Muito pais acreditam que seus filhos
estão seguros por estarem dentro de casa com o celular na mão, mas não
compreendem os riscos aos quais podem estar expostos no ambiente online
Com o período de férias escolares se aproximando, muitas crianças
e adolescentes passam mais tempo conectados à internet, seja em redes sociais,
jogos online ou plataformas digitais. Embora este ambiente possa oferecer inúmeras
oportunidades de aprendizado e diversão, ele também traz riscos que podem
afetar a saúde mental e física de menores de idade, como cyberbullying,
aliciamento e exposição a conteúdos não apropriados para a idade.
O especialista em redes sociais, Antonio Gelfusa Jr., explica que
mídias sociais são peças centrais para este tipo de ameaça pois, se utilizadas
de maneira maliciosa, podem causar danos irreparáveis. “Os predadores virtuais
usam técnicas sofisticadas para se aproximar de menores de idade, muitas vezes
se passando por colegas da mesma faixa etária, buscando obter benefícios
sexuais. O aparente anonimato e a abrangência da internet tornam esses
ambientes ainda mais perigosos”, diz.
Segundo dados da Universidade da Carolina do Norte (EUA), o uso
excessivo de redes sociais por crianças e adolescentes pode causar alterações
no cérebro e gerar sensações amplificadas de ansiedade e dependência. Isso se
agrava ainda mais no contexto de recesso escolar, quando a liberdade de poder
escolher as atividades diárias, sem a obrigação de prestar atenção às aulas ou
aos deveres de casa, se torna um gatilho para o uso descontrolado da
tecnologia.
Gelfusa reforça que monitorar o comportamento digital dos filhos
não é apenas um direito, mas uma obrigação legal dos pais, conforme previsto
pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014). “Os pais devem acompanhar o que
os filhos acessam e estabelecer regras claras sobre o uso das redes, como
Instagram, TikTok e todas as outras. Aplicativos de controle parental podem
ajudar, mas nada substitui o diálogo e a presença ativa na vida digital das
crianças”, orienta o especialista.
Confira as dicas de Antonio Gelfusa Jr. para garantir a
segurança digital de crianças e adolescentes nas férias!
- Converse abertamente: Ensine as
crianças sobre os perigos da internet e a importância de não interagir com
estranhos online.
- Estabeleça limites: Defina horários
para o uso de dispositivos e incentive atividades offline.
- Monitore com equilíbrio: Utilize aplicativos de controle parental, mas também
participe ativamente do universo digital das crianças.
- Oriente sobre boas práticas: Explique como evitar links suspeitos, manter informações
pessoais privadas e denunciar comportamentos inadequados.
O cuidado contínuo
e a construção de um ambiente de confiança entre pais e filhos são essenciais
para garantir uma experiência online mais segura e saudável. As férias
escolares podem ser um período de diversão e aprendizado, desde que os pais
estejam atentos e presentes.
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