Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que o mau uso dobra a síndrome no verão.
Olhos vermelhos, sensação de corpo estranho, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho seco que está lotando os consultórios. Não é para menos .A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar-condicionado em ambientes fechados e sem ventilação.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a maioria dos pacientes trabalham em ambientes bastante refrigerados e alguns ainda usam lente de contato que também ajuda a reduzir a lubrificação do olho. Nessas condições o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Queiroz Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal.
A
situação fica pior ainda para quem trabalha o dia todo no computador. Isso
porque, explica, diante das telas piscamos menos e a posição dos olhos facilita
a evaporação da lágrima.
O
especialista explica que baixa umidade dos ambientes refrigerados está
associada ao olho seco evaporativo, um aumento da evaporação da lágrima que em
70% dos casos acontece por alterações nas glândulas de meibômio que ficam nas
bordas da pálpebra e secretam a camada gordurosa da lágrima que impede este
processo. .
Fatores
de risco
Queiroz
Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a
população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a
síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a
fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa.
Além
do ar seco e alterações hormonais, Queiroz Neto aponta outros fatores de risco:
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Excesso
de lágrima artificial irrita os olhos
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes. “Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto Isso porque
Quando
a produção lacrimal é prejudicada por blefarite, Queiroz Neto afirma que a
aplicação de luz pulsada é o tratamento mais indicado. Isso porque, desobstrui
as glândulas de meibômio nas pálpebras e restabelece a circulação da lágrima.
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Dicas
de prevenção
O
especialista diz que para estimular a produção da lágrima o primeiro passo é
beber 35 ml/quilo o que equivale a 2 litros/dia para uma pessoa com 60 quilos.
de água ao dia. “A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos
encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas,
verduras e legumes ricos em vitaminas A e E”, afirma
Nas
atividades que exigem concentração visual como o uso de computador Queiroz Neto
ensina 3 dicas: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer
pausas de 5 minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente. Seguindo
estas orientações simples é possível ganhar mais produtividade e conforto para
os olhos, finaliza.
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