Hospital Mater Dei Santa Clara reforça a
importância do cuidado emocional durante a gravidez
A gestação é muito mais do que um processo biológico; é uma
experiência profundamente transformadora, que envolve a mulher em diferentes
dimensões – física, emocional e social. Durante esse período, é comum que as
futuras mães enfrentem uma montanha-russa de sentimentos e expectativas. Essas
variações, somadas às transformações hormonais, tornam essencial o cuidado com
a saúde mental, tanto para o bem-estar da gestante quanto para o
desenvolvimento adequado do bebê.
A obstetra Geisa Mara, do Hospital Mater Dei Santa Clara,
ressalta que priorizar o equilíbrio emocional durante a gravidez é uma atitude
que beneficia não apenas o momento presente, mas também o futuro da família.
“Quando a gestante está emocionalmente equilibrada, ela cuida melhor de si
mesma, adotando hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, exercícios
moderados e acompanhamento médico regular, e também cria um ambiente
intrauterino mais propício ao desenvolvimento do bebê. Essa condição fortalece
o vínculo entre mãe e filho, promovendo uma preparação mais confiante para os
desafios da maternidade”, explica a Dra. Geisa Mara.
Ela alerta, contudo, que o oposto também é verdadeiro:
altos níveis de estresse e ansiedade durante a gravidez podem aumentar a
produção de hormônios, como o cortisol, que atravessam a placenta e podem
afetar negativamente o desenvolvimento do feto. "Cuidar da saúde mental é
cuidar do futuro do bebê”, conclui a obstetra.
Mudanças hormonais e sinais de alerta
Segundo a médica, as alterações hormonais, combinadas às
expectativas e pressões sociais em torno da maternidade, podem tornar esse
período especialmente vulnerável. “A idealização excessiva da maternidade e as
complicações ao longo da gestação podem gerar crises emocionais
significativas”, ressalta.
Os sinais de alerta mais comuns incluem tristeza
persistente, cansaço extremo, sentimento de culpa, isolamento, dificuldade para
interagir com o bebê, e até pensamentos suicidas. Segundo a OMS, uma em cada
cinco mulheres experimenta problemas de saúde mental durante a gravidez ou no
primeiro ano após o parto.
Apoio familiar e rede de apoio
Dra. Geisa enfatiza o papel basilar do parceiro, familiares
e amigos no suporte emocional da gestante. “Um ambiente acolhedor, onde a mãe
possa expressar suas emoções livremente, é essencial. O apoio de uma rede de
pessoas próximas pode fazer toda a diferença para garantir uma transição mais
tranquila para a maternidade”, afirma.
Cuidados e tratamentos
A médica recomenda práticas como meditação, yoga pré-natal,
técnicas de respiração e participação em grupos de apoio para mães. “Além
disso, o acompanhamento psicológico ajuda a desmistificar a maternidade
idealizada e fortalece a autonomia da gestante”, explica.
Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de
medicamentos, sempre com acompanhamento médico especializado. “Existem opções
seguras tanto para a mãe quanto para o bebê, que podem ser utilizadas conforme
a avaliação de um psiquiatra”, reforça.
Preparação para mães de primeira viagem
Para as mães de primeira viagem, o conhecimento é uma
ferramenta poderosa. “Estudar sobre a saúde mental, participar de cursos e
trocar experiências com outras grávidas são formas de enfrentar os medos e
inseguranças comuns do período”, orienta a Dra. Geisa.
O Hospital Mater Dei Santa Clara reafirma seu compromisso
em oferecer um atendimento humanizado e multidisciplinar para as gestantes,
reconhecendo que o cuidado emocional é essencial para promover gestações
saudáveis e preparar mães e bebês para um futuro mais resiliente e equilibrado.
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