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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Ansiedade pré-Enem: como superar a 'testofobia' e se sair bem no exame

 

Canva

Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto lista dicas para candidatos superarem o temor de avaliações e conseguirem a performance desejada no Enem 2024, em novembro 


Com o Enem se aproximando, milhares de estudantes de todo o Brasil enfrentam um desafio que vai além dos estudos das disciplinas cobradas na prova: a ansiedade. Muitos alunos sofrem da chamada ‘testofobia’ - ou seja, o medo excessivo de avaliação-, e isso pode comprometer o desempenho dos candidatos, inclusive dos que estudaram bastante para o exame.
 

Para superar este obstáculo adicional, a preparação deve ir além de revisar os conteúdos, é preciso adotar estratégias que minimizem a ansiedade. “É importante criar planos que ajudem a superar o medo. Algumas estratégias podem preparar o aluno para fazer os vestibulares com mais calma, sem deixar a ‘testofobia’ tomar o controle”, diz Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto.
 

Pensando em ajudar os alunos, o docente traz dicas para ajudar os alunos no controle emocional na fase que antecede as avaliações:
 

1- Planeje seus estudos

Uma das formas mais eficazes de reduzir a ansiedade é através de um planejamento de estudo bem estruturado. O estudante de Medicina Raimundo Neto (@_raimundo_neto_), 20, que conseguiu ingressar em quatro faculdades de Medicina do Ceará: UFC, UECE, UNIFOR e UNICHRISTUS, construiu um planejamento baseado em sua rotina e que ajudasse a fixar melhor o conteúdo. 

“Meu cronograma de estudos era baseado no que eu tinha dificuldade, e em estratégias para fixar melhor os conteúdos. Desta forma, todas as semanas separava uma hora do meu domingo para planejar tudo o que precisava estudar durante a semana seguinte, por exemplo: sequências de conteúdos, simulados, correções e, claro, manter um equilíbrio com a vida pessoal”, conta o estudante.
 

2- Reserve momentos para o lazer

Evite a sobrecarga. Estude de forma moderada, fazendo revisões diárias e estipulando períodos de estudos. Conhecer as provas anteriores do Enem pode ajudar a entender melhor o formato e as expectativas do exame. “Além disso, praticar esportes pode ser uma excelente maneira de aliviar a tensão, além de dormir bem e se alimentar de maneira correta. Colocar pausas regulares e garantir momentos de lazer em meio à rotina de estudos pode ajudar a manter a mente renovada e motivada para absorver os conteúdos revisados”, aconselha Arthaud.
 

3- Use a internet a seu favor

A internet hoje oferece um ‘mar’ quase infinito de conhecimentos, técnicas de estudo e materiais de apoio como gráficos, exercícios e simulados. Mas é preciso ter cuidado para não se perder em meio a tantas informações. “O estudante precisa saber pesquisar e filtrar os conteúdos que encontra no ambiente virtual, pois não é viável querer estudar tudo o que se vê. O estudante deve avaliar quais disciplinas e tópicos ele precisa reforçar mais, e que tipo de material é mais eficiente para seu aprendizado”, recomenda o professor. 

Além de manter o foco, é indicado evitar comparações com outros candidatos, que podem acentuar a ansiedade e não agregam em nada na preparação. “Continuar firme nos estudos e alimentar os pensamentos positivos, buscando ver o progresso alcançado e não somente as dificuldades, ajuda a construir uma mentalidade mais confiante e preparada para o exame”, avalia o docente de Química.

 

4- Faça simulados para ‘vivenciar’ a prova

Pensando em ajudar os alunos de todo o país a lidarem com a expectativa para o Enem, a Plataforma Professor Ferretto abriu as inscrições para a 5ª edição do maior simulado do Brasil, com premiação para os 50 melhores colocados. A prova será nos mesmos moldes do Enem, com tempo predeterminado, além da correção do método TRI, o mesmo usado na correção oficial do Enem. Para participar do Simuladão Enem 2024 basta se inscrever pelo link.

 

5- Busque ajuda profissional caso necessário

Se a ansiedade estiver muito intensa e aparentar estar dificultando a rotina, é importante procurar auxílio psicológico. A época pré-vestibular é uma fase de muita cobrança e expectativa, e um profissional pode ajudar a lidar melhor com essa pressão. “Buscar apoio especializado pode ser um passo importante para manter a saúde mental e garantir que esteja emocionalmente preparado para o exame”, diz.

 

 Plataforma Professor Ferretto

 

Anywhere office: saiba sobre tendência que impulsiona o setor de turismo no Brasil e no mundo

Com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, profissionais têm viajado com mais frequência


Segundo levantamento Rescue Traveler Sentiment and Safety, divulgado pela Global Rescue em abril deste ano, 59% dos entrevistados acreditam que um sistema de trabalho mais flexível incentiva não apenas os profissionais envolvidos, mas, também, familiares e amigos a visitarem e conhecerem novos lugares. O estudo entrevistou 2 mil participantes, em diversos países, entre eles Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido e Austrália.

Trabalhar a partir de qualquer local está se popularizando em todo o mundo e a tendência, conhecida como anywhere office, tem transformado comportamentos: cada vez mais as pessoas têm buscado viajar e se divertir não só nas férias. Recentemente, uma pesquisa encomendada pelo Airbnb apontou que 83% dos entrevistados são favoráveis à acomodação que não seja a própria casa para executar as funções de modo remoto.

Na vanguarda do trabalho à distância desde a sua fundação, há 10 anos, a agência MAVERICK 360 atua no formato remote first. Para o publicitário e sócio-fundador da empresa, Rick Garcia, a liberdade geográfica é inegociável. “Faz parte da cultura empresarial e a MAVERICK 360 surgiu com esse objetivo, de não depender ou ter que ficar preso dentro de um escritório. Somos comprometidos com resultados, seguindo prazos e processos, mas o local em que o colaborador está nunca foi uma questão”, conta.

E essa cultura é seguida à risca internamente: a jornalista e sócia-diretora da MAVERICK 360, Fabíola Cottet já conhece 28 países e atualmente reside na Romênia, no Leste Europeu, de onde administra a agência brasileira. “Desde o início, a MAVERICK 360 foi pensada para além da localização pois prezamos pela liberdade. Claro que alguns ajustes são feitos. No meu caso, por exemplo, procuro estar mais online no horário comercial do Brasil, visto que a maioria dos nossos clientes estão nesse fuso, mas com adaptação e compromisso é possível viajar e executar as tarefas de qualquer lugar do mundo”, afirma.

Ainda de acordo com a pesquisa global da Rescue, 30% dos entrevistados também viajam a trabalho e, destes, 71% atuam nesse sistema, em tempo parcial ou integral. No Brasil, o turismo cresceu quase 8% em 2023, somando um faturamento de R$ 189,4 bilhões, segundo a Fecomércio-SP - número alavancado também pelos novos modelos de trabalho, que fortalecem hotéis, comércios locais e muitos outros empreendimentos que atuam no setor.

“Basta uma conexão à internet, para que você colabore com seus colegas à distância, mesmo estando no escritório. Além disso, o armazenamento em nuvens, por exemplo, permite que todos tenham acesso aos mesmos arquivos e trabalhem em conjunto. Esse modelo não é sobre o lugar, mas, sim, sobre como é desenvolvido. Em casa, numa praia no Caribe ou em um coworking na cidade, isso tanto faz. O que realmente importa é a entrega do serviço com qualidade e, principalmente, comprometimento, porque a comunicação é assíncrona e, assim, os procedimentos ainda mais determinantes”, analisa Garcia. 

Contudo, o teletrabalho não é para qualquer pessoa como explica Fabíola. “Na MAVERICK 360, nossos colaboradores são prestadores de serviços. Desta forma, os acordos são bem definidos para que as demandas sejam atendidas, independente da presença física ou cumprimento de carga horária. Algumas funções necessitam realizar a atividade em horário comercial, como o atendimento ao cliente, por exemplo. Nesses casos, é necessária a disponibilidade em um período específico. Por isso, um contrato detalhado é indispensável. Entretanto, esse sistema requer maturidade e só funciona para profissionais comprometidos, com capacidade de autogerenciamento”, completa.


RT – O complexo e o Simples

IMAGEM: DC
‘Se podemos complicar, por que simplificar?’

 

Ao contrário do que muitos afirmam, o SIMPLES não é uma renúncia ou benefício fiscal, mas um modelo simplificado de recolher os tributos. A Receita Federal, equivocadamente, coloca sua receita nos cálculos da renúncia, ignorando tratar-se de tratamento diferenciado consagrado na Constituição Federal.

Outro equívoco muito comum é considerar que a sua extinção ou inviabilização aumentaria a arrecadação de tributos. Ignoram que foi a criação do SIMPLES que permitiu não apenas a formalização de milhões de empresas e a criação de muitas novas, que, de outra forma, não seriam criadas. Ele representou não apenas grande estímulo ao empreendedorismo, como a atração de mulheres e de jovens para o mercado, especialmente na área tecnológica, ao reduzir o custo da inovação e tornar mais acessíveis avanços que somente eram viáveis nas grandes empresas.

Essa visão equivocada tem levado à muitas propostas que procuram não apenas reduzir a expansão ou os parâmetros do SIMPLES, com vistas a arrecadar mais, como tem dificultado a correção de problemas que as empresas enfrentam, especialmente a não correção, há muito tempo, de seus limites, e a criação de um mecanismo gradativo de saída do sistema.

No momento, se discute no Senado a proposta de Reforma Tributária, já aprovada na Câmara, que traz prejuízos às empresas que se utilizam do regime do SIMPLES, porque reduz sua competitividade com relação às demais. Se quiser manter a competitividade, a empresa deverá se desenquadrar do sistema para efeito dos impostos sobre o consumo.

Isto porque, ficando no SIMPLES, ela não aproveita o crédito do IVA pago nas fases anteriores, tendo que absorver esses custos, que aumentarão com a alíquota do IVA. Transferirão créditos apenas sobre o percentual efetivamente recolhido, o que reduz duplamente sua capacidade de competir. Perde, também, em relação aos produtos que têm isenção ou redução de alíquotas, como cesta básica e outros, o que afeta fortemente suas condições para competir no mercado desses produtos.

O “split payment” pressionará o capital de giro das empresas do SIMPLES, que atualmente recolhem o tributo no mês seguinte ao da venda, sem contar a burocracia dele resultante.

Outra desvantagem das empresas do SIMPLES é que também gerarão menor “cashback” para o consumidor, o que afeta negativamente o varejo de menor porte.

A saída oferecida pela proposta em exame é simples. Basta essas empresas saírem do SIMPLES e pagarem o tributo como as demais.

Ocorre que o mecanismo desenvolvido para a implantação do IVA cria uma burocracia complexa e onerosa, acessível apenas às grandes empresas. Os custos em termos de pessoal, tecnologia e financeiros para aderir ao novo sistema são extremamente elevados para as empresas menores. As afirmações de que o fisco fará toda a parte burocrática não parecem válidas, pois, mesmo que para a elaboração da nota fiscal ele disponha de uma plataforma pública, é preciso ter controles internos para poder preencher as notas fiscais eletrônicas.

A RT não considera que o sistema simplificado para as empresas de micro e pequeno portes é dispositivo constitucional e, como tal, deveria ter um sistema tributário diferenciado para melhor e não como alternativa sair do SIMPLES.

Não cabe discutir aqui alternativas para corrigir essas distorções, até porque, algumas delas, exigiriam modificar a Emenda Constitucional. A grande questão é saber se a sociedade deseja manter ou não o SIMPLES ou aceita sua inviabilização em nome de um sistema que atinge menos de 5% das empresas, e que provocará maior concentração da economia.

Quais seriam as consequências econômicas e sociais da inviabilização do SIMPLES? Grande parte das empresas atingidas pela reforma retornaria à informalidade, outras reduziriam suas atividades, e  parte simplesmente fecharia, e o emprego formal seria afetado, com reflexo sobre o desemprego e a arrecadação.   
A perda, no entanto, seria muito maior pelo desestímulo ao empreendedorismo, com reflexos negativos à inovação, à complementaridade e à importante função política e social desse importante segmento da classe média.

Será essa a Reforma pela qual os empresários e a sociedade tanto esperam?  Será para isso que o governo se dispõe a bancar quatro Fundos, que poderão atingir valores extremamente elevados, que, seguramente, serão suportados por todos os contribuintes brasileiros?


Guilherme Afif Domingos
Secretário de Projetos Estratégicos do Estado de São Paulo


Apenas 35% dos brasileiros acreditam ter alcançado a sua independência financeira, aponta pesquisa da Serasa


  • Estudo inédito investiga qual o conceito de independência financeira no país.
  • 77% dos brasileiros se dizem “distantes” da independência financeira.
  • 65% dos que se consideram independentes revelam que a conquista ocorreu entre os 18 e 30 anos.
  • 87% descrevem que a sonhada independência promove uma “sensação de liberdade e segurança”.
  • Entre os sem autonomia, quitar dívidas (41%), conseguir emprego (25%) e conseguir investir (24%) são as principais metas para alcançar a independência.
  • 49% dos consumidores que dependem
  • economicamente de alguém admitem “sentir culpa” pela situação incômoda.

 

No mês em que o Brasil celebra a Independência, a Serasa divulga estudo que traça um diagnóstico da autonomia financeira do brasileiro. Segundo o levantamento inédito produzido pelo Instituto Opinion Box, apenas 35% dos consumidores se consideram independentes quando a pauta trata de finanças pessoais. 

Para os entrevistados, os primeiros passos para alcançar este patamar são conseguir pagar as próprias contas em dia (48%), ter os gastos planejados e organizados (48%) e conseguir pagar as dívidas de forma segura (34%).

 

O caminho para a independência

Ao analisar a pequena parcela de público que se considera independente financeiramente, 44% afirmam que a conquista aconteceu entre os 18 e os 24 anos – para 21%, entre os 25 e os 30 anos, e 5% declaram que já eram independentes financeiramente antes mesmo dos 18 anos. E 46% deste público mais independente admite que a chamada independência os estimulou a contrair dívidas. 

“Os dados mostram que, para a maior parte dos brasileiros, essa sensação de autonomia chega junto com a inserção no mercado de trabalho, uma promoção profissional ou coincide com o período de mudança da casa dos pais”, traduz Thiago Ramos, especialista da Serasa em finanças pessoais. “A chamada independência, por sua vez, demanda cautela e exige cuidados necessários sobre o que fazer com os primeiros salários, como organizar as novas contas básicas e como utilizar a obtenção de crédito da forma mais consciente possível”.

 



 Realidade para poucos, sonho para muitos

Ainda de acordo com o levantamento, 77% dos brasileiros afirmam que a independência financeira é uma “realidade distante” para boa parte da população. Entre aqueles que ainda são dependentes de alguém para arcar com suas despesas, 49% admitem sentir culpa por estar nesta situação, e 43% temem nunca conseguir sair dela. 

Para quem ainda não conseguiu alcançar a almejada independência, metas como quitar as dívidas (41%), conseguir um emprego (25%) e ter um investimento (24%) estão entre as prioridades.

 

 

“A independência financeira precisa de planejamento financeiro, controle do orçamento e informações suficientes para tomar decisões assertivas”, explica Thiago. “Uma planilha ou o bom e velho caderninho de anotação são ferramentas que podem contribuir para a liberdade em relação aos gastos. A Serasa, por exemplo, oferece a funcionalidade ‘Minhas Contas’, que permite a transação de qualquer boleto registrado no CPF do consumidor, auxiliando na organização do orçamento e emitindo alertas antes do vencimento para evitar a inadimplência decorrente desses atrasos”. 

A função gratuita já está disponível no aplicativo da Serasa. Para saber mais sobre os benefícios do Minhas Contas e como habilitar o serviço, acesse: Link.

 

Metodologia

O levantamento contou com 1.200 respondentes (52% mulheres e 48% homens) de todas as regiões do Brasil, de 18 a 60 anos ou mais. Para conferir o relatório completo, acesse: Link. 



Serasa   
www.serasa.com.br
@serasa


Terceira fase da campanha Defensores do Cerrado ressalta a importância das brigadas voluntárias também na educação ambienta

No mês em que é celebrado o Dia Nacional do Cerrado (11/9), ação visa conscientizar a sociedade sobre a importância do trabalho de prevenção a incêndios florestais e do Manejo Integrado do Fogo como estratégia de conservação do biom

Iniciativa também convida empresas e organizações a contribuírem com o trabalho das brigadas voluntárias

Cerrado foi o segundo bioma mais atingido pelas chamas nos seis primeiros meses de 2024, segundo dados do MapBiomas

 

Em setembro, mês em que é celebrado o Dia Nacional do Cerrado (11/9), a terceira fase da campanha Defensores do Cerrado entra no ar para conscientizar a população sobre a importância das brigadas voluntárias, responsáveis por atuar diretamente na prevenção e combate aos incêndios no bioma, além de apresentar o Manejo Integrado do Fogo (MIF) como uma abordagem eficaz na condução do trabalho. A iniciativa é uma realização da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e também convida empresas e organizações a contribuírem com o trabalho dos grupamentos voluntários.  

Segundo maior bioma do Brasil e considerado a savana mais biodiversa do planeta, o Cerrado concentra nascentes das principais bacias hidrográficas que abastecem o país de Norte a Sul, contribuindo significativamente com a segurança hídrica. De acordo com dados do MapBiomas divulgados em julho, o Cerrado foi o segundo bioma mais atingido pelas chamas, com 947 mil hectares incendiados nos seis primeiros meses deste ano –, impacto cerca de 48% maior em comparação com o mesmo período de 2023. A maior parte do fogo ocorreu em áreas de vegetação nativa (72%). A Amazônia registrou a maior área queimada entre os biomas (66% do total atingido pelo fogo no país, com 2,97 milhões de hectares). 

Os números fazem parte do Monitor do Fogo do MapBiomas, mapeamento mensal das áreas queimadas no país, produzido a partir de monitoramento por imagens de satélites e processamento de dados com uso de inteligência artificial. Ainda segundo o MapBiomas, em junho de 2024, o Cerrado foi o bioma que mais registrou áreas queimadas, com aproximadamente 534 mil hectares.  

Diante desse contexto, a campanha Defensores do Cerrado reforça esse alerta com vídeos de “personagens do Cerrado” relatando sobre as potencialidades e riquezas do bioma. A narrativa é construída com base nos relatos de Alessandra Fidelis, bióloga, doutora em Ecologia e professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp); Cecília Gonçalves, artesã, raizeira e coletora de flores secas nativas; Jorge Moreira, líder comunitário da Associação Quilombo Kalunga e agricultor familiar; Rafael Drumond, presidente da Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante (BRIVAC) e diretor do Museu do Fogo; e Renato Santos, fundador do Museu do Fogo. 

A nova fase da campanha está sendo veiculada nas redes da Fundação Grupo Boticário (@fundacaogrupoboticario) e o vídeo completo estará disponível no dia 11, Dia Nacional do Cerrado, no site dos Defensores do Cerrado. Interessados em contribuir com o trabalho dos brigadistas voluntários podem acessar https://defensoresdocerrado.com.br/ para conhecer mais sobre as brigadas e entrar em contato direto para colaborar.

 

O fogo como aliado e ferramenta poderosa 

Apesar dos incêndios continuarem a ser uma das principais ameaças ao Cerrado – ao lado das mudanças climáticas, do uso inadequado do solo e do desmatamento –, o fogo, quando usado de forma controlada e adequada, se torna um aliado e uma ferramenta poderosa na prevenção e combate de incêndios no ambiente savânico. 

“Pode parecer contraditório à primeira vista, mas o fogo natural faz parte da ecologia de diversas espécies. O Manejo Integrado do Fogo (MIF) é uma abordagem pautada na ciência e no conhecimento tradicional que contribui positivamente para reduzir o impacto e a incidência dos incêndios e conservar a biodiversidade do bioma”, explica Mariana Vasquez, gerente da Reserva Natural Serra do Tombador, criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em Cavalcante (GO). 

A relação do Cerrado com o fogo natural é antiga. A evolução do bioma fez com que a região fosse formada por um conjunto diverso de características e particularidades da vegetação, com espécies de plantas tolerantes ou dependentes do fogo. Algumas delas, inclusive, só conseguem se reproduzir quando expostas às altas temperaturas das chamas, como a erva conhecida como cabelo-de-índio (Bulbostylis paradoxa). 

“O Cerrado é uma savana tropical e, como toda savana, é um sistema que pega fogo e evolui na presença dele. Por muito tempo, acreditou-se que o fogo era algo ruim e ele acabou sendo retirado desse ambiente. Isso causou muitos danos, como a ocorrência de grandes incêndios, justamente por conta dessa política de fogo zero”, explica Alessandra Fidelis, bióloga e professora da Unesp.  

Segundo Jorge Moreira, agricultor familiar e líder comunitário da Associação Quilombo Kalunga, em Cavalcante (GO), o fogo controlado pode favorecer as espécies que dependem dele para seu desenvolvimento. “Mais do que uma ferramenta, ele também é um companheiro”, diz. A artesã e raizeira Cecília Gonçalves, natural da Comunidade Quilombola de São Domingos, também em Cavalcante, acrescenta que o fogo e seu uso adequado são bons para o território. “A região aqui é conservada por causa disso”, comenta. 

 

Os defensores do Cerrado 

As brigadas voluntárias são compostas por pessoas extremamente comprometidas com a proteção do seu território e seu entorno. Pessoas com diferentes formações e origens conectadas com o mesmo objetivo: combater incêndios voluntariamente. Juntamente com brigadistas do ICMBio e do PrevFogo/Ibama, elas conseguem chegar mais rápido aos focos de incêndios em áreas naturais, especialmente em locais distantes dos grandes centros urbanos, executando o primeiro combate e evitando que as chamas se alastrem.  

Nesse contexto, a escassez de recursos humanos é uma realidade e tem sido cada vez mais necessária a inclusão e a capacitação de comunidades tradicionais nesses grupos de brigadistas voluntários. Segundo Rafael Drumond, presidente da Brigada Voluntária Ambiental de Cavalcante (BRIVAC), sem a participação dessas pessoas nenhum programa de combate a incêndios poderia funcionar. 

“Lidar com fogo tem sido transformador. Percebemos, não apenas como combatentes, que ele é um elo que nos aproxima das pessoas, em especial das comunidades tradicionais. Elas são a base do Manejo Integrado do Fogo, o que fica mais evidente quando compreendemos a metodologia a fundo”, aponta Rafael. “Já tivemos uma experiência capacitando as brigadas comunitárias do Assentamento Rio Bonito e do Quilombo São Domingos, aqui em Cavalcante, além da comunidade tradicional de São José. É uma forma que temos de descentralizar a informação, por meio da aproximação.” 

Também em Cavalcante, ao norte da Chapada dos Veadeiros, a Reserva Natural Serra do Tombador é espaço para estudos sobre a ecologia do fogo, onde o uso do MIF para mitigar o avanço de incêndios ocorre desde 2020. Na unidade de conservação criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário, desde a adoção da abordagem, foram observadas quedas na recorrência de grandes incêndios. Antes da mudança, quando se fazia na reserva o manejo de aceiros e a política de fogo zero, grandes incêndios ocorriam a cada três anos, apesar de todos os esforços aplicados em ações de prevenção e combate. Chegaram a atingir 50% da área de 8.730 hectares em 2007; 60%, em 2011; 22,7%, em 2014; e 80%, em 2017.  

“Quando iniciamos os trabalhos sob a ótica do MIF, conseguimos quebrar esse ciclo de recorrência de grandes incêndios. Ainda em 2020, o maior incêndio registrado atingiu apenas 5,8% da reserva. Nos anos seguintes, tivemos apenas episódios considerados naturais, provocados por raios. Situações em que o fogo não passou de 0,4% do território. Em 2023, não tivemos registros de incêndio”, explica Mariana Vasquez, gerente da reserva. “Também intensificamos nosso trabalho com pesquisadores, que muito contribuíram para a melhor compreensão da ecologia do fogo, e a nossa atuação com parceiros no território, como a BRIVAC, principalmente no apoio à formação e capacitação de brigadistas e brigadas comunitárias nas comunidades vizinhas.”

 

Museu do Fogo 

O Museu do Fogo, primeira iniciativa do país voltada à educação socioambiental, que apresenta o fogo sob diversas perspectivas, inclusive sua relação com a proteção do Cerrado, tem atraído a atenção dos interessados em conhecer mais sobre a conservação do bioma. Inaugurado em setembro de 2022, o espaço criado a partir da parceria entre a BRIVAC, Instituto S2 e Vila Nômade, já recebeu mais de 2 mil pessoas em Cavalcante. O museu aborda mecanismos de prevenção e controle de incêndios e traz uma experiência multissensorial e tecnológica aos visitantes ao simular o ambiente e os impactos vividos pelos brigadistas durante os combates aos incêndios florestais.  

“Para nós, é muito gratificante quando vemos que estudantes da região, além de visitantes de diversas localidades do país, conhecem o museu e saem impactados com o conteúdo ali consumido. Ouvir o relato de uma criança de cerca oito anos, que fala que não sabia que o fogo não é mau e que aprendeu que pode ele ser algo muito bom, desde que se saiba lidar com ele, nos faz ter certeza de que nosso objetivo foi atingido, pelo menos no que diz respeito à educação ambiental”, diz Renato Santos, fundador do Museu do Fogo. 

Além de instrumento de conscientização, o Museu do Fogo visa atender outras importantes demandas locais, como a geração de receita para a manutenção das brigadas voluntárias e o fortalecimento da atividade turística.

 

Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
www.fundacaogrupoboticario.org.br
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Maioria dos profissionais brasileiros está insatisfeita com o salário atual, revela pesquisa global Michael Page  

   Maior remuneração é o principal objetivo dos que procuram emprego no Brasil 

 

A insatisfação com a remuneração influencia diretamente os profissionais brasileiros a procurarem novas oportunidades de emprego. É o que aponta o estudo global Talent Trends, da Michael Page, uma das maiores consultorias especializadas em recrutamento de executivos. Segundo a pesquisa, 52% dos colaboradores do Brasil estão insatisfeitos com o salário atual, superando as médias da América Latina (50%) e global (42%).

“O salário continua sendo a prioridade dos profissionais ao aceitarem uma nova oportunidade ou se candidatarem a uma vaga. Cada vez mais é fundamental que as empresas ofereçam pacotes salariais competitivos e alinhados com as expectativas demandas pelo mercado de trabalho”, afirma Lucas Oggiam, diretor-executivo da Michael Page.

  


Metade dos brasileiros classificam o salário como o principal aspecto ao considerarem uma nova oportunidade de trabalho. Segundo o levantamento, 50% dos respondentes do Brasil definem a remuneração como prioridade, ficando atrás da média da América Latina (58%).

 


Os dados fazem parte da pesquisa global Talent Trends 2024, um dos estudos mais abrangentes sobre profissionais e o mercado de trabalho, realizado em novembro e dezembro de 2023, em 37 países. Ele conta com a participação de aproximadamente 50 mil profissionais em todo o mundo, que atuam em empresas de diferentes segmentos e portes. O objetivo desse levantamento é alinhar as diferentes expectativas de profissionais (salários competitivos, flexibilidade e aspectos da cultura organizacional) e empresas (que sofrem pressões externas de um mercado de trabalho dinâmico).   

A pesquisa também procurou entender como as empresas enxergam a demanda dos profissionais por salários mais altos. Das organizações brasileiras respondentes, 56% consideram o salário o fator mais importante para atrair candidatos, superando a média global (53%) e ficando atrás da América Latina (62%). 

“Para alinhar as expectativas dos profissionais por um maior pacote de remuneração, as organizações precisam criar estratégias de retenção e programas de reconhecimento que ofereçam novas oportunidades e promovam o desenvolvimento e um bom ambiente de trabalho. Novos bônus e programas de incentivo também são soluções eficientes para aumentar a motivação da equipe. É importante garantir que os ajustes salarias sejam alinhados à inflação, gerando um acréscimo real nos ganhos dos colaboradores”, conclui o diretor da Michael Page. 

 

Os extremos da democracia nas Américas

 

Após mais de dois anos de conflitos internos, a Convenção Nacional do Partido Democrata dos Estados Unidos, realizada na última semana, foi um evento que, embora pareça meramente formal, desempenha um papel crucial na política americana. Tradicionalmente, as convenções partidárias eram o momento em que o partido escolhia oficialmente seu candidato presidencial. No entanto, com a evolução do processo eleitoral e a primazia das primárias, essa escolha é, na prática, feita com meses de antecedência. Assim, a relevância da convenção não está mais na escolha do candidato, mas em outros aspectos.

Entre as razões que destacam a importância de eventos como o que vimos na semana passada está a unificação dos partidos políticos. Mesmo que o candidato já seja conhecido, é essencial reunir todas as alas do partido em torno de uma mensagem comum e criar uma frente unida contra o candidato adversário. Foi exatamente isso que vimos com os discursos do casal Obama, do casal Clinton e do próprio presidente Joe Biden em apoio a Kamala Harris.

Mais do que isso, as convenções são momentos de alta visibilidade na mídia, sendo transmitidas em rede nacional e amplamente cobertas pela imprensa. Esse alcance massivo é utilizado para mobilizar o eleitorado, não apenas os membros do partido, mas também os eleitores independentes e os indecisos. Discursos emocionantes, como os de figuras de destaque e da própria candidata, são cuidadosamente elaborados para inspirar e motivar os eleitores a se engajarem na campanha e a comparecerem às urnas.

A convenção também é um momento para o partido reafirmar sua identidade e os valores que defende. Em um cenário político polarizado, como o dos EUA, a convenção serve para cristalizar a oposição entre as visões de mundo dos dois principais partidos, o que é essencial para a dinâmica eleitoral.

Enquanto isso, em outro ponto do continente americano, a recente decisão da Suprema Corte da Venezuela de proibir a divulgação das atas da eleição que supostamente deu vitória a Nicolás Maduro reflete as complexidades políticas e institucionais do país, onde a democracia se deteriorou a ponto de não mais existir.

De acordo com o Democracy Index da Economist Intelligence Unit (EIU), a Venezuela está classificada como um regime autoritário. O índice, que avalia a democracia em várias dimensões, incluindo processos eleitorais, liberdades civis e funcionamento do governo, coloca a Venezuela na posição mais baixa da América Latina. Esse declínio acentuado está ligado a eleições contestadas, repressão à oposição e controle estatal sobre o judiciário e a mídia.

A decisão da Suprema Corte deve ser vista à luz do controle que o Executivo exerce sobre o Judiciário na Venezuela. Instituições que deveriam ser independentes são frequentemente usadas para legitimar decisões do governo, minando a confiança pública. A proibição de divulgar as atas eleitorais, documentos fundamentais para a transparência do processo, reforça a percepção de que as eleições não foram livres nem justas.

Enquanto países como Uruguai e Costa Rica são consideradas democracias plenas, com alta transparência e processos eleitorais confiáveis, a Venezuela se assemelha mais a regimes autoritários que manipulam as eleições para manter o poder. Essa situação também é refletida no índice da Freedom House Index, que classifica a Venezuela como "Não Livre", indicando severas restrições às liberdades políticas e civis.

A não divulgação das atas serve como um indicador de um estado que se distancia cada vez mais das práticas democráticas reconhecidas internacionalmente. A longo prazo, essa falta de transparência pode consolidar um regime autoritário e dificultar qualquer tentativa de transição pacífica pós-Maduro.


João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray


Como Atualizar a Gestão Empresarial para Resultados Rápidos e Eficientes em 2024


Em 2024, a modernização digital se consolidou como um imperativo para empresas que buscam não apenas sobrevivência, mas crescimento e eficiência. A transformação digital está reformulando a gestão empresarial, tornando essencial a adoção de tecnologias avançadas e a atualização contínua das equipes. Implementar mudanças digitais de forma eficaz pode ser a chave para o sucesso em um mercado altamente competitivo e em constante evolução.

A inteligência artificial (IA) se tornou uma ferramenta indispensável na modernização das empresas. Segundo um estudo da McKinsey, empresas que adotam IA têm 50% mais chances de aumentar suas receitas e 40% mais chances de reduzir seus custos em comparação com suas concorrentes que não utilizam essas tecnologias. A IA, com suas capacidades de automação e análise de dados, permite que as empresas operem com maior eficiência e respondam rapidamente às mudanças do mercado. Renan Kaminski, sócio e CMO da 4blue, comenta: “A integração da inteligência artificial na gestão empresarial melhora a eficiência e ajuda na tomada de decisões. A adoção estratégica da IA é fundamental para manter a competitividade e a agilidade no mercado.” A automação de processos, por exemplo, pode reduzir o tempo de execução de tarefas rotineiras em até 30%, permitindo que os colaboradores se concentrem em atividades de maior valor agregado.

Para aproveitar ao máximo as novas tecnologias, é crucial que as equipes estejam constantemente atualizadas e capacitadas. Um relatório da Gartner indica que empresas que investem em formação contínua de suas equipes têm 35% mais chances de implementar tecnologias digitais com sucesso. Em um cenário onde as ferramentas e técnicas evoluem rapidamente, a formação contínua e o treinamento são essenciais para maximizar os benefícios da digitalização. Kaminski destaca: “Manter a equipe atualizada é vital para a implementação bem-sucedida das tecnologias digitais. Uma equipe bem treinada pode utilizar ferramentas modernas para melhorar processos, reduzir erros e alcançar melhores resultados mais rapidamente.” Programas de treinamento regulares e a promoção de uma cultura de aprendizado são fundamentais para garantir que as equipes possam lidar com novas ferramentas e métodos de trabalho.

As redes sociais desempenham um papel crucial na modernização digital, proporcionando uma plataforma para comunicação rápida e feedback imediato. De acordo com um estudo da HubSpot, empresas que utilizam redes sociais para interagir com seu público têm 20% mais chances de aumentar sua base de clientes. Elas ajudam as empresas a se conectar com seu público e a adaptar suas estratégias de acordo com as necessidades e preferências dos clientes. Kaminski ressalta: “As redes sociais são um canal essencial para as empresas modernas. Elas permitem uma interação direta com os clientes e oferecem uma visão em tempo real das tendências e necessidades do mercado. Utilizar essas plataformas de forma estratégica pode aumentar a eficácia e a relevância da empresa.” A capacidade de responder rapidamente ao feedback dos clientes e adaptar as estratégias de marketing com base nas tendências emergentes é um fator chave para manter a relevância no mercado.

Enquanto a modernização digital oferece muitas oportunidades, também apresenta desafios significativos. A integração de novas tecnologias pode ser complexa e a gestão da mudança organizacional requer uma abordagem cuidadosa. Segundo um estudo da Deloitte, 70% das iniciativas de transformação digital falham devido à falta de uma estratégia clara e à resistência à mudança. Kaminski observa: “A transformação digital traz oportunidades significativas, mas também exige uma abordagem cuidadosa para a integração de novas tecnologias e a adaptação da equipe. Superar esses desafios pode resultar em melhorias substanciais na eficiência e na competitividade da empresa.” As empresas precisam desenvolver estratégias de mudança que incluam comunicação eficaz, treinamento adequado e suporte contínuo para garantir uma transição bem-sucedida para novos sistemas e processos.

A modernização digital é essencial para a gestão empresarial em 2024, oferecendo a capacidade de melhorar a eficiência, responder rapidamente às mudanças e alcançar resultados mais eficazes. Com a integração da inteligência artificial, a atualização contínua das equipes e o uso estratégico das redes sociais, as empresas podem se adaptar e prosperar em um ambiente digital em constante evolução. A chave para o sucesso está na capacidade de adotar e integrar tecnologias digitais de forma eficaz, mantendo as equipes capacitadas e alinhadas com as demandas do mercado.


Eficiência operacional e jornada do cliente ganham impulso com IA nos seguros


A associação do uso da Inteligência Artificial (IA) com o ganho de eficiência operacional está em voga entre empresas e negócios de diversos nichos do mercado. O setor de Seguros não é exceção e os ganhos já começam a aparecer para as organizações que abraçam com ênfase a tecnologia que está no centro das estratégias em todo o mundo. 

O Processamento de Linguagem Natural (PLN) afeta significativamente para aumentar a eficiência operacional das seguradoras, especialmente na análise de documentos, permitindo a identificação de informações chave e a interpretação de contextos e nuances que influenciam as decisões de cobertura e sinistros. 

Estudos de caso e implementações recentes, revelam que o uso dessas tecnologias reduz o tempo de processamento de sinistros em até 30%, ao mesmo tempo em que aumenta a precisão nas estimativas de custos. Ainda internamente, a IA pode ajudar a otimizar outros processos, como: 

·        Alocação de recursos;

·        Gestão de equipes;

·        Automação de processos administrativos, como agendamento e coordenação;

·        Melhoria da eficiência operacional geral. 

Na área dos dados, algoritmos de machine learning podem identificar padrões de comportamento suspeitos, como múltiplas reivindicações ou informações inconsistentes, ajudando a prevenir fraudes e reduzir custos desnecessários. De quebra, essa mesma análise de dados históricos e em tempo real ajuda a prever tendências de mercado e ajustar as estratégias de negócios de formas preditiva e proativa. 

Os benefícios da IA para as operações já foi há muito visto pelo setor bancário e financeiro de maneira geral, mas ainda começa a ganhar tração no mercado segurador. As vantagens quanto aos custos e eficiência também permitem aumentar a produtividade dos colaboradores, permitindo também o desenvolvimento de novos produtos e serviços, algo fundamental em um cenário de forte concorrência. 

Se para dentro os ganhos são nítidos, eles ainda são mais claros para as seguradoras quando pensados para cada um de seus clientes. A utilização da IA em assistentes virtuais e chatbots permite responder a perguntas frequentes, auxiliar na contratação de seguros e acompanhar o status de sinistros, liberando os colaboradores para tarefas mais complexas. 

Com uma comunicação cada vez mais personalizada, um suporte mais robusto e uma solução de problemas mais ágil, a satisfação dos clientes será impactada de forma decisiva, auxiliando na fidelização e ganhos de receita. A IA Generativa, utilizando os dados de clientes satisfeitos, pode desenvolver ainda produtos e serviços mais adequados às suas necessidades, aumentando a taxa de conversão e a retenção. 

Até mesmo a reclamação de um cliente insatisfeito pode ser impactada pela IA nas seguradoras. Sistemas de decisão automatizados são capazes de analisar grandes volumes de queixas, categorizando e priorizando casos com base em critérios predefinidos. Essa estratégia facilita uma resolução mais rápida e eficiente de reclamações. 

De olho em novos negócios, executivos do setor buscam otimizar a IA para além, lançando-a em processos como a análise de riscos, partindo de uma grande quantia de dados para identificação e prevenção de riscos. Este é um uso que vai impactar consideravelmente seguros de ordem climática, como visto na recente tragédia que assolou o Rio Grande do Sul. 

Análises produzidas pela IA ainda podem gerar preços mais personalizados e justos ao cliente final, e métricas importantes do outro lado do balcão, quando executivos possam consultar esses dados para dar suporte a decisões estratégicas, com insights importantes gerados pela tecnologia e que impactem processos melhor geridos. 

Contudo, a implementação de soluções baseadas em IA não está isenta de desafios. A privacidade dos dados surge como uma preocupação primordial, exigindo que as seguradoras estabeleçam processos rigorosos para proteger as informações dos clientes. Além disso, a supervisão humana continua sendo essencial para corrigir e validar as decisões automatizadas, especialmente para evitar o risco de viés algorítmico que pode surgir de conjuntos de dados desbalanceados ou preconceituosos. 

Estamos diante de uma transformação que apenas se inicia no setor de Seguros, cada vez mais eficiente, personalizado e inovador. Ao aproveitar o potencial da IA, as seguradoras podem se adaptar às novas demandas do mercado e oferecer uma experiência cada vez melhor aos seus clientes, de maneira eficiente e com custos reduzidos. E à frente dos seus rivais.

 

Rubens Macedo - Business Vice President da GFT Technologies no Brasil


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