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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Saúde mental: população 60+ merece atenção, afirma SBGG

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que 13% dessa população possuem depressão

 

No mês onde o tema “saúde mental” ganha mais destaque, uma importante parcela da sociedade merece atenção. Apesar de associada aos jovens, são as pessoas idosas que lideram o ranking dos mais afetados pela depressão. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 anos e 64 anos de idade. 

Em linhas gerais, a saúde mental é um aspecto fundamental do bem-estar geral, mas muitas vezes é negligenciada. Fatores como o estresse do dia a dia, as pressões sociais e os desafios da vida moderna podem afetar significativamente a saúde emocional e mental dos indivíduos. 

No caso da população 60+, essa fase da vida é marcada por diversas transformações, tanto físicas quanto emocionais. A aposentadoria, a perda de entes queridos, as limitações físicas e as mudanças na rotina podem gerar sentimentos de solidão, tristeza e ansiedade. 

O geriatra da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dr. Ivan Aprahamian, afirma que alguns tabus relacionados à saúde mental podem prejudicar o diagnóstico da população idosa. Segundo ele, a crença de achar que os idosos ficam esquecidos e tristes com o envelhecimento e a acomodação que a sociedade apresenta com a falta de promoção de diversas atividades sociais e físicas, contribuem para este cenário.
 

Sinais de ajuda

Dr. Aprahamian destaca alguns sinais que indicam que a pessoa idosa necessita de ajuda para cuidar da saúde mental, entre eles o isolamento social, a perda de memória, levando a limitações funcionais, como a ato de se alimentar, usar o sanitário e deitar ou levantar da cama, além do surgimento de sintomas delirantes, com prejuízo do julgamento da realidade. “Esses três sinais correspondem à depressão, à demência e a quadros psicóticos, respectivamente”, completa o geriatra da SBGG.
 

Papel da família

Por fim, o médico reitera a importância da contribuição da família para a prevenção e cuidado da saúde mental da pessoa idosa: “Três medidas básicas, ao meu ver, seriam: garantir adequada nutrição balanceada e saudável, promover a prática de atividade física regular e propor um ambiente social rico em contatos e estímulos cognitivos e afetivos.”

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

 

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