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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL MOSTRA CENÁRIO ALARMANTE PARA DADOS DE ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS

Auditoria revela fragilidades na cibersegurança pública e reforça a necessidade de avanços urgentes para proteger dados sensíveis

 

O Brasil enfrenta um cenário preocupante de vulnerabilidade digital, com os ataques cibernéticos aos órgãos públicos federais crescendo a uma taxa alarmante. De acordo com uma recente auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada entre 2023 e 2024, os órgãos públicos estão expostos a riscos significativos, o que pode comprometer a segurança de informações sensíveis. Os dados revelam que o total de ataques registrados em 2024 superou o de 2023 consideravelmente. 

O TCU alertou que apenas 14% dos órgãos federais implementaram mais de 70% das medidas de segurança recomendadas, e a maioria dos órgãos se encontra nos estágios iniciais de maturidade em segurança da informação. Entre os problemas identificados estão a falta de programas de antivírus, a ausência de processos de notificação de incidentes e a baixa criptografia de dados em dispositivos de usuários finais. Esses fatores abrem brechas para ataques, como phishing e ransomware, que comprometem a integridade dos sistemas governamentais. 

O perito em crimes digitais e CEO da EnetSec, Wanderson Castilho, afirma que as maiores vulnerabilidades começam na falta de educação digital e treinamento contínuo para os funcionários públicos. Isso abre espaço para ataques que utilizam engenharia social, como o phishing, em que criminosos enganam usuários dos sistemas para acessar credenciais ou informações sensíveis. 

“Não devemos nunca subestimar o poder de persuasão dos criminosos, pois eles sabem muito bem como explorar falhas humanas que podem colocar sistemas de informações inteiros em risco”, alerta Castilho. O impacto dessa situação é preocupante, especialmente ao considerarmos que são dados da defesa nacional, políticas econômicas e relações diplomáticas que podem estar em risco. 

Outro ponto levantado é a introdução de tecnologias como a inteligência artificial (IA). pois com o avanço tecnológico, novas vulnerabilidades deverão aparecer. “É sempre importante tentarmos nos antecipar ao que poderá ser atacado, pois existem formas de se precaver ao máximo possível. Contudo, mesmo com toda a atenção e cuidado, sempre aparecem novos ataques nunca antes vistos e isso tem uma tendência a acontecer em momentos de evolução da tecnologia”, explica o perito. 

Em resposta a essa situação, o Ministério da Gestão e da Inovação, que supervisiona o Programa de Privacidade e Segurança da Informação (PPSI), destacou um aumento de 18% na maturidade dos órgãos em segurança da informação desde a implementação do programa. A pasta também iniciou um Centro de Excelência em Privacidade e Segurança da Informação (CEPS GOV.BR) para capacitar servidores e promover uma cultura de segurança. 

"Estamos em um momento crítico onde cada avanço na segurança digital é fundamental. Sem a implementação de políticas eficazes, treinamento contínuo e a adoção de tecnologias modernas, continuaremos vulneráveis. A cibersegurança precisa ser encarada como prioridade estratégica para garantir a proteção de informações sensíveis e a soberania nacional", conclui Wanderson Castilho.

 

Wanderson Castilho - Com mais de 5 mil casos resolvidos, o perito cibernético e físico, utiliza estratégias de detecção de mentiras e raciocínio lógico para interpretar os algoritmos dos crimes digitais. Autor de quatro livros importantes no segmento e há 30 anos no mercado, Wanderson Castilho refaz os passos dos criminosos virtuais para desvendar a metodologia empregada no crime digital. Certificado pelo Instituto de Treinamento de Análise de Comportamento (BATI) da Califórnia, responsável por treinar mais de 30 mil agentes policiais, entre eles profissionais do FBI, CIA e NSA. Também possui certificados em Certified Computing Professional – CCP – Mastery, Expert in Digital Forensics, é membro da ACFE (Association of Certified Fraud Examiners). E sua recente certificação como Especialista em investigação de criptomoedas pelo Blockchain Intelligence Group, ferramenta usada pelo FBI, o coloca hoje em um patamar de um dos maiores profissionais em crimes digitais do mundo sendo um dos especialistas mais cotados para resolver crimes cibernéticos.


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