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sábado, 15 de junho de 2024

Romance na firma: boas condutas devem nortear namoro entre colegas de trabalho


 Relacionamentos amorosos que florescem no ambiente de trabalho podem apresentar desafios e pontos positivos


As costuras entre vida profissional e pessoal podem ganhar contornos complexos quando um universo se mistura ao outro em arranjos de maior intimidade. Entre uma tarefa e outra, um bolo para celebrar o aniversário de um colega, uma pausa para o café na copa e confraternizações em datas especiais, amizades florescem, casais se formam e relacionamentos extra-trabalho se consolidam. Na vida adulta, o local de trabalho, frequentemente, se materializa como um dos principais espaços de descoberta e manutenção de laços afetivos. Não é de se estranhar: habitualmente, trabalhadoras e trabalhadores passam nele mais de 40 horas semanais de suas vidas.

Segundo um levantamento da Sociedade para Gestão de Recursos Humanos (SHRM) dos Estados Unidos, 49% dos trabalhadores norte-americanos revelaram ter tido um “crush” por alguém no trabalho no último ano; 21% tiveram um encontro com colega de trabalho, enquanto 11% deram “match” com colegas em aplicativos online de namoro.

Ainda de acordo com a SHRM, as relações no local de trabalho contribuem para resultados positivos, incluindo motivação, sentimento de pertencimento e compromisso com a empresa. Dados da organização apontam que 74% das pessoas entrevistadas que já tiveram relacionamentos amorosos no contexto profissional afirmaram que a relação valeu a pena.
 

Direito à privacidade e à intimidade

A pesquisa da SHRM também revela que a maioria da classe trabalhadora norte-americana (64%) não acredita que as organizações devam ter políticas que proíbam romances no ambiente profissional. No entanto, 78% acham que as empresas deveriam fornecer orientações sobre como lidar com essa situação.

Para o ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho, todas as pessoas têm direito à preservação da intimidade da vida privada, ou seja, do resguardo à indiscrição alheia – direito inviolável, nos termos do artigo 5º, inciso XI, da Constituição.

“A invasão presencial ou virtual da vida privada da pessoa, de seu relacionamento familiar, do tipo de amizades que mantém e dos lugares que frequenta ensejam a caracterização de dano moral”, afirma. “O mesmo ocorrerá se houver interferência ou proibição do relacionamento íntimo com pessoa que trabalhe na mesma empresa, tentativas de coibir as preferências sexuais do empregado ou atos atentatórios à liberdade de associação”.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também não especifica regras relacionadas diretamente a relacionamentos amorosos entre colegas de trabalho. Muitas organizações, porém, adotam políticas internas sobre a questão, que pode esbarrar em conflitos de interesse, assédio sexual e má conduta profissional. Essas políticas variam de uma empresa para outra, mas buscam, primordialmente, a criação e a manutenção de um espaço de trabalho saudável e profissional.
 

Boas práticas

Para a advogada de compliance Késsya Curvo, o ideal é que as organizações elaborem e divulguem amplamente seus códigos de conduta. “Não há uma proibição legal ou constitucional para relacionamentos entre colegas, mas um comportamento ético deve ser adotado por todos da organização, especialmente por quem ocupa cargos mais altos e é porta-voz da imagem e responsável por divulgar e zelar pelo comportamento ético da empresa”, alerta.

A advogada reforça que, no caso de cargos de alto nível, como presidência e vice-presidência, a depender do cenário e da gravidade do desvio ético, é cabível, inclusive, demissão por justa causa. “Um porta-voz tem obrigação de conhecer e representar o ideal da imagem ética da organização. Logo, se o código de conduta prevê, por exemplo, que não deve haver relacionamento amoroso entre chefia e subordinado ou subordinada de um mesmo setor, o descumprimento e a falta de comunicação poderá ser considerado uma falta ética grave. Nestes casos específicos, pela própria natureza do cargo, é possível que a penalidade seja conduzida com mais rigidez”, observa.

Já no caso dos demais cargos, Késsya avalia que, em geral, basta o relacionamento amoroso ser reportado ao setor de Recursos Humanos. “É uma boa prática que reforça a intenção de transparência e a boa condução das atividades profissionais, evitando, por exemplo, conflitos de interesse e má gestão de processos internos”, pontua.
 

Casais podem tirar férias juntos

Recentemente, a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou a pretensão da Empresa de Gestão de Recursos do Estado do Piauí S/A (Emgerpi) de excluir uma cláusula do dissídio coletivo que previa a concessão de férias conjuntas a casais de empregados.

De acordo com a cláusula, a empresa deveria conceder férias conjuntas ao casal empregado da empresa, “no mesmo período ou em outro, a critério dos interessados, desde que requisitado por eles". Ao examinar o recurso da empresa, o colegiado apenas excluiu do texto a previsão de que as férias seriam concedidas “a critério dos interessados”, uma vez que a decisão sobre as férias é ato do empregador, e não exclusivamente dos empregados.

A relatora, ministra Maria Cristina Peduzzi, lembrou que, ao julgar recurso do dissídio anterior (2020), a SDC já havia decidido que a cláusula prevendo as férias conjuntas apenas reforça um dever já previsto na lei. A reprodução da norma da CLT na sentença normativa amplia a segurança jurídica nas relações de trabalho e não extrapola os limites do poder normativo.


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Silvia Mendonça - CF


Constelação familiar: 5 lições valiosas sobre a série Bridgerton

Sucesso da Netflix, psicanalista Ana Lisboa traz ensinamentos importantes de auto aceitação e relacionamento

 

O sucesso da série Bridgerton continua em destaque com a chegada da segunda parte da 3ª temporada exibida pelo streaming da Netflix, que estreia no próximo dia 13 de junho. Nestes episódios, a estrela é Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e quem acompanha a trama desde o início sabe que agora, Penelope aparece esbanjando autoconfiança em uma transformação de visual e evolução da personagem como um todo. 

Mas, a história não fomenta somente romances e figurinos esbanjando cores e glamour. Ela traz lições a serem observadas e entendidas por toda a vida, de uma forma leve e extrovertida, assim como destaca a psicanalista e terapeuta sistêmica Ana Lisboa em 5 grandes ensinamentos do enredo. Confira!


1. Não se compare!

Foi perceptível algumas mudanças de Penelope ao longo dos capítulos, se comparado às temporadas anteriores. A personagem, desde o início, é caracterizada pela timidez, apaixonada por livros e nos bailes da cidade, passava praticamente despercebida, aos cantos dos grandes salões, sem atrair olhares para um possível casamento. Diante disso, a psicanalista faz uma análise da personagem diante da sua realidade dentro da série. Ana comenta que a timidez, a vergonha e os inúmeros problemas de aceitabilidade de Penelope estão inteiramente relacionados a vida que ela leva desde a primeira temporada. 

“A Penelope sempre viveu em um ambiente que moldou a sua personalidade e ela passou a acreditar nisso, principalmente, por ser vista ‘fora dos padrões visuais’ do que outras mulheres naquela época. Além de apresentar fortíssimos problemas com a sua mãe, que a comparava com suas irmãs, com suas amigas, a deixando sempre para baixo”, destaca a psicanalista. Apesar disso, nesta terceira temporada, a personagem evolui, em diversos aspectos e surpreende por sua postura clara de auto aceitação, principalmente, no último capítulo da primeira parte.


2. Use suas melhores roupas

É comum deixar aquela roupa especial guardada somente para certos momentos. A psicanalista lembra que em Bridgerton todos os dias parecem especiais em bailes, encontros ou em um simples passeio no parque. Todos os personagens estão incrivelmente vestidos e Ana reforça a importância disso em todos os momentos de nossa vida. “Usar nossas melhores roupas precisam sempre estar no check list semanal. Isso mostra o nosso valor, nos representa, e nos sentimos melhor por isso. Penelope, nesta terceira temporada muda o seu visual, de cores, modelos e até de cabelo, e não esconde essa mudança em nenhum momento”, comenta a terapeuta.


3. Descubra o seu hobbie!

A personagem, por mais tímida e retraída que seja, ao mesmo tempo, esconde um grande segredo de ser a mente por trás de Lady Whistledown, uma colunista “fofoqueira” da cidade. Penelope consegue impressionar a todos da série com sua escrita impecável e fofocas exclusivas em cada folhetim publicado. As temporadas também giram em torno na descoberta de quem poderia ser essa tal de Lady, e por Penelope sempre passar despercebida, esses palpites nunca foram voltados a ela. “Quando movemos o corpo para alguma ação, esporte ou hobbie no geral, automaticamente estamos movendo nossa mente. Fazendo um bem a nós mesmos. Claro que Penelope, sendo a Lady, também tem suas peculiaridades e mentiras durante a trama, mas a mensagem é muita clara: tenha sempre um hobbie, um caminho para completar o seu dia”, comenta Ana Lisboa.


4. Aprenda a dançar sozinha

Para não perder nenhuma música. Penelope viveu sua vida, nas duas primeiras temporadas, sozinha. Contando com a amizade de Eloise Bridgerton, mas sem nenhum grande amor. Nesta terceira temporada, ela retorna empenhada a encontrar um parceiro. Protagoniza momentos engraçados em busca desse par ideal, mas no final - da primeira parte - fica muito claro quem é seu verdadeiro amor: Colin Bridgerton (Luke Newton). Ele inclusive, no início desta temporada, ajuda Penelope a ser mais ‘sedutora’ com os homens e tenta auxiliá-la nessa missão. “Não tente procurar nos outros o que muitas vezes você já tem em si mesma. Na hora certa, alguém vai entrar no seu ritmo e dançar a música com você”, completa a psicanalista.


Colin e Penelope
Divulgação @bridgertonnetflix


5. ‘Se veja GRANDE!’ 

“A forma como você se vê molda quem você é e como os outros te veem, então se veja grande!”, pontua a especialista. A série valoriza Penelope pelo que ela é. Destaca sua inteligência e coragem em vários aspectos, e retrata sua auto aceitação, individualidade preciosa e uma grande inspiração ao longo da temporada. “Acredito que a mensagem seja essa: se permitir ser vista. Penelope diz muito isso pra nós, sobre encontrar a cada etapa uma nova versão e revelar isso. Nós não somos o que falam, o que acreditam, então melhor do que ser reconhecida é se reconhecer”, finaliza Ana. 



Ana Lisboa - Líder do maior movimento de Feminino e Mentalidade do Mundo, Ana Lisboa é especialista em construção de comunidades e terapias sistêmicas, sendo pioneira em grandes movimentos na história das Constelações Familiares, tanto no Brasil como na Europa. Atualmente, após impactar milhões de vidas em suas redes sociais e possuir uma comunidade de mais de 30 mil alunas em 27 países, Ana ensina mulheres a usarem sua potência máxima para conquistarem dignidade e liberdade. Professora, Palestrante, Advogada, Empresária, mestranda em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Lisboa, especialista em Direitos das Mulheres, com quase uma década de aprofundamento nos conhecimentos sistêmicos, é fundadora do Movimento Feminino Moderno e CEO do Instituto Conhecimentos Sistêmicos.
https://www.instagram.com/analisboa/


Exercite o amor: Por que treinar a dois pode ser benéfico para a saúde e relação

Professora da Bio Ritmo também indica exercícios para os casais
 

Criar e manter o hábito de praticar alguma atividade física é essencial para cuidar da saúde física e mental.Mas além do benefício individual, essa prática, quando feita em conjunto, pode beneficiar o relacionamento. De acordo com um estudo publicado pela National Institutes of Health, os casais que treinam juntos desenvolvem maior cumplicidade e afeto, melhorando o relacionamento como um todo. 

Camila Braido, professora de ginástica e aulas coletivas, da Bio Ritmo, marca fitness rede de academias high end, endossa os benefícios dos treinos em dupla: “Seja com um HIIT, corrida, pilates, danças, crossfit, yoga, ciclismo, o treino a dois oferece uma oportunidade de construir laços ainda maiores, fortalecendo relações e proporcionando um espaço seguro para compartilhar experiências, desafios e conquistas”. No espírito do Dia dos Namorados, cinco benefícios de treinar junto com o seu par romântico:
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1. Melhora da comunicação e a conexão emocional

Praticar a comunicação em momentos de estresse é uma ótima oportunidade para aprender a vocalizar suas emoções e dar opiniões sem discutir ou brigar. Além de exercitar a comunicação não-verbal, uma forma de comunicação que não depende de palavras e fortalece a conexão emocional, o nível de segurança e proximidade do casal.
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2. Aumenta a motivação

Ter alguém para te incentivar a treinar melhor, para impedir de ser vencido pela preguiça e comemorar as conquistas é maravilhoso! E, quando isso é uma via de mão dupla, a tendência é que os treinos sejam mais produtivos, mais frequentes e mais intensos.
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3. Tempo de qualidade

Com tanto trabalho, estudo e compromissos, aproveitar um tempo de qualidade com a pessoa amada é um desafio da modernidade. Por isso, o treino é uma oportunidade para vocês estarem juntos aproveitando mais a companhia um do outro!
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4. Melhora a performance no treino

A presença de alguém que te apoia afeta a sua capacidade de fazer uma atividade positivamente. Com um aumento da produção de energia e a velocidade, mesmo que você não perceba.
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5. Diminui o estresse e aumento o bem-estar

O exercício físico já é um ótimo remédio no combate ao estresse, por liberar hormônios que oferecem a sensação de bem-estar. Porém, ao estar acompanhado, a sensação é ainda melhor, pois tem alguém para te motivar e conversar, fazendo com que se sinta menos solitário e o treino seja ainda mais dinâmico. 

Camila explica que a companhia pode ser um incentivo e tanto para contrariar as estatísticas, deixar o visual em dia e fazer um programa a dois ótimo para saúde, “aspas”.
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A seguir, a professora lista quatro exercícios para fazer a dois:

 

  1. Retrocesso Alternado com 10 repetições em cada perna

Este exercício é ideal para quem deseja fortalecer de forma completa glúteos, pernas e panturrilha. Ao treinar em dupla ele exige uma maior força e coordenação para execução, sendo necessário compreender e entender o parceiro para uma melhor execução.

 

  1. Prancha Alta com toque alternado 10 repetições em cada braço

A prancha é um exercício que trabalha todos os membros e ajuda a fortalecer os músculos do core, que envolvem os glúteos, abdome, parte inferior das costas e oblíquos. Para deixar o exercício mais interessante, bata palmas com a sua dupla, logo você trabalha ainda mais a coordenação motora, deixando o treino mais dinâmico. 

 

  1. Abdominal Remador 15 a 20 repetições

Para continuar trabalhando os músculos do core, o abdominal remador em dupla ajuda a deixar o exercício mais animado. De frente com a sua dupla, busque levantar com a força do seu abdômen até alcançar a mão da sua parceira “Assim vocês conseguem se incentivar mutuamente, fazendo tudo ficar mais prazeroso”, comenta Camila.

 

  1. Corrida Joelho Alto 20 segundos alternando com 20 segundos de agachamento isométrico.
Por fim, a corrida com o joelha alto combinada com o agachamento isométrico faz com que você trabalhe um exercício cardiorrespiratório, fortalecendo o quadríceps e as articulações do joelho, mais a promoção do ganho muscular nas regiões do glúteo, lombar, quadríceps e o abdômen.     ‍

 

Bio Ritmo


Neuropedagoga discute sobre a saúde mental dos professores responsáveis por alunos neuro divergentes

Segundo dados de 2023, 75% dos professores no Brasil lidam com problemas psicológicos


A saúde mental dos professores que trabalham com crianças neuro divergentes é um tema urgente que necessita de maior atenção. Esses profissionais enfrentam desafios únicos e intensos, frequentemente resultando em altos níveis de estresse, ansiedade e outras questões psicológicas.

Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga e diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação, empresa que visa oferecer conhecimento para profissionais da educação e pessoas envolvidas no desenvolvimento infantil nas áreas cognitivas, comportamentais, afetivas, sociais e familiares, apresenta dados importantes para dar visibilidade a essa discussão.

Em sua palestra no evento EXPO TEA 2024 (Exposição Internacional sobre Autismo), a especialista revelou que, segundo uma pesquisa do G1, em média, 112 profissionais da Educação foram afastados diariamente das escolas estaduais devido a transtornos e doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade e crises de pânico. Em 2022, o Ministério da Educação (MEC) mostrou que cerca de 94% dos professores regentes não têm formação continuada em Educação Especial - uma modalidade da Educação Básica inclusiva, destinada a pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Com sua experiência, Mara Duarte afirma: "A falta de suporte para a saúde mental desses profissionais impacta diretamente a qualidade da educação e o bem-estar dos alunos neuro divergentes. Professores emocionalmente saudáveis proporcionam um ambiente mais harmônico na sala de aula."

Pensando em soluções práticas, a especialista complementa: "Hoje, eu trabalho de forma integral e sistêmica, abordando corpo, alma e espírito, pois entendemos que somos seres integrais e sistêmicos. É preciso encontrar estratégias de autorregulação que tragam paz e prazer, seja através do descanso ou da atividade física. É essencial evitar viver no piloto automático da vida, o que, na maioria das vezes, leva ao adoecimento."

A saúde mental dos professores que cuidam de crianças neuro divergentes é um tema crucial que necessita de ação imediata. Políticas públicas eficazes, incentivo ao autocuidado e educação contínua são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida desses profissionais e, consequentemente, o ambiente educacional.




Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Neuroeducação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse instagram.com/maraduartedacosta.



Rhema Neuroeducação
https://rhemaneuroeducacao.com.br/


10 aplicativos não convencionais para todos os tipos de apaixonados

Quem nunca baixou um aplicativo de relacionamento e não deu certo no final que atire a primeira pedra. Veja uma lista com 10 apps diferentes de tudo que você já viu

 

Você sabia que existem diversas plataformas de relacionamentos por aí que fogem daquilo que estamos acostumados? Muito se fala sobre Tinder, Bumble e Badoo, mas, com o passar do tempo, outras opções de aplicativos foram criadas, inclusive com propostas mais segmentadas e específicas para diferentes públicos.

 

Por exemplo, é possível encontrar sites destinados a relacionamentos entre pessoas negras, adultos com mais de 50 anos, universitários e até para veganos e vegetarianos. Ficar de fora do universo romântico está fora de cogitação, por isso acompanhe abaixo uma lista de TOP 10 aplicativos diferentes para você explorar:


 

1. Denga Love

 

Com a frase “Amor negro, carinho e chamego”, o aplicativo de relacionamento Denga Love garante novas conexões especialmente entre pessoas negras. Ele foi criado em outubro de 2022 pelo empresário Fillipe Dornellas e já conta com mais de 112 mil usuários, aproximadamente 15% pagantes.

 

O site utiliza elementos e características da cultura afro-brasileira como seu diferencial, então ele explora as palavras para deixar a experiência ainda mais exclusiva. Por exemplo, quando o interesse surge entre dois usuários, eles “dão chamego” (o famoso “match” em outros apps).


 

2. Me Pega

 

O aplicativo Me Pega foi pensado para pessoas que sabem o que querem e vão direto ao ponto. Desenvolvido em 2008, possui ferramentas diferentes que têm chamado a atenção dos usuários, principalmente para aqueles que entram já com um objetivo em mente.

 

Ao se cadastrar, você escolhe um apelido para ser chamada no app, ou seja, não precisa usar o seu nome verdadeiro e é possível manter o anonimato para aquelas pessoas que você não tem interesse. Além disso, logo no início é feito um teste de personalidade e um registro de características suas e da pessoa que você deseja encontrar.

 

Com isso, o Me Pega recomenda perfis de pessoas que se encaixam nas suas escolhas, trabalhando com um sistema de compatibilidade que aproxima interesses e atributos em comum. Tem coisa melhor do que já ter opções assertivas a sua disposição?


 

3. Solteiros50

 

Quem disse que pessoas solteiras mais velhas não têm oportunidade de amar novamente? Pois é, mais de 760 mil usuários do aplicativo Solteiros50 comprovam que o amor não tem idade.

 

Seguindo a mesma logística de cadastro do Me Pega, o Solteiros50 preza pelo anonimato e pela coleta de informações sobre os interesses dos usuários, como o traço de personalidade, estilo de vida, qualidades e questões mais pessoais e introspectivas.

 

Para conversar com outras pessoas, não é necessário o uso do “match” nesse app, pois a curtida é só um elemento para romper a tensão do primeiro contato, sendo enviada automaticamente uma mensagem que diz: “Olá, gostei da sua foto do perfil! Adoraria te conhecer melhor”.


 

4. Fiorry

 

Este é um aplicativo destinado exclusivamente para pessoas transexuais conhecerem pessoas novas longe do preconceito e da discriminação. O Fiorry tem como inspiração o aplicativo do Tinder, portanto, o layout pode parecer familiar e fácil de interagir.

 

A plataforma tem o princípio de acolher essas pessoas, por isso não é permitido o uso de palavrões e nem qualquer tipo de insulto voltado ao gênero, raça ou orientação sexual. Também preserva o poder de escolha e permite que o perfil fique oculto para certos grupos de pessoas, além de decidir quais solicitações serão aceitas.


 

5. Veggly

 

O Veggly foi fundado em 2019 no Reino Unido pela startup brasileira Similar Souls, do engenheiro de computação Alex Felipelli. É um aplicativo de relacionamentos para pessoas veganas e vegetarianas encontrarem parceiros com os mesmos princípios e estilos de vida.

 

Muitas pessoas com essas ideologias têm dificuldades de conhecer parceiros(as) que as aceitem e vivam da mesma forma. Devido ao grande sucesso, foi desenvolvido nos EUA e no Brasil e já conta com mais de 1 milhão de usuários que assinam o app e compram moedas digitais que permitem mais vantagens no uso, como uma quantidade maior de curtidas.


 

6. Dateability

 

Um dos aplicativos mais recentes da lista, o Dateability foi criado em outubro de 2022 e é a primeira plataforma de relacionamentos gratuita para pessoas com deficiência e doenças crônicas. Atualmente, conta com mais de 11 mil usuários e é um ambiente seguro e inclusivo para diversas pessoas que sofrem com preconceitos e dificuldades de encontrar perspectivas semelhantes.


 

7. Lex

 

A plataforma Lex é voltada majoritariamente para pessoas queer (que não se identificam com nenhum gênero ou orientação sexual), mas também se encaixa para lésbicas, gays, bissexuais e trans explorarem. Nela, é possível conversar, participar de eventos, marcar encontros e entrar em grupos com outras pessoas que possuem interesses em comum.


 

8. Umatch

 

O aplicativo para universitários, o Umatch, foi criado em setembro de 2020, pelo empresário Bruno Adami que percebeu a necessidade dos estudantes da faculdade de encontrar pessoas com propósitos semelhantes. Com mais de 500 mil usuários, o app oferece a função de filtro por universidade e por curso, questionários sobre a vida acadêmica e a agenda de eventos – afinal, é muito útil para ir já acompanhado por alguém da plataforma. Para participar, é necessário provar que é universitário.


 

9. Shy Passions

 

O Shy Passions é um site gratuito de relacionamento, seja amoroso ou não, focado em facilitar a forma de comunicação do público introvertido e tímido. Possui uma interface simples e fácil e proporciona um espaço de conexão com pessoas que entendem exatamente como você é e o que você passa nas diversas relações.


 

10. Lefty

 

Quem diria que nos tempos atuais veríamos um aplicativo para pessoas com o mesmo posicionamento político. Esse é o Lefty, voltado para apoiadores do viés esquerdista que não querem ser pegos de surpresa no meio de um encontro ao descobrir que a outra pessoa é de direita. O site foi lançado no Brasil em agosto de 2022, devido a polarização política que o país estava vivenciando, e já possui mais de 100 mil downloads nas lojas de aplicativos.



Os Desafios da Maternidade na Vida da Mulher Moderna

 

A mulher moderna, com suas múltiplas atribuições, enfrenta desafios significativos ao tentar conciliar os papéis de mãe, profissional, esposa, filha, amiga e tantas outras relações. Considerando os vários papéis que desempenha, as perguntas que surgem são: como dar conta de tudo? Onde ficam os cuidados com sua saúde e bem-estar?

 

A autocobrança é frequentemente um inimigo da qualidade de vida. Em um mundo acelerado e repleto de informações, o desejo de “abraçar o mundo” pode ser avassalador. Historicamente e culturalmente, as mulheres sempre estiveram na posição de acolher, cuidar e superar-se para mostrar seu valor. Este artigo busca refletir sobre a capacidade das mulheres de exercerem diversas funções e como elas conseguem conciliar os variados papéis no dia a dia.

 

"Nasceu uma mãe, nasceu uma culpa! É o clichê mais verdadeiro que existe. Por mais que eu tente buscar equilíbrio, sempre estou em falta com alguém ou alguma coisa. Seja no âmbito profissional porque não estou crescendo como deveria, seja no pessoal porque meu filho dormiu sem escovar os dentes ou porque ele passou mais tempo nas telas enquanto eu precisava terminar alguma coisa ou até mesmo para conseguir tomar um banho.

 

Nessa busca intensa de ser uma Mulher Maravilha que dá conta de tudo, aprendi a relaxar. Nem tudo sairá como eu gostaria, e está tudo bem! A Lelê jantar uma pizza um dia da semana não me faz ser menos mãe, assim como não responder a todos os WhatsApps e e-mails de trabalho na hora não me faz menos competente. O equilíbrio está em levarmos a vida com leveza e saber quais são as prioridades de cada dia." - destaca Elle Ferraz, mãe, apresentadora e empreendedora.

 

Por maiores que sejam os avanços, persistem desafios significativos no cotidiano. Diferenças salariais relacionadas ao gênero ainda representam um grande obstáculo. A valorização desigual entre os trabalhos de homens e mulheres reflete uma divisão socialmente construída que precisa ser desconstruída.

 

A chegada de um segundo filho inevitavelmente transforma a dinâmica familiar, especialmente o relacionamento com o primogênito. O malabarismo para dedicar atenção ao filho mais velho é um grande desafio para equilibrar a nova rotina com um recém-nascido. A dúvida sobre estar fazendo a coisa certa e a culpa por não estar disponível para os filhos a todo momento são sentimentos frequentes entre as mães. O impasse é ainda maior quando se tenta conciliar a maternidade com atividades pessoais e profissionais.

 

"A chegada de um segundo filho escancara ainda mais esse malabarismo que vivemos e mostra o quanto não temos controle de absolutamente nada, por mais planejado que seja. Por mais tranquilo que seja e por mais que tenhamos uma rede de apoio, o bebê demanda muito da mãe. E a culpa materna vem com tudo. 

 

Uma coisa que tenho feito aqui em casa é aproveitar enquanto o bebê dorme para fazer coisas com a Helena, como assistir a um filme, jogar algum jogo de tabuleiro que ela ama, e, nos dias que consigo, levá-la e buscá-la da escola. Conversamos muito em família sobre essa fase que demanda mais, mas é passageira.

 

Já com a vida profissional, apesar de não ter parado, o ritmo está bem mais lento. Afinal, a prioridade agora é minha família." - destaca Elle Ferraz.

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que apenas 54,6% das mães com filhos pequenos estão empregadas, comparado a 89% dos homens. Além disso, as mulheres gastam pelo menos 50% mais tempo em cuidados com a casa e os filhos do que os homens. Apenas 37% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres.

 

A desconstrução da visão de que a mulher é apenas mãe após o parto é necessária. As mulheres precisam de liberdade para viverem sua individualidade sem julgamentos. A licença-maternidade, por exemplo, é significativamente mais longa que a licença-paternidade, o que reforça a mulher como principal cuidadora. Essa dinâmica afeta também casais e famílias homoafetivas, mostrando que a questão é socialmente construída e não natural. É essencial que os homens também participem ativamente desse processo, pois as mulheres ficam sobrecarregadas. 

 

"Ser mãe é o meu melhor emprego! Rsrs. Amo cada minuto com meus pequenos, mas isso não quer dizer que não seja cansativo e desafiador. Apesar de hoje falarmos um pouco mais sobre os desafios da maternidade, ainda existem muitos tabus sobre o assunto. Ser mãe é a maior responsabilidade e o maior projeto de vida, afinal, estamos criando seres humanos para o mundo, e o resultado de todo esse trabalho implicará em um mundo melhor ou pior." - finaliza Elle Ferraz.

 

A maternidade é desafiadora no mundo contemporâneo e exige uma dinâmica cansativa de gerenciamento do tempo na vida das mulheres. Elas enfrentam uma luta constante para conciliar carreira, família e autocuidado. Reconhecer a importância da rede de apoio e a necessidade de políticas públicas mais eficazes são passos fundamentais para melhorar a qualidade de vida das mães e promover uma sociedade mais justa e igualitária. Para enfrentar esses desafios, é necessário que todos, independentemente de gênero, colaborem e apoiem as mudanças positivas, construindo uma sociedade que valorize igualmente os esforços de todas as pessoas.

 

 

Camila Ferreira



Bullying Corporativo: consequências e medidas preventivas


O bullying no ambiente de trabalho é um problema crescente que afeta a saúde mental e a produtividade dos funcionários. Definido como um comportamento persistente e repetitivo que visa humilhar, intimidar ou prejudicar um indivíduo, o bullying pode se manifestar de várias formas, incluindo assédio verbal, psicológico, intimidação e sabotagem profissional. De acordo com pesquisas, cerca de 30% dos trabalhadores experienciam algum tipo de bullying durante suas carreiras, resultando em sérios impactos tanto para as vítimas quanto para as organizações.

 

A psicóloga Soraya Lopes detalha as diversas facetas do bullying no ambiente de trabalho e sugere estratégias para sua prevenção e combate. "O bullying não apenas afeta a vítima, mas também toda a organização, reduzindo a produtividade, aumentando o absenteísmo e criando um clima de medo e desconfiança", explica Soraya.

 

Os sinais de que um funcionário pode estar sofrendo bullying incluem mudanças de comportamento, redução na produtividade, afastamentos frequentes e sintomas físicos como dores de cabeça e insônia. Soraya destaca que os impactos podem ser profundos, levando a depressão, ansiedade, estresse crônico e até síndrome de burnout.

Para combater o bullying, Soraya sugere a implementação de políticas claras, treinamentos regulares, canais de denúncia e apoio psicológico. "É essencial que as empresas estabeleçam um ambiente onde os funcionários se sintam seguros para denunciar e buscar ajuda", diz a psicóloga.

 

Além dos impactos individuais, o bullying no ambiente de trabalho pode comprometer a eficácia das equipes e a reputação da empresa. Um ambiente tóxico desencoraja a colaboração e a comunicação aberta, elementos essenciais para a inovação e resolução de problemas. "Quando os funcionários temem represálias ou humilhação, a confiança é corroída e a moral da equipe cai significativamente", observa Soraya. Essa atmosfera negativa pode levar a uma alta rotatividade de funcionários, o que aumenta os custos com recrutamento e treinamento de novos colaboradores.

 

Soraya também enfatiza a importância da liderança na criação de um ambiente de trabalho saudável. "Os líderes têm um papel crucial em modelar comportamentos respeitosos e em estabelecer uma cultura de zero tolerância ao bullying", afirma. Ela sugere que os gestores recebam treinamento específico para identificar e lidar com situações de bullying, promovendo um ambiente inclusivo e solidário. Além disso, incentiva a adoção de programas de bem-estar que abordem a saúde mental, oferecendo recursos como sessões de terapia e workshops sobre resiliência e gestão de estresse. "Ao investir no bem-estar dos funcionários, as empresas não apenas previnem o bullying, mas também cultivam um ambiente onde todos podem prosperar", conclui a psicóloga.

 

Procedimentos estéticos: professor do curso de Saúde Estética explica quais cuidados o paciente deve tomar ao escolher o local e o profissional adequado

Observação de protocolos faz a diferença para a segurança do paciente e busca de resultados positivos em atendimentos estéticos

 

A diferença entre expectativa e realidade pode se transformar em um pesadelo ao se tratar da escolha errada de uma clínica de estética sem condições básicas de funcionamento ou estar na mão de um profissional sem formação prática e/ou técnica. Em muitas situações, o resultado pode ser a deformação e até mesmo a morte, como o caso que aconteceu recentemente em São Paulo, quando um empresário faleceu após a aplicação de ácido fenol em seu rosto por uma pessoa sem habilitação.


O professor do curso de Pós-graduação em Estética Avançada do Centro Universitário São Camilo, Eduardo Latorre, alerta sobre a importância da qualificação e experiência prática dos profissionais de estética e reforça a relevância de o paciente selecionar com cuidado se quem irá fazer o procedimento possui qualificação comprovada. Além disso, ele explica que “as clínicas devem cumprir algumas exigências, como ter alvará de funcionamento em dia e documentação expedida pela fiscalização da Vigilância Sanitária”, por exemplo.


Esses documentos podem ser encontrados no site das prefeituras municipais, bem como nos dos Conselhos de classe, como o de Biomedicina, Farmácia, Enfermagem e Biologia.


Ele explicou que as clínicas também devem estar situadas em uma região onde existam hospitais e ter CNPJ ativo. Tanto as empresas como os profissionais que lá atuam devem estar preparados para possíveis intercorrências e seguir protocolos de segurança, como ter conhecimentos de primeiros socorros e possuir medicações básicas, como antialérgicos. “O paciente também deve ter ciência do serviço a ser realizado e receber um termo onde são explicitados os possíveis riscos aos quais se submeterá, como manchas na pele, cicatrizes e queimaduras e também se o procedimento pode eventualmente oferecer risco de vida”, informou.

Os profissionais da Saúde não médicos que atuam nessa área precisam ter especialização e estarem ativos no respectivo Conselho para realizar procedimentos estéticos. “Médicos e odontólogos também necessitam ter especialização e cadastro em seus respectivos Conselhos para realizar procedimentos estéticos. Não basta ter graduação”, afirmou o professor e doutor Eduardo Latorre.

 

Riscos e expectativas – O professor do da Pós-graduação em Estética Avançada do Centro Universitário São Camilo também alerta que o paciente deve estar bem informado sobre o tipo de procedimento que pretende fazer e saber se está em condições físicas para tal. “Nem todos os profissionais são habilitados para realizar procedimentos invasivos, que são aqueles que atingem camadas de órgãos por cavidades, neste caso, apenas cirurgiões plásticos e dentistas com especialização em Harmonização Facial estão aptos. Os demais não têm competência para executar essas cirurgias”, explicou.


“No caso do ácido fenol existem protocolos para seu uso e a aplicação da forma concentrada não é autorizada pela Anvisa para uso estético. Ele acomete camadas profundas da pele e só pode ser aplicado em forma atenuada ou baixa por profissional com pós-graduação de carga horária mínima de 1 ano e com estágio obrigatório. Além desse procedimento, preenchimentos, aplicação de toxina botulínica (Botox) ou peelings devem ser aplicados por profissionais liberados por suas entidades de classe”, disse.


Segundo o professor Latorre, o profissional deve se atentar aos desejos do paciente e fazer a anamnese para investigar o caso clínico, observar a disfunção estética e, uma vez que elucidada essa situação, chegar ao melhor procedimento até onde a sua modalidade profissional permite. Caso seja avaliado que apenas com um procedimento menos invasivo ou atenuado não haverá resultado satisfatório, é necessário encaminhar para cirurgião plástico ou odontólogo especializado.



‘Dependência emocional: quando o amor cruza os limites saudáveis’


O amor é uma parte essencial das relações humanas, proporcionando apoio, conexão e satisfação emocional. No entanto, existe uma linha tênue entre um amor saudável e uma dependência emocional prejudicial. Quando o amor ultrapassa os limites adequados, pode se transformar em uma armadilha emocional, levando a uma série de consequências negativas para o indivíduo e o relacionamento como um todo. 

A dependência emocional é um fenômeno complexo que ocorre quando um indivíduo se torna excessivamente dependente de outra pessoa para validar sua autoestima, segurança e identidade, ultrapassando os limites de um relacionamento saudável. Nesse contexto, o amor deixa de ser uma experiência de troca equilibrada e se torna uma fonte de necessidade constante de aprovação e validação do outro. Quando isso acontece, a pessoa se vê incapaz de funcionar de forma independente e passa a basear sua própria felicidade e bem-estar emocional exclusivamente no parceiro. 

Estudos mostram que a dependência emocional pode afetar significativamente a saúde mental e física dos indivíduos envolvidos. Pesquisa realizada pela Universidade de Granada indicou que 15% das pessoas em relacionamentos amorosos apresentam sinais de dependência emocional severa. Além disso, um estudo publicado no Journal of Personality and Social Psychology revelou que a dependência emocional está fortemente correlacionada com baixa autoestima, ansiedade e depressão. 

Essa condição pode ter várias consequências negativas, tanto para o indivíduo quanto para o relacionamento. A perda de identidade e a vulnerabilidade a relacionamentos abusivos são algumas delas. Além disso, a dependência emocional pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, devido à constante busca por aprovação e ao medo de abandono. 

A pressão para manter uma imagem de felicidade e de um relacionamento bem-sucedido, pode levar indivíduos a um comportamento obsessivo, como o "stalking" nas redes sociais. Esses comportamentos não apenas desgastam a relação, mas também podem levar a uma deterioração da saúde mental do dependente. Segundo a American Psychological Association (APA), cerca de 40% dos casos de ansiedade em adultos estão ligados a problemas de relacionamento, incluindo a dependência emocional. 

Outro fator crucial é o impacto da dependência emocional no desenvolvimento pessoal. A codependência pode inibir o crescimento individual e a capacidade de tomar decisões autônomas. Estudos de psicologia do desenvolvimento indicam que indivíduos que crescem em ambientes onde a dependência emocional é prevalente tendem a reproduzir esses padrões em suas próprias vidas adultas, perpetuando um ciclo de comportamentos disfuncionais. 

Embora o amor seja uma parte fundamental da experiência humana, superar a dependência emocional requer autoconhecimento, estabelecimento de limites saudáveis, desenvolvimento de independência emocional e, em alguns casos, apoio profissional. Reconhecer os sinais de dependência emocional e buscar ajuda adequada são passos essenciais para recuperar a autonomia e construir relacionamentos mais equilibrados e satisfatórios.




Débora Macedo - psicóloga clínica, social, do desenvolvimento e cognitiva, com especialização em psicologia do esporte e neurociência. Organiza workshops para educadores e treinadores, e oferece terapia de casal e familiar, focando na resolução de conflitos e na melhoria das relações interpessoais (CRP: 06/59693-5).


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