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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Setembro Amarelo: especialista elenca ações que empresas podem tomar para prevenir doenças laborais como o Burnout

Brasil lidera as primeiras colocações dentre os países mais afetados pelo esgotamento; médico especialista em Medicina Ocupacional explica sintomas, causas e como as companhias podem evitar que seus funcionários adoeçam mentalmente 

 

Incluída desde janeiro de 2022 na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como uma doença do trabalho, o Burnout virou uma espécie de epidemia no Brasil. O manual da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a doença como um “estresse crônico no ambiente de trabalho que não foi bem manejado”.

De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a síndrome afastou 421 brasileiros do trabalho em 2023. A título de comparação, houve um aumento de quase 20% na comparação com 2022, quando 353 pessoas receberam o auxílio-doença por causa do esgotamento.

Os números do ano passado ficam ainda mais preocupantes quando comparados a longo prazo. Em 2014, quando muito provavelmente os casos estavam subnotificados, 41 trabalhadores foram afastados das atividades, o que demonstra um aumento de 926% dos casos entre 2014 e 2023.

Segundo a International Stress Management Association (ISMA), 30% dos profissionais brasileiros sofrem de Burnout. A ISMA ainda identificou em pesquisas que em 2021, o Brasil chegou a ocupar a segunda colocação no mundo com o maior número de casos de esgotamento, atrás somente do Japão.

Brunna Adauto, que é tecnóloga em Alimentos, foi uma das brasileiras afastadas do trabalho em 2023 devido ao Burnout. Ela lembra que atuava em um ambiente em que faltava uma boa estrutura hierárquica e que por causa disso vários dos projetos acabam sobrando para ela.

Além de uma autocobrança para “dar conta” de tudo, ela sofria com a falta de reconhecimento e relações tóxicas com superiores. Todos os problemas eram potencializados pelas extensas horas-extras e escala seis por um em que ela atuava, onde só folgava no domingo.

“Eu só fui perceber um tempo depois, já que até me afastei de amigos e família, mas comecei a sentir todos os sintomas do Burnout. Incluindo cansaço físico e mental, stress, irritabilidade, medo e um desânimo muito grande até para fazer as coisas que eu gostava. Eu me sentia derrotada e fracassada todos os dias”, relata.

Brunna diz que sua terapeuta, amigos e família foram essenciais para a sua recuperação e tratamento. Além disso, ela defende que conseguiu retomar a vida depois de sair da antiga empresa.

O doutor Marco Aurélio Bussacarini, especialista em Medicina Ocupacional pela USP e CEO fundador da Aventus Ocupacional, empresa que realiza Gestão em Saúde e Segurança Ocupacional, explica que o Burnout é uma doença relacionada exclusivamente ao esgotamento no trabalho, mas que existem outros transtornos laborais.

“O Burnout é uma doença psíquica bastante séria que pode ser acarretada por questões como estresse crônico, sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento, assédio moral/sexual e outras questões no ambiente corporativo. Tudo isso pode acabar acarretando depressão, ansiedade e Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)”, por exemplo.


Importância do debate de saúde mental no trabalho

Para aumentar a consciência principalmente de empregadores sobre como ambientes de trabalho disfuncionais causam riscos à saúde mental, o Governo Federal realizou uma importante ação.

No último mês de julho, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), do Ministério do Trabalho e Emprego, atualizou o Capítulo 1.5 da Norma Regulamentadora (NR-01). A NR-01 é uma norma que estabelece diretrizes para gerenciar riscos ocupacionais em empresas que são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Com o novo texto, pela primeira vez a NR-01 prevê a identificação de riscos psicossociais no ambiente corporativo. O objetivo da nova redação é melhorar a promoção de ambientes de trabalho seguros e saudáveis para os trabalhadores.

Marco Aurélio Bussacarini elogia a medida e considera essencial o novo tratamento a um tema tão importante como a saúde mental no ambiente corporativo. De acordo com ele, a vivência do ambiente de trabalho pode ter um papel significativo tanto na proteção quanto no detrimento da saúde mental dos empregados. 

“Um trabalho decente pode apoiar a saúde mental ao oferecer meios de subsistência, um sentido de propósito e realização, além de oportunidades para relacionamentos positivos e inclusão em uma comunidade”, argumenta.

O especialista cita que locais ruins de trabalho com problemas como discriminação ou desigualdade entre funcionários, sobrecarga de trabalho, insegurança em relação ao emprego e outras questões apresentam riscos de deterioração para a saúde mental.

“Esses fatores podem aumentar a tensão e os conflitos no trabalho, reduzir a retenção de funcionários e afetar negativamente o desempenho”, acrescenta.


Quais ações as empresas podem tomar para prevenir problemas psíquicos?

Além da degradação integral da saúde, do esfacelamento das relações sociais, da destruição de planos e em alguns casos até a morte por causa de pensamentos suicidas, o adoecimento por questões de saúde mental traz grandes prejuízos econômicos para o país.

De acordo com pesquisa da gerência de Economia e Finanças Empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), problemas psíquicos chegam a causar um “rombo” de R$ 282 bilhões por ano no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O número representou cerca de 4,7% do PIB do país em 2022.

No mesmo levantamento, chamado de “Os Custos Econômicos dos Transtornos Mentais”, ficou constatado que as empresas chegam a ter perda de R$ 397,2 bilhões por ano em faturamento pelo adoecimento de funcionários.

O doutor Marco Aurélio Bussacarini destaca que as companhias precisam se conscientizar sobre a seriedade do problema e a importância de realizar ações de prevenção de riscos psicossociais. 

Ele diz que a promoção da saúde mental no ambiente executivo e um apoio concreto aos trabalhadores pode efetivamente contribuir com a melhora da qualidade de vida dos brasileiros.

“Isso pode ser alcançado através de um ambiente de trabalho seguro e saudável, políticas claras de não discriminação, e suporte adequado para os funcionários enfrentarem desafios de saúde mental”, exemplifica.

Ele cita que o país tem grandes desafios no assunto, mas que nos últimos anos foram promovidas melhorias. Dentre elas estão as atualizações da NR-17, que desde 2022 atribui mais responsabilidades aos funcionários que integram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA).

Há dois anos, os colaboradores do grupo devem receber capacitação que proporcione conhecimento sobre as formas de adoecimento relacionadas à sua atividade. Eles devem receber e passar informações não somente sobre a saúde física, mas a saúde mental.

E em lembrança ao Setembro Amarelo, o especialista em Medicina Ocupacional ainda cita ações de prevenção que os executivos das empresas brasileiras podem adotar para combater a deterioração da saúde mental dos trabalhadores:

  • Promova a conscientização sobre saúde mental por meio de workshops e seminários que abordem temas como estresse, depressão e prevenção de suicídio;
  • Treine a lideranças e gestores a reconhecer sinais de alerta de saúde mental;
  • Crie um ambiente de suporte desenvolvendo uma cultura organizacional que promova a abertura e aceitação de discussões sobre saúde mental;
  • Ofereça acesso a serviços de saúde mental, como terapia e aconselhamento, através de programas de assistência ao empregado (PAE);
  • Promova atividades de redução de estresse como aulas de meditação, yoga e ginástica laboral;
  • Inclua em planos de resposta a crises um apoio a funcionários que possam estar passando por crises psicológicas ou emocionais;
  • Crie e distribua materiais informativos sobre saúde mental como e-mails, publicações em rede sociais, pôsteres e cartazes;
  • Ofereça treinamento em primeiros socorros psicológicos;
  • Crie espaços seguros e de conversas em que os funcionários possam falar abertamente sobre suas lutas com a saúde mental sem julgamento ou pressão;
  • Implemente ações práticas como pausas no trabalho e dias de folga para proteger a saúde mental;
  • Promova e incentive um estilo de vida saudável através de desafios de bem-estar, competições de passos, seminários de nutrição e exercícios físicos.

“As medidas não só ajudam na prevenção de suicídios, mas também contribuem para a criação de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, onde os funcionários se sentem valorizados e apoiados”, finaliza o doutor Marco Aurélio Bussacarini.

  


Dr. Marco Aurélio Bussacarini - Graduado em Medicina pela UNICAMP e especialista em Medicina Ocupacional pela USP, Marco Aurélio Bussacarini é médico, empreendedor e especialista em administração hospitalar e gestão de empresas, com um histórico robusto tanto no setor público quanto privado. Sua carreira inclui experiências significativas como gestor de saúde no Ministério da Saúde e liderança em várias iniciativas no setor privado, incluindo a fundação e direção de cooperativas médicas e de crédito. Ele é fundador e CEO da Aventus Ocupacional.


Aventus Ocupacional


Dia do Sexo: especialista explica os benefícios dos hormônios liberados

O dia do sexo, comemorado no dia 6 de setembro, é uma data para reflexão sobre a prática e a sua importância para a saúde física e mental. Além disso, saber como se proteger é um tópico importante para ser abordado. 

Renan Bosio (@dr.renanbosio), ortopedista, pós-graduado em Medicina do Esporte e Nutrologia, mestre e doutor em Farmacologia/UNICAMP, lista os hormônios que são produzidos durante o sexo e explica seus efeitos e importância. Confira:

 

·         Oxitocina 

Efeitos: conhecida como o "hormônio do amor" ou "hormônio do vínculo", a oxitocina é liberada em grandes quantidades durante o orgasmo e o contato físico íntimo. Ela promove sentimentos de conexão emocional, confiança e proximidade entre os parceiros.

 

Importância: a oxitocina fortalece os laços afetivos e é fundamental para o desenvolvimento de relacionamentos saudáveis. Ela também ajuda a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, promovendo uma sensação geral de bem-estar.

 

·         Endorfinas

 Efeitos: as endorfinas são neurotransmissores que atuam como analgésicos naturais, ajudando a reduzir a dor e induzir uma sensação de prazer e euforia. Elas são liberadas durante o sexo, especialmente no orgasmo.

Importância: as endorfinas contribuem para a redução da dor e o alívio do estresse, além de melhorar o humor e proporcionar uma sensação de felicidade e relaxamento após o sexo.

 

·         Dopamina

Efeitos: a dopamina é um neurotransmissor associado ao sistema de recompensa do cérebro. Durante o sexo, ela é liberada em resposta ao prazer e ao desejo, aumentando a motivação e a sensação de satisfação.

Importância: a dopamina desempenha um papel crucial no reforço dos comportamentos agradáveis, incluindo o sexo, e está ligada ao prazer e à satisfação sexual. Ela também contribui para o fortalecimento dos vínculos afetivos entre os parceiros.

 

·         Serotonina

Efeitos: a serotonina é um neurotransmissor que influencia o humor, a felicidade e a sensação de bem-estar. Após o sexo, os níveis de serotonina tendem a aumentar, promovendo uma sensação de calma e contentamento.

Importância: a serotonina ajuda a regular o humor e a promover o relaxamento, o que pode melhorar a qualidade do sono e reduzir a ansiedade após o sexo.

 

·         Prolactina

Efeitos: a prolactina é liberada após o orgasmo e está associada à sensação de relaxamento e saciedade sexual. Ela também desempenha um papel na redução do desejo sexual temporário após o sexo.

Importância: a prolactina ajuda a regular o ciclo de desejo sexual, promovendo uma sensação de satisfação e contribuindo para o período refratário (tempo após o orgasmo em que o corpo não responde a estímulos sexuais).

 

·         Testosterona

Efeitos: a testosterona é o principal hormônio sexual masculino, mas também está presente em mulheres em menores quantidades. Durante o sexo, os níveis de testosterona aumentam, o que está associado ao aumento do desejo e da excitação sexual.

Importância: a testosterona é fundamental para a libido e o desejo sexual, tanto em homens quanto em mulheres. Níveis adequados de testosterona contribuem para uma vida sexual saudável e satisfatória.

 

·         Estrogênio

Efeitos: o estrogênio é o principal hormônio sexual feminino, mas também está presente em homens em menores quantidades. Ele desempenha um papel importante na lubrificação vaginal e na resposta sexual feminina.

Importância: o estrogênio é essencial para a saúde sexual das mulheres, ajudando a manter a função sexual normal e a promover o prazer durante o sexo. Também contribui para a regulação do ciclo menstrual e a fertilidade.

 

·         Vasopressina

Efeitos: a vasopressina é um hormônio relacionado à regulação dos níveis de água no corpo, mas também tem efeitos sobre o comportamento social e a formação de laços emocionais, especialmente em homens.

Importância: a vasopressina contribui para a criação de vínculos emocionais e a manutenção da monogamia em algumas espécies. Em humanos, pode ajudar a fortalecer o compromisso e a fidelidade no relacionamento.

De acordo com ele, esses hormônios não apenas intensificam a experiência sexual, mas também desempenham papéis críticos na saúde emocional e na qualidade dos relacionamentos, reforçando os laços entre parceiros e promovendo o bem-estar geral.

 

Os benefícios do sexo no geral, envolvem:  

·         Melhora do sistema cardiovascular: durante o sexo, o corpo libera hormônios que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos e melhorar a circulação. Isso pode contribuir para a saúde do coração e reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

·         Fortalecimento do sistema imunológico: a atividade sexual regular pode aumentar a produção de anticorpos, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando o corpo a combater infecções.

·         Redução do estresse: o sexo libera endorfinas e oxitocina, hormônios que promovem o bem-estar e ajudam a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Isso pode melhorar o humor e proporcionar uma sensação de relaxamento.

·         Melhoria da qualidade do sono: após o orgasmo, o corpo libera prolactina, um hormônio que está associado à sensação de relaxamento e sonolência. Isso pode ajudar a melhorar a qualidade do sono.

·         Aumento da autoestima e do bem-estar emocional: a intimidade física e emocional pode fortalecer os vínculos entre os parceiros, aumentando a autoestima e promovendo um sentimento de conexão e segurança emocional.

·         Alívio de dores: a liberação de endorfinas durante o sexo pode atuar como um analgésico natural, ajudando a aliviar dores de cabeça, cólicas menstruais e outras dores crônicas.

·         Melhora da função cognitiva: estudos sugerem que a atividade sexual regular pode melhorar a função cognitiva, incluindo a memória e a capacidade de concentração, possivelmente devido ao aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro.

·         Regulação hormonal: o sexo ajuda a regular os níveis hormonais, incluindo a testosterona e o estrogênio, que são importantes para a saúde sexual, a massa muscular e óssea, e a regulação do humor.

·         Fortalecimento da musculatura pélvica: o ato sexual trabalha os músculos do assoalho pélvico, o que pode melhorar o controle da bexiga e reduzir o risco de problemas como a incontinência urinária.

·         Melhora da saúde da pele: o aumento da circulação sanguínea e a liberação de hormônios durante o sexo podem contribuir para uma pele mais saudável e radiante. 

Esses benefícios variam de pessoa para pessoa, e a qualidade da experiência sexual também desempenha um papel importante nos efeitos positivos percebidos. 

Além disso, para manter uma vida sexual saudável e segura, Renan aconselha que algumas dicas e pontos de atenção sejam seguidos, como:

 

·         Pratica de sexo seguro: 

Uso de preservativos: Usar preservativos de forma consistente e correta ajuda a prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez indesejada. 

Escolha de métodos contraceptivos: Além dos preservativos, considere outros métodos contraceptivos adequados ao seu estilo de vida e objetivos de saúde. Consulte um médico para orientações personalizadas.

 

·         Realização de exames regulares: 

Testes de ISTs: Faça testes regulares para ISTs, especialmente se você tem múltiplos parceiros sexuais ou está começando um novo relacionamento. 

Exames ginecológicos e urológicos: Para as mulheres, o exame Papanicolau e outras avaliações ginecológicas são importantes. Homens também devem fazer exames regulares para garantir a saúde sexual e reprodutiva.

 

·         Manter uma comunicação aberta com o parceiro: 

Diálogo sobre expectativas e limites: Conversar abertamente sobre desejos, limites e expectativas ajuda a criar um ambiente de confiança e respeito. 

Discussão sobre ISTs e histórico sexual: Falar sobre testes de ISTs e práticas sexuais seguras é crucial para proteger a saúde de ambos os parceiros.

 

·         Cuidar da saúde mental e emocional

Gerenciamento do estresse: O estresse pode afetar negativamente a libido e a satisfação sexual. Pratique técnicas de relaxamento e busque apoio emocional quando necessário. 

Autoestima: Trabalhar na autoestima e na aceitação do próprio corpo pode melhorar a qualidade da vida sexual.

 

·         Educação sexual 

Informação e aprendizado contínuo: Manter-se informado sobre questões sexuais, anatomia e saúde reprodutiva é essencial para tomar decisões informadas e seguras.

 

Participação em programas de educação sexual: Se disponível, participe de programas que ofereçam informações precisas e abrangentes sobre sexualidade. 

·         Cuidado com o uso de substâncias 

Evitar drogas e álcool: O uso excessivo de álcool e drogas pode prejudicar o julgamento e levar a comportamentos sexuais de risco. Mantenha um uso responsável dessas substâncias.

 

·         Manutenção de um estilo de vida saudável 

Exercício físico: A atividade física regular melhora a circulação, aumenta a energia e contribui para a saúde sexual. 

Dieta equilibrada: Uma alimentação saudável apoia a função sexual e a saúde reprodutiva.

 

·         Respeitar o próprio ritmo e limites 

Consentimento mútuo: O sexo deve ser consensual e prazeroso para ambos os parceiros. Respeitar os limites e o ritmo de cada um é fundamental para uma vida sexual saudável. 

Ouvir o próprio corpo: Se sentir desconforto, dor ou outros sintomas, é importante buscar orientação médica e não ignorar os sinais do corpo.

 

·         Buscar ajuda profissional quando necessário 

Terapia sexual: Se houver dificuldades em relação à libido, desempenho ou outras questões sexuais, um terapeuta sexual pode ajudar. 

Orientação médica: Questões como disfunção erétil, dor durante o sexo, ou dificuldades com a libido podem exigir acompanhamento médico.

 

Essas recomendações ajudam a manter uma vida sexual saudável e segura, promovendo o bem-estar físico e emocional.


 

Uso de fitoterápicos  

Os suplementos fitoterápicos podem ajudar na saúde sexual de várias maneiras, como melhorar a libido, aumentar a energia, reduzir o estresse e melhorar a circulação sanguínea. Algumas das opções são: 

·         Maca Peruana (Lepidium meyenii) 

Como auxilia: A maca é conhecida por aumentar a libido, melhorar a energia e a resistência, e apoiar a função hormonal tanto em homens quanto em mulheres. Alguns estudos sugerem que a maca pode ajudar na disfunção erétil leve e na melhoria do desejo sexual.

 Uso comum: Geralmente é consumida em forma de pó ou cápsulas.

 

·         Ginseng (Panax ginseng) 

Como auxilia: O ginseng é tradicionalmente usado para aumentar a energia, reduzir o estresse e melhorar a função erétil. Ele pode melhorar a circulação sanguínea e aumentar a produção de óxido nítrico, o que ajuda na vasodilatação, essencial para a ereção. 

Uso comum: Disponível em cápsulas, chás ou extratos.

 

·         Tribulus Terrestris 

Como auxilia: Este fitoterápico é utilizado para aumentar a produção de testosterona e, consequentemente, a libido. Também pode ajudar na melhora da força muscular e resistência física. 

Uso comum: Encontrado em cápsulas ou como parte de fórmulas combinadas.

 

·         Ginkgo Biloba 

Como auxilia: O ginkgo biloba é conhecido por melhorar a circulação sanguínea, inclusive na área genital, o que pode ajudar na função erétil e aumentar a sensibilidade sexual. Também pode ajudar a melhorar a função cognitiva e reduzir o estresse. 

Uso comum: Consumido em cápsulas ou extratos líquidos.

 

·         Ashwagandha (Withania somnifera) 

Como auxilia: Esta erva é conhecida por reduzir o estresse e a ansiedade, o que pode indiretamente melhorar a função sexual. Ashwagandha também é associada ao aumento da testosterona e da libido. 

Uso comum: Geralmente disponível em pó ou cápsulas.

 

·         Damiana (Turnera diffusa) 

Como auxilia: Tradicionalmente usada como afrodisíaco, a damiana pode ajudar a aumentar o desejo sexual e melhorar a função erétil. É também usada para reduzir a ansiedade e melhorar o humor.

Uso comum: Consumida em forma de chá, extrato ou cápsulas.

 

Outros Tratamentos e Abordagens

 

·         Terapia Hormonal 

Como auxilia: Para homens com níveis baixos de testosterona ou mulheres na menopausa com deficiência de estrogênio, a terapia hormonal pode ajudar a melhorar a libido e a função sexual. No entanto, deve ser usada sob supervisão médica.

 

·         Terapia Sexual

Como auxilia: Sessões com um terapeuta sexual podem ajudar a abordar problemas emocionais, de relacionamento ou psicossociais que afetam a vida sexual. A terapia pode incluir técnicas para melhorar a comunicação, reduzir a ansiedade e explorar fantasias de maneira saudável.

 

·         Exercícios de Kegel 

Como auxilia: Exercícios que fortalecem o assoalho pélvico podem melhorar o controle da bexiga, aumentar a sensibilidade sexual e intensificar os orgasmos. São recomendados para ambos os sexos.

 

·         Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) 

Como auxilia: A TCC pode ajudar a tratar problemas psicológicos que interferem na função sexual, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. A abordagem foca em mudar pensamentos e comportamentos negativos.

 

·         Acupuntura 

Como auxilia: A acupuntura pode ajudar a melhorar o fluxo de energia no corpo, reduzir o estresse, equilibrar os hormônios e melhorar a função sexual. Alguns estudos sugerem que pode ser útil para tratar a disfunção erétil.

 

·         Suplementos de L-Arginina 

Como auxilia: A L-arginina é um aminoácido que ajuda a produzir óxido nítrico, melhorando a circulação e a vasodilatação. Pode ser benéfica para a função erétil e a resposta sexual em geral.

 

·         Redução do Estresse 

Como auxilia: Técnicas como meditação, mindfulness e yoga podem reduzir o estresse e a ansiedade, que muitas vezes interferem na libido e na função sexual.

 

Considerações Importantes

 

“Antes de iniciar qualquer suplemento ou tratamento, é importante consultar um médico para garantir que é seguro e adequado para sua condição de saúde. Outro aspecto também é certificar-se de adquirir suplementos de fontes confiáveis para garantir a pureza e a eficácia. Essas abordagens, quando usadas corretamente e sob orientação, podem contribuir significativamente para melhorar a saúde sexual e o bem-estar geral”, finaliza Renan.

 



FONTE:

Renan Bosio (@dr.renanbosio) - ortopedista, pós-graduado em Medicina do Esporte e Nutrologia, mestre e doutor em Farmacologia/UNICAMP. Pesquisador e Médico Ortopedista, pós-graduado em Medicina Esportiva e Nutrologia, Mestre e Doutor em Farmacologia pela Faculdade de Ciências Médicas/UNICAMP. Referência em recursos ergogênicos e regenerativos, reposição hormonal e longevidade. CRM: 209889 - RQE N°: 110302.



Sangramento no puerpério: diferença entre lóquio e hemorragia


Entenda as diferenças sobre o sangramento que pode acometer as mulheres logo após o parto

 

O sangramento após o parto, seja natural ou cesárea, exige cuidados da mãe para evitar desconfortos, principalmente durante um período de extrema dedicação junto ao bebê. Apesar do sangramento ser considerado normal, ocasionado muitas vezes pela diminuição do útero para sua dimensão antes da gravidez, alguns pontos devem ser observados para evitar possíveis complicações, como duração do período de sangramento e volume expelido. 

O lóquio é resultado da recuperação dos órgãos onde o bebê estava acomodado, após a expulsão da placenta. A contração do útero pode gerar um desconforto ou cólica leve, acompanhada de sangramento normal. O corpo pode expelir o lóquio em até seis semanas, e a secreção muda para cremosa, amarela ou esbranquiçada. 

Quando o útero não consegue retornar ao tamanho normal, pode ocorrer a hemorragia puerperal, que, diferente do lóquio, possui um sangramento intensificado e cólicas mais frequentes. Quando ocorre gravidez de mais de um bebê, mães com sobrepeso excessivo, cesarianas de emergência ou partos com duração de muitas horas, a hemorragia pode acontecer. É importante a atenção para outros sinais que podem designar a hemorragia, como corrimento com mau cheiro, com cor verde ou cinza, coágulos muito grandes, febre, inchaço e dor pélvica. Nessa ocasião, o auxílio médico é imprescindível para avaliar o quadro e optar pelo melhor tratamento, de forma individualizada. 

Alguns cuidados também podem ser tomados antes e após o parto, como a ingestão correta de nutrientes para evitar a anemia, além do incentivo à amamentação, que estimula a produção de hormônios (como a ocitocina e a prolactina), que ajudam na recuperação da ferida da placenta e contração do útero ao tamanho normal. Durante o puerpério, a recomendação de especialistas é que o acompanhamento médico acompanhe todas as fases da mulher e do bebê, seguindo as recomendações de um profissional.

 

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