Com a chegada do início do ano letivo, é crucial
que os pais fiquem atentos aos sinais de problemas oculares em seus filhos.
Oftalmologistas explicam os principais sinais de alerta, os impactos da visão
na aprendizagem e como prevenir complicações futuras
O retorno à rotina escolar é ideal para garantir que a saúde visual das
crianças esteja em dia. Estudos recentes indicam que problemas visuais como
miopia, hipermetropia e astigmatismo estão se tornando cada vez mais comuns
entre os pequenos, afetando diretamente o desempenho escolar e o bem-estar
geral.
“Problemas visuais podem se manifestar de forma sutil, como dores de cabeça
frequentes, dificuldade de leitura e sensibilidade à luz,” alerta a Dra.
Claudia de Paula Faria, Oftalmologista especialista em estrabismo do Hospital
Albert Einstein.
Entre
os principais sinais estão:
- Esfregar os olhos com frequência.
- Sentar-se muito próximo de telas ou livros.
- Reclamações de dores de cabeça, especialmente na testa.
- Desalinhamento dos olhos (estrabismo).
O
Dr. Hallim Féres Neto membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e Diretor
da Prisma Visão complementa: “Inclinação da cabeça constante ou dificuldade
para enxergar de longe também podem ser sinais importantes de alerta.”
“Dificuldades
para enxergar o quadro ou acompanhar leituras podem ser confundidas com
desatenção ou dificuldade de aprendizagem,” destaca a Dra. Claudia.
Exames
oftalmológicos regulares ajudam a evitar diagnósticos errados e garantem um
desempenho escolar saudável. O Dr. Halim enfatiza: “Já presenciei casos em que
crianças foram tratadas para déficit de atenção, mas a dificuldade estava
relacionada a problemas visuais não diagnosticados.”
A
primeira consulta oftalmológica deve ocorrer aos 6 meses, com novas avaliações
entre 2 e 3 anos de idade, antes da entrada na escola. “Após isso, é
recomendável exames anuais até os 10 anos,” orienta a Dra. Claudia.
O Dr. Halim reforça: “Detectar condições como catarata congênita ou
retinoblastoma precocemente faz toda a diferença na saúde ocular da criança.”
Pesquisas
apontam para um aumento global da miopia em crianças, muitas vezes relacionado
ao uso excessivo de telas e à falta de atividades ao ar livre. Seguir a regra
20-20-20 – descansar os olhos por 20 segundos a cada 20 minutos de uso de tela
– é uma medida simples e eficaz para reduzir o cansaço visual. “Aumentar o
tempo ao ar livre é crucial para prevenir a progressão da miopia,” acrescenta o
Dr. Halim.
Escolha dos Óculos Correta
Armações
leves, resistentes e ajustáveis são essenciais para garantir o conforto das
crianças. “As lentes com proteção UV e tecnologias que ajudam a reduzir o aumento
da miopia são minhas primeiras escolhas para os pequenos,” afirma a Dra.
Claudia. O Dr. Halim complementa: “Permitir que a criança participe da escolha
dos óculos pode facilitar a adaptação e o uso regular.”
Estimular brincadeiras ao ar livre – pelo menos duas horas diárias – e uma
dieta rica em vitaminas A, C, E e ômega-3 ajudam a manter a saúde ocular. Usar
óculos de proteção durante atividades esportivas também previne lesões
oculares.
O
cuidado com a visão infantil vai além do bem-estar físico: ele impacta
diretamente a autoestima e o sucesso acadêmico das crianças. Aproveite o início
do ano letivo para garantir que seu filho esteja preparado para enxergar o
mundo com clareza e confiança.
Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - CRM-SP 117.127 | RQE 60732. Oftalmologia Geral. Cirurgia Refrativa. Ceratocone. Catarata. Pterígio. Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa. Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery. Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology
Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.
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