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segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Publicidade diversa: confira dicas para combater estereótipos nas campanhas de marketing da sua empresa

Entenda como evitar estereótipos e abraçar a diversidade na construção de campanhas impactantes

 

A publicidade exerce uma influência determinante na construção de percepções sociais e culturais, moldando a forma como diferentes grupos são vistos e tratados. No Brasil, onde 86% da população acredita que as campanhas publicitárias devem refletir a diversidade, a exigência por representações mais inclusivas está mais forte do que nunca. No entanto, o uso de estereótipos ainda é um desafio significativo, perpetuando ideias limitadas e, muitas vezes, prejudiciais relacionadas a gênero, raça, corpo, idade e outras características.


O que são estereótipos na publicidade?

Os estereótipos são generalizações simplistas sobre grupos ou indivíduos, frequentemente baseadas em preconceitos ou percepções restritas. Na publicidade, isso pode se traduzir na associação de mulheres exclusivamente a papéis de cuidado e beleza, homens como provedores invulneráveis, ou na redução de pessoas negras e indígenas a papéis subalternos ou exóticos. Apesar de comuns, essas representações não só perpetuam desigualdades como também dificultam a conexão autêntica entre marcas e consumidores.

Essa desconexão se reflete no comportamento do público: 55% dos brasileiros afirmam que deixariam de consumir produtos de marcas que não promovem a inclusão. Diante desse cenário, as empresas têm a oportunidade de adotar práticas que vão além da ética e se traduzem em estratégia: a construção de campanhas diversensíveis que ressoam com a pluralidade da sociedade.


Um guia para uma publicidade diversensível


Pensando em auxiliar marcas e profissionais criativos a abraçar essa transformação, a Agência Bistrô desenvolveu um guia com orientações práticas para desconstruir estereótipos na publicidade e promover campanhas que celebrem a diversidade.


Dicas para desconstruir estereótipos

Estereótipos de gênero: Questione papéis tradicionalmente atribuídos ao masculino e feminino. Mulheres precisam ser sempre retratadas como cuidadoras, multitarefas ou perfeitas? Homens estão restritos à figura do provedor financeiro, distante de papéis emocionais ou familiares? Dê espaço para narrativas onde mulheres liderem e homens mostrem vulnerabilidade, fugindo de padrões rígidos.

Diversidade corporal: A campanha valoriza diferentes corpos, idades e aparências? Ou reforça um padrão único de beleza e juventude? Seja intencional ao incluir pessoas com corpos reais e diversos, demonstrando que todos são bem-vindos.

Estereótipos étnico-raciais: Evite reforçar a invisibilidade ou subalternidade de pessoas negras, indígenas ou asiáticas. Personagens de diferentes etnias devem ocupar posições de poder e ser retratados com profundidade, longe da criminalização, exotificação ou hipersexualização.

Evite narrativas de sofrimento exclusivo: Embora histórias de luta sejam importantes, não reduza personagens de ascendência negra, indígena ou pessoas com deficiência, por exemplo, apenas a essas narrativas. Mostre camadas que celebrem conquistas, alegria e a complexidade de suas vidas.

Revisite a linguagem usada: Palavras e expressões que parecem neutras podem carregar preconceitos. Faça uma revisão cuidadosa para eliminar termos que reforcem visões estereotipadas ou ofensivas.

Papel de líderes: As posições de liderança na narrativa estão reservadas para personagens alinhados ao masculino ou a um único grupo étnico? Dê espaço para a diversidade em papéis de destaque, incluindo mulheres, pessoas negras, indígenas e outros grupos sub-representados.

Cuidado com a sexualização: Evite hipersexualizar personagens femininas ou associar corpos negros e indígenas a promiscuidade. Respeite a individualidade e complexidade dos personagens ao explorar aspectos de suas personalidades.

Apropriação cultural: Certifique-se de que símbolos e elementos culturais indígenas, asiáticos ou de matriz africana sejam tratados com respeito e autenticidade, e que suas narrativas sejam representadas por quem as vive.

Relações entre os personagens: A dinâmica entre personagens reflete colaboração e apoio mútuo ou reforça ideias de competição, especialmente entre mulheres? Desafie narrativas que colocam gêneros ou grupos em constante confronto.

O Guia também reforça que antes de lançar uma campanha, é importante envolver pessoas de diferentes origens, corpos e identidades no processo de revisão. Essa prática ajuda a identificar pontos que passaram despercebidos e a garantir que a mensagem seja inclusiva e acolhedora. 

A diversidade não é apenas uma questão de ética ou representatividade, mas um caminho para campanhas mais criativas, autênticas e impactantes. Marcas que se dedicam a fugir dos estereótipos conquistam a confiança e o respeito dos consumidores, ao mesmo tempo que contribuem para uma publicidade mais justa e transformadora.

O Guia para uma Publicidade Diversensível está disponível para download gratuito no site da Bistrô. Para acessar e saber mais, visite www.agenciabistro.com.br/guia.

 

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