Pesquisar no Blog

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Abortos espontâneos podem atingir até 25% das gestações e em metade dos casos a causa é uma alteração cromossômica

A depender da faixa etária, a perda gestacional espontânea pode acontecer em 10% a 25% das gestações, sendo mais comum nos três primeiros meses. Laboratório Igenomix, do Grupo Vitrolife, destaca que a identificação por teste genético das causas do aborto permite um melhor planejamento reprodutivo das futuras gestações 

 

Mais prevalente conforme aumenta a faixa etária da gestante, a perda espontânea do feto pode ocorrer em até uma em cada quatro gestações acima dos 30 anos. Em cerca de 80% dos casos, o aborto espontâneo ocorre no primeiro trimestre, sendo que - em metade dessas perdas - são identificadas anormalidades no número de cromossomos. Além disso, os abortos causados por alterações cromossômicas chegam a 60% em tratamentos de fertilização in vitro (FIV). Esse cenário aponta para a importância da realização do teste de POC (produtos da concepção), indicado para elucidar possível causa genética do aborto e principalmente para casos de aborto de repetição, após tratamento de reprodução humana assistida ou em situações onde existe um fator masculino de infertilidade. 

O teste de POC, disponível do laboratório Igenomix Brasil, do Grupo Vitrolife, é uma análise avançada do tecido fetal usando a tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS) associada com a análise complementar dos marcadores microssatélites STR (Short Tandem Repeats), que permite o estudo de todos os 24 cromossomos  para identificar se o aborto foi causado por uma alteração cromossômica ou outra causa, informação esta que possibilida um melhor planejamento reprodutivo das futuras gestações, incluindo o potencial de prevenir novas perdas gestacionais. 

A especialista em genética e reprodução assistida do laboratório Igenomix, Amanda Shinzato, explica que o POC é uma tecnologia que não requer cultura celular e os resultados são mais rápidos e confiáveis quando comparados com o estudo citogenético clássico (cariótipo). Com a realização do POC, os resultados são obtidos em 99% dos casos, sendo 86,4% de origem fetal. Outro fator importante, segundo ela, é que por meio do POC é possível identificar se o material analisado realmente pertence ao feto ou à mãe. “Quando a amostra está contaminada por tecido materno o resultado é inconclusivo em 13,6% dos casos. Por isso, o POC solicita uma amostra de sangue materno para verificar se o material analisado corresponde ao feto”, ressalta.

Ainda segundo a especialista, o POC permite identificar as alterações genéticas no embrião, o que ajuda a desvendar se a perda foi causada por uma alteração cromossômica aleatória, um fator que não pode ser prevenido, ou se há um fator genético recorrente que precisa ser investigado. “Além disso, o teste POC oferece uma vantagem significativa que é a de poder ser realizado sem a necessidade de análise invasiva, uma vez que utiliza o material genético coletado diretamente do aborto espontâneo. Isso viabiliza um diagnóstico rápido e preciso, que pode ser essencial para casais que passaram por múltiplas perdas gestacionais”, relata. 


EXAME NÃO INVASIVO - Um avanço do POC, também disponível no Brasil, é o exame não invasivo de produtos da concepção (niPOC). Em casos de abortos espontâneos recorrentes, onde a causa genética pode ser determinante, a realização do exame POC pode ajudar a identificar se existe uma predisposição genética ou um padrão específico de alterações cromossômicas que precisa ser - investigadotratado. Já o niPOC oferece a possibilidade de realizar um diagnóstico precoce durante a gravidez, minimizando os riscos para a mãe e o bebê. Ao contrário do POC, que demanda Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) ou curetagem, o niPOC é um teste avançado que não precisa de cirurgia para determinar se a perda gestacional foi causada por uma anormalidade cromossômica. Ele é feito por meio de apenas uma amostra de sangue somada à análise de células livres do material genético (cfDNA). Com o niPOC se obtém resultados informativos em mais de 85% dos casos. Além disso, não precisa detectar contaminação materna e não requer cultivo celular. 

Amanda Shinzato explica que um resultado positivo na triagem com niPOC pode ser forte indicativo de que a anormalidade cromossômica tenha sido a causa do aborto, após aconselhamento genético adequado. A especialista contextualiza também que para a eficácia do niPOC na investigação da causa do aborto, é imprescindível que a extração do sangue materno seja realizada antes da expulsão espontânea, evacuação instrumental, curetagem ou tratamento farmacológico para expulsão ou reabsorção do produto da gravidez.

Ao identificar precocemente anomalias cromossômicas, o niPOC oferece a oportunidade de monitorar a gestação de forma mais rigorosa ou até mesmo optar por alternativas de tratamento para reduzir riscos para a gestante e o bebê. Além disso, ele pode ajudar na tomada de decisões mais informadas sobre a continuidade da gravidez, promovendo um acompanhamento personalizado. Com mais de dez anos de experiência com produtos de concepção, o laboratório Igenomix já realizou mais de 550 POCs e doze niPOCs. 

 

 Igenomix

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados