Conheça os cuidados a serem
tomados na contratação, operação e manutenção desses insumos
A área de Engenharia Ocupacional do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) promoverá neste ano de 2025 a campanha Falha Zero: Máquinas e Equipamentos. A exemplo das campanhas de segurança dos anos anteriores – Choque Zero e Queda Zero –, serão realizadas palestras nas Unidades da entidade na Capital e no Interior, visando à prevenção de acidentes na operação e na manutenção de máquinas, equipamentos e ferramentas nos canteiros de obras.
José Bassili, gerente de SESMT Corporativo do Seconci-SP, e Gianfranco Pampalon, assessor de Saúde e Segurança do Trabalho da entidade, destacam que a falta de conscientização sobre todos os cuidados em locação, uso e manutenção desses equipamentos tem ocasionado acidentes perfeitamente evitáveis. “Entretanto, o tema é muito amplo e requer das empresas e dos trabalhadores uma atenção redobrada, principalmente a adoção de uma série de providências”, afirmam.
Entre as causas mais frequentes desses
acidentes, Bassili e Pampalon enumeram:
- falhas mecânicas, dispositivos de segurança não
operantes, falhas estruturais, fadigas de materiais e desgaste de peças;
- ausência ou uso inadequado de EPIs (Equipamentos de
Proteção Individual);
- descumprimento de procedimentos por desatenção, cansaço
ou desconhecimento do risco devido à falta de treinamento adequado;
- falta de manutenção preventiva, manutenção mal feita,
ausência do manual de instruções ou não atendimento aos requisitos do
manual;
- comunicação inadequada, falta de sinalização do risco e
ausência de orientação sobre operação segura;
- falta de cultura de segurança, indicando uma gestão que
não considera a segurança como um valor prioritário e agregador;
- ambiente de trabalho inseguro, com falta de iluminação,
leiaute inadequado e excesso de ruído;
- falhas no projeto do equipamento.
Prevenção
- realizar manutenção preventiva, conforme as
especificações de cada equipamento e periodicidade;
- utilizar os EPIs adequados;
- investir em treinamento/capacitação;
- instalar EPC (Equipamento de Proteção Coletiva);
- promover uma cultura de segurança prevencionista;
- atender aos requisitos das Normas Regulamentadoras (NR)
12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; 10 – Instalações e
Serviços de Eletricidade, e 18 – Saúde e Segurança do Trabalho na
Indústria da Construção;
- atentar à Norma Técnica ABNT NBR 14009 – Segurança em
máquinas e equipamentos;
- manter o ambiente de trabalho organizado e limpo, com
leiaute adequado;
- proporcionar condições de trabalho ergonomicamente
corretas;
- realizar inspeções periódicas;
- investigar causas de acidentes e quase acidentes
ocorridos na obra para que não voltem a ocorrer;
- ler e seguir os manuais de operação; na ausência de
manual, exigi-lo do fornecedor do equipamento;
- adotar um programa de saúde prévio adequado, para
aferir se o trabalhador tem condições de operar determinados equipamentos.
Segurança em gruas de pequeno porte
Com a industrialização crescente da
construção, o setor tem se deparado com acidentes provocados por gruas de
pequeno porte.
No caso dessas gruas, observam Bassili e Pampalon, podem acontecer acidentes provocados por projetos falhos, soldas mal feitas, falta de devida especificação, ausência de manutenção, desleixo ocasionando rompimento de cabo de aço ou desgaste nas engrenagens.
Ambos recomendam locar esses equipamentos de empresas idôneas, que tenham um bom corpo técnico; verificar a experiência dessas empresas em locação desses equipamentos; exigir testes; verificar se há suporte técnico disponível; entender o contrato de locação, com definição de responsabilidades em caso de acidentes e verificação da garantia.
No caso de gruas, os especialistas recomendam, além desses cuidados, também checar a documentação técnica e as certificações desses equipamentos; inspecioná-los, verificando seus componentes; conferir se o operador está treinado e autorizado; aferir o peso permitido, e o raio de abrangência da grua; observar as condições de fornecimento e a entrega técnica; e analisar se o equipamento é adequado para utilização em condições ambientais adversas, como rajadas de vento e maresia.
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