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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Fertilização in Vitro é solução eficaz para pacientes com endometriose

De 30 a 50% das mulheres têm infertilidade por causa da doença 

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a endometriose afeta uma em cada 10 mulheres no mundo. Estimativas do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, oito milhões de mulheres enfrentam a doença e, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a condição é a causa da infertilidade para 30 a 50% das pessoas do sexo feminino. 

“A doença é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial – que normalmente reveste o útero – em outras áreas do corpo, como nos ovários, tubas uterinas, intestinos e bexiga. Esse aumento descontrolado gera uma reação inflamatória, que pode levar à formação de fibrose (tecido cicatricial). Dependendo da localização e do grau de comprometimento, a endometriose pode levar a um quadro de infertilidade”, explica o Dr. Frederico Correa, especialista em reprodução assistida e coordenador da unidade de Brasília da Clínica Huntington.

Existem três tipos principais de endometriose: superficial, de ovário (endometriomas) e profunda. A superficial se caracteriza por lesões de pouca espessura, finas que afetam o peritônio, que é uma membrana que recobre os órgãos e a parede interna do abdome. A endometriose profunda é a forma mais grave da doença, pois se apresenta na forma de lesões nodulares que podem invadir órgãos como o intestino e a bexiga. Já a de ovário é caracterizada pela formação de cistos com conteúdo sanguinolento, nesses órgãos.

Dr. Frederico esclarece que os sintomas da endometriose variam de pessoa para pessoa, mas entre os mais comuns estão cólicas menstruais fortes, dores durante as relações sexuais e, em muitos casos, a infertilidade. “Quando se trata de fertilidade, a endometriose representa um grande desafio. Dependendo do grau de lesão, as aderências pélvicas, obstrução das tubas uterinas, a inflamação crônica na pelve e a diminuição da qualidade dos óvulos podem tornar a gravidez natural mais difícil. Nesse contexto, a Fertilização in Vitro (FIV) se destaca como uma solução eficaz”, afirma. 

A FIV permite que a fecundação ocorra fora do corpo, contornando as obstruções nas trompas e os processos inflamatórios, proporcionando melhores chances de sucesso para as mulheres que enfrentam a endometriose. No procedimento, é feita a coleta dos óvulos e espermatozoides, que são fertilizados em laboratório antes de serem implantados no útero. 

Embora a endometriose seja uma doença de grande impacto, com tratamentos adequados, incluindo a medicina reprodutiva, muitas mulheres conseguem superar as barreiras de fertilidade e realizar o sonho da maternidade. “É muito importante ter um acompanhamento médico especializado para identificar o melhor tratamento, considerando o tipo e a gravidade da doença”, conclui o especialista. 



Huntington Medicina Reprodutiva
Huntington

 

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