Em um mundo mais digitalizado, a frequência e sofisticação de ataques cresce, mas a discussão sobre riscos e soluções também avança
A segurança
cibernética segue sendo a principal preocupação da alta direção das
organizações e essencial para a proteção de seus dados. Para executivos
C-Level, a transformação digital ou reinvenção só pode ser bem-sucedida se
garantida pela segurança da informação. Em uma era digital cada vez mais
conectada, as ameaças cibernéticas que mais inquietam o mundo empresarial são
os ataques à nuvem e a dispositivos conectados, duas tecnologias que estão no
centro dos negócios. O acometimento a operações e a exposição de empresas a
riscos significativos de perigos podem acontecer a qualquer sinal de
vulnerabilidade.
Os números de ciberataques foram impulsionados pela crescente sofisticação dos
cibercriminosos e pelo volume de dados que CNPJs e CPFs tem gerado atualmente.
Técnicas avançadas ligadas à inteligência artificial e aprendizado de máquina
são cada vez mais comuns em nosso cotidiano. O cenário desafia as estratégias
de empresas, que precisam trabalhar o tempo inteiro na prevenção e mitigação de
riscos em diversos segmentos.
A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024 mostra que os bancos dobraram
seus investimentos anuais em tecnologia em um período de oito anos, passando de
R$ 19,1 bilhões, em 2015, para R$ 39 bilhões apurados no ano passado, alta de
104%. Dessa forma, a segurança cibernética é prioridade estratégica para 100%
dos bancos entrevistados, que destacaram que o foco de investimentos para este
ano está centrado em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas
em estratégias para detecção e resposta a ameaças cibernéticas, gestão de
identidades e acessos, treinamento e conscientização dos colaboradores, cloud
security, testes de invasão, e criptografia dos dados e informações.
Vivemos em um mundo inundado de possibilidades e criatividade maliciosas. Em um
cenário cada vez mais complexo de atos ilícitos e enganosos que preocupam as
organizações em escala global, ferramentas que vem impactando o mercado de
cibersegurança são capazes de detectar riscos e prever medidas de defesa
rapidamente e com mais eficiência. Os desafios para essas soluções serem
colocadas em prática estão relacionados a orçamento, impactos na escala
produtiva e cultura da empresa.
Em relação aos recursos disponíveis para implementar segurança da informação
nas organizações, os desafios vão além da aquisição das ferramentas – é preciso
treinar pessoas para implementá-las. Mais do que nunca as organizações devem se
preocupar com a formação e contratação de profissionais hábeis para nosso
dinâmico ambiente de ataques cibernéticos. A escassez de mão de obra
qualificada e certificada em cibersegurança é um gargalo de ordem mundial.
Embora seja impossível eliminar o risco de fraudes em 100%, por mais sofisticadas
que sejam as ferramentas tecnológicas, a questão da segurança e a mitigação dos
riscos passa, principalmente, pelas pessoas e seus comportamentos. Preparar os
colaboradores com o objetivo de aumentar o nível de conscientização e garantir
a integridade e a segurança dos dados são de suma importância para que as
organizações não fiquem desprevenidas.
Além das soluções para a identificação e prevenção de ataques para fazer a
gestão de riscos de golpes, alguns mecanismos podem garantir que os colaboradores
sigam as recomendações e boas práticas efetivamente. Iniciativas de educação,
como treinamento e conscientização, completam as medidas e orientações sobre
possíveis ameaças, assim como explicar como funcionam os ataques, como se
proteger, o que é um e-mail de phishing, pois não é plausível culpar
um usuário que não tenha conhecimento técnico e que acaba acessando um arquivo
malicioso.
Além dessas determinações, a importância da cultura de segurança da empresa é
uma abordagem que deve ser levada em conta. A participação do colaborador nesse
processo é de extrema importância, mas também, medidas protetivas podem fazer
parte da rotina de todos os envolvidos. Uma série de soluções que giram em
torno de um perímetro de todos os ativos e propriedades intelectuais das
organizações cercam gaps por mau comportamento ou má intenção, e até mesmo,
identifica o vazamento de um dado ou uma ação que seja prejudicial à empresa. A
cultura de segurança tende a ter maior sucesso se verdadeiramente abraçada pela
liderança de uma organização e ostensivamente comunicada a todos seus
colaboradores.
Mas, como dito anteriormente, nenhuma solução garante a segurança em 100%. A
recomendação é usar das melhores ferramentas de mercado, com o investimento
disponível para cercar dados e manter a segurança da companhia. Ademais, as
lideranças também devem promover, participar e se preocupar para que essas
medidas sejam cumpridas e implementadas com o objetivo de preservar o negócio e
a reputação das empresas. E lembrem-se, a complexidade é inimiga da segurança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário