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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Vai viajar com seu pet? Confira dicas importantes antes de pegar a estrada

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Especialista explica como garantir conforto e segurança para o animal durante trajeto

 

Quem deseja viajar com seu animal de estimação precisa estar atento a algumas orientações antes de pegar a estrada. O professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UNG), Raphael Grillo, informa que planejar-se com antecedência é essencial para garantir o conforto e bem-estar do pet ao longo da jornada. 

O primeiro passo, de acordo com o especialista, é levar o companheiro de quatro patas a uma consulta veterinária. "O profissional poderá avaliar a saúde do animal e verificar se ele está apto a enfrentar o itinerário, além de recomendar vacinas ou tratamentos preventivos, dependendo do destino”. Outro ponto importante é escolher o transporte mais adequado, evitando desconforto ao pet, ressalta Grillo. 

No caso de viagens mais longas, os cuidados devem ser redobrados. “Para passeios com tempo maior, é preciso levar água e ração suficiente; ter petiscos para distração ou recompensa; e proporcionar pausas para alongamento, ir ao banheiro ou se hidratar. Também é importante levar medicamentos que o pet está tomando ou para possíveis emergências”, informa o professor.

Quando o percurso for de avião, é recomendável redobrar a atenção com alimentação e hidratação. E para trajetos internacionais, não esquecer documentações como Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos e Certificado Veterinário Internacional (CVI).

Independente de qual for a locomoção, o ideal é realizar o percurso com o animal doméstico dentro de uma caixa de transporte. “Antes mesmo de viajar, é aconselhável fazer pequenas jornadas com ele dentro do acessório. Assim, quando a viagem acontecer, ele estará acostumado ao item”. O especialista ainda lembra que a permanência máxima permitida dentro da caixa é de 6 horas. “Também não podemos esquecer de brinquedos, cobertores e uma placa de identificação com informações do contato do tutor", orienta.

Por fim, Grillo completa o roteiro de dicas para uma viagem ao lado do companheiro de quatro patas. "Procure não o alimentá-lo antes de partir, evitando possíveis náuseas ou vômitos durante o percurso. Nunca deixe o animal sozinho no carro, especialmente em dias quentes, e mantenha o ambiente calmo para reduzir o estresse. Com esses cuidados, o passeio será mais agradável e tranquilo para todos”, aconselha.


Os benefícios de começar o ano com um pet adotado

Adotar um pet é um ato de amor que requer responsabilidade e pode mudar vidas – a do tutor e a deles

 

Iniciar 2025 com um pet adotado é uma escolha que traz inúmeros benefícios, tanto para quem adota quanto para o animal. A adoção de um pet é mais do que um simples ato de carinho, ela transforma vidas, cria laços de afeto e promove o bem-estar emocional. O Grupo Hospitalar Pet Support, que esteve ativamente envolvido no resgate e reencontro de famílias e seus animais durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024, agora reforça a importância da adoção responsável e consciente. 

"A adoção de um pet não só oferece um novo lar para um animal, mas também proporciona um impacto positivo na vida e na saúde mental dos adotantes", explica Manuela Sulzbach, médica-veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support. "Estudos demonstram que a convivência com animais pode reduzir o estresse, diminuir a sensação de solidão e, até mesmo, melhorar o humor. Um pet traz uma alegria contagiante e a sensação de propósito, além de ser um ótimo companheiro para momentos de descontração", acrescenta Manuela. 

Além dos benefícios emocionais, adotar um pet também representa um gesto de solidariedade e responsabilidade. “Ao adotar, se oferece a um animal a chance de uma vida melhor, livre das dificuldades enfrentadas no abandono ou no resgate. É uma decisão que exige compromisso, mas que traz recompensas imensuráveis”, fala Manuela Sulzbach. 

Conheça alguns os pets disponíveis para adoção no Grupo Hospitalar Pet Support:

 

-Pedro

Aproximadamente 4 anos.

Chegou muito assustado, mas a cada dia se demonstra mais amoroso e carinhoso.

Está castrado, vacinado e vermifugado.

 

-Meia Noite

Aproximadamente 1 ano.

Dócil e brincalhona.

Está castrada, vacinada e vermifugada.

 

 

-Michele

Aproximadamente 7 anos.

Dócil, tranquila e muito comportada.

Está castrada, vacinada e vermifugada.

  

Diante das enchentes de 2024, o Grupo Hospitalar Pet Support ajudou a reunir animais e suas famílias, proporcionando abrigo temporário e buscando novos lares para aqueles que não tinham mais para onde ir. 

"Além de dar um lar a um pet, você também ganha um novo amigo, que pode mudar a sua vida de uma forma positiva e única", conclui Manuela. 

Para auxiliar nos cuidados com os pets, o Grupo Hospitalar Pet Support conta com unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul. Mais informações estão em www.petsupport.com.br.


O que você precisa saber antes de viajar com seu pet

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"A ideia é que o animal não fique estressado durante a viagem, mas sim confortável e relaxado", destaca a professora de Medicina Veterinária da Faculdade Una.

 


Viajar nas férias com a família exige planejamento e organização para garantir segurança e tranquilidade. Nesse contexto, o bem-estar dos pets também deve ser uma prioridade para quem planeja incluí-los no período de descanso e diversão. 

A professora de Medicina Veterinária da Faculdade Una de Sete Lagoas, Andressa Nunes compartilha dicas valiosas para que essa experiência seja repleta de bons momentos. "Para começar, o meio de transporte deve ser escolhido com critério. A caixa transportadora é uma solução segura, mas é importante que o animal associe o acessório a algo agradável e divertido. Assim, ele estará mais relaxado e confortável durante a viagem", explica. 

No caso de gatos ou cães de pequeno porte, a cestinha pode ser uma opção adequada. "Alguns cães não se adaptam à caixa transportadora, mas há uma alternativa eficiente: o adaptador para cinto de segurança, conhecido como cinto de segurança para cães. Esse equipamento é muito popular e pode ser usado em cães de todos os tamanhos. Ele é composto por uma coleira peitoral que passa pelos ombros e costas, garantindo a segurança do animal", recomenda a veterinária. 

Além disso, existem outras soluções práticas e confortáveis para o transporte de pets no carro. "Há empresas especializadas em transporte de animais, e a legislação regula como o bicho será transportado no avião, ônibus ou navio", ressalta a professora. 

Independentemente do meio de transporte, a alimentação e a hidratação do pet são indispensáveis. "Antes de pegar a estrada, ofereça alimento e água ao seu animal. Uma boa dica é optar por ração úmida, que é saborosa e ajuda na hidratação. Durante o trajeto, programe paradas para oferecer alimentos e água de maneira segura e agradável. Fique atento à temperatura interna do veículo e da caixa de transporte, caso o pet esteja em uma", alerta Andressa. 

Para quem vai à destinos de clima quente, cuidados extras são necessários. "Ofereça mais água ao pet e, se possível, cubos de gelo saborizados ou com frutas. Escolha horários mais frescos para os passeios, como o início da manhã ou o final da tarde. Redobre a atenção com pets de focinho achatado, que têm maior dificuldade respiratória devido à sua anatomia", orienta a veterinária. 

Por fim, Andressa enfatiza que atenção e carinho são fundamentais para o bem-estar dos pets. "Eles já estão lidando com muitas mudanças durante a viagem, então mantenha o restante da rotina o mais estável possível. Preserve os horários e a frequência de brincadeiras e passeios (especialmente para cães) e ofereça a mesma alimentação de costume, nos horários habituais", conclui.

 

Confira 4 dicas essenciais para cuidar dos pets nas festas de final de ano e nas férias

Perdas ou fugas, alimentação inadequada, calor excessivo e parasitas são os riscos mais comuns do período. Aprenda como evitá-los


Está se aproximando a época mais aguardada do ano: as festas e, para muitos, as férias. Mas esse período de descontração também demanda alguns cuidados especiais para quem tem pet. 

É muito comum que cães e gatos se assustem com barulhos de fogos de artifício ou com uma movimentação mais intensa em seus lares, o que pode levar a fugas e atropelamentos, por exemplo. Outros riscos são a ingestão de alimentos aos quais o animal não está acostumado ou sejam impróprios para o seu consumo.  As altas temperaturas, típicas dos meses de dezembro e janeiro também são fatores de atenção, pois podem levar à desidratação ou ainda aumentar a incidência de parasitas. 

Mas tudo isso pode ser facilmente administrado. Se você tem um cão ou um gato, confira as orientações que a Elanco Saúde Animal, empresa referência no desenvolvimento de soluções para a saúde e bem-estar de animais de estimação e de produção, preparou especialmente para o período para que você e toda a família curtam esse momento tão especial:

 

1. Proteja os pets de barulhos excessivos e evite perdas ou fugas

O barulho dos fogos de artifício ou mesmo o som alto na casa e uma movimentação maior de pessoas pode causar medo intenso em cães e gatos, levando a comportamentos como tentativas de fuga ou automutilação. Assim, durante as celebrações:

  • Mantenha os pets em um ambiente seguro e familiar, com portas e janelas fechadas.
  • Use sons suaves, como música relaxante, para abafar os ruídos externos.
  • Se necessário, consulte o médico-veterinário de sua confiança sobre o uso de calmantes naturais ou medicamentos.
  • Evite deixar muitos cães juntos pois, excitados pelo barulho, eles podem brigar e causar ferimentos graves ou até mesmo fatais.

Mariana Cappellanes Flocke, médica-veterinária e consultora técnica sênior de Pet Health da Elanco Saúde Animal, lembra ainda que é fundamental que o pet tenha identificação com nome e telefone na coleira para ser facilmente identificado em caso de fuga. “Recomendamos que os microchips estejam atualizados com informações de contato e que os portões e janelas estejam sempre fechados durante as festas”, diz. 


2. Cuidado com a alimentação

Resista (e oriente seus convidados e convidadas a resistirem também) à tentação de compartilhar guloseimas das ceias de Natal e Ano Novo com seus pets, pois muitos alimentos podem ser perigosos. Evite:

  • Chocolates, uvas passas, alho, cebola e alimentos gordurosos.
  • Ofereça petiscos próprios para cães e gatos como alternativa.

3. Atenção ao calor excessivo

No verão, o calor pode ser prejudicial à saúde dos pets, podendo causar desidratação ou, especialmente em cães, uma condição chamada intermação, termo usado para caracterizar o aumento excessivo da temperatura corporal, podendo ultrapassar 40oC.  “Os cães têm glândulas sudoríparas nas patas, mas elas pouco auxiliam a regular a temperatura. Eles dissipam o calor por meio da respiração, ficando ofegantes, mas isso pode não ser o suficiente para controlar o superaquecimento e baixar a temperatura'', explica Mariana. 

Entre os principais sintomas da intermação estão o batimento cardíaco acelerado, cansaço, fraqueza, indisposição, inquietude, hipersalivação, respiração mais ofegante que o normal e, em casos mais graves, vômitos, urina com coloração mais escura, edema pulmonar, parada cardíaca e até coma e morte. Tatiana reforça ainda que os tutores redobrem os cuidados durante as viagens. Algumas orientações importantes: 

  • Manter os pets sempre hidratados, com água fresca disponível.
  • Evitar passeios nos horários mais quentes do dia.
  • Garantir sombra e ventilação nos ambientes onde eles ficam.
  • Ao viajar, usar caixas de transporte seguras e confortáveis.
  • Fazer paradas regulares para hidratação e alívio.

4. Prevenção contra parasitas

Com as altas temperaturas também aumenta a proliferação de pulgas, carrapatos e mosquitos transmissores de doenças como a leishmaniose visceral canina que é endêmica em 76 países, sendo que cerca de 90% dos casos na América Latina ocorrem no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 

“A leishmaniose é uma doença grave. Resumidamente, os cães contraem a enfermidade principalmente pela picada de um mosquito fêmea flebotomíneo, também conhecido como mosquito-palha e que precisa de ambientes úmidos para viver. Entre as manifestações clínicas da leishmaniose nos animais estão: perda de peso e apatia (geralmente os cães infectados perdem peso de forma progressiva e ficam apáticos), lesões na pele, como feridas ou descamação no focinho, orelhas e ao redor dos olhos, perda de pelos na face e nas extremidades, crescimento anormal das unhas, aumento dos linfonodos e do baço, inflamações oculares e mesmo insuficiência renal, que pode ser detectada pelo aumento na sede, e consequentemente, na quantidade de urina. 

“Vale lembrar que humanos também podem contrair a leishmaniose e as manifestações clínicas são ainda mais agressivas, uma vez que ela afeta órgãos como fígado, baço e medula óssea, o que compromete o sistema imunológico e aumenta a vulnerabilidade a infecções secundárias, podendo ser fatal se não tratada”, explica Mariana.

Para prevenir a doença, o indicado é a adoção de estratégias que reduzam a exposição ao mosquito. Por isso, certifique-se de:

  • Usar antiparasitários específicos, como o Advantage Max3 para Cães, da Elanco. “A solução é uma aplicação tópica mensal que mata pulgas e carrapatos por contato, e também repele e mata os mosquitos flebotomíneos, transmissores da leishmaniose”, explica a médica-veterinária. 
  • Fazer assepsia do local onde habita o animal e sua família responsável, ou para onde a família passará suas férias. 
  • Usar inseticidas específicos nas paredes dos domicílios e nas casinhas dos pets para locais onde há alta incidência de casos. 

Para pulgas e carrapatos, a médica-veterinária da Elanco destaca a importância do uso de antiparasitários adequados e que podem ser adquiridos em diferentes formatos como coleiras, ou comprimidos, atendendo a necessidade e perfil do animal e do tutor.

“No portfólio da Elanco temos o comprimido mastigável Credeli que garante uma proteção mensal contra carrapatos e pulgas em cães; Credeli Plus, que oferece controle integrado de carrapatos, pulgas e vermes intestinais em cães e, especificamente para o organismo dos felinos temos o antipulga oral Credeli Gatos”, orienta. “Outra opção é a coleira Seresto, que oferece proteção contínua contra carrapatos e pulgas em cães e pulgas em gatos por até 8 meses. Ela não precisa ser removida durante o banho, pois é resistente à água”, observa. 

“Lembramos que é fundamental que os tutores levem seus pets aos médicos-veterinários que já os acompanham para definir qual é o melhor medicamento para cada caso. O que não dá é para se descuidar, especialmente nesta época. Seguindo essas orientações, tanto os pets como seus responsáveis poderão aproveitar o final de ano e as férias de forma saudável e segura”, finaliza. 

Para ficar por dentro de outras novidades da Elanco, visite o nosso site www.meupet.elanco.com e siga as nossas redes sociais @elancopetsbr (Instagram) e @elancobrasil (Linkedin). 



Elanco Animal Health
www.elanco.com/pt-br/news/press-releases


Alimentos comuns das festas de fim de ano que oferecem perigo aos pets

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Especialista destaca que, caso o pet ingira algum alimento incomum em sua dieta, é essencial procurar um veterinário imediatamente, mesmo que não haja sintomas


As festas de fim de ano são momentos de celebração e união familiar. A mesa farta, com uma variedade de pratos deliciosos, é um dos grandes atrativos dessa época. No entanto, é fundamental lembrar que alguns alimentos que fazem parte da ceia tradicional podem ser tóxicos para os nossos pets.

Chocolate, uvas, passas, cebola, alho, são apenas alguns exemplos de alimentos que podem causar sérios problemas de saúde, como intoxicação, vômito, diarreia e, em casos mais graves, até mesmo a morte.

“A prevenção é a melhor forma de garantir a segurança dos animais de estimação. Além de manter os alimentos fora do alcance dos pets, é importante oferecer uma alimentação balanceada e específica para cada animal, de acordo com as suas necessidades nutricionais”, destaca Renato Fernandes, docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera.

O especialista listou e detalhou alguns dos alimentos que não devem ser consumidos pelos pets:


Chocolate: contém teobromina, uma substância tóxica para cães e gatos, que pode causar vômito, diarreia, tremores musculares e, em casos graves, até mesmo a morte;


Uva passa: a razão da toxicidade ainda não é totalmente conhecida, mas a ingestão dessas frutas pode levar à insuficiência renal aguda;


Cebola e alho: esses alimentos contêm compostos organossulfurados que podem causar anemia hemolítica, danificando as hemácias;


Semente do abacate: a semente do abacate contém persina, uma substância tóxica para cães;


Ossos cozidos: os ossos cozidos podem lascar e causar ferimentos internos graves.


Se o seu pet ingeriu algum alimento tóxico, entre em contato imediatamente com o seu veterinário ou com um hospital veterinário. Além disso, é necessário manter os alimentos fora do alcance dos cachorros e educar as crianças sobre os riscos de alimentação inadequada para os animais”, finaliza o docente.
 



Anhanguera
Para mais informações das soluções educacionais, acesse o site e o blog.    


Fogos de artifício: pesquisa da Petlove aponta que quase 40% dos tutores do Brasil já perdeu um pet em decorrência dos rojões com estampido

Levantamento faz parte da campanha Chega de Fogos 2024, que visa conscientizar sobre os impactos do barulho dos rojões no bem-estar dos pets

 

Com a chegada das festas de final de ano, a maior parte dos tutores de pet do Brasil começa a se preparar para uma certeza bastante temida: a dos fogos de artifício com estampido. Sinônimo de espetáculo em festas e comemorações, os tradicionais rojões podem provocar grandes malefícios e até danos para a saúde dos animais de estimação. Por trás das celebrações, existe uma poluição sonora emitida pelos rojões com estampido capaz de estressar cães e gatos, levando a diversas reações, que podem culminar em fugas e acidentes, conforme aponta uma pesquisa realizada pela Petlove, maior ecossistema pet do Brasil, em parceria com o Instituto Caramelo. O estudo, realizado com mais de 3 mil pessoas em âmbito nacional, entre os meses de novembro e dezembro, ilustra o real impacto dessa prática no bem-estar dos pets e faz parte da campanha “Chega de Fogos 2024”, que reforça a necessidade de conscientização sobre o tema. 

Segundo os dados coletados, 39% dos entrevistados perderam ou conhecem alguém que perdeu os pets devido ao pânico causado pelo estampido dos fogos de artifício. O levantamento também evidencia que os rojões são uma preocupação para a maioria dos tutores, já que 82% deles indicaram que seus animais se assustam com o barulho, sendo as reações mais comuns se esconder (71%) ou ficar desorientado (60%). 

O médico-veterinário da Petlove, Pedro Risolia, informa que os animais podem ter uma série de reações adversas em relação aos fogos. 

“É muito comum vermos animais tremendo de medo, escondendo-se embaixo de móveis ou latindo sem parar. Alguns podem até tentar fugir, colocando-se em situações perigosas, como pular janelas ou correr para a rua, o que pode ocasionar acidentes, até fatais. Entre outras complicações, o estresse pode desencadear reações físicas, como taquicardia, respiração ofegante, vômitos ou diarreia”, explica a especialista. 

Buscar o colo do tutor também está entre as principais reações dos pets (43%), de acordo com a pesquisa, assim como chorar (41%) e pedir carinho insistentemente (38%).Alguns pets também reagem lambendo compulsivamente (27%) ou ronronando (25%). O veterinário conta que os pets podem apresentar esses sinais pela sensibilidade auditiva, sendo capazes de ouvirem sons inaudíveis para os humanos. “Devido ao som alto e inesperado, os pets podem perceber os fogos de artifício como uma ameaça, principalmente os gatos, que possuem um instinto de proteção muito aguçado”, pontua. 

Para prevenir tais manifestações, Risolia afirma que é preciso tomar alguns cuidados antes das comemorações. “É essencial criar um ambiente seguro e acolhedor para o pet. Preparar um cantinho da casa onde ele possa se sentir protegido, como um quarto mais isolado ou uma caixa de transporte com cobertores pode ajudar. Além disso, fechar as janelas e portas ajuda a abafar o som e reduzir fugas. Coloque uma música relaxante para mascarar os ruídos externos e oferecer distração. Deixar petiscos e brinquedos favoritos à disposição também podem auxiliar na variação de estímulos. Caso o medo seja muito intenso, é importante conversar com um veterinário de confiança para avaliar a necessidade de calmantes ou outras intervenções, sempre priorizando a segurança e o bem-estar do seu pet”, sugere o especialista. 

O levantamento também evidenciou que a maioria dos tutores, (60%), acredita que a prática de soltar fogos deve ser permitida somente com rojões silenciosos ou totalmente proibida, (38%), o que pode significar uma crescente conscientização sobre os impactos negativos dos fogos de artifício no bem-estar dos pets. Algumas regiões do Brasil já contam com uma legislação consciente em relação aos fogos, em São Paulo, por exemplo, já há uma lei que proíbe a soltura dos estampidos. No Rio, a Câmara aprovou, em outubro, um projeto de lei que determina multa para quem soltar fogos com ruído. 

Além da pesquisa, a empresa também preparou um vídeo para ampliar o alcance da campanha e conscientizar as pessoas sobre os prejuízos dos fogos, a produção está sendo lançada nas redes sociais da Petlove. Também será lançada uma camiseta com a mensagem “Fogos de artifício? Tô fora! Pego meu pet e vou embora”, que será distribuída para embaixadores e personalidades parceiras da empresa, como @madaebica, @gatalunacatarina e @shiro_pit.


Viagens tranquilas: seis dicas para manter seu pet seguro e confortável

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Especialista da Special Dog Company compartilha como garantir uma viagem sem estresse para seu amigo de quatro patas
 


O período de férias é sinônimo de descanso e diversão para toda a família, e para muitos, a companhia dos pets torna esse momento ainda mais especial. No entanto, viajar com animais exige atenção a detalhes importantes para garantir que eles também aproveitem a viagem de forma segura e confortável. 

Para ajudar os tutores a planejar uma viagem tranquila, Kelly Carreiro, médica-veterinária da Special Dog Company, empresa com mais de 20 anos de experiência em nutrição de pets, compartilha dicas essenciais para quem deseja viajar com seu pet, sem abrir mão do bem-estar do animal.


1. Planeje a viagem com antecedência

Antes de embarcar, é essencial planejar com antecedência. “Visite o veterinário para um check-up, atualize as vacinas e garanta que seu pet esteja com a saúde em dia. Não se esqueça de conferir as exigências específicas de transporte para animais, caso você esteja viajando de avião ou ônibus”, alerta Kelly. Para viagens de carro, a veterinária recomenda fazer trajetos curtos antes da viagem longa para que o pet se acostume com o ambiente.


2. Conforto e segurança durante o transporte

Transportar o pet de forma segura é fundamental. Para viagens de carro, é recomendado o uso de cadeirinhas ou caixas de transporte adequadas ao tamanho do animal. “Além de evitar possíveis acidentes, isso garante que seu pet fique confortável e protegido durante o trajeto. Se estiver viajando de avião, é essencial verificar com a companhia aérea as regras para transporte de animais e escolher uma caixa de transporte homologada”, orienta a veterinária.


3. Alimentação e hidratação

“Manter a alimentação do pet regularizada durante a viagem é crucial para o bem-estar dele”, explica a especialista. Para isso, é recomendado levar a ração de sempre e evitar mudanças bruscas na dieta. “Em locais de calor, é importante garantir que o animal esteja bem hidratado. Mantenha sempre água fresca à disposição, tanto durante o trajeto quanto na estadia”, completa.


4. Cuidados especiais na praia e em destinos quentes

Se o destino da viagem for à praia, é preciso redobrar os cuidados com a exposição ao sol e à areia. “Pets com pelo denso ou pelagem clara podem ser mais suscetíveis ao calor e à queimadura solar. Ofereça sombra e água fresca constantemente, e nunca deixe o pet exposto ao sol por períodos prolongados. Lave sempre as patas do seu pet após a praia para evitar que a areia cause algum tipo de irritação”, alerta Kelly. Em destinos quentes, é essencial manter o animal em ambientes frescos e evitar passeios durante as horas mais quentes do dia.


5. Adaptação ao novo ambiente

A mudança de ambiente pode gerar estresse nos pets. Para minimizar o impacto, é importante criar uma rotina. “Leve os objetos que seu pet já conhece, como cama, brinquedos e a tigela dele, para proporcionar mais segurança e conforto. Se possível, mantenha os horários de alimentação e passeio o mais próximos da rotina de casa”, sugere a veterinária.


6. Transporte seguro de produtos essenciais

Durante a viagem, é essencial levar itens indispensáveis, como medicamentos (caso o pet esteja em tratamento), repelentes contra pulgas e carrapatos, e até mesmo uma manta ou tapete para garantir o conforto do animal. “A alimentação também deve ser uma prioridade. Certifique-se de levar a ração habitual do seu pet ou garantir que ela esteja facilmente disponível no destino. Isso ajuda a evitar alterações na dieta e mantém a rotina do animal”, destaca a especialista. Para facilitar o transporte da ração, as embalagens da linha Special Dog Ultralife e Special Cat Ultralife contam com tecnologia de “abre e fecha”, proporcionando praticidade de transporte mesmo com o pacote aberto.

Para mais informações e dicas sobre a rotina de um pet, a Special Dog Company disponibiliza conteúdos especializados em seu portal.


Fogos de artifício e pets: como proteger seus bichinhos durante festas de fim de ano

Espetáculo pode provocar tremores, latidos e tentativas de fuga, já que a audição dos pets são bem mais sensíveis que a dos humanos

 

Com a chegada das festas de fim de ano, os espetáculos com fogos de artifício estão sempre na agenda. Apesar de trazerem encanto para muitas pessoas, podem ser uma fonte significativa de estresse e ansiedade para cães e gatos, especialmente. Eles têm a audição mais sensível que a dos humanos, tornando o barulho alto e imprevisível uma experiência assustadora.

 

“Durante eventos que envolvem esse tipo de comemoração, muitos pets se sentem ameaçados e podem reagir com tremores, latidos excessivos, tentativas de fuga ou busca por esconderijos. Esses comportamentos resultam em danos ao próprio bichinho ou exposição a situações perigosas, como atropelamentos, caso tentem fugir do barulho”, explica Thiago Teixeira, diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.

 

Tendo em mente os períodos de festa que envolvem fogos de artifício, é importante que os tutores adotem medidas preventivas para evitar danos. Isso inclui criar um ambiente seguro em casa, proporcionando áreas confortáveis ​​e familiares para os pets se abrigarem. O uso de música suave ou ruído branco pode ajudar a minimizar os sons externos.

 

Consultar um veterinário sobre opções de tratamento para a ansiedade, como medicamentos ou terapias comportamentais, é outra abordagem a se considerar. Além disso, identificar o nível de desconforto do animal e agir de acordo pode fazer a diferença. Em alguns casos, a simples presença do tutor pode ser reconfortante.


 

Treinamento anti-estresse para pets


Além dos fogos de artifício, os pets podem se sentir estressados em situações que fogem ao normal, como a chegada de novos membros na família, morte dos tutores, mudanças de rotina e até mesmo o tédio. Para ensiná-los a lidar com condições adversas, treinamentos anti-estresse são uma alternativa.

 

“As atividades buscam condicionar os pets para lidar com situações estressantes, incluindo o barulho dos fogos de artifício. No treinamento, são utilizadas técnicas de dessensibilização e reforço para ajudá-los a associarem esses ruídos a experiências positivas, diminuindo assim a ansiedade”, detalha Thiago. 

 

Durante o treinamento para dessensibilização ao som de fogos, os especialistas utilizam de áudios e vídeos reproduzidos em caixas de som, iniciando em um volume no qual os pets não demonstram sinais de medo e aumentando gradativamente, ao longo dos dias. Também são oferecidos estímulos positivos, como comida, petiscos, brinquedos e carinho, de modo a parear o som com estímulos prazerosos e, assim, diminuir a resposta de medo no momento dos fogos nas festas de final de ano. 

 

"Além disso, é possível identificar durante o treino quais animais têm mais sensibilidade ao som, demandando assim um acompanhamento mais minucioso pelos tutores", esclarece Marina Meireles, médica veterinária comportamental responsável pela Escola Nouvet. 



Nouvet


Contaminações alimentares no verão: saiba quais são e como evitá-las

Frutos do mar, como camarão, devem ser consumidos em locais indicados para evitar contaminação. Crédito: iStock


Médica da SBPC/ML dá orientações sobre como se prevenir dessas infecções e quais exames fazer para identificá-las

 

Com o verão se aproximando, ficam mais comuns as contaminações alimentares, tanto por vírus, quanto por bactérias. O tempo quente pode permitir que esses organismos se proliferem com mais facilidade. De acordo com a médica infectologista e patologista clínica da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Carolina Lázari, as infecções virais desse período estão mais atreladas à contaminação de água e as bacterianas, à de alimentos, particularmente aqueles acondicionados sob refrigeração inadequada.  

“Os vírus mais frequentes são os norovírus e os rotavírus, especialmente nesta época do ano, podendo ocorrer surtos dessas viroses, relacionados principalmente à contaminação da água”, explica Lázari. Outro vírus para o qual ela chama atenção é o da hepatite A. Além de poder ser transmitido pela água, esse vírus pode estar presente também em alimentos. “Assim como outros vírus, é bastante frequente em águas poluídas, em praias impróprias para banho e também em piscinas, pois a pessoa infectada pode começar a eliminar o vírus da hepatite A antes de apresentar qualquer sintoma”, alerta.

Em relação às bactérias, segundo a infectologista, o mais comum é a ocorrência de contaminação de alimentos armazenados de forma inadequada, a uma temperatura mais alta que a recomendada. “Algumas bactérias, como Staphylococcus aureus e Escherichia coli, produzem toxinas que contaminam os alimentos e podem causar quadros de diarreia quando consumidos. Elas também podem estar na água, mas essa contaminação é mais comum em alimentos.”

Ainda segundo a médica, existem bactérias que, quando presentes nos alimentos contaminados, ao serem ingeridas, proliferam-se no intestino, causando uma infecção, a exemplo de vários tipos de Escherichia coli, Salmonella, Shigella. Essas bactérias geralmente causam episódios autolimitados, porém muito sintomáticos, de doença diarreica. Em crianças pequenas e idosos, pessoas com algum tipo de imunodepressão ou doenças crônicas, entretanto, podem causar doença grave, com acometimento sistêmico e, raramente, levar à morte. As complicações ocorrem, particularmente, durante surtos de Salmonella, relacionados à ingestão de carne de aves e ovos crus, ou de tipos específicos de E. coli, que causam quadros graves com acometimento renal.

 

Quais são os sintomas dessas contaminações?

Carolina Lázari explica que essas infecções habitualmente se manifestam com um quadro de gastroenterocolites agudas. “Elas são processos inflamatórios transitórios do estômago, do intestino delgado e do intestino grosso, podendo acometer os três ou ser mais intensos em um, ou outro, provocando, devido ao envolvimento do estômago, principalmente náuseas e vômitos, e, dos intestinos, diarreia, com muitos episódios de evacuação por dia e fezes líquidas”, esclarece.

Nos quadros causados por bactérias, a diarreia aquosa pode vir acompanhada de muco e sangue, denotando maior gravidade da inflamação intestinal, segundo a patologista clínica da SBPC/ML. “A presença de muco e sangue nas fezes e, eventualmente, de comprometimento do estado geral e febre, sobretudo em crianças e em pessoas com comprometimento da imunidade, refletem maior gravidade da doença, que pode requerer tratamento com antibióticos”, comenta.

Já em um quadro de hepatite A, a médica explica que pode surgir um quadro típico da doença, cujos sintomas são:

  • Febre;
  • Falta de apetite;
  • Mal-estar;
  • Náuseas podendo, ou não, haver vômitos
  • Fezes esbranquiçadas;
  • Urina escura
  • Icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas).

“Nas gastroenterocolites agudas, a icterícia não costuma acontecer, é um sintoma correlacionado às hepatites. Na hepatite A, o quadro clássico, com icterícia, é mais comum nos adultos que nas crianças. Assim, crianças não vacinadas podem ter hepatite A apenas com apenas febre, náuseas e vômitos, sem necessariamente apresentar a coloração amarelada da pele”, afirma. Por outro lado, podem ocorrer as infecções assintomáticas, situação em que as pessoas eliminam os vírus e podem transmitir a doença sem apresentar nenhum sintoma aparente.

 

Diagnóstico médico

Lázari argumenta que: “Existem exames laboratoriais que conseguem fazer o diagnóstico diferencial entre as causas das doenças diarreicas, contudo, a necessidade de realizá-los depende da avaliação médica”.

Nos quadros leves, a infectologista explica que não é necessário fazer exames laboratoriais. “Se não houver muitas evacuações diárias, se o paciente tiver condições de se hidratar em casa, sem necessidade de hidratação intravenosa, e se o problema tiver começado recentemente, em até dois ou três dias, o clínico pode optar por dar orientações sem solicitar exames”, ratifica.

No entanto, se os sintomas se agravarem a ponto do paciente não conseguir se hidratar apenas por via oral ou então, caso haja muitos vômitos, os quais não permitem que a hidratação permaneça no estômago, a indicação da médica é investigar por meio de exames/testes, para direcionar melhor o tratamento. O mesmo vale para crianças muito pequenas, idosos e/ou pessoas imunossuprimidas.

“Para a suspeita de diarreia viral, existem testes rápidos realizados nas fezes, como os testes rápidos para rotavírus e adenovírus. Para bactérias, pode-se solicitar cultura de fezes. Atualmente, existem amplos painéis moleculares que pesquisam simultaneamente vírus, bactérias e parasitas que podem ser causadores de diarreia aguda, que geralmente são reservados para os casos mais complexos”, revela.

Já para a hepatite A, em uma situação de suspeita, o diagnóstico é feito por sorologia (por meio de exame de sangue), com a pesquisa dos anticorpos específicos para o vírus da hepatite A.

 

Prevenção das contaminações alimentares

Segundo a patologista clínica, a forma de evitar essas infecções seria tomar cuidado com a ingestão de alimentos e líquidos no geral. “O ideal é comer em lugares conhecidos e que garantam a procedência e a conservação dos alimentos, de preferência em locais que tenham refrigeração. Alimentos vendidos por ambulantes com isopor, por exemplo, geralmente ficam expostos ao sol por muito tempo, sem reposição de gelo, e tendem a ficar em temperaturas inadequadas para conservação”, adverte a especialista.

Ela também cita alguns alimentos e bebidas que devemos evitar ou, ao menos, prestar mais atenção quando estivermos fora de casa, como:

  • Peixes, crustáceos e ostras, por exemplo, se deterioram mais rápido, devido à natureza das proteínas, e devem ser consumidos em locais conhecidos ou indicados para evitar contaminação.
  • Alimentos consumidos crus, especialmente quando preparados em locais sem água corrente – “Alimentos como saladas, maionese (feita com ovos crus), entre outros, precisam ser bem refrigerados e as verduras lavadas adequadamente com imersão em solução de hipoclorito (água sanitária). Se forem preparados em locais sem água corrente, podem não ser bem higienizados e favorecer a contaminação”;
  • Água e sucos – “O ideal é beber apenas água mineral e lembrar-se dos sucos, que também podem ser preparados com água contaminada ou gelo de procedência duvidosa”.

Por fim, ela lembra da contaminação que pode ocorrer com os chuveiros de barracas de praia, que podem utilizar água de procedência duvidosa e assim, ser uma fonte de contaminação. “Ao tomar uma ducha, é possível ingerir ou inalar alguma quantidade de água contaminada, o que pode ser suficiente para causar infecção, dependendo da qualidade da água”, ressalta Lázari.

 

 

SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial


Envelhecimento do cérebro varia de acordo com estilo de vida

Especialista dá dicas para manter a memória ativa

 

Um artigo de revisão publicado em 7 de novembro na Genomic Psychiatry, revista da Genomic Press New York, revela que o desempenho cognitivo na terceira idade pode estar associado a fatores tanto genéticos quanto ambientais ao longo da vida. O estudo, com base nos dados das coortes de nascimentos Lothian, na Escócia, destaca que habilidades cognitivas na velhice, como memória e raciocínio, podem ser parcialmente previstas por resultados de testes realizados ainda na infância, por volta dos 11 anos. 

Além disso, os pesquisadores apontam que fatores relacionados ao estilo de vida na fase adulta exercem um impacto significativo no envelhecimento cerebral, contribuindo para variações no ritmo de declínio cognitivo entre indivíduos. 

“Descobrimos que hábitos como manter-se fisicamente e mentalmente ativo, ter poucos fatores de risco vasculares (como pressão alta, colesterol, tabagismo e IMC elevado), falar uma segunda língua, tocar instrumentos musicais e preservar a saúde cerebral ao longo da vida mostram associações detectáveis, embora modestas”, explica Simon Cox, autor do estudo e diretor dos projetos do Lothian Birth Cohort na Universidade de Edimburgo. 

Valéria Lins, gerontóloga e cofundadora do centro de saúde Nandarê, especializado em longevidade, explica que é normal que a memória passe por mudanças ao longo da vida. “Isso acontece porque o cérebro, assim como músculos e outros órgãos, também envelhece. A velocidade com que processamos informações pode diminuir, e a capacidade de lembrar nomes ou acontecimentos pode se tornar mais lenta. Porém, essas alterações naturais diferem de condições mais graves, como a demência, que impactam de forma significativa a qualidade de vida. A boa notícia é que a perda grave de memória pode ser prevenida ou minimizada com ações que promovem a saúde do cérebro”, destaca a especialista. 

Ela explica que o declínio cognitivo, de modo geral, está relacionado à redução da plasticidade neural – a capacidade do cérebro de criar novas conexões entre os neurônios. “Com o envelhecimento, essa habilidade diminui, mas não desaparece. É nesse contexto que os hábitos saudáveis e os estímulos cognitivos desempenham um papel essencial, ajudando a preservar e até melhorar a saúde do cérebro”, afirma. 

A gerontóloga sugere algumas dicas para manter a memória ativa com o passar dos anos:


1. Exercite o cérebro todos os dias: Manter a mente saudável é tão importante quanto cuidar do corpo, e assim como os músculos, o cérebro também precisa de exercício. Atividades que desafiam o raciocínio, como jogos de lógica, palavras-cruzadas e quebra-cabeças, ajudam a manter a mente ativa. Além disso, sair da zona de conforto ao aprender novas habilidades ou hobbies estimula a formação de novas conexões neurais. Reservar de 15 a 30 minutos diários para esses exercícios pode melhorar significativamente a memória a longo prazo.

2. Aprendizado contínuo: O aprendizado contínuo é uma das melhores maneiras de manter o cérebro ativo, desafiando a mente e criando novas conexões neurais que ajudam a prevenir o declínio cognitivo. Atividades como cursos, aprender um novo idioma, tocar um instrumento ou praticar artesanato são ótimos exercícios mentais. Com a tecnologia atual, é possível acessar facilmente recursos online, como vídeos tutoriais e cursos gratuitos, para treinar a mente de qualquer lugar.

3. Atividade física: O exercício físico não beneficia apenas o corpo, mas também é essencial para a saúde do cérebro, melhorando o fluxo sanguíneo, estimulando a produção de substâncias que ajudam na reparação dos neurônios e reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Atividades como caminhadas, dança, yoga e exercícios aeróbicos são eficazes para fortalecer a função cognitiva, melhorar a coordenação motora e aliviar o estresse, contribuindo para a memória e o bem-estar mental.

4. Bom sono: O sono é essencial para a saúde do cérebro, ajudando a processar e consolidar informações, além de melhorar a memória e a concentração. Para melhorar a qualidade do sono, é importante ter uma rotina consistente, evitar dispositivos eletrônicos antes de dormir e adotar técnicas de relaxamento, como respiração ou meditação.

5. Conte com apoio de profissionais: O apoio de profissionais especializados, como neurologistas, geriatras, gerontólogos, psicólogos e nutricionistas, é essencial para manter a saúde da memória. Esses profissionais ajudam a identificar sinais de declínio cognitivo, oferecem tratamentos preventivos e orientações específicas, realizam testes cognitivos, estimulam a mente, lidam com questões emocionais e fornecem recomendações sobre uma alimentação saudável para o cérebro.


Nandarê

 

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