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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Saúde Mental na gestação: um pilar para o bem-estar da mãe e do bebê

Hospital Mater Dei Santa Clara reforça a importância do cuidado emocional durante a gravidez 

 

A gestação é muito mais do que um processo biológico; é uma experiência profundamente transformadora, que envolve a mulher em diferentes dimensões – física, emocional e social. Durante esse período, é comum que as futuras mães enfrentem uma montanha-russa de sentimentos e expectativas. Essas variações, somadas às transformações hormonais, tornam essencial o cuidado com a saúde mental, tanto para o bem-estar da gestante quanto para o desenvolvimento adequado do bebê. 

A obstetra Geisa Mara, do Hospital Mater Dei Santa Clara, ressalta que priorizar o equilíbrio emocional durante a gravidez é uma atitude que beneficia não apenas o momento presente, mas também o futuro da família. “Quando a gestante está emocionalmente equilibrada, ela cuida melhor de si mesma, adotando hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, exercícios moderados e acompanhamento médico regular, e também cria um ambiente intrauterino mais propício ao desenvolvimento do bebê. Essa condição fortalece o vínculo entre mãe e filho, promovendo uma preparação mais confiante para os desafios da maternidade”, explica a Dra. Geisa Mara. 

Ela alerta, contudo, que o oposto também é verdadeiro: altos níveis de estresse e ansiedade durante a gravidez podem aumentar a produção de hormônios, como o cortisol, que atravessam a placenta e podem afetar negativamente o desenvolvimento do feto. "Cuidar da saúde mental é cuidar do futuro do bebê”, conclui a obstetra.


Mudanças hormonais e sinais de alerta

Segundo a médica, as alterações hormonais, combinadas às expectativas e pressões sociais em torno da maternidade, podem tornar esse período especialmente vulnerável. “A idealização excessiva da maternidade e as complicações ao longo da gestação podem gerar crises emocionais significativas”, ressalta.

Os sinais de alerta mais comuns incluem tristeza persistente, cansaço extremo, sentimento de culpa, isolamento, dificuldade para interagir com o bebê, e até pensamentos suicidas. Segundo a OMS, uma em cada cinco mulheres experimenta problemas de saúde mental durante a gravidez ou no primeiro ano após o parto.


Apoio familiar e rede de apoio

Dra. Geisa enfatiza o papel basilar do parceiro, familiares e amigos no suporte emocional da gestante. “Um ambiente acolhedor, onde a mãe possa expressar suas emoções livremente, é essencial. O apoio de uma rede de pessoas próximas pode fazer toda a diferença para garantir uma transição mais tranquila para a maternidade”, afirma.


Cuidados e tratamentos

A médica recomenda práticas como meditação, yoga pré-natal, técnicas de respiração e participação em grupos de apoio para mães. “Além disso, o acompanhamento psicológico ajuda a desmistificar a maternidade idealizada e fortalece a autonomia da gestante”, explica.

Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos, sempre com acompanhamento médico especializado. “Existem opções seguras tanto para a mãe quanto para o bebê, que podem ser utilizadas conforme a avaliação de um psiquiatra”, reforça.


Preparação para mães de primeira viagem

Para as mães de primeira viagem, o conhecimento é uma ferramenta poderosa. “Estudar sobre a saúde mental, participar de cursos e trocar experiências com outras grávidas são formas de enfrentar os medos e inseguranças comuns do período”, orienta a Dra. Geisa.

O Hospital Mater Dei Santa Clara reafirma seu compromisso em oferecer um atendimento humanizado e multidisciplinar para as gestantes, reconhecendo que o cuidado emocional é essencial para promover gestações saudáveis e preparar mães e bebês para um futuro mais resiliente e equilibrado.


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