Técnicas como a fertilização in vitro (FIV) e o uso de óvulos doados abriram novas perspectivas para quem deseja ser mãe em idades mais avançadas
O avanço da medicina reprodutiva trouxe possibilidades que, há
algumas décadas, pareciam inimagináveis, e a gravidez após os 50 anos tornou-se
uma realidade para um número crescente de mulheres no cenário atual.
Embora o envelhecimento natural reduza significativamente a fertilidade
feminina a partir dos 35 anos, a fertilização in vitro (FIV) e o uso de óvulos
doados oferecem novas perspectivas para quem deseja vivenciar a maternidade em
idades mais avançadas.
Por isso, a gravidez após os 50 anos é um tema que desperta curiosidade
e, ao mesmo tempo, envolve uma série de desafios e limitações biológicas, é o
que destaca a Dra. Tereza Carolina, médica ginecologista associada da
Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR).
“Nós sabemos que a média de idade das brasileiras de entrarem na
menopausa é 50 anos de idade e a sabe-se que a gravidez espontânea depois dos
35 anos, a cada ano que passa, fica cada vez mais difícil. Então, a gravidez
espontânea depois dos 50, a gente chama de raríssima exceção, sendo possível,
na maior parte dos casos, apenas via reprodução assistida de mulheres que já
congelaram os seus óvulos ou os seus embriões ou até mesmo por doação de
óvulos”, explica a Dra. Tereza.
Em contrapartida, uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), observa-se uma tendência ao adiamento da maternidade.
Dados do IBGE mostram que o número de mulheres que optaram pela maternidade
após os 40 anos cresceu 65,7% em 12 anos. Embora não haja estatísticas
específicas para gestações após os 50 anos, esse aumento indica uma mudança no
perfil etário das gestantes brasileiras.
É importante ressaltar que a gravidez após os 50 anos pode
apresentar diversos riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Com o aumento
da idade materna, o corpo enfrenta desafios maiores para suportar a gestação, e
os riscos de complicações são mais elevados.
“A gente sabe que tanto a gravidez espontânea quanto por
reprodução assistida é considerada de alto risco, então é muito importante que
as mulheres que estão planejando engravidar depois dos 50 anos, tenham um
check-up completo com com o seu médico clínico e cardiologista”, completa a
Dra.
Em resumo, embora a maternidade após os 50 anos seja possível graças aos avanços da medicina reprodutiva, ela envolve desafios e riscos aumentados. Por esse motivo, é fundamental que as mulheres interessadas em engravidar nessa faixa etária busquem orientação médica especializada para avaliar as possibilidades e os cuidados necessários. As decisões devem ser tomadas com responsabilidade e com base em orientação profissional.
AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.
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