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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Dor de garganta no verão?

 Otorrinolaringologista explica

Caso o incômodo na garganta venha acompanhado de febre, pus, dor de ouvido e manchas vermelhas pelo corpo, é hora de procurar por um médico!

 

Ainda que a dor de garganta seja um problema comum entre as pessoas, dúvidas podem rondar o incômodo pela falta de informação. Pensando nisso, a otorrinolaringologista Dra. Roberta Pilla, membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF, explica os motivos da dor de garganta e por qual motivo ela é tão frequente também no verão.

 

Causas da dor de garganta  

De acordo com a especialista, as principais causas da dor de garganta são os processos infecciosos e inflamatórios ocasionados por vírus (como enterovírus e o parainfluenza 3) e bactérias, que levam a quadros de faringite, amigdalite, laringite, gripes e resfriados. “Além disso, fatores irritativos como refluxo, alergia, ar muito seco, fumaça e respiração oral também são fatores causais frequentes”, completa Dra. Roberta. 

No verão, a médica ainda ressalta que o uso de ar-condicionado e ventilador pode contribuir para o aparecimento da dor de garganta, uma vez que, sem a manutenção adequada, os dispositivos dispersam ácaros, poeiras e fungos no ambiente. Dessa forma, eles acabam piorando quadros respiratórios e alérgicos. 

Já em relação às bebidas geladas, tão refrescantes no verão, serem responsáveis pela dor de garganta, não há estudos que comprovem essa relação. A otorrinolaringologista explica que há quem melhore com o consumo do líquido refrigerado e outros que pioram com a sua ingestão. Portanto, como o quadro varia de um para outro, ele deve ser avaliado individualmente.

 

Quando é hora de procurar um especialista? 

Embora a dor de garganta possa retroceder espontaneamente, é preciso atenção caso ela venha acompanhada de outros sintomas que pedem intervenção médica, como:

  • Febre;
  • Presença de pus na garganta;
  • Dor de ouvido;
  • Manchas vermelhas pelo corpo;
  • Inchaço ou caroço no pescoço;
  • Catarro com sangue;
  • Dificuldade para abrir a boca, respirar ou engolir;
  • Rouquidão.

 

Os tratamentos para dor de garganta 

O tipo de intervenção médica depende da causa da dor de garganta. Segundo a Dra. Roberta, infecções virais tendem a regredir espontaneamente, sendo necessário apenas o uso de analgésicos e, às vezes, anti-inflamatórios. Pastilhas também são bem-vindas no tratamento. “Já na presença de uma infecção bacteriana, pode ser indicado antibiótico”, completa a especialista.

Em ambos os casos, o paciente também pode recorrer às receitas caseiras, como consumir sopas e chás, em especial de mel e limão.

“Os conselhos para superar um resfriado no verão são os mesmos caso a pessoa o contraia no inverno: beber muito líquido, descansar bastante, comer alimentos nutritivos, evitar: falar alto e consumir bebidas alcoólicas e cigarro; além de sempre tossir ou espirrar no cotovelo ou em lenços de papel”, enumera Dra. Roberta.

 

Dicas para evitar a dor de garganta 

Para fugir do incômodo na garganta, o primeiro cuidado começa com a atualização da carteira de vacinação, ou seja, é preciso receber a imunização contra a gripe anualmente. Combinado a isso, a otorrino recomenda uma alimentação saudável e uma boa hidratação. Se possível, é importante também manter-se distante de pessoas doentes para que assim a transmissão do vírus seja interrompida.

“Outra dica é optar por ambientes limpos e arejados, com o mínimo de ventiladores, pois eles dispersam partículas de mofo, ácaro e poeira no local. Na necessidade do ar-condicionado, é importante que o aparelho esteja bem higienizado e com a umidificação correta do cômodo”, reforça Dra. Roberta.

A especialista ainda indica a lavagem constante das mãos e uma boa higiene nasal para evitar a dor de garganta.

 


Dra. Roberta Pilla - Otorrinolaringologia Geral Adulto e Infantil. Laringologia e Voz. Distúrbios da Deglutição; Via Aérea Pediátrica. Médica Graduada pela PUCRS- Porto Alegre/ Rio Grande do Sul (2003). Pesquisa Laboratorial em Cirurgia Cardíaca na Universidade da Pensilvania – Philadelphia/USA (2004). Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (2009). Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS- Porto Alegre/RS) (2012-2016). Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial (ABORLCCF) (2016).


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