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sábado, 14 de dezembro de 2024

Vínculo mãe-bebê começa na gravidez: veja como fortalecê-lo

 Freepik
Conexão emocional na gestação e na primeira hora pós-parto contribui para o desenvolvimento do bebê; psicóloga perinatal explica como praticar esse laço


A relação entre mãe e bebê começa antes mesmo do nascimento. Estudos da psicologia perinatal indicam que o vínculo emocional pode se formar ainda na gravidez, com interações simples como falar com o bebê ou prestar atenção aos seus movimentos. "Durante a gestação, mãe e bebê já estão em conexão. O bebê percebe as vibrações emocionais da mãe por meio de alterações hormonais e do ritmo corporal", explica Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline.

Esse vínculo precoce traz benefícios que vão além da gestação. Segundo Rafaela, contribui para o desenvolvimento do bebê e pode prevenir atrasos no desenvolvimento infantil. "É por isso que nós, psicólogos, incentivamos a criação desse vínculo ainda na gravidez. Mesmo gestantes que enfrentam dificuldades emocionais podem se beneficiar de práticas simples para se conectar com o bebê".


Por que o vínculo é tão importante?

Para o bebê, o vínculo emocional promove um apego seguro, fundamental para seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Crianças que constroem esse tipo de relação têm maior chance de crescer confiantes e resilientes "O vínculo cria a base para como essa criança vai se relacionar com o mundo no futuro", afirma a psicóloga.

Já para a mãe, a conexão traz benefícios igualmente significativos e ajuda a criar um ambiente emocional mais positivo durante a gravidez e no período pós-parto. "Mães que conseguem se conectar com o bebê relatam maior segurança emocional, o que ajuda a lidar melhor com os desafios da maternidade", acrescenta.


E depois do nascimento?

Após o parto, o vínculo continua sendo fortalecido, especialmente durante a chamada "hora dourada" (golden hour). Esse período, a primeira hora de vida do bebê, é considerado crucial para a estabilização dos sinais vitais do recém-nascido. O contato pele a pele entre mãe e filho estimula a liberação de ocitocina, conhecida como o "hormônio do amor", que promove o bem-estar emocional, facilita a amamentação e reforça o vínculo.

Um exemplo recente dessa prática foi compartilhado pela influenciadora Viih Tube, após o nascimento de seu segundo filho, Ravi. Durante a golden hour, o contato pele a pele ajudou a estabilizar o bebê, que apresentou sinais de instabilidade e quase precisou ser transferido para a UTI. Segundo a influenciadora, o momento foi determinante para evitar cuidados intensivos.

No Brasil, muitas maternidades têm implementado protocolos para garantir a realização da golden hour sempre que possível, mesmo em partos cesáreos ou complicados. Além de fortalecer o vínculo mãe-bebê, o contato ajuda a regular a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a respiração do recém-nascido e facilita sua adaptação ao ambiente fora do útero.


Quando o vínculo enfrenta desafios


Nem sempre criar o vínculo emocional é um processo fácil, de acordo com Rafaela Schiavo. Fatores como gestações não planejadas, ansiedade ou depressão podem dificultar essa conexão.  "Nesses casos, é importante que a mãe receba apoio especializado. O vínculo é algo que pode ser construído mesmo em condições adversas, mas o acompanhamento psicológico é fundamental", orienta. A especialista também reforça que  a criação do vínculo não precisa ser perfeita: "Cada mãe pode encontrar seu próprio ritmo nesse processo".


Como fortalecer o vínculo na gravidez

Gestos simples podem ajudar mães a se conectarem com seus bebês durante a gestação. A psicóloga perinatal explica como essas práticas podem fazer diferença na criação desse vínculo:

  • Converse com o bebê: Falar diretamente com o bebê ajuda a criar uma rotina de interação e a reforçar o vínculo emocional.
  • Sinta os movimentos: Prestar atenção nos chutes e deslocamentos do bebê promove uma conexão mais consciente.
  • Crie rituais de carinho: Ler histórias, cantar ou tocar músicas para o bebê são formas de desenvolver uma rotina afetuosa.
  • Pratique o contato: Passar a mão na barriga e dedicar pequenos momentos ao bebê fortalecem a conexão emocional.
  • Busque momentos de relaxamento: Técnicas como mindfulness ajudam a reduzir o estresse e promovem um ambiente emocional mais positivo.

Para a psicóloga, o vínculo mãe-bebê é uma construção contínua. "Com apoio e pequenas ações no dia a dia, é possível criar uma relação significativa. O vínculo não precisa ser perfeito, mas é importante que ele exista e seja nutrido com afeto", finaliza.

 

Dr. Fabiano de Abreu Alerta: A Armadilha dos Jogos de Aposta na Era da Dopamina

Neurocientista destaca como vulnerabilidades sociais e emocionais tornam muitas pessoas presas fáceis das apostas online.

 

O fascínio pelos jogos de aposta tem crescido exponencialmente, impulsionado pela explosão de plataformas online e anúncios com celebridades que vendem a ilusão de riqueza rápida. Para o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências e membro da Royal Society of Medicine no Reino Unido, essa prática representa um perigo iminente para uma sociedade cada vez mais vulnerável às armadilhas da dopamina.

 

A Sociedade Dopaminérgica e o Ciclo de Recompensa

“Vivemos em uma sociedade dopaminérgica, onde a necessidade de recompensa imediata é exacerbada pelas redes sociais, pelo consumo de bens e agora pelos jogos de aposta”, explica o Dr. Fabiano. A dopamina, neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa, é estimulada toda vez que se busca ganhos rápidos. Essa busca incessante cria um ciclo viciante que pode ter consequências devastadoras.

Jogos de aposta, por sua própria estrutura, são projetados para desencadear esse ciclo: pequenas vitórias reforçam o comportamento, enquanto as perdas são justificadas pela possibilidade ilusória de um grande ganho futuro. “Esses jogos utilizam estratégias psicológicas sofisticadas, como anúncios exagerados e a presença de figuras públicas de confiança, para atrair pessoas vulneráveis”, alerta o neurocientista.

 

Vulnerabilidades e Riscos

O Dr. Fabiano destaca que grupos mais vulneráveis, como pessoas com menor inteligência, problemas de saúde mental e isolamento social, estão particularmente suscetíveis às apostas online. Estudos científicos corroboram essa observação. Os cientistas Schneider e Clegg em 2009 mostraram que pessoas com baixa inteligência enfrentam dificuldades para avaliar riscos e tomar decisões financeiras, tornando-se alvos fáceis de estratégias manipulativas.

A carência emocional e a busca por validação social também desempenham um papel central. O isolamento social, comum em indivíduos com baixa inteligência ou distúrbios mentais, os leva a buscar conforto em atividades solitárias, como jogos online. Porém, ao invés de suprir essa necessidade, o ciclo da aposta frequentemente aprofunda o isolamento, criando um ciclo de frustração e endividamento.

 

O Gatilho do Vício

Para o Dr. Fabiano, o problema vai além do simples ato de apostar. Ele alerta que iniciar a jogatina pode ser um gatilho para outros tipos de vício. “A mesma região do cérebro está relacionada aos diferentes tipos de vícios. Abrir uma porta pode abrir outras”, afirma. Essa relação entre apostas e vícios, como o consumo de álcool e drogas, é bem documentada na literatura científica e amplifica os danos sociais e individuais.

Além disso, o especialista destaca a falta de transparência na lógica dos jogos de aposta. “Eles colocam anúncios de pessoas ganhando milhões, mas é um exagero. A maioria dos que apostam perde. É preciso coerência: ninguém investe tanto dinheiro em um negócio sem esperar lucros exorbitantes”, critica.

 

Responsabilidade Coletiva

O Dr. Fabiano de Abreu enfatiza que a solução exige ações em múltiplos níveis: regulamentação mais rígida sobre publicidade de jogos de aposta, educação financeira e emocional para grupos vulneráveis e maior conscientização pública sobre os riscos. “Precisamos desmitificar a ideia de ganhos fáceis e mostrar que o verdadeiro ‘ganhador’ dos jogos de aposta é sempre quem os organiza”, conclui.

 

Um Alerta Necessário

Enquanto os jogos de aposta continuam a proliferar, é essencial que a sociedade compreenda os perigos associados a essa prática. O alerta do Dr. Fabiano serve como um chamado para reflexão e ação. Para ele, o combate à exploração emocional e econômica passa pela empatia e pelo fortalecimento das pessoas mais vulneráveis, permitindo que elas resistam às armadilhas do sistema.

Esta não é apenas uma questão de saúde individual, mas também de justiça social. Afinal, como o neurocientista destaca, "o jogo pode parecer uma diversão inocente, mas para muitos, ele se torna uma prisão".

 

Referências 

  • Schneider, J., & Clegg, J. (2009). Health and Social Needs of People with Low Intelligence. Mental Health Review Journal, 14, 22-27. 
  • Koenen, K., Caspi, A., Moffitt, T., Rijsdijk, F., & Taylor, A. (2006). Genetic influences on the overlap between low IQ and antisocial behavior in young children. Journal of Abnormal Psychology, 115(4), 787-797. 
  • Van Nieuwenhuijzen, M., Orobio de Castro, B., Van Aken, M. V., & Matthys, W. (2009). Impulse control and aggressive response generation as predictors of aggressive behaviour in children with mild intellectual disabilities and borderline intelligence. Journal of Intellectual Disability Research, 53(3), 233-242. 
  • Kar, S. K., Devdutt, J., Kamboj, A., & Varma, R. (2013). Behavioral Problems in Patients of Borderline Intelligence with Multiple Physical Co-Morbidities. Case Report
  • Lahat, A., Van Lieshout, R. V., Saigal, S., Boyle, M., & Schmidt, L. (2014). Small for gestational age and poor fluid intelligence in childhood predict externalizing behaviors among young adults born at extremely low birth weight. Development and Psychopathology, 27, 181-188. 

 

COMO PROTEGER CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA INTERNET DURANTE AS FÉRIAS?

  ESPECIALISTA DÁ DICAS

Muito pais acreditam que seus filhos estão seguros por estarem dentro de casa com o celular na mão, mas não compreendem os riscos aos quais podem estar expostos no ambiente online


Com o período de férias escolares se aproximando, muitas crianças e adolescentes passam mais tempo conectados à internet, seja em redes sociais, jogos online ou plataformas digitais. Embora este ambiente possa oferecer inúmeras oportunidades de aprendizado e diversão, ele também traz riscos que podem afetar a saúde mental e física de menores de idade, como cyberbullying, aliciamento e exposição a conteúdos não apropriados para a idade. 

O especialista em redes sociais, Antonio Gelfusa Jr., explica que mídias sociais são peças centrais para este tipo de ameaça pois, se utilizadas de maneira maliciosa, podem causar danos irreparáveis. “Os predadores virtuais usam técnicas sofisticadas para se aproximar de menores de idade, muitas vezes se passando por colegas da mesma faixa etária, buscando obter benefícios sexuais. O aparente anonimato e a abrangência da internet tornam esses ambientes ainda mais perigosos”, diz. 

Segundo dados da Universidade da Carolina do Norte (EUA), o uso excessivo de redes sociais por crianças e adolescentes pode causar alterações no cérebro e gerar sensações amplificadas de ansiedade e dependência. Isso se agrava ainda mais no contexto de recesso escolar, quando a liberdade de poder escolher as atividades diárias, sem a obrigação de prestar atenção às aulas ou aos deveres de casa, se torna um gatilho para o uso descontrolado da tecnologia. 

Gelfusa reforça que monitorar o comportamento digital dos filhos não é apenas um direito, mas uma obrigação legal dos pais, conforme previsto pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). “Os pais devem acompanhar o que os filhos acessam e estabelecer regras claras sobre o uso das redes, como Instagram, TikTok e todas as outras. Aplicativos de controle parental podem ajudar, mas nada substitui o diálogo e a presença ativa na vida digital das crianças”, orienta o especialista.
 

Confira as dicas de Antonio Gelfusa Jr. para garantir a segurança digital de crianças e adolescentes nas férias!

  • Converse abertamente: Ensine as crianças sobre os perigos da internet e a importância de não interagir com estranhos online.
  • Estabeleça limites: Defina horários para o uso de dispositivos e incentive atividades offline.
  • Monitore com equilíbrio: Utilize aplicativos de controle parental, mas também participe ativamente do universo digital das crianças.
  • Oriente sobre boas práticas: Explique como evitar links suspeitos, manter informações pessoais privadas e denunciar comportamentos inadequados.

O cuidado contínuo e a construção de um ambiente de confiança entre pais e filhos são essenciais para garantir uma experiência online mais segura e saudável. As férias escolares podem ser um período de diversão e aprendizado, desde que os pais estejam atentos e presentes.


Antonio Gelfusa Junior - Publicitário, especialista em educação e redes sociais, com atuação de 25 anos na construção da comunicação on e offline de empresas dos mais diversos segmentos. É professor do Sebrae/SP e de cursos de graduação e pós-graduação de comunicação, marketing, propaganda e jornalismo. Saiba mais em: Link


Musculação: Evidências científicas que comprovam os benefícios para o corpo e a mente ao longo da vida

Pesquisas apontam que a prática regular de musculação pode reduzir em até 47% o risco de mortalidade precoce, melhorar a saúde metabólica e preservar funções cognitivas, consolidando-se como uma aliada essencial para uma vida longa e saudável.

 

Muito além da estética, a musculação é uma atividade completa que traz ganhos significativos para a saúde física e mental. Pesquisas globais reforçam seus benefícios, destacando-a como um dos exercícios mais impactantes no combate a doenças crônicas, no aumento da longevidade e na melhoria da qualidade de vida em todas as idades. 

Dados nacionais mostram que 17,5% dos brasileiros incluíram a musculação entre suas práticas físicas favoritas em 2023, atrás apenas de caminhadas e futebol. Contudo, apenas 8,6% da população brasileira atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para exercícios de fortalecimento muscular: ao menos duas sessões semanais. 

De acordo com os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, globalmente, 23% dos adultos não atingem os níveis mínimos de atividade física recomendados pela OMS, enquanto no Brasil cerca de 36,7% realizam ao menos 150 minutos semanais de exercícios no tempo livre. Apesar disso, o estilo de vida sedentário ainda apresenta grandes barreiras a serem superadas. 


Os benefícios da musculação estão amplamente documentados: 

  • Saúde metabólica: Um estudo da Unicamp aponta que a musculação melhora a produção de insulina, sendo essencial no controle do diabetes tipo 2. 
  • Saúde cerebral: Pesquisadores da Universidade da Flórida demonstraram que ela preserva as funções cognitivas em idosos. 
  • Redução da mortalidade precoce: Um levantamento publicado no British Medical Journal revelou que a combinação de musculação com exercícios aeróbicos pode reduzir o risco de morte precoce em até 47%. 

 

A visão de especialistas: Dicas de como manter o foco nos objetivos durante o verão e atingir metas realistas 

Com a chegada do verão em dezembro, muitos praticantes de musculação se perguntam como manter a rotina de treinos enquanto aproveitam os dias ensolarados e as atividades da estação. Para aqueles que desejam iniciar na prática, as dúvidas sobre o momento ideal e os primeiros passos também são comuns. A boa notícia é que, tanto para veteranos quanto para iniciantes, o verão é o momento perfeito para alinhar os objetivos de força, hipertrofia e bem-estar com a energia vibrante da estação, sem comprometer os resultados. O segredo está em ajustar a rotina e aproveitar as oportunidades únicas que essa temporada oferece para tornar os treinos ainda mais motivadores e satisfatórios. 

Para ajudar nesse equilíbrio, Leandro Twin, professor de educação física, instrutor fitness, produtor de conteúdo e embaixador da Bluefit Academia, uma das principais redes de academias do país, compartilha dicas essenciais para manter o foco na musculação, encontrando harmonia entre a atividade física e a diversão do verão: 

  1. Planejamento antecipado: Ajuste sua programação de treinos para horários mais frescos, como manhãs ou finais de tarde, evitando o calor intenso. Além disso, você pode priorizar treinos curtos e eficientes, sem comprometer a intensidade. 
  2. Manutenção da intensidade: Se tiver pouco tempo disponível, foque em treinos de alta intensidade, com menos séries e intervalos menores. Você ainda pode experimentar métodos como drop sets ou super sets para otimizar os resultados em sessões mais rápidas. 
  3. Variedade nos treinos: Inclua exercícios funcionais ou ao ar livre para complementar a musculação, como movimentos que trabalham o corpo todo e aumentam o condicionamento físico. Testar equipamentos ou técnicas diferentes para dar um novo estímulo aos músculos. 
  4. Priorize a hidratação e a nutrição: Com o aumento da temperatura, é essencial manter-se hidratado antes, durante e após os treinos. Por isso, consuma refeições equilibradas e leves, priorizando alimentos ricos em nutrientes e proteínas para suportar os treinos e a recuperação muscular. 
  5. Aproveite o Ambiente da Academia: Mesmo no verão, o ambiente climatizado das academias é ideal para treinos intensos. Use isso a seu favor e mantenha a disciplina em dia, aproveitando o aumento de energia característico da estação para se desafiar em exercícios de força. 

Além dessas dicas, Twin destaca a importância de adaptar-se às circunstâncias da estação: A musculação, como qualquer outra prática física, exige disciplina e consistência, mas não precisa ser rígida. O verão é uma oportunidade para diversificar os estímulos, explorar novos métodos e redescobrir o prazer nos treinos. Adaptar-se é a chave para manter o progresso e aproveitar a estação ao máximo.” 

Ele também faz um alerta sobre metas irrealistas que podem desmotivar e comprometer os treinos: “É essencial estabelecer metas realistas e ajustar as expectativas, priorizando a consistência e a manutenção dos resultados, ao invés de buscar objetivos muito ambiciosos que possam gerar estresse. Respeitar os dias de folga ou adotar o descanso ativo são passos importantes para relaxar e permitir a recuperação muscular completa”, finaliza. 

Aproveite o verão para se movimentar e cuidar da saúde de forma equilibrada, adaptando os treinos à estação mais animada do ano. Para mais dicas, acesse o blog da Bluefit: www.bluefit.com.br/blog


Saúde mental durante as festas de fim de ano: como lidar com as emoções e manter o bem-estar

Divulgação

O fim de ano pode ser um período de festas e celebração, mas também carrega uma carga emocional significativa. O excesso de compromissos, as expectativas familiares e as reflexões sobre o ano que passou podem causar um aumento no estresse e na ansiedade. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos, 64% das pessoas relatam sentir um aumento no estresse durante as festas de fim de ano, e no Brasil, um estudo da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) aponta que os índices de ansiedade crescem cerca de 30% nesse período.


Por que o fim de ano é tão estressante?

A celebração do Natal e do Ano Novo está, muitas vezes, associada à reunião familiar, à troca de presentes e às reflexões sobre conquistas e desafios do ano. No entanto, o contexto de tantas expectativas e comparações pode desencadear emoções intensas, como tristeza, ansiedade e até sentimentos de fracasso. "Muitas vezes, as pessoas se cobram para ter momentos perfeitos, quando na verdade o período deveria ser de acolhimento e descanso", explica a Dra. Aline Graffiette, especialista em psicologia clínica e neuropsicologia, à frente da Mental One.

Para Aline, é fundamental que, durante esse período, cada um se permita desacelerar e ser mais gentil consigo mesmo. "As redes sociais também têm um papel importante na amplificação dessas expectativas irreais. Lembre-se de que o que vemos online não necessariamente reflete a realidade. Tente focar no que é significativo para você, sem se comparar com os outros", ressalta.


Estratégias para lidar com o estresse de fim de ano

Pensando na saúde mental e na manutenção do bem-estar, especialistas recomendam técnicas que podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade e a promover mais tranquilidade. Entre essas técnicas, destaca-se o relaxamento progressivo, um método eficaz para aliviar o estresse acumulado.

O relaxamento progressivo consiste em contrair e relaxar diferentes grupos musculares, permitindo que o corpo perceba a diferença entre tensão e relaxamento. Segundo a Dra. Aline Graffiette, "a prática do relaxamento progressivo é uma ferramenta importante para lidar com a sobrecarga do fim de ano. Quando nos concentramos em relaxar os músculos, nossa mente também tende a desacelerar, ajudando a reduzir os níveis de estresse". Um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology indica que essa técnica pode reduzir até 35% dos sintomas de estresse quando praticada regularmente.

Aline recomenda reservar um momento do dia para praticar o relaxamento progressivo, especialmente em dias de alta demanda emocional, como os que antecedem as festas. "Mesmo que sejam apenas 10 ou 15 minutos, essa pausa pode trazer um alívio significativo, diminuindo a sensação de exaustão e permitindo que você lide melhor com as situações do cotidiano", afirma.


Dicas práticas para atravessar as festas com mais serenidade 

  • Estabeleça limites: Se comprometer com todas as celebrações e encontros pode ser desgastante. Saiba dizer "não" quando sentir que será demais. "Ouça seus limites e respeite seu tempo. Nem todos os convites precisam ser aceitos", aconselha Aline.
  • Pratique a respiração consciente: Técnicas de respiração são uma forma eficaz de reduzir o estresse. Respire profundamente por alguns minutos, concentrando-se apenas no movimento do ar entrando e saindo do corpo.
  • Priorize o que faz sentido para você: Ao invés de tentar agradar a todos, busque fazer aquilo que traz felicidade. "Essa é uma época para se conectar com aquilo que te faz bem, não para corresponder às expectativas dos outros", destaca Aline.
  • Mantenha uma rotina equilibrada: Tente manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas leves, como caminhadas. Essas práticas ajudam a regular o humor e diminuem a ansiedade.



Saúde mental em primeiro lugar

O mais importante, segundo Aline, é lembrar que é normal sentir-se sobrecarregado durante o fim de ano. "Vivemos em um ritmo acelerado e, muitas vezes, esquecemos de cuidar da nossa saúde mental. Permita-se pausar, refletir e relaxar. Isso faz toda a diferença na qualidade das suas experiências e no modo como você encerra o ano".

Aproveitar o período de festas com menos cobranças e mais compaixão é um dos caminhos para atravessar essa época do ano de forma mais leve e com bem-estar garantido.



Mental One
www.mentalone.com.br


Contraste entre alegria e tristeza acentua a dor do luto no fim de ano

Gravuras em metal sobre papel da artista plástica Juliane Fuganti,
da série Jardins Possíveis, de 2018: obras estão no Memorial Luto Curitiba,
 cujo acervo foi criado para proporcionar momentos de paz e 
contemplação durante as cerimônias fúnebres.
Foto de Flávio Ribeiro
Estudos apontam que a tensão cresce 75% em geral nesta época, sendo ainda mais desafiadora para quem perdeu alguém querido

 

Não está sozinho quem sente aumentar a ansiedade ao chegar dezembro, o mês das festas que celebram Natal e fim de ano. Estudos da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) apontam que a tensão aumenta 75% nesse período. Para quem está vivendo o luto pela perda de alguém querido, essa sensação tende a ser ainda mais profunda e desafiadora.  

“Não é fácil elaborar a própria dor numa época em que tudo remete à festa e felicidade, desde a decoração dos ambientes até às tradições familiares. O contraste entre alegria e dor exacerba a sensação de isolamento. Ao mesmo tempo, as festas trazem lembranças dolorosas de momentos compartilhados com a pessoa falecida, amplificando o sentimento de vazio”, observa a psicóloga Ruth Miranda, que considera este momento do ano especialmente difícil. 

O desafio também existe para quem está ao lado de pessoas enlutadas. É preciso ser sensível e reconhecer que o luto é um processo individual e complexo. Presença e acolhimento ajudam a validar as emoções, oferecendo apoio emocional sem julgamento, acrescenta. 

Aceitar os próprios sentimentos, permitindo-se sentir dor, tristeza ou raiva, é um passo importante para que a pessoa enfrente seu sofrimento. Mas buscar apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde mental é fundamental para evitar quadros depressivos graves e perigosos, alerta a médica psiquiatra Giulianna Simonetti Baptista.  

“Chorar é preciso, mas também há outras maneiras de viver o luto honrando a memória de quem perdemos. Uma possibilidade é criar uma nova tradição que homenageie a pessoa que partiu com uma atividade significativa”, diz ela, citando exemplos como uma doação, um voluntariado, uma pequena viagem ou mesmo um novo hobby. Aquilo que fizer mais sentido e que traga conforto. Cuidar da saúde física, com alimentação balanceada, sono adequado e exercícios regulares, também é vital e uma forma de dar novo significado à dor. 

Há mais a fazer para que o luto ganhe significado além da tristeza e se torne um período de homenagem a quem foi importante nas nossas vidas, acrescenta Giulianna. “É importante que a pessoa que sofre se perdoe, não se culpe diante da perda. Que pratique gratidão, registrando diariamente coisas positivas do legado. E se possível que se conecte a grupos de apoio ou de amigos que entendam seu luto.”

 

Ambiente acolhedor desde o primeiro momento

A noção de que o acolhimento carinhoso de quem sofre é parte do processo do luto já deixou o consultório de médicos e terapeutas e ganhou o ambiente das despedidas fúnebres. Essa sensibilidade aumentou durante a pandemia da Covid-19, entre 2020 e 2022, quando o grande número de mortes tornou o processo do luto mais público e compartilhado do que antes disso. 

A ideia de criar novas tradições para ressifignificar o luto chegou inclusive a algumas empresas do setor. “Pesquisamos muito, no Brasil e em outros países, para projetar um espaço que proporcione uma experiência ímpar de acolhimento, combinando aconchego e atendimento humanizado”, diz Luis Henrique Kuminek, diretor da Luto Curitiba, uma das maiores empresas do setor no país. 

O Memorial Luto Curitiba tem características únicas no Brasil e nasceu dessa ideia de fazer com que as cerimônias de despedida ocorram em ambiente marcado por conforto físico e espiritual, sem os símbolos tradicionais que ligam a morte à tristeza e escuridão. 

Parte desse conforto é proporcionada pela presença de inúmeras obras de arte de artistas premiados, feitas com diferentes técnicas e imagens abstratas que versam sobre a existência, o efêmero e a espiritualidade, criando uma narrativa que favorece a contemplação. As salas de velório têm mobiliário confortável e moderno, além de áreas de sol privativas. 

“A experiência nos diz que o luto é individual e válido. Não há prazo para superar a dor e buscar ajuda é sinal de força. Por isso nós somos o primeiro abraço de quem enfrenta este sofrimento”, diz Kuminek.

 

Fugir ou não de reuniões familiares?

Para a psicóloga Ruth Miranda, passado o primeiro impacto da perda e da cerimônia fúnebre, as festas de Natal e Ano-Novo tendem a ser o momento de mais tristeza para as pessoas enlutadas. Nessas horas, a comunicação é muito importante. Ela cita algumas providências a adotar:

  • Comunique-se: avise familiares sobre seus limites emocionais. O primeiro Natal ou Ano Novo sem a pessoa falecida pode ser especialmente difícil.
  • Perda recente: A perda recente pode tornar as festas mais dolorosas.
  • Estabeleça limites: não se sinta obrigado a participar de todas as atividades.
  • Crie um "plano de fuga": tenha uma desculpa para sair se necessário.
  • Leve um apoio emocional: amigo, familiar ou profissional.


Dezembrite: como evitar a angústia e a solidão no fim de ano?

Profissional da área de psicologia fala sobre estratégias para driblar a autocobrança, melancolia e ansiedade típicas de dezembro 

 

O fim do ano pode ser uma época muito conturbada para algumas pessoas, é o que diz o levantamento da International Stress Management Association — Brasil (Isma-BR). Conforme a pesquisa, o nível de estresse e ansiedade do brasileiro aumenta, em média, 75% em dezembro. E isso tem um nome específico, dezembrite.


“A dezembrite é um neologismo utilizado para definir um conjunto de características presentes em um período muito específico do nosso calendário. Ela está ligada a sintomas que muitas pessoas experienciam em uma mistura de sentimentos intensos, como angústia, melancolia e até ansiedade”, explica Anderson Silva Camargo, profissional da área de psicologia da rede de clínicas médico-odontológicas AmorSaúde.


Nesse sentido, Camargo destaca que a expectativa emocional em torno das festas, a melancolia acerca do que já passou e as metas para o próximo ano são alguns dos motivos que engatilham a dezembrite. “É uma resposta tanto aos eventos externos, como o fim de ano, quanto aos processos internos relacionados ao fechamento de ciclos e à reflexão existencial”, completa.

 

Situações com potencial para gatilhos


O profissional afirma que a existência de fatores sociais desencadeia reações como a solidão. No mês de dezembro, o balanço do que aconteceu ao longo do ano, somado à idealização de um modelo de celebração das festas, gera uma certa angústia sobre as pessoas. “A pressão da sociedade em um padrão de que devemos estar com a família e celebrar de maneira idealizada e feliz pode intensificar a sensação de solidão em quem não tem essas conexões ou enfrenta dificuldades emocionais”, aponta Camargo. 


A existência de conflitos entre as pessoas durante a celebração também pode resultar em frustração, angústia ou quebra de expectativas. O profissional recomenda assertividade e autoconhecimento, com o objetivo de expressar os sentimentos com respeito, porém, sem a cobrança de agradar a todos.


Além disso, outro aspecto a se ficar de olho é em relação às redes sociais. O profissional alerta que todo cuidado é preciso para não resultar em comparações. “É notório o fato de que, nas festividades de fim de ano, diversas publicações enfatizam momentos de alegria, de conquistas e de consumos, o que traz um padrão irreal de expectativas”, afirma. “Essa pressão para atender tais padrões, aliada ao ritmo acelerado da vida nessa época, pode potencializar o sentimento de inadequação ou de frustração, alimentados pela busca para atender à validação externa e pelo foco no ‘ter’ ao invés do ‘ser’”, acrescenta Camargo.

 

Refletir de forma positiva


Com toda a carga emocional envolvida na “dezembrite”, é importante que a reflexão trazida pela época seja encarada de um modo leve e mais positivo, reconhecendo as limitações do que aconteceu e as possibilidades do futuro. “A reflexão sobre o ano deve ser feita com compaixão, considerando tanto dificuldades, quanto conquistas, e nunca a partir da responsabilização. Ao olhar para frente nessa perspectiva, pode-se aprender com a experiência passada e festejar cada crescimento dado, mesmo que pequeno”, observa Anderson.


Com uma perspectiva mais “pé no chão” ante aos acontecimentos do passado, é possível traçar metas realistas, evitando a ansiedade e a frustração. O profissional afirma que, quanto mais sustentável, estruturada e alcançável a meta for, mais chances ela tem de ser concretizada a longo prazo. “Isso favorece o autocontrole emocional, a autocompaixão e a força de autoconfiança, que são elementos bastante essenciais no bem-estar psicológico”, explica. 

 

A importância da terapia


Uma ferramenta fundamental para lidar com as angústias de dezembro é a terapia. Esse suporte auxilia na busca pelo reconhecimento em relação aos sentimentos negativos envolvidos. De acordo com Camargo, ao perceber que alguns pensamentos estão afetando a qualidade de vida, é preciso procurar um profissional.


“O acompanhamento psicológico fornece um espaço para que o sujeito possa explorar essas emoções, entendê-las mais de perto, as razões que as motivam e, daí, desenvolver estratégias relacionadas a essas perspectivas voltadas às expectativas sociais e pessoais que tendem a acontecer”, indica. O profissional ainda frisa que o acolhimento sem julgamentos e a paciência são pilares essenciais nesse processo de autoconhecimento e faz parte dos cuidados com a saúde mental.

 

Estratégias para aliviar a tensão do fim de ano


De acordo com Camargo, no dia a dia, é possível incorporar algumas estratégias para poder passar o fim do ano com mais tranquilidade e sem intercorrências.

 

1. Planeje suas tarefas: use uma agenda ou lista para organizar o que precisa fazer. Isso ajuda a evitar a sensação de estar sobrecarregado. 

2. Priorize o que é importante: nem tudo precisa ser perfeito ou feito imediatamente. Foque no essencial.


3. Tire momentos para descansar: separe alguns minutos do dia para relaxar, respirar fundo ou ouvir música. 

4. Evite comparações: lembre-se de que cada pessoa tem seu próprio ritmo e não precisa se comparar com os outros. 

5. Durma bem: tente manter uma rotina de sono regular. O descanso ajuda o corpo e a mente. 

6. Pratique exercícios físicos: movimentar o corpo, mesmo que seja uma caminhada, libera hormônios que ajudam a reduzir o estresse. 

7. Fale sobre seus sentimentos: conversar com amigos ou familiares pode aliviar a pressão interna. 

8. Diminua o uso de redes sociais: desconecte-se um pouco para evitar cobranças externas ou comparações desnecessárias. 

9. Faça algo que goste: leia, desenhe ou pratique um hobby para trazer momentos de alegria e leveza. 

10. Seja gentil consigo mesmo: lembre-se de que você está fazendo o seu melhor. Não precisa se cobrar tanto.


Seu filho tem dificuldade para dormir? A escola pode ser uma das causas

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Estudo recente da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP indica que a qualidade do sono infantil está diretamente relacionada ao ambiente em que as crianças estão inseridas

 

Com a chegada de um novo ano, muitas pessoas definem metas para melhorar a qualidade de vida. Entre elas, um objetivo simples, mas extremamente eficaz, pode fazer toda a diferença: melhorar a qualidade do sono. Estudos recentes mostram que dormir bem é fundamental para a saúde física, mental e emocional, especialmente para crianças e adolescentes, cujas rotinas de sono impactam diretamente o desenvolvimento cognitivo e emocional. 

Pesquisas divulgadas pela American Academy of Sleep Medicine indicam que crianças em idade escolar (6 a 12 anos) precisam de 9 a 12 horas de sono por noite, enquanto adolescentes (13 a 18 anos) necessitam de 8 a 10 horas. No entanto, dados da Sleep Foundation apontam que cerca de 73% dos adolescentes dormem menos do que o recomendado, o que está associado a problemas como dificuldade de aprendizado, irritabilidade e aumento do risco de doenças como obesidade e depressão. 

Em um mundo cada vez mais conectado, o sono das crianças se tornou uma preocupação crescente para muitas famílias. Estudo recente da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP indica que a qualidade do sono infantil está diretamente relacionada ao ambiente em que as crianças estão inseridas. Escolas e creches que adotam práticas que favorecem o desenvolvimento integral das crianças podem ser essenciais para garantir noites de sono tranquilas e reparadoras.

Imagem: Queissada Comunicação)

O ambiente escolar ou de creche deve ser um espaço que estimula tanto o gasto de energia física quanto o mental. Atividades ao ar livre, como brincadeiras na natureza e práticas esportivas, não só ajudam as crianças a gastar energia, mas também contribuem para a sua saúde física e mental. Segundo o estudo da American Academy of Pediatrics, a falta de atividade física está relacionada ao aumento da ansiedade e distúrbios do sono em crianças. 

A prática do “diário das emoções”, onde as crianças registram seus sentimentos e experiências do dia, é outra ferramenta valiosa. Esse hábito não apenas diminui a ruminação ao deitar, mas também incentiva a alfabetização emocional, permitindo que as crianças compreendam e expressem seus sentimentos de forma saudável.
 

O impacto na vida dos pais

Quando as crianças não conseguem dormir bem, a vida dos pais é severamente impactada. Estudos da National Sleep Foundation revelam que a privação de sono infantil está associada a comportamentos desafiadores e dificuldades de concentração, gerando um ciclo de estresse que afeta a dinâmica familiar e o bem-estar dos adultos. 

De acordo com Beta, psicanalista e pedagoga na Escola Ágora, a primeira green school da América Latina, localizada em Cotia, “um ambiente educacional que promove o contato com a natureza, a interação social entre diferentes faixas etárias e a expressão emocional, livre das telas de celulares ou computadores, é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Esses fatores não apenas diminuem a ansiedade, mas também promovem um sono mais profundo e restaurador, levando a um despertar cheio de energia.” 

Dormir bem é crucial para o aprendizado. Um estudo publicado na revista Nature Reviews Neuroscience afirma que o sono desempenha um papel vital na consolidação da memória e na aprendizagem. Durante o sono, o cérebro processa informações e experiências do dia, facilitando a retenção do conhecimento. 

Criar um ambiente escolar que priorize o desenvolvimento holístico das crianças, que incentive atividades físicas, contato com a natureza e expressão emocional, é um investimento no bem-estar delas e na qualidade de vida das famílias. Proporcionar esses elementos essenciais não só melhora a qualidade do sono infantil, mas também garante que os pais possam desfrutar de um lar mais harmonioso e saudável. 



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