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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Exposição internacional no Museu do Café celebra o design e a inovação do café espresso




Em cartaz no Museu do Café a partir de 1º de outubro, a mostra temporária reúne máquinas e utensílios vindos diretamente da Itália 

À esquerda, modelo Gaggia Tipo Spagna. Cortesia MUMAC - Museo della Macchina per Caffè di Cimbali Group.
À direita, máquina de café espresso Pulcina. Cortesia do arquivo fotográfico Alessi.



A paixão italiana pelo café espresso é o tema de uma nova exposição que aborda a evolução do design e da tecnologia dos artefatos de café, relacionando os itens à imigração italiana para o Brasil, a qual, em fevereiro deste ano completou 150 anos. Organizada pela IMF Foundation e EP Studio, com realização do Consulado Geral da Itália em São Paulo e do Museu do Café – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – além de patrocínio da illycaffè e do próprio Consulado, Passione italiana: l'arte dell'espresso reúne 60 máquinas para uso doméstico e profissional, além de conjuntos de café e xícaras.
 

Em cartaz a partir de 1º de outubro, a exposição tem curadoria de Elisabetta Pisu e se desenvolve em dois núcleos que constroem uma narrativa rica em detalhes sobre a trajetória do grão. Um roteiro histórico apresenta inovações ligadas às máquinas e aos hábitos de consumo do café, transformados pela engenhosidade de pessoas e empresas que, com incessante pesquisa, atuaram para elevar a qualidade da bebida, melhorar seu sabor e aroma e otimizar a produção. 

Além dessa perspectiva, a exposição traz insights sobre o significado social de uma das bebidas mais consumidas no mundo por meio dos lugares, rituais domésticos e designers que influenciaram os costumes e o imaginário coletivo, como as cafeterias históricas na Itália; o estilo de vida italiano; a evolução estética da panela moka; a cafeteira napolitana e Riccardo Dalisi; o projeto de Aldo Rossi unindo arquitetura e paisagismo doméstico; o ritual do café em casa e o conjunto Tea & Coffee Piazza and Towers, da marca Alessi.

Outro ponto destacado é o desenvolvimento tecnológico do setor com históricas máquinas de café, provenientes do acervo do MUMAC - Museo della Macchina per Caffè di Cimbali Group. Entre os modelos, o Snider Insuperabile, um exemplo de máquina de coluna de vapor produzida em 1920 e a Gaggia Tipo Spagna, invenção revolucionária que permitia uma camada cremosa no topo da bebida. 

Passione italiana: l'arte dell'espresso ganha ainda mais relevância por sua conexão com a imigração italiana para o Brasil, um dos fatores responsáveis pela grande popularização da bebida no país. Hoje, a Itália ocupa a terceira posição na importação de café brasileiro, o que significa que o grão proveniente do Brasil é a base da maioria dos blends de espresso preparados diariamente por mais de mil torrefadores italianos. 

“O desenvolvimento da cafeicultura brasileira está intimamente associado ao fenômeno da migração italiana para o Brasil”, explica Domenico Fornara, cônsul-geral da Itália em São Paulo. “Um milhão e meio de italianos desembarcaram em território brasileiro a partir de 1870 e passaram a trabalhar principalmente nas empresas dos produtores de café. Foi graças à contribuição inestimável da mão de obra italiana que o café, símbolo nacional tipicamente italiano, se tornou um elemento de ligação permanente entre dois povos e duas culturas”, finaliza. 

De 1º de outubro a 4 de fevereiro de 2025, a exposição poderá ser vista no Museu do Café, em Santos. Na sequência, segue para o Museu da Imigração, na capital paulista, onde ficará de 21 de fevereiro a 26 de maio de 2025.



Museu do Café

Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico – Santos/SP
Telefone: (13) 3213-1750
Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h)
R$ 16 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Grátis aos sábados e, todos os dias, para as crianças até 7 anos
Acessibilidade no local – Não possui estacionamento

www.museudocafe.org.br 


PINACOTECA DE SÃO PAULO APRESENTA ESCULTURAS DO ACERVO EM NOVA EXPOSIÇÃO

Auguste Rodin, Gênio do descanso eterno, entre 1899 e 1902; Advânio Lessa, Raízes mortas
 da natureza e cipó, da série Vida
- 2015-2023; Waltercio Caldas, A emoção estética, 1977

A forma do fim
ocupa o 2º andar do edifício Pina Estação com coleção de esculturas que tratam da relação entre vida e morte, passagem do tempo e eternidade 


A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta A forma do fim: esculturas no acervo da Pinacoteca. Com curadoria de Yuri Quevedo, a mostra reúne um conjunto com cerca de 60 esculturas de diferentes épocas que tratam de um tema recorrente nas obras do acervo: representações da passagem do tempo e dos ciclos da vida. A partir do dia 14 de setembro o público poderá ver obras como Gênio do descanso eterno (entre 1899 e 1902), de Auguste Rodin, máscaras mortuárias da virada do século XIX para o XX e a escultura Raízes mortas da natureza e cipó (2015 – 2023), de Advânio Lessa, esta última exposta pela primeira vez na Pinacoteca.

“Um dos aspectos mais interessantes da arte é a possibilidade de imaginar um futuro. Seja pensando criticamente as formas de vida. Seja para conceber nosso fim. Essa exposição mostra como artistas podem nos ajudar a entender a nossa experiência do tempo, sua passagem e aquilo que permanece”, conta o curador.

 

Sobre a exposição    

A forma do fim nasce a partir do olhar para o acervo centenário da Pinacoteca, que conta com mais de 13 mil obras. Dessas, quase mil fazem parte da exposição permanente, Pinacoteca: Acervo, que reúne trabalhos de mais de 400 artistas nas 19 galerias expositivas do edifício Pinacoteca Luz. Em 2020 aconteceu a reformulação da mostra, em cartaz até 2030 – baseada em um esforço intencional de compreensão da história da instituição e ampliação da presença de artistas mulheres, artistas negros e indígenas, além de pessoas artistas LGBTQIA+.

Pensando o acervo como uma plataforma para novas pesquisas e aquisições, surge o interesse pela coleção de esculturas presentes na Pinacoteca, na busca de compreender como ela se forma e quais são suas características marcantes que foram desenvolvidas ao longo do tempo. A curadoria buscou perceber essas tendências históricas, organizando seu discurso a partir daquilo que é recorrente no acervo. “Ao olhar para a coleção de esculturas da Pinacoteca, é interessante notar como artistas elaboram diversas experiências de vida e morte que nos instigam a pensar nosso modo de ver arte e a imaginar nossa própria vida”, afirma Yuri Quevedo. 

A curadoria parte de um conjunto curioso de máscaras mortuárias, fundidas sobre o rosto de artistas em seu leito de morte. Na tentativa de reter a experiência daqueles que partiram, as máscaras acabam por eternizar uma imagem da morte. Uma das máscaras é a do artista Almeida Júnior, um dos nomes da arte brasileira mais importantes do século XIX, cuja obra é fundadora da coleção da Pinacoteca. A essas máscaras se contrapõem fazeres calcados em outras tradições, modos de compreender a vida de maneira cíclica, como parte de um sistema maior, onde o fazer artístico pode ressignificar a matéria morta. 

Raízes mortas de natureza e cipó (2015 – 2023), de Advânio Lessa, ressignifica a matéria morta, a transformando em algo vivo através da arte. Dando forma às diferentes dimensões do tempo, esculturas como Bicho – Relógio de sol (1960), de Lygia Clark, Yuxin (2022), de Kássia Borges, Ferramenta de Tempo (2021), de José Adário, e a performance Passagem (1979), de Celeida Tostes, propõem entender a vida e os fazeres da arte de forma cíclica. 

As esculturas de Marcia Pastore e Hudinilson Jr. (década de 1980), materializam no espaço membros do corpo ou peças de roupa, registros delicados de suas presenças, que não se impõem como ordenadoras do mundo. O famoso trabalho de Waltercio Caldas, A emoção estética (1977),é uma pista para compreender essa presença e nossa experiência diante da arte: um par de sapatos parece estar a ponto de flutuar diante da forma – uma maneira de estar diante de algo que nos emociona, de compreender nossa comoção por meio do diálogo, investigando a maneira de nos por em relação e, assim, imaginar nosso futuro. 

Ao entrar no espaço expositivo, o visitante se depara com uma escultura medieval do século XII, que representa Cristo crucificado, de autoria desconhecida - além de obras do período barroco no Brasil. Na sequência estão as máscaras mortuárias, além de esculturas de bronze de Brecheret e Liuba Wolf. Esses artistas estão juntos em uma série de cabeças fundidas em bronze, retratos escultóricos que buscam encontrar as expressões dos retratados nas mais diversas fases da vida. 

Entre elas, há a tentativa de artistas do começo do século XX de representar mulheres e homens negros como “tipos brasileiros”. Até o início da pesquisa para essa exposição, apenas uma dessas esculturas tinha um nome: Maria da Glória (entre 1920 e 1988), de Luiz Morrone. A Pinacoteca tem feito um esforço constante de rever esses títulos, e reencontrar a representação dessas identidades apagadas, buscando identificar seus nomes e, a partir disso, localizar na história dos artistas quem foram esses homens e mulheres que serviram de modelo. Durante a pesquisa de análise da origem desses títulos, a equipe localizou o nome da modelo para uma escultura de José Cucê, Irina – que passa agora a integrar o título da obra.

 

SERVIÇO:  

A forma do fim: esculturas no acervo da Pinacoteca 

Período: 14.09.2024 a 16.03.2025

Curadoria: Yuri Quevedo

Pinacoteca Estação (2º andar) 

De quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até 17h)

Gratuitos aos sábados - R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios - válido somente para o dia marcado no ingresso

Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

 

Exposição Laços da Artista Plástica Adrianna Eu, com curadoria de Marcello Dantas, até setembro no Pátio Higienópolis


Laços foi criada a partir de 40 milhões de metros de linhas vermelhas e ocupa 250 metros quadrados do Vão Central do Pátio Higienópolis


Até 29 de setembro próximo, a exposição Laços, criada pela artista plástica Adrianna Eu, com curadoria de Marcello Dantas, pode ser visitada no Pátio Higienópolis, em São Paulo. Os quilômetros de fios são desenrolados de uma altura de cerca de 40 metros, a partir da abóboda de vidro do shopping para serem, então, conectados uns aos outros. Esta é a maior instalação já criada pela artista plástica. 

"É uma exposição que impacta e inspira – um presente para a cidade e, especialmente, para aqueles que acompanham nossa trajetória. Simboliza nosso abraço a todas as pessoas", afirma Kátia Gioacchini, Gerente de Marketing do Pátio Higienópolis. 

A exposição – Do alto, os fios se soltam a partir de cones gigantes, formando novas tramas e caminhos. Todos os fios são de vermelho vivo, cor que pode ganhar novas nuances conforme as alterações da luz natural ao longo do dia. No piso, sob a trama formada pelas linhas, os visitantes poderão admirar e refletir sobre Laços, acomodados em pufes em forma de novelos de lã e em poltronas giratórias que lembram os carretéis de antigas máquinas de costura.
 

"O visitante pode entrar na exposição, apreciar seus diferentes aspectos, sob diferentes ângulos, e refletir sobre os caminhos dos fios", estimula Adrianna Eu. "A linha e a costura é uma analogia aos caminhos da vida, aos encontros que se entrelaçam, às relações de afeto que se formam", explica.
 

"Laços celebra o espaço como um lugar de encontros, de criação de memórias de diferentes gerações. A exposição estimula esses encontros e momentos de reflexão e conexão", explica o curador Marcello Dantas.

Mais sobre Adrianna Eu - Carioca, há cerca de 5 anos mora e trabalha em São Paulo. Em seu portfólio, exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais. Dentre suas principais exposições individuais estão, O mergulho de Narciso (2015 -Galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea), O mais profundo pensamento é um coração batendo (2014 - Casa Porto); Trabalhos recentes (2005 -Paço Imperial - todas no Rio de Janeiro). Dentre suas exposições coletivas, Aquilo que nos une (2017- Caixa Cultural, em São Paulo); In Memoriam (Caixa Cultural, Rio de Janeiro). Desde 2015, utiliza linhas vermelhas como tema de suas obras.


Mais sobre Marcello Dantas - Premiado curador com ampla atividade no Brasil e no exterior, nos últimos anos, participou da concepção de diversos museus, como o Museu da Língua Portuguesa e a Japan House, em São Paulo; Museu da Natureza, na Serra da Capivara, Piauí; Museu da Cidade de Manaus; Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; Museu do Caribe e o Museu do Carnaval, em Barranquilla, Colômbia. Foi também diretor artístico do Pavilhão do Brasil na Expo Shanghai 2010, do Pavilhão do Brasil na Rio+20, da Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006, além de curador da Bienal do Mercosul (2022, Porto Alegre). Atualmente, é curador do SFER IK Museo em Tulum, no México, e membro do conselho de várias instituições internacionais.


 

Serviço – Laços, de Adrianna Eu, com curadoria de Marcello Dantas

Exposição Inédita em comemoração aos 25 anos do Pátio Higienópolis

Vão Central, Pátio Higienópolis (Av. Higienópolis, 618 – Piso Veiga Filho)

www.iguatemi.com.br/patiohigienopolis e @patiohigienopolis

Até 29 de setembro de 2024

Segunda a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, a partir das 12h

Visitação Gratuita. Sujeito à fila de espera.

Entrada Livre

 

Após 10 anos prósperos nos Estados Unidos, Rubem Robierb faz primeira exposição no Brasil

Escultura "Raízes Para Voar" - madeira, resina, metal
 e fibra de vidro, 400 x 60 x 250cm.

Foto: Henrique Luz

Artista plástico maranhense vive há mais de uma década nos EUA, país que abraçou sua arte com obras até em praça de Nova York, traz para a Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos (SP), a exposição "Raízes Para Voar", uma coletânea de toda sua trajetória
 


Nos Estados Unidos, Rubem Robierb é constantemente citado por celebridades como Charlize Theron, Jennifer Lopez e a dupla Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Além disso, assina escultura fixa em uma praça de Nova York, onde também, já estampou os telões da Times Square. Nascido no Maranhão, ainda é um nome pouco conhecido pelos brasileiros. Agora, atendendo a um convite da Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos (SP), e guiado pela agente Bianca Cutait, faz sua primeira mostra em seu próprio país, a exposição “Raízes Para Voar”, com abertura no dia 19 de setembro com produção Henrique Luz e curadoria Carlos Zibel, e fica em exposição entre os dias 20 de setembro e 27 de outubro.

Para este marco em sua trajetória na arte contemporânea, Robierb preparou uma coletânea com obras que representam todas as suas fases como artista, além de exibir a inédita e autobiográfica “Raízes Para Voar” que dá o nome à mostra, uma composição de pinturas e esculturas que ocupam uma área de 50 m2 e que apontam para uma nova fase estética e de inspiração do artista.

“Esta oportunidade de mostrar ao Brasil o meu trabalho é um marco em minha jornada pela arte. Tive uma primeira década na qual as asas se transformaram em minha marca, um ícone que faz referência à minha liberdade e meus pensamentos sobre questões existenciais. De qualquer forma, sempre soube que, mesmo voando pelo mundo, talvez expressadas pelo meu engajamento nas iniciativas que acredito, minhas raízes sempre estiveram presentes de alguma forma em meu trabalho. Agora, essa conexão com o local de onde vim se torna ainda mais clara”, conta Robierb.


Força e simbolismo

A arte de Rubem Robierb navega pela pintura, escultura, fotografia e até mesmo pela realidade virtual. Constantemente, seu trabalho é comparado com o impacto emocional de uma poesia, contudo, com um potente simbolismo questionando comportamentos humanos da vida contemporânea. Uma experiência de impacto que os brasileiros terão a oportunidade de vivenciar, criando uma conexão com seu processo criativo.

É notável a influência orgânica da biologia, da psicologia, da arquitetura e da tecnologia em seu trabalho. Flores que nascem de balas já disparadas por armas, mãos representando diferentes raças que se unem formando asas e homenagens a pessoas (personalidades e anônimos) que impactaram o mundo de alguma forma.


Da fotografia às artes plásticas

Nascido no Maranhão, seu primeiro contato com a arte foi a fotografia, ofício em que se desenvolveu profissionalmente e exerceu em São Paulo, quando foi descoberto pela associação francesa 'Art et Partage', que o ajudou a estrear sua primeira exposição individual de fotografia "Bresil Autrement" em Paris, Aix en Provence, Milão e Zurique.

Chegou em Miami, em 2008, para abrir seu estúdio no distrito de arte de Wynwood.  Anos depois, muda-se para Nova York para estrear sua primeira exposição nas artes plásticas - o poderoso “Bullets and Butterflies” - nas Galerias Gaglialatella

Demandado pelas metrópoles, em 2015, foi contratado pela cidade de Fort Lauderdale, Flórida, para criar uma ampla obra de arte pública para enfeitar as paredes do Shade Post. No mesmo ano, começa a explorar a escultura como sua quarta expressão artística e, em 2019, convidado a exibir sua escultura “Dream Machine” no Tribeca Park (Nova York).

Durante a Art Basel Miami 2019, Robierb chamou a atenção do mundo para a questão das mudanças climáticas com sua escultura “ICE” na qual esculpiu as palavras ''como você ousa'', do agora famoso discurso de Greta Thunberg, no gelo. Uma obra gigante e expressiva que foi derretendo e desaparecendo durante a realização de um dos maiores eventos da arte mundial.

Exposições Individuais
2020 "Peace Makers", Taglialatella Gallery (Nova York, EUA)
2019 "Climate Meltdown", Arte Fundamental Gallery (Miami, EUA)
2018 "Metamosphosis", Sagamore Hotel (Miami, EUA)
2018 "Metamosphosis", Taglialatella Gallery (Nova York, EUA)
2018 "Metamosphosis", Taglialatella Gallery (Toronto, Canadá)
2018 "Metamosphosis", Taglialatella Gallery (Paris, França)
2017 "And The Truth Will Set You Free", Arte Fundamental Gallery (Miami, EUA)
2017 "Rubem Robierb New Works", Octavia Gallery (Houston, EUA)
2017 "Rubem Robierb New Works", Octavia Gallery (Nova Orleans, EUA)
2016 "Rubem Robierb New Works", Taglialatella Galeries (Nova York, EUA)
2015 "Metamorph-Us" (Fort Lauderdale, EUA)
2015 "HeArt", Gallery 212 (Aspen, EUA)
2013 "Bullets and Butterfies", Taglialatella Galeries (Nova York, EUA)
2012 "Bullet-Fly Effect", Emmanuel Fremin Gallery (Nova York, EUA)
2011 "Show Me the Money", Curators Voice Gallery (Miami, EUA)
2009 "Eros/Thanatos", Curators Voice Gallery (Miami, EUA)
2006 "Brésil Autrement", Institute Alliance Française (São Paulo, Brasil)
2006 "Brésil Autrement", Ilana Gallery (Paris, França)
2006 "Brésil Autrement", The Image House Gallery (Zurique, Suíça)
2006 "Brésil Autrement", Instituto Alliance Française (São Paulo, Brasil)
2005 "Brésil Autrement", IBRIT Instituto Brasile-Italia (Milão, Itália)
2005 "Brésil Autrement", Space D'Art Sextius (Aix-en-Provence, França)

Exposições coletivas
2019 – Scope Art Fair – Vogelsang Gallery
2018 – Cornell Art Museum – Delray Beach
2018 – Scope Art Fair – Vogelsang Gallery
2018 – Palm Beach Art Fair – Arte Fundamental Gallery 2017 – Bedazzled – Lehman College Museum
2017 – Scope Art Fair – Vogelsang Gallery
2017 – Scope Art Fair – Taglialatella Gallery
2016 – Scope Art Fair – Vogelsang Gallery
2015 – Gallery 212 (Aspen, EUA)
2012 – Leilão All About Art Fine Art – The Frost Museum
2012 – Overture Contemporary Art Fair
2012 – Arte Americas Art Fair, Canal Gallery
2007 – Leilão Stephanie & Art Curial para a Fight Aids Foundation (Monte Carlo, Mônaco)
2005 – Quadra Gallerie (Paris)

 

Serviço

Exposição “Raízes Para Voar”, Rubem Robierb

Data: 20 de setembro a 27 de outubro de 2024.

Local: Pinacoteca Benedicto Calixto

Endereço: Av. Bartolomeu de Gusmão, 15 – Santos/SP


Fundação Iberê abre exposição com obras do artista e sua esposa Maria Coussirat Camargo, que pintaram, na década de 1940, o “território das águas


Após um século sem ser vista pelo público, a quinta escultura do Chafariz do Imperador, monumento conhecido como Guaíba e Seus Afluentes, também está em
Iberê Camargo – Território das Águas. Com curadoria de Blanca Brites e Gustavo Possamai, mostra abre no dia 14 de setembro 


Haveremos de aterrar o Rio Guaíba, haveremos de atravessá-lo a pé, não com a separação das águas que permitiu ao povo de Israel transpor a pé enxuto o Mar Vermelho, mas com um sólido aterro, que povoaremos de altaneiros espigões, de cassinos, de parques, de piscinas, de campos de esporte para agradar e iludir o povão. Continuaremos obstinados a atravancar as ruas já estreitas com crescente número de automóveis poluidores. Contra o monóxido de carbono, usaremos máscaras coloridas, o que assenta com nossa vocação carnavalesca. A eletricidade nós captaremos diretamente das nuvens, e o conteúdo das fossas transformaremos em vapor biodegradado. Não ouviremos o barulho da megalópole, porquanto já estaremos todos surdos. Então, Porto Alegre não será mais uma cidade anã: anões seremos nós.” 

Inspirada no texto Urge tombar o Guaíba, escrito em 1993 por Iberê Camargo, a Fundação Iberê abre no dia 14 de setembro (sábado), uma grande exposição com pinturas, desenhos e textos em que o artista abordou o tema. Iberê Camargo – Território das Águas apresenta 42 obras que mostram, claramente, que a valorização do meio ambiente estava, além da arte em seus escritos. Pela primeira vez, também serão expostas sete paisagens de Maria Coussirat Camargo. Parte delas foi vista uma única vez, em mostra de alunos do curso de Artes Plásticas do então Instituto de Belas Artes, no final da década de 1930.  

“Como nenhuma delas é datada, acreditamos que sejam do período da universidade. Maria dizia ser mulher de palavra, e quando disse a Iberê que não mais pintaria, de fato não pintou. Disse que em toda a parte é preciso sempre renunciar a alguma coisa”, lembra Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação Iberê e um dos curadores da exposição.  


“Já mataram o nosso Guaíba” 
Embora não se definisse como um ativista, Iberê Camargo era crítico costumaz ao descuido com o meio ambiente, a exploração e apropriação de recursos naturais, além da relação entre o progresso tecnológico e as consequências ambientais de tais avanços quando geridos de forma irresponsável: “Me sinto na obrigação de dizer um basta a este extermínio da natureza. Não por mim, mas pelas novas gerações que virão”. 

Em outra declaração, o pintor observa: "Existem muitos artistas que fazem arte conceituosa; eu não faço. Minha arte não é expressionista, abstrata. Não é por isso que deixarei de pensar nos problemas tão concretos que nos cercam. Falo como homem, o principal interessado. Eu sei, por exemplo, que vocês aqui tiveram que lutar pelo rio. Vocês mataram o Guaíba, não é? [...] Isto é um crime, e muito grave. É curioso que as pessoas não se apercebam dos perigos”.  

As águas acompanharam Iberê desde Restinga Seca, sua cidade natal. Uma restinga onde, em algum momento, águas e areias se juntaram, mas o tempo acabou por deixar o solo seco. Depois, as mudanças constantes de cidade, em razão da profissão do pai como ferroviário, o levaram para lugares por onde passavam outros rios.  

Foram as lembranças dessas paisagens que motivaram os primeiros trabalhos de Iberê. Paisagens onde via uma simplicidade e uma solidão que ressoavam com os seus sentimentos. E foi essa conexão que embasou, mais tarde, a sua revolta com a exploração desenfreada dos recursos naturais. 

Quando chegou a Porto Alegre em 1936 – onde permaneceu até 1942, quando partiu para o Rio de Janeiro – Iberê Camargo conheceu e pintou o Guaíba. Suas tintas, então, partiram para essa e outras paisagens: os pontos altos da Capital gaúcha com casarios, onde o Guaíba se fazia presente ao fundo, a beira do Arroio Dilúvio e a Rua da Margem, hoje o bairro Cidade Baixa, lugar em que morou com Maria Coussirat Camargo quando se casaram. Esses trabalhos são memória de um tempo anterior à canalização do Dilúvio, que desembocava no Guaíba, e de quando a histórica Ponte de Pedra ainda tinha sua função.  

Próximo das suas obras finais, aumentaram as preocupações do artista com as mudanças climáticas e a poluição das águas, como mostra, por exemplo, a pintura Rio dos Sinos (1989), que hoje integra uma coleção mineira e que registra, com uma forte carga de tensão, um pescador desolado, e peixes mortos à borda das águas de um dos rios mais poluídos do Estado.  

“Iberê percebeu que a natureza tem sua própria vontade e tempo. Há pouco, vivemos a experiência da dor coletiva pela tragédia anunciada que ocorreu em maio de 2024, maior do que a de abril de 1941, enchente que fica marcada pela perda de vidas, de memória, de material de todas as ordens, só amenizada pela solidariedade voluntária de todos. A cidade de Porto Alegre nem sempre valorizou o encontro natural com as águas do Guaíba, tampouco criou situações para que fossem admiradas por seus moradores. E, quando se dispuseram a fazê-lo, foi para ir além de suas margens, o que ocorre desde a primeira canalização do Arroio Dilúvio, que nele desaguava, e por mãos que exigem mais apropriação de áreas e mais espaço construído. O artista registrou um incendiário pôr do sol no Guaíba, de 1991, da mesma visão que se tem da Fundação Iberê. Há um especial significado Iberê Camargo estar às margens do Guaíba, onde o sol adormece. É um presente ao artista que sempre declarou seu amor e respeito a essas águas”, escreve Blanca Brites.  


As paisagens de Maria 
Exímia aluna do Colégio Sévigné, filha de Ladislau Coussirat Júnior, conhecido como “Lalau”, e de Felicidade Cruz Coussirat, a “Dona Nena”, Maria Cruz Coussirat (1915-2014) nasceu com a arte pulsando na família – a mãe gostava de pintar e todas as mulheres Coussirat tocavam piano ou cantavam –, diferentemente de Iberê Camargo, cuja mocidade no interior do Estado foi culturalmente limitada.  

Maria e Iberê se conheceram em 1937, no Instituto de Belas Artes da Universidade de Porto Alegre, atual Instituto de Artes da UFRGS. Ela estudou Pintura e formou-se em dezembro de 1940; ele frequentou o Curso Técnico de Arquitetura, mas largou antes de se formar. Pouco tempo depois de receber seu diploma, Maria decidiu que sua vida seria cuidar do marido, na vida e na arte.  

Além de guardar todo o tipo de material documental relacionado ao pintor, e que hoje faz parte do acervo da Fundação Iberê, a opinião de Dona Maria era marcante no processo criativo do artista. Ela palpitava sobre as cores e o que estava faltando na composição das obras. Embora escutasse a esposa, Iberê fazia o que queria. “É, o artista, ele não vai atrás do que os outros dizem, nem nada. É dele, aquilo”, dizia Maria.  

Mais do que companheira, Maria Coussirat Camargo era a verdadeira guardiã da obra do pintor. Foi dela a ousadia de erguer a Fundação que mantém o legado do artista.  

“A afinidade com a arte, que uniu Iberê e Maria Coussirat Camargo, se apresenta na exposição Iberê Camargo - Território das Águas de modo singular, pois ambos ocupam o mesmo espaço, cada um com sua experiência artística. Ela deixou a pintura, fez a sua escolha de ficar nos bastidores, mas sempre presente”, afirma Blanca Brites. 


O quinto afluente 100 anos depois 
Batizado de Chafariz do Imperador, também conhecido como Guaíba e Seus Afluentes, o monumento foi instalado em 1866 na Praça da Matriz pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense, a fim de prover a cidade com uma fonte de água potável, além de ornamentar o logradouro. 

A obra era composta por uma base circular rodeada por uma balaustrada iluminada, um chafariz com três bacias superpostas e quatro estátuas alegóricas representando os rios afluentes da bacia do Guaíba: Jacuí, Caí, Sinos e Gravataí. Os afluentes Caí e Sinos eram representados por duas Ninfas, e os rios Jacuí e Gravataí, por dois Netunos.  

Uma quinta estátua estava colocada no topo do chafariz, com a figura de um jovem com um barrete frígio na cabeça e segurando um estandarte, inspirada na iconografia da Liberdade para representar o Guaíba. E era voltada para ele que a estátua estava posicionada. 

O Chafariz do Imperador permaneceu na Praça da Matriz até 1907, quando teve que ceder espaço para a construção do monumento a Júlio de Castilhos. 

O conjunto, então, foi desmantelado e removido pela Companhia, que colocou as peças em seus depósitos. Em 1924, o marmorista Carlos Zielinsky comprou as peças, ainda quase todas intactas, para reduzi-las a pó de mármore ou aproveitá-las para algum mausoléu fúnebre.  

Tomando ciência da destruição iminente, um cidadão anônimo iniciou uma campanha no jornal Correio do Povo, a fim de que o conjunto fosse preservado. O caso ganhou tanta repercussão que o então intendente Otávio Rocha adquiriu o material, prometendo reinstalar em outro local. 

Em 1935, pelas celebrações do centenário da Revolução Farroupilha, a Praça Dom Sebastião foi reurbanizada e recebeu quatro das cinco estátuas originais.  

Em 1983, as quatro estátuas foram novamente para um depósito da prefeitura de Porto Alegre, onde ficaram até 1996, quando retornaram à praça. Após anos de abandono, vandalismo e ação do tempo, elas foram restauradas e instaladas no seu local atual, os jardins da Hidráulica Moinhos de Vento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), onde teriam maior visibilidade. Outra razão importante foi recuperar sua história, ligada ao abastecimento de água potável na cidade de Porto Alegre. 

Entendendo a importância da quinta estátua, justamente a que representava o Guaíba, a Fundação começou uma saga em busca dela, para incluí-la na exposição Iberê Camargo – Território das Águas.   

Os curadores Blanca Brites e Gustavo Possamai lembram como era próxima a relação do artista com o Guaíba: “Incluir esta escultura alegórica é uma maneira especial de reverenciar Iberê, que sempre manifestou apreço pelas águas que banham a cidade, além de chamar a atenção para a necessidade de preservação do patrimônio artístico e cultural, que guarda as memórias de Porto Alegre. Com os acontecimentos recentes pelo qual passamos, em que as águas voltaram ao seu leito natural, ultrapassando margens impostas por aterros, lembramos de uma preocupação constante de Iberê: quando serão devolvidas as margens ao Guaíba? ‘Há pouca terra no mundo, precisam do espaço do rio’, chegou a dizer.”  


SERVIÇO 

Exposição Iberê Camargo – Território das Águas 
Curadoria:
Blanca Brites e Gustavo Possamai 
Abertura: 14 de setembro | Sábado | 14h | Quarto andar 
Visitação: 23 de fevereiro | Domingo 
Endereço: Avenida Padre Cacique, 2000 – Cristal 

No dia da abertura, a entrada é gratuita 


Mostra une arte e tecnologia para celebrar a importância do Sol e seus impactos na história da humanidade


Com obras de grandes proporções criadas por artistas brasileiros,
LUZ ÆTERNA - Ensaio Sobre o Sol é uma exposição imperdível para quem busca experiências sensoriais. A partir de 14 de setembro, público poderá conferir gratuitamente no CCBB São Paulo.


De entidade divina ao papel crucial para a vida na Terra, a jornada da estrela mais próxima de nosso planeta é o fio condutor da exposição LUZ ÆTERNA - Ensaio Sobre o Sol, a ser inaugurada no anexo do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, em 14 de setembro. Cinco obras imersivas evocam a poética do Sol por meio de projeções digitais, instalações interativas e contemplativas que permitem aos visitantes conferirem a evolução e o poder deste corpo celeste tão presente em nossas vidas e a 149 milhões de quilômetros da Terra.

Os cinco artistas da mostra foram convidados a conceber as obras exclusivamente (site specific) para o CCBB e utilizaram a tecnologia e a luz como os principais elementos das criações. “Elas são diferentes, mas se complementam ao fazerem uma ode à principal estrela do sistema solar”, destaca Antonio Curti, curador e co-fundador da AYA, estúdio paulistano de new media art que coordena a mostra. “As obras dessa exposição ilustram o que ocorre quando o Sol, transformado em luz artificial e eletricidade, é incorporado pela mente de um artista”, completa.

A mostra já esteve em cartaz no CCBB Brasília e CCBB Rio de Janeiro e conta com patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Linguagem acessível

A participação dos artistas brasileiros na exposição é, também, uma forma de mostrar a potência da arte digital realizada no país. “Eles fazem parte de um novo movimento artístico, de extrema importância”, avalia Curti. “Ao usarem recursos digitais e a luz como suporte para ativar poéticas, dialogam com aspectos contemporâneos da sociedade e com vários públicos”, explica.

Em LUZ ÆTERNA - Ensaio Sobre o Sol a linguagem é acessível e democrática, pois não é necessário o conhecimento prévio sobre arte para compreender a mostra. “As obras captam a atenção, mesmo em tempos de tantos estímulos. Qualquer pessoa, de qualquer idade, poderá vivenciá-las. Isso porque o visitante sai da contemplação e passa para a imersão, se torna parte da experiência”, afirma o curador.


Interação e contemplação

Em Gênesis, obra imersiva criada pelo estúdio AYA, mostra a história e influência do Sol, de sua origem ao seu papel fundamental na geração de eletricidade, é repassada ao público em uma sala de projeção. De uma forma lúdica, imersiva e sensorial, os visitantes podem vivenciar a evolução e potência dessa grande estrela. O trabalho ilustra como o Sol deu forma ao universo e continua impactando a vida diária, a tecnologia e a sustentabilidade.

Fluido Solar, da artista ErotidesNai, é uma obra participativa. Representa a busca pela iluminação, destacando o contraste entre o desconhecido e a luz interior de cada ser humano. A instalação desafia a bidimensionalidade ao flutuar no espaço central da sala. Transformando-se em um espelho interativo, a peça reflete a jornada do visitante, convidando-o à contemplação da própria essência.



Tecnologia e natureza

Além de enaltecer o Sol, a exposição provoca reflexões sobre o seu impacto na natureza, na sociedade e na sustentabilidade. Propõe, por exemplo, uma mensagem reflexiva sobre o meio ambiente, de uma forma lúdica e poética. “Somos bombardeados o tempo todo por notícias negativas. A exposição não tem esse intuito. É um lembrete sobre a importância essencial do Sol para a vida na Terra e como as pessoas podem ver sua beleza em pequenos momentos”, ressalta Antonio Curti.

Em Perihelion, o céu é captado, reprocessado e projetado, em tempo real, como uma câmera obscura. Relógios concêntricos são postos em ação e o primeiro, uma elipse, tem o ciclo de um minuto, da escuridão à luz intensa, com um som que funciona como um sino de anunciação. O segundo dura uma hora e marca a rotação em volta de um espelho convexo circular (representa a Lua, que reflete e difunde a luz do céu no ambiente). O terceiro circuito vai do solstício de verão ao equinócio.



Celebração sensorial

Unindo elementos astrofísicos e biológicos em uma experiência audiovisual sensorial, Photosphere, do artista Leandro Mendes, mostra a dinâmica da fotosfera solar com elementos e dados coletados do universo para elaborar padrões vibrantes em uma tela circular. Com uma trilha sonora original, a instalação conecta luz e som e reproduz a intensa variação da energia solar.

Céu Zero, produzida por Leston, questiona o que aconteceria se, de alguma maneira, nós conseguíssemos capturar linha do horizonte. O que aconteceria se, finalmente, ela estivesse ao nosso lado e na altura dos nossos olhos?

"Talvez assim fosse possível entender que o céu não é plano, como nos parece quando olhamos para cima”, reflete o artista. “E compreender que as coisas que vemos não acontecem apenas uma ao lado da outra, mas também uma atrás da outra”, explica. “Talvez assim fosse possível ver a luz se espalhando e dominando o espaço”, completa.

 



SERVIÇO

LUZ AETERNA: Ensaio sobre o Sol

Data: 14 de setembro a 25 de novembro de 2024

Local: Anexo do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP 

O anexo CCBB fica ao lado do prédio principal, na Rua da Quitanda, 80. 

Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças-feiras.

Ingressos gratuitos: disponíveis em bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB SP.

Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.

Transporte público: O CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

Van: Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.

bb.com.br/cultura
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E-mail: ccbbsp@bb.com.br

 

Exposição 'Afogada', de Emília Santos, reúne série de pinturas inspiradas em paisagens aquáticas



Abertura da mostra, contemplada pela Lei Paulo Gustavo, será dia 28/09 na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí

 

Com trabalho voltado para reflexões a partir de uma série de pinturas inspiradas em cenas marinhas, a exposição ‘Afogada’, da artista visual Emília Santos, será aberta ao público a partir de 28 de setembro, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. A mostra é contemplada pelo edital da Lei Paulo Gustavo (LPG 21/2023), realização da Prefeitura de Jundiaí e do Governo Federal. A entrada é gratuita. 

Mestre em Multimeios pela UNICAMP e graduada em Licenciatura em Artes Visuais, Pintura, Gravura e Escultura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Emília Santos apresentará ao público 21 pinturas que exploram a representação do mar. Por meio de um QR Code, as obras terão audiodescrição e poderão ser  acompanhadas por uma playlist especial.

Com uma abordagem simbólica, a artista provoca o público a refletir sobre as mudanças drásticas que afetam as paisagens e a necessidade urgente de assumirmos nossa responsabilidade em relação ao meio ambiente. “É uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão. Em minhas criações eu exploro a relação entre o figurativo e o abstrato, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Meu trabalho artístico é voltado para reflexões sobre torções entre materiais e gêneros da pintura”, explica Emília que mora em Jundiaí e é professora.

Reflexões nas telas

A exposição ‘Afogada’ aborda, de forma simbólica, angústias geradas pelos acontecimentos das catástrofes climáticas, do desgoverno sobre políticas ambientais, a fim de refletir sobre as bruscas mudanças na paisagem provocadas pelo desequilíbrio ambiental, catástrofes climáticas, deslizamentos, enchentes e alagamentos, que transformam o cotidiano do olhar, construindo uma imagem modificada da paisagem presente. 

Sem retratar lugares específicos, a artista opta por trazer a sensação de estar ilhada, afogada, em isolamento para tratar sobre o assunto. A série busca promover reflexões sobre a sensação de submersão, sinônimo de vencida, alagada, escondida, esquecida, inundada e perdida, escondimento e esquecimento diante de uma crise tão profunda.

Em suas pinturas, a artista explora a gestualidade, a cor e a pincelada para retratar o movimento da água e as diferentes sensações que esse movimento pode promover, abordando desde uma instabilidade gerada pelo mal-estar das ondas até uma sensação de calmaria e conforto. As pinturas possuem dimensões variadas e uma paleta de cores que propõe diferentes momentos de um dia, do amanhecer até o anoitecer. Utilizando tintas à base de água, a ideia é produzir efeitos em que a pincelada seja visível, destacando o gesto da construção da cena. 

A artista incorpora a dualidade presente na simbologia da água, compreendida como signo de origem da vida, transformação, abundância e bem como rituais de transformação e morte. Diante da tragédia climática e social que assola as cidades, a artista busca transmitir sua visão crítica e sensível à problemática ambiental por meio de sua arte, utilizando a cidade como palco dessa reflexão.

Perfil de Emília Santos

Emília Santos, artista visual com Mestrado em Multimeios pela Unicamp e Graduação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Sua obra é caracterizada pela exploração da interseção entre materiais e gêneros na pintura. Em 2022, realizou a exposição “Diálogos Insurgentes”, na Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, em Jundiaí. Ganhou o edital dos Cadernos Pagu, promovido pelo Grupo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Unicamp, com sua obra destacada como capa da edição nº 67. 

Além de seu trabalho como pintora, possui experiência como ilustradora em projetos editoriais, incluindo uma colaboração com Iara Rennó no livro sensorial “Afrodisíaca”. Selecionada pelo edital Aldir Blanc em 2021, sua obra “Paisagem Imaginária” integrou o acervo da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, Emília explora a relação entre o figurativo e o abstrato em suas criações, com um foco especial em representar movimentos aquáticos e reflexos. Sua série “AFOGADA” é uma expressão de cenas marinhas que evocam a sensação de submersão.

https://emiliasantosobras.wixsite.com/artes

 

Serviço:
Abertura da Exposição ‘Afogada’ de Emília Santos
Data:
28/09/24
Horário: Das 10h30 às 13h
Visitação: Até dia 10/11
Local: Pinacoteca Diógenes Duarte Paes 
Endereço: Rua Barão de Jundiaí, 109 – Centro - Jundiaí 
Entrada gratuita
Informações:
Instagram @emiliasemidia 

 

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