Ambientes inclusivos promovem empatia, diminuem barreiras e impulsionam o turismo acessível.
As viagens de férias
são momentos de lazer e descanso. Contudo, para a comunidade surda, esses
períodos podem se transformar em desafios significativos caso a acessibilidade
não seja devidamente assegurada. Em tempos de crescente conscientização sobre
inclusão, é fundamental que aeroportos, rodoviárias, estações de trem, órgãos
de segurança pública, como a polícia e os bombeiros, e demais serviços
essenciais adotem medidas que adotem práticas que garantam a igualdade de
acesso. Ambientes inclusivos promovem empatia, diminuem barreiras e incentivam
o turismo acessível, proporcionando maior satisfação aos usuários e
fortalecendo a imagem de empresas e instituições públicas.
A acessibilidade é
um direito garantido pela legislação brasileira e um alicerce para a convivência
em uma sociedade mais justa. Para pessoas surdas, isso inclui o uso de
tecnologias adequadas, a presença de profissionais capacitados em Língua
Brasileira de Sinais (Libras) bem como a disponibilização de informações
visuais em locais de grande circulação.
Desafios
enfrentados pela comunidade surda durante viagens:
·
Aeroportos e rodoviárias: avisos importantes, como alterações de embarque ou atrasos, muitas
vezes são comunicados exclusivamente por áudio, deixando pessoas surdas desinformadas.
·
Serviços de emergência: em situações críticas, como incêndios ou emergências médicas, a
comunicação clara pode ser uma questão de vida ou morte.
·
Postos de informações: Frequentemente, os atendentes não possuem treinamento em Libras ou
ferramentas para atender pessoas com deficiência auditiva.
Um
exemplo positivo de acessibilidade é o Aeroporto Regional de Maringá, em
Maringá (PR), que utiliza uma tecnologia avançada para a comunicação por
videoconferência com as pessoas surdas, além de contar com uma central com
intérpretes em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde 2020, o aeroporto
disponibiliza um totem interativo, que conecta as pessoas surdas com um
intérprete em Libras em tempo real a fim de sanar dúvidas sobre voos, passagens
entre outros assuntos.
Segundo Cleber Santos, CEO da empresa brasileira Helpvox, promover a acessibilidade para a comunidade surda é um passo indispensável para construir uma sociedade mais igualitária. Além de intérpretes em Libras, existem diversas tecnologias que podem ser implementadas para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos.
“Entre as soluções, destacam-se a instalação de painéis eletrônicos e telões com informações em tempo real sobre embarques, desembarques e emergências em Libras, o uso de aplicativos que auxiliem na comunicação entre surdos e ouvintes, e plataformas de atendimento on-line com acessibilidade, como videochamadas com intérpretes de Libras”, explica o CEO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário