offline, como leitura, esporte e interação social.

3. Utilizar a tecnologia como aliada: Professores podem usar os celulares de forma criativa, por meio de aplicativos educacionais que incentivem o aprendizado, sem substituir o contato humano e a reflexão crítica.

4. Ser exemplo: Tanto pais quanto educadores devem dar o exemplo. O uso responsável da tecnologia em casa e na sala de aula será, sem dúvida, o maior aprendizado que os jovens podem ter.

5. Estabelecer limites claros: Definir horários e locais específicos para o uso de dispositivos, como durante as refeições ou antes de dormir, para evitar impactos negativos na qualidade do sono e nas relações familiares.

6. Promover a interação social e atividades fora das telas: Incentivar atividades em grupo, como jogos de tabuleiro, brincadeiras ao ar livre e práticas esportivas, ajudando as crianças a desenvolverem habilidades sociais e emocionais importantes para a vida real.

7. Criar um ambiente de aprendizado balanceado: Pais e professores podem alternar momentos de uso da tecnologia com atividades analógicas, como leitura de livros, arte ou tarefas práticas, para garantir uma experiência de aprendizado completa e integrada.

8. Fomentar a reflexão crítica sobre o conteúdo digital: Ensinar as crianças a avaliar o que consomem na internet, promovendo o pensamento crítico sobre as informações e desenvolvendo uma postura mais consciente sobre o conteúdo acessado.


O uso de celulares nas escolas é um debate que exige reflexão profunda. Em vez de ver as novas gerações como “vítimas” da tecnologia, talvez seja hora de repensar nossas estratégias de ensino e adaptação. Como bem afirma Carla Salcedo, “a era digital exige mais do que uma proibição; ela nos desafia a preparar as crianças para um mundo que já chegou.” Pais e educadores têm o poder de guiar esse processo, criando um ambiente que favoreça o equilíbrio entre a modernidade e os valores essenciais do aprendizado humano. Essa discussão está longe de ser resolvida, mas uma coisa é certa: a resposta para esse dilema está nas mãos e pais, tutores e educadores.

 

Carla Salcedo - Neuropsicanalista especialista em traumas e lutos
Avenida Macuco, 726 - Cj. 1110 - Moema
Link
(11) 97646-3147

 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

NorteShopping promove feira de adoção de pets no próximo sábado

 


No próximo sábado, 08 de fevereiro, acontece uma nova edição da já tradicional feira de adoção no NorteShopping, das 12h às 16h. A Adoção Pet é uma parceria do NorteShopping com a ONG Segunda Chance e, além de garantir um novo lar aos pets, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da adoção responsável. 

O espaço será montado no primeiro piso, em frente ao Cartório. Estarão disponíveis filhotes e adultos de cães e gatos, castrados e vacinados. Para fazer a adoção, é necessário ter mais de 18 anos, levar comprovante de residência e documento de identificação com foto. 

A parceria com a ONG Segunda Chance RJ começou em 2021 com campanhas de adoção responsável, resultando na adoção de 170 animais e no resgate de 24 vítimas de abandono. Em 2023, foi lançada a campanha de castração gratuita, já tendo castrado 396 animais, promovendo o bem-estar dos bichinhos. 

Em 2025 o NorteShopping tornará o evento recorrente, sempre no segundo sábado do mês. O objetivo é garantir que cães e gatos encontrem lares seguros e amorosos.

 

Serviço:

Dia: 08 de fevereiro

Horário: das 12h às 16h

Local: Em frente ao Cartório, no primeiro piso do NorteShopping - Av. Dom Hélder Câmara 5474, Rio de Janeiro

 

Evento no Shopping Cidade São Paulo celebra o Ano Novo Chinês

Apresentação dos famosos dragões, barraca com chás e placas com caligrafia chinesa personalizada são algumas das atrações que o empreendimento prepara para a chegada do ano da serpente 

 

Pela primeira vez o Shopping Cidade São Paulo vai celebrar o Ano Novo Chinês com uma programação especial que vai até o dia 15 de fevereiro. A data é comemorada na China, que segue o calendário lunar baseado nos 12 ciclos da lua, diferentemente da maioria dos países ocidentais, que se guiam pelo calendário gregoriano. Em sintonia com tudo o que acontece na capital paulista, o Shopping organizou uma extensa programação, tendo como ápice das comemorações duas apresentações dos tradicionais dragões chineses no dia 08 de fevereiro. A famosa dança das criaturas mitológicas ocorre em dois momentos: às 15h e às 20h. À noite, as gigantescas figuras ganharão ainda mais encanto com efeitos de luzes.

Segundo a gerente de marketing do shopping, Cindy Beni, o objetivo do empreendimento é cada vez mais fazer parte de todos os principais acontecimentos da cidade. “Como a presença da comunidade asiática em São Paulo é muito significativa, as celebrações do Ano Novo Chinês já se tornaram muito tradicionais. Por isso, não poderíamos deixar de prestigiar a data com uma programação especial, além de reforçar nossa missão de promover no shopping tudo o que acontece na cidade”, afirma.

Considerado um oásis em São Paulo, o jardim lateral do shopping estará completamente decorado, com luzes e diversos outros elementos alusivos ao Ano Novo Chinês, que, este ano, celebra o ano da serpente. O animal regerá o período segundo o zodíaco chinês e simboliza sabedoria, determinação e renovação.

Nos dias 8 e 9 de fevereiro, os visitantes do Cidade São Paulo também poderão ter seus nomes escritos em chinês, gratuitamente, em uma barraca localizada no Piso Térreo. Nos mesmos dias, o local abrigará ainda um estande de degustação de chás. Tudo gratuito.

 

 

Serviço 

Ano Novo Chinês – Shopping Cidade São Paulo

Programação totalmente gratuita

28/01 a 15/02 – Decoração instagramável no jardim lateral

08/02 e 09/02 – Barraca de caligrafia de nomes em chinês e barraca de degustação de chás chineses, no Piso Térreo, em frente à loja TIM.

08/02 – Danças dos dragões chineses– Entrada Principal – Apresentações: às 15h e às 20h.

Endereço: Av. Paulista, 1230 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-100

Horário de funcionamento do shopping: sexta e sábado das 10h às 22h e domingo das 12h às 22h.

Entrada Gratuita.

 

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