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sábado, 14 de dezembro de 2024

COMO PROTEGER CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA INTERNET DURANTE AS FÉRIAS?

  ESPECIALISTA DÁ DICAS

Muito pais acreditam que seus filhos estão seguros por estarem dentro de casa com o celular na mão, mas não compreendem os riscos aos quais podem estar expostos no ambiente online


Com o período de férias escolares se aproximando, muitas crianças e adolescentes passam mais tempo conectados à internet, seja em redes sociais, jogos online ou plataformas digitais. Embora este ambiente possa oferecer inúmeras oportunidades de aprendizado e diversão, ele também traz riscos que podem afetar a saúde mental e física de menores de idade, como cyberbullying, aliciamento e exposição a conteúdos não apropriados para a idade. 

O especialista em redes sociais, Antonio Gelfusa Jr., explica que mídias sociais são peças centrais para este tipo de ameaça pois, se utilizadas de maneira maliciosa, podem causar danos irreparáveis. “Os predadores virtuais usam técnicas sofisticadas para se aproximar de menores de idade, muitas vezes se passando por colegas da mesma faixa etária, buscando obter benefícios sexuais. O aparente anonimato e a abrangência da internet tornam esses ambientes ainda mais perigosos”, diz. 

Segundo dados da Universidade da Carolina do Norte (EUA), o uso excessivo de redes sociais por crianças e adolescentes pode causar alterações no cérebro e gerar sensações amplificadas de ansiedade e dependência. Isso se agrava ainda mais no contexto de recesso escolar, quando a liberdade de poder escolher as atividades diárias, sem a obrigação de prestar atenção às aulas ou aos deveres de casa, se torna um gatilho para o uso descontrolado da tecnologia. 

Gelfusa reforça que monitorar o comportamento digital dos filhos não é apenas um direito, mas uma obrigação legal dos pais, conforme previsto pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). “Os pais devem acompanhar o que os filhos acessam e estabelecer regras claras sobre o uso das redes, como Instagram, TikTok e todas as outras. Aplicativos de controle parental podem ajudar, mas nada substitui o diálogo e a presença ativa na vida digital das crianças”, orienta o especialista.
 

Confira as dicas de Antonio Gelfusa Jr. para garantir a segurança digital de crianças e adolescentes nas férias!

  • Converse abertamente: Ensine as crianças sobre os perigos da internet e a importância de não interagir com estranhos online.
  • Estabeleça limites: Defina horários para o uso de dispositivos e incentive atividades offline.
  • Monitore com equilíbrio: Utilize aplicativos de controle parental, mas também participe ativamente do universo digital das crianças.
  • Oriente sobre boas práticas: Explique como evitar links suspeitos, manter informações pessoais privadas e denunciar comportamentos inadequados.

O cuidado contínuo e a construção de um ambiente de confiança entre pais e filhos são essenciais para garantir uma experiência online mais segura e saudável. As férias escolares podem ser um período de diversão e aprendizado, desde que os pais estejam atentos e presentes.


Antonio Gelfusa Junior - Publicitário, especialista em educação e redes sociais, com atuação de 25 anos na construção da comunicação on e offline de empresas dos mais diversos segmentos. É professor do Sebrae/SP e de cursos de graduação e pós-graduação de comunicação, marketing, propaganda e jornalismo. Saiba mais em: Link


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