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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Ortopedista dá dicas para adultos não sofrerem com dores

 Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular diminuem a sintomatologia

 

Conforme a idade avança, as queixas de dor física também crescem. Um incômodo que não cessa, seja na lombar, no joelho ou até mesmo nos dedos das mãos, é o suficiente para acender algumas luzes de alerta. As condições ortopédicas em adultos remontam à saúde de modo geral, tendo como os principais desafios manter o corpo com flexibilidade e resistência muscular. 

“Algumas das condições mais comuns que aparecem de acordo com a idade são artrite, artrose, tendinite, bursite e osteoporose. Todas essas inflamações tendem a aparecer a partir dos 40 anos, intensificando-se aos 60, quando a pessoa é idosa e o corpo produz menos substâncias e vitaminas que podem ajudar a frear esse desenvolvimento”, explica Dr. Sergio Xavier, especialista em ortopedia e traumatologia esportiva do Hcor. 

Ainda de acordo com o especialista, é possível diminuir a sintomatologia de tais condições com exercícios específicos para cada caso. “Por exemplo, costumamos tratar a artrose com movimentos funcionais das juntas, diminuindo assim o uso de remédios e melhorando o estado geral do paciente. Já com a artrite, como o surgimento ainda é desconhecido, são recomendadas fisioterapia e terapia ocupacional, assim que for diagnosticada, além da melhora do condicionamento físico e de exercícios de flexibilidade”, aponta. 

Algumas dessas doenças podem requerer o uso de medicamentos anti-inflamatórios para serem combatidas, mas o tratamento deve ser realizado sempre com orientação, após um diagnóstico preciso, por meio de exames e histórico do paciente. Dr. Xavier ressalta também que os exercícios de alongamento são muito importantes para qualquer uma das condições, afinal, ajudam em longo prazo e reduzem as dores. 

“Outro ponto que devemos frisar é que nada é milagroso e some de um dia para o outro. Se a pessoa possui uma dor que só piora, é imprescindível que ela passe em consulta com um ortopedista ou reumatologista para um diagnóstico precoce. É muito mais fácil tratar essas inflamações quando elas ainda estão em fases iniciais. Às vezes, em situações extremas, os casos são revertidos apenas com cirurgia”, reforça.

A orientação segue uma base: os cuidados com o corpo e com a alimentação são chaves para uma vida com menos dor após os 40 anos, além de nunca negligenciar os sintomas, sejam eles fortes ou não.

 

Hcor

 

Casos de Dengue disparam e teste molecular é solução para detecção precisa e ágil do vírus

Com resultados em 1h30, o TaqMan Arbovirus Triplex Kit detecta os 4 sorotipos da Dengue, além de Zika e Chikungunya


 
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A Thermo Fisher Scientific, líder mundial na área de ciência e biotecnologia, aponta que em meio a um cenário alarmante de aumento exponencial nos casos de dengue no Brasil, uma solução inovadora se destaca para fortalecer os laboratórios na detecção precisa e ágil desses vírus. O TaqMan Arbovirus Triplex Kit é uma ferramenta molecular estratégica que detecta os quatro sorotipos virais da Dengue de forma indiferenciada, além dos vírus da Zika e Chikungunya também. De fácil implementação, seus resultados saem em apenas 1h30. 

Soluções moleculares de testagem mostram-se fundamentais nos laboratórios uma vez que dados recentes apontam o número crescente de casos de dengue no Brasil. Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o Brasil já passa de 4,7 milhões de casos prováveis de dengue em 2024. Além disso, foram confirmadas mais de 2,5 mil mortes causadas pela doença. O coeficiente de incidência de dengue no país é de 2.347 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. 

O novo kit foi projetado pensando em atender regiões remotas e de difícil acesso, uma vez que sua apresentação é na forma liofilizada, o que dispensa cadeia refrigerada para transporte e armazenamento. Além disso, o kit possui validade de até 3 anos, podendo ser estocado de maneira estratégica para atender prontamente aos novos surtos e epidemias das arboviroses mais frequentes. 

Soluções customizadas também estão disponíveis para a definição da sorotipagem diferenciada entre DENV-1, 2, 3 e 4, o que colabora para entender a dinâmica da disseminação do vírus e implementar estratégias de controle mais direcionadas. Além disso, vale ressaltar que a detecção precoce e eficiente contribui para a saúde e o bem-estar da população.

Entenda como funciona a Slow Medicine, a medicina com calma


O paciente entra no consultório, o médico faz algumas poucas perguntas, mede a pressão, preenche as guias de exames e pronto. Em menos de 10 minutos a consulta está terminada.‏‍

Se você já foi ao médico e teve a sensação de que a consulta foi rápida demais, saiba que você não está sozinho. Assim como em uma rede de fast-food, onde a comida é preparada com agilidade e entregue o mais rápido possível ao consumidor, em consultas rápidas, o médico atende o maior número de pacientes por dia, como se fosse uma linha de produção. ‎   ‏‍

O contrário dessa correria é a chamada Slow Medicine (medicina sem pressa na tradução literal). Saber ouvir o paciente e ter parcimônia na prescrição de exames e tratamentos é o princípio fundamental desse tipo de medicina.

 

Slow Medicine

O cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha explica que Slow Medicine, na tradução literal, é medicina sem pressa. Porém, o conceito vai muito além disso. Inspirado no movimento Slow Food (Comida Sem Pressa), que vai na contramão dos Fast-foods (Comidas Rápidas), a Slow Medicine surgiu no início dos anos 2000 e tem como objetivo a construção de laços entre médico e paciente. 

“A construção de laços estreitos e duradouros com os pacientes nasce a partir de uma vivência mais próxima, acolhedora e transparente. Essa é uma das bases da minha atuação profissional na busca pela cura, que vai além do paciente em si, permeando a esfera da família e de toda a sua comunidade”, explica Fábio Rocha. ‎   ‏‍

Doenças podem causar muito mais do que apenas sintomas físicos. Normalmente elas também abalam o emocional do paciente e acabam envolvendo parte da família no processo de cura. Compreender tudo isso ajuda no diagnóstico e tratamento. ‎   ‏‍

Fábio conta que é necessário saber ouvir as queixas, mas também explicar detalhadamente o que está acontecendo e quais os próximos passos do tratamento, seja ele com medicamentos ou cirúrgico. ‎   ‏‍

“Deixar o paciente seguro com as informações do que ele tem e o que será feito é fundamental para estreitar o vínculo com ele e com a família. Quando ele se sente seguro, as chances de concordar em seguir com o tratamento aumentam”, diz. 

O desconhecido causa uma certa aflição. Entretanto, quando se compreende o que se tem, a gravidade, o tratamento proposto e não resta nenhuma dúvida, o paciente fica mais confortável e confiante para seguir adiante. 

Saber ouvir e saber explicar leva mais tempo, e, por isso, a consulta tende a ser mais demorada do que aquela mais “convencional”. 

“Não existe um tempo estabelecido no relógio. A consulta leva o tempo que tiver que levar. Cada paciente tem seu tempo, e cabe ao médico saber compreendê-lo e respeitá-lo”, conta o médico.
 
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Exames na medida certa

Outro ponto a ser considerado na Slow Medicine são os exames que o paciente terá que fazer. “Em alguns casos, médicos acabam pedindo uma quantidade grande de exames. Isso gera estresse no paciente. Na Slow Medicine, serão pedidos apenas aqueles exames que forem relevantes para o tratamento”, fala o cirurgião vascular. 

Todavia, Fábio ressalta que a Slow Medicine não é contra exames. “A Slow Medicine pede parcimônia com os exames. Peça apenas o que for necessário, nada de excessos.”

 

De igual para igual

Na Slow Medicine, o médico não pode se colocar em uma posição acima do paciente, como se estivesse em um pedestal, explica Fábio. 

“Você tem que se colocar em uma mesma posição. Com isso o paciente estará aberto para conversar, para ouvir e entender. Você não está lá para falar apenas o que tem que ser feito. Quando o médico sabe ouvir com paciência e atenção, isso gera uma confiança muito maior. É mais fácil o paciente aderir ao tratamento dessa forma”, conta o médico. ‎   ‏‍

Mesmo depois de ter ouvido toda a explicação do médico, se o paciente não desejar prosseguir com o tratamento, cabe ao médico respeitar a vontade dele e propor uma alternativa para o problema. “Se o paciente precisa de uma cirurgia e não deseja fazer, o médico tem que respeitar a vontade dele e sugerir um tratamento paliativo, para minimizar o sofrimento”, explica Fábio.
 
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Família

O envolvimento de algum familiar da confiança do paciente no tratamento e na consulta é fundamental para ajudar no estreitamento de laços com o médico. “Quando o paciente vai a uma consulta junto de alguém em que confia, ele se sente mais seguro. Eu, como médico, acolho pacientes e família. Isso também faz parte da Slow Medicine”, diz. 

Fábio Rocha completa dizendo que hoje dedica os dias para conhecer melhor cada paciente. “Entendo suas histórias, motivações e emoções. Porque é essa escuta ativa que constrói uma relação de respeito e confiança entre médico e paciente”, diz o médico.

 

Fábio Rocha - angiologista e cirurgião vascular oferece um atendimento humanizado, eficaz e altamente especializado. Formou-se em Medicina, em 2002, na USP (Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto) e, posteriormente, fez a residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas, de Ribeirão Preto. Em 2005, ingressou na especialidade que exerce até hoje: Angiologia e Cirurgia vascular. ‏‍Desde 2018, desenvolve um trabalho de extrema importância junto ao SUS em diversas cidades do estado de São Paulo e também no Espírito Santo, Bahia e Amapá. Esse projeto transforma vidas, devolvendo a saúde, a dignidade e a qualidade de vida a inúmeros pacientes. Bastante reconhecida no meio médico, essa iniciativa vem ganhando visibilidade cada dia mais e já vem sendo realizada em outros estados do Brasil.


Como minimizar doenças vindas do contato com água da enchente

Dermatologistas indicam cuidados importantes para se proteger contra doenças de pele devido contato com enchentes.


As dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Dra. Camila Dezanetti e Dra. Viviane Scarpa fazem recomendações importantes para todas as pessoas atingidas por enchentes. 

No Rio Grande do Sul, tivemos uma tragédia que já vai para a terceira semana de resgates, acomodações em abrigos e transporte de recursos para quem necessita. Nas últimas semanas as chuvas fortes também causaram alagamentos no Recife e em Maceió. 

As médicas pedem que a população procure desviar das doenças transmissíveis pela água. "Os traumas e ferimentos nos membros durante as enchentes aumentam a contaminação da água e, assim, a ocorrência de infecções de pele", informa a Dra. Camila. 

Por isso, ela pede que, após o contato com a água de enchente, as pessoas limpem e desinfetem as áreas afetadas por essa água: não só a pele, mas os ambientes, utensílios, móveis e outros objetos. "Ferva a água antes de beber e despreze alimentos que tiveram contato com a enchente. Use a solução de hipoclorito de sódio na concentração de 2,5% próprios para diluição em água para ajudar na desinfecção dos ambientes e alimentos", recomenda. 

A Dra. Viviane complementa orientando a população a sempre procurar abrigo, primeiro de tudo. "Quando isso não for possível, usar sacos plásticos, botas de plástico de cano alto, luvas de borracha, calças e blusas e mangas longa ao ter contato com a água". 

As médicas listam as principais doenças transmitidas por água de enchente e os sintomas correspondentes: 

- Leptospirose: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular, falta de apetite, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse, manchas na pele, aumento do fígado e/ou baço, e linfonodos; 

- Hepatite A: urina escura, pele e olhos amarelados, febre, dores no corpo, falta de ar, falta de apetite, náuseas, vômitos e fadiga; 

- Tétano: ferida na pele que serve como porta de entrada para a bactéria, seguido por espasmos musculares característicos; 

- Micoses: descamação na pele, coloração avermelhada ou esbranquiçada, com ou sem prurido (coceira). 

As médicas orientam que, quem tiver condições, deve manter atualizada sua condição vacinal, para assegurar a saúde. 

 


Dra. Camila Baioni Garcia Dezanetti - CRM Pr 30216 | RQE 15558. Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiai (FMJ). Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Pós- graduação pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Professora do curso de Medicina da Universidade de Pato Branco (Unidep). Pós- graduação em doenças do cabelo e couro cabeludo STAFF do curso para médicos COSMIATRY FOR DOCTOR.

Dra. Viviane Scarpa - CRM 118.129-SP | RQE 30.536 - Médica Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2004. Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2009. Pós-Graduação em Nutrologia pela ABRAN em 2017. Curso de Extensão em Tricologia pela Tricomed em 2019. Tem consultório na cidade de São Paulo desde 2010.


SBD-RS alerta para crescente número de casos de pediculose (piolho) em meio às cheias no RS

Dermatologistas voluntários da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) estão atuando em diversos pontos de acolhimento das vítimas levando medicação e oferecendo atendimento gratuito aos desabrigados

 

O aumento expressivo de casos de pediculose, popularmente conhecida como piolho, está sendo observado nos abrigos e pontos de acolhimento que abrigam milhares de famílias desalojadas.

"A situação exige uma atenção especial, pois em ambientes de aglomeração e com condições precárias de higiene, como os abrigos, a propagação da pediculose pode ocorrer rapidamente", destaca a presidente da SBD-RS, Rosemarie Mazzuco.

O tratamento com Permetrina é a primeira opção e deve ser realizado com lavagem do cabelo apenas com shampoo; remover o excesso de água com a toalha; aplicar a medicação no couro cabeludo, incluindo nuca e atrás das orelhas, deixando agir por 2 horas e enxaguar. Repetir o tratamento após 7 dias. Passar pente fino para remoção das lêndeas, com mistura de água e vinagre (meio a meio em um copo) a cada 2 dias. Este tratamento é seguro para gestantes e crianças a partir de 2 meses. Em casos em que o paciente não responda ao tratamento com permetrina, a SBD-RS sugere alternativas como Ivermectina oral ou Dimeticona 4% loção, conforme orientação médica.



Cuidados importantes a serem observados pela população e voluntários

  • É indispensável não fazer o compartilhamento de escovas e pentes, pois isso aumenta a chance de transmissão da doença.
  • Evite aplicar o produto em cabelos muito úmidos, pois isso pode diluir o medicamento.
  • Caso identifique casos de pediculose em locais onde o tratamento não esteja disponível, entre em contato com a entidade para auxílio.

 


Marcelo Matusiak
SBD-RS - Sociedade Brasileira de Dermatologia
Redação: PlayPress Assessoria e Conteúdo / Revisão: Dra. Valéria Rossato


Maio é o mês de conscientização da Neuropatia Periférica: Especialistas compartilham 3 pontos mais relevantes sobre a doença

 

 Doença pode causar formigamento, dormência e dor nas extremidades. Diagnóstico precoce pode garantir tratamento adequado e melhora na qualidade de vida do paciente

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Maio é o mês da conscientização da neuropatia periférica, uma condição causada por danos nos nervos e que normalmente acontece pela falta de nutrição das vitaminas do complexo B: B1, B6 e B12.
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A neuropatia perif
érica, na maioria das vezes, surge como uma condição secundária ao diabetes, sem causas claramente identificáveis, o que torna seu diagnóstico ainda mais específico. Segundo dados divulgados pelo IDF (International Diabetes Federation), estima-se que mais de 17 milhões de pessoas no Brasil tenham o diagnóstico de diabetes e a prevalência segue aumentando.    ‍

A P&G Health, a divisão de cuidados de saúde da P&G na América Latina, é parceira oficial da Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), com quem trabalha de mãos dadas para gerar educação e conscientização sobre a Neuropatia Periférica. A P&G Health, por meio de sua divisão de Cuidados com os Nervos, tem se esforçado há mais de 70 anos para gerar educação e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce da diabetes e a complicação da Neuropatia Diabética Periférica.
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Al
ém do diabetes, outros grupos de risco podem sofrer com a neuropatia periférica: pessoas idosas, pessoas que realizaram a cirurgia bariátrica, além de pacientes com outras comorbidades e doenças crônicas. Pessoas vegetarianas e veganas também podem ter deficiência no complexo das vitaminas Bs, nutrientes essenciais, cuja falta também pode ser associada à doença.
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Sintomas

Aqueles que sofrem de neuropatia periférica descrevem seus sintomas nas fases iniciais como sensações de dormência, dor e/ou formigamento. “A neuropatia periférica começa com sintomas que mal são notados nas mãos e nos pés e que podem mudar, piorar ou se tornar mais dolorosos e que causam um impacto significativo na qualidade de vida, à medida que a doença progride. Por isso é importante que as pessoas saibam identificar os sintomas e procurem um médico o quanto antes”, afirma Dr. Márcio Krakauer, médico endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes

 

Diagnóstico

De acordo com estudos recentes**, a neuropatia periférica diabética é a complicação mais comum a longo prazo, afetando até 80% dos pacientes com diabetes e sua prevalência aumenta com a duração desta doença. “Até 50% dos pacientes com neuropatia periférica podem ser assintomáticos. E entre os pacientes que apresentam sintomas, 13% não relatam esses sintomas ao seu médico. O diagnóstico dessa doença continua sendo um dos maiores desafios O mais importante é que a doença seja diagnosticada precocemente, antes que haja dano definitivo aos nervos.”, reforça Dr. Krakauer.

 

Prevenção

Há muitas pessoas que estão em grupos de risco e que podem desenvolver a Neuropatia Periférica, mas é possível minimizar o aparecimento de alguns sintomas da doença por meio da suplementação com vitaminas B1, B6 e B12 e do controle adequado de alguns outros fatores de risco. “É muito relevante que as pessoas saibam identificar os sintomas e procurem um médico o quanto antes”, afirma Dr. Márcio. Além disso, é importante manter hábitos de vida saudáveis como boa alimentação e rotina de sono.

 


P&G Health


*INTERNACIONAL DIABETES FEDERATION, Diabetes in Brazil, 2021, Disponível em Acesso em: 2/5/2024.
**Lee PY, Hani SS, Cheng YG, et al. The proportion of undiagnosed diabetic peripheral neuropathy and its associated factors among patients with T2DM attending urban health
clinics in Selangor. Malays Fam Physician. 2022;17(1):36-43
*** 2. Tang Y, Weiss T, Liu J, et al. Metformin adherence and discontinuation among patients with type 2 diabetes: A retrospective cohort study. J Clin Transl Endocrinol. 2020;20:100225.


Entenda o que é e como tratar e se prevenir da erisipela, doença que provocou nova internação de Jair Bolsonaro

Doença infecciosa na pele é causada por bactérias e pode atingir até mesmo os vasos linfáticos e trazer diversas complicações se não for tratada


O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado no início de maio por conta de uma erisipela, doença que ele já havia tratado em novembro de 2022. Mas afinal, o que é essa doença? A dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isis Veronez Minami, explica que a erisipela é uma doença infecciosa da pele causada por bactérias patogênicas que pode atingir a gordura (tecido celular subcutâneo) e os vasos linfáticos. Sua ocorrência é mais comum em idosos, diabéticos e pessoas que possuem a imunidade comprometida.

A doença, porém, não é contagiosa. “Sua transmissão ocorre por meio de uma bactéria patogênica que entra em contato com a pele, geralmente por dermatoses (como micose entre os dedos dos pés - as famosas frieiras ou micoses das unhas) ou por machucados”, explica ela.

Os principais sintomas incluem inchaço na perna acometida, vermelhidão, calor e dor no local, além de sintomas sistêmicos como febre, mal-estar, calafrios, até náuseas e vômitos. Em alguns casos podem surgir até mesmo bolhas e úlceras na pele.

O diagnóstico da doença é feito com exame físico e histórico clínico do paciente. “Exames complementares são necessários em alguns casos, como ultrassom para descartar outros problemas (como trombose venosa) e exames de sangue para verificar outras comorbidades e complicações”, detalha. Embora os dermatologistas, cirurgiões vasculares e infectologistas sejam os especialistas que podem tratar as doenças, o clínico geral em um pronto socorro também pode fazer o diagnóstico adequado e realizar o tratamento imediato.

Para se prevenir é importante ter cuidados com os pés, que são a principal porta de entrada da bactéria. “Tratar micoses, mesmo que assintomáticas, com acompanhamento do dermatologista é essencial, assim como evitar traumas e machucados no local”, resume a especialista.

A dermatologista ainda ressalta que é importante tratar a erisipela o quanto antes para evitar as complicações como úlceras e linfedema (que pode persistir mesmo depois do tratamento da bactéria), deixando a perna persistentemente inchada e endurecida. “O tratamento consiste na utilização de antibiótico oral ou endovenoso a depender de cada caso. Também é necessário realizar medidas de cuidados locais como repouso, analgésicos, e tratar a porta de entrada quando identificado (como micoses por exemplo)”, finaliza a médica. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


Mês das Mães: apenas 17% das mulheres que enfrentam rotina dupla dormem sem dificuldades

 

Especialista elenca os principais impactos de uma noite mal dormida na saúde da mulher


Países como o Brasil, EUA, Alemanha, Canadá e Islândia são alguns dos que comemoraram o Dia das Mães no segundo domingo de maio, mas como anda a saúde das mães que vivem uma rotina dupla? Em uma pesquisa realizada pela Alice, plano de saúde para empresas que faz a gestão proativa de seus membros, avaliou a qualidade da saúde do sono das mulheres no Brasil: 20,5% das mulheres relataram sentir com frequência dificuldade para dormir, enquanto 3,4% alegaram sempre ter essa dificuldade – em ambos os casos, a causa era o trabalho. No total, apenas 17,1% afirmaram não sentirem nenhuma dificuldade por conta da rotina profissional.

Outro estudo importante corrobora com esses achados: realizado em um município do interior do Estado de São Paulo o ,“Subjective sleep quality before and during the COVID-19 pandemic in a Brazilian rural population”  descobriu que, durante a pandemia do Covid-19, nas famílias que estavam em quarentena, as mulheres tiveram uma piora na qualidade do sono, enquanto os homens da mesma família não apresentaram os mesmos sinais.

“Embora mulheres estejam mais atentas à sua saúde do que os homens e se cuidem com mais frequência, elas também estão mais propensas a ter distúrbios do sono devido a fatores como flutuações hormonais, menopausa, gravidez e à responsabilidade familiar e profissional, acarretando em maiores incidências de insônia e apneia do sono”, explica Anna Claudia de Azevedo, médica de Família e Comunidade na Alice.



Os reflexos de uma noite mal dormida

Segundo a especialista, noites mal dormidas podem causar fadiga, irritabilidade, lapsos de memória, comprometimento do sistema imunológico, aumento do risco de acidentes e problemas de saúde a curto e longo prazo, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Para Azevedo, o sono desempenha um papel crucial na saúde física e mental. “É essencial para a recuperação e regeneração do corpo, além de ser fundamental para a consolidação da memória e o funcionamento adequado do sistema imunológico”, explica. 

A falta de sono pode levar, também, a uma redução da capacidade de concentração, tomada de decisões mais arriscadas, menor criatividade e eficiência no trabalho, além de aumentar o risco de absenteísmo e erros no ambiente profissional. “As mulheres precisam se atentar para que uma coisa não acabe prejudicando a outra e que, no fim, nenhuma afete a sua própria saúde”, comenta a médica.

Dificuldade para dormir, acordar frequentemente durante a noite e sonolência diurna excessiva  são alguns sinais de que a saúde do sono não está bem. Esses sintomas, a longo prazo, podem afetar significativamente a qualidade de vida da mulher. “É recomendado procurar ajuda médica porque cada pessoa tem a sua necessidade em relação ao sono. Então, é importante considerar a rotina da mulher para encontrar os hábitos que impactam sua saúde”, comenta. 



Como melhorar a qualidade do sono da mulher

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres estão mais expostas a riscos para a saúde devido à rotina cansativa e desgastante, decorrente da jornada dupla de trabalho como profissional e responsável pelo lar e família. Para Anna Claudia, as mulheres precisam estabelecer prioridades e separá-las por ambiente: familiar e profissional. “É importante delegar tarefas, praticar técnicas de relaxamento durante a realização de suas atividades – com pequenas pausas, como, por exemplo, meditação ou yoga – e, em adicional, buscar ajuda emocional.

Além disso, é imprescindível criar uma rotina regular de sono, incluindo um ambiente propício para que a mulher tenha um boa noite de descanso. “Precisamos reforçar a importância de um ritual relaxante à noite para essas mulheres que relatam ter dificuldade por conta das demandas do trabalho. Praticar técnicas de respiração, evitar estimulantes e eliminar a exposição à luz azul de aparelhos eletrônicos, antes de dormir são algumas das orientações que melhoram a qualidade do sono”, explica Azevedo.

A profissional conclui, ainda, que a atividade física, em particular, traz benefícios para o sono em todos os estágios da vida. Além disso, a especialista reforça a importância das orientações para cada fase da vida da mulher. “Durante a gravidez, é importante dormir de lado e usar travesseiros de apoio. Já na menopausa, o manejo dos sintomas, como ondas de calor, pode ajudar a melhorar o sono. Em dias e períodos de alto estresse, é essencial praticar técnicas de gerenciamento das emoções e autocuidado”, finaliza a especialista. 


Seis atitudes simples, gratuitas e poderosas para a saúde

 

Neurologista com abordagem em Medicina do Estilo de Vida, Italo Almeida dá dicas de como viver mais e melhor

 

Cuidar da saúde é uma das melhores decisões que podemos tomar na vida. As metas de início de ano nem sempre conseguem se prolongar durante o primeiro mês. Não é fácil manter as atitudes no dia a dia. É preciso foco, determinação e paciência consigo mesmo. Afinal, mudar hábitos não é tão simples. “O cérebro não gosta de mudanças. Ele opera para manter sempre o padrão. Entende as mudanças como ameaças, por melhores que elas sejam. Por isso, o ideal é criar hábitos fáceis de serem incorporados no dia a dia e que sejam mais fáceis de serem mantidos”, explica o neurologista Italo Almeida. 

Diretor da Neuro Integrada, clínica inovadora que integra a Neurologia às Práticas Integrativas, é um especialista na abordagem em Medicina do Estilo de Vida, com formação na renomada Escola Paulista de Medicina e na prestigiosa Universidade de Santiago de Compostela. Ele compartilha seis atitudes simples que não exigem investimento financeiro, mas que podem trazer grandes benefícios a longo prazo para aqueles que buscam saúde e bem-estar.


1. Comer menos

Estudos em humanos têm fornecido evidências preliminares de que a restrição calórica pode ter efeitos positivos na saúde e na longevidade. A ideia por trás dessa abordagem é simples: reduzir a quantidade de calorias consumidas diariamente pode prolongar a vida e reduzir o risco de várias doenças crônicas ou relacionadas à idade, como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e declínio cognitivo.


2. Banho de sol diário

O sol, na medida certa e horários adequados, é um grande aliado da saúde. É por meio da exposição ao sol que o corpo adquire grande parte da vitamina D, nutriente fundamental para o sistema imunológico, digestivo, circulatório e nervoso. “Vivemos em uma cidade solar, o hábito de tomar um banho de sol – de 20 a 30 minutos, sem protetor solar, são suficientes – faz bem para a saúde e para o humor.” Recomenda Italo Almeida.


3. Fique em pé pelo menos uma vez por hora

Pode até parecer bobagem, mas interromper por poucos minutos o tempo que você fica sentado é uma forma muito eficiente de driblar o sedentarismo e ganhar qualidade de vida. Ficar sentado por longo período aumenta riscos de doenças cardiometabólicas (hipertensão arterial, diabetes e infarto) e até de câncer. Então, mexa-se. Mesmo que a rotina de trabalho esteja intensa, se dê pequenas pausas para esticar o corpo, caminhe por alguns minutos, seja em casa ou no trabalho. Se, pelo menos uma vez por dia, puder substituir o elevador pelas escadas melhor ainda. Uma dica para facilitar e manter a consistência com sua proposta de levantar de hora em hora é colocar um alarme em seu celular ou em outros dispositivos.

 

4. Colocar o intestino para funcionar diariamente

Estima-se que aproximadamente 70% de todas as células do sistema imune estão ligadas ao trato gastrointestinal. Por esse motivo, o intestino age como um regulador da imunidade. Ter uma boa microbiota intestinal e tornar uma rotina diária a ida ao banheiro pode ser um caminho para ter mais saúde. Uma alimentação saudável, com comida de verdade no cardápio, a base principalmente de frutas e vegetais - alimentos ricos em fibras - pode acelerar o funcionamento do seu intestino.


 5. Respire melhor

Você já ouviu falar de Pranayama? Esta técnica de controle da respiração do Yoga é muito eficaz na modulação do sistema nervoso autônomo, capaz de promover estados de calma e relaxamento que podem aliviar os sintomas da ansiedade. Assim como as emoções influenciam na respiração. A respiração tem poder de modular as emoções. Ao prolongar a respiração, por exemplo, você ativa o sistema nervoso parassimpático, responsável pelo relaxamento. “O Pranayama promove ações neurais que propiciam serenidade mental e física. Além disso, a prática aumenta a consciência no momento presente, reduzindo os padrões de preocupação e antecipação característicos da ansiedade”, destaca Karla Araújo, professora de Yoga e fisioterapeuta da Neuro Integrada.


6. Ter um sono reparador

Por último e não menos importante: valorize suas horas de repouso. Uma boa noite de sono é fundamental para restaurar o corpo, descansar a mente e melhorar a saúde. Engana-se quem pensa que a única função do sono é descansar. Enquanto você dorme, o organismo tem outros ganhos, como regular a pressão arterial, fazer os reparos no coração, equilibrar a produção de hormônios relacionados à glicemia e ao controle da fome e corrigir o sistema imunológico. O sono adequado melhora o humor, a saúde mental, consolida o aprendizado e ajuda a manter a memória.

Dormir bem é um dos pilares essenciais para a qualidade de vida. A média de tempo do sono ideal varia entre 6 a 8 horas. É recomendado ir para a cama antes das 23 h. Dormir permite ao cérebro limpar os resíduos acumulados no dia anterior como mostram vários estudos científicos que destacam a função biológica do sono. “É a chamada faxina celular. A eliminação das toxinas no cérebro é essencial, visto que seu acúmulo na forma de proteínas tóxicas pode provocar doenças”, esclarece Almeida.


Tabaco e substâncias presentes nos ‘vapes’ podem possibilitar o surgimento de doenças periodontais e câncer da cavidade oral

Considerado como epidemia global, o tabagismo é a causa da morte de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo 


Além de favorecer o aparecimento de doenças periodontais, uma inflamação da gengiva, o tabagismo é um dos principais fatores de risco para o surgimento do câncer da cavidade oral, que ocupa a oitava posição entre os 10 tipos mais incidentes no Brasil, de acordo com o INCA. A estimativa é que surjam mais de 15 mil casos por ano no triênio de 2023-2025, com prevalência em homens.  


O tabaco é tão nocivo à saúde que é considerado uma epidemia global pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde). No entanto, uma nova preocupação tem ganhado destaque: os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), mais conhecidos como ‘vapes’. Embora disponíveis em diversos modelos, sua comercialização é proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).  

"A presença de nicotina e metais pesados vaporizados por esses dispositivos causa os mesmos efeitos adversos do cigarro comum", alerta Felipe Augusto Silva de Oliveira, cirurgião-dentista da Clínica Omint Odonto e Estética. Ele enfatiza, ainda, que novos estudos devem surgir para evidenciar os malefícios a longo prazo, pois os DEFs são produtos relativamente recentes. 


O especialista explica que o cigarro e os elementos químicos presentes nos ‘vapes’ podem ocasionar diversos malefícios à saúde bucal. “A fumaça e as substâncias elevam a temperatura da boca, diminuindo a produção de saliva e favorecendo o acúmulo de placa bacteriana. Além disso, manchas nos dentes e a halitose também são danos decorrentes do hábito de fumar”, comenta.  


Quando a utilização de tabaco está relacionada aos maus hábitos de higiene, pode ocorrer a redução da resposta imunológica, o que pode estabelecer ou agravar doenças periodontais. “A vasoconstrição local causada pelo ato de fumar pode, por exemplo, esconder o primeiro sinal da doença periodontal, que é o sangramento gengival”, explica o especialista.


 

 Benefícios ao parar de fumar  


A boa notícia é que é possível reverter os males causados por cigarros ou "vapes" ao parar de consumi-los. Da perspectiva da odontologia, Felipe Augusto esclarece que a saúde bucal pode ser recuperada depois de 10 anos a partir do último cigarro. "Após esse tempo, o ex-fumante passa a ter as mesmas condições de uma pessoa que nunca fumou."

 



Clínica Omint Odonto
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Menopausa sem Medo: Como Prevenir o Aumento da Gordura Abdominal com Métodos Comprovados

A menopausa é uma fase natural na vida das mulheres, marcada pelo fim dos ciclos menstruais. É comumente acompanhada por mudanças significativas no corpo, incluindo um aumento na gordura abdominal, que pode afetar a saúde cardiovascular e metabólica. Entender essas mudanças e como gerenciá-las é crucial para manter uma boa qualidade de vida durante e após a transição menopausal. ‎   ‏‍

O médico Dr. Francisco Saracuza, explica que durante a menopausa, os níveis de estrogênio diminuem significativamente, afetando o metabolismo e a distribuição de gordura no corpo. Estudos indicam que a baixa de estrogênio favorece o acúmulo de gordura na região abdominal em vez de nas coxas e quadris, como é mais comum antes da menopausa. Isso não apenas altera a aparência física, mas também aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

 

Impacto do estilo de vida

 A prática regular de exercícios físicos é uma das intervenções mais eficazes para combater o ganho de gordura abdominal. Recomenda-se uma combinação de exercícios aeróbicos, como caminhada rápida, natação ou ciclismo, e treinamento de força. Pesquisas demonstram que a atividade física regular pode ajudar a mitigar o declínio metabólico associado à menopausa e melhorar a composição corporal geral. 

Além do exercício, uma dieta balanceada rica em fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis pode ajudar a regular o apetite e melhorar o metabolismo. A redução na ingestão de carboidratos refinados e açúcares é particularmente importante, pois estes contribuem para o aumento da gordura visceral e resistência à insulina.

 

Gestão do estresse e sono 

O estresse e a falta de sono são fatores que podem exacerbar o ganho de peso durante a menopausa. O estresse crônico leva à produção excessiva de cortisol, um hormônio que promove o acúmulo de gordura abdominal. Práticas de redução de estresse são recomendadas para manter os níveis de cortisol equilibrados. ‎   ‏‍

A qualidade do sono também é crucial. Um sono inadequado pode desencadear alterações hormonais que aumentam o apetite e promovem o ganho de peso. Portanto, garantir 7-8 horas de sono por noite é essencial para a saúde metabólica.
 
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Tratamento hormonal e acompanhamento médico 

A terapia de reposição hormonal (TRH) é uma opção de tratamento comum para aliviar os sintomas da menopausa, incluindo ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor e, em alguns casos, o manejo do ganho de peso. A TRH funciona repondo hormônios que estão em baixa produção, como o estrogênio, testosterona e progesterona. ‎   ‏‍

O estrogênio tem um papel direto na distribuição de gordura no corpo das mulheres. Durante os anos reprodutivos, ele incentiva o armazenamento de gordura nas coxas e quadris. Quando os níveis de estrogênio caem durante a menopausa, a tendência é que a gordura se redistribua para a região abdominal. A TRH pode ajudar a manter os níveis de estrogênio, potencialmente prevenindo essa redistribuição da gordura e os riscos associados de condições metabólicas. 

Antes de iniciar a TRH, é fundamental que as mulheres discutam com seus médicos todos os potenciais benefícios e riscos. A decisão de usar a TRH deve ser individualizada, levando em conta fatores como a gravidade dos sintomas menopausais, a saúde geral da mulher, histórico médico familiar e preferências pessoais. 

“A menopausa é uma etapa significativa na vida das mulheres, que traz desafios únicos, especialmente em relação ao aumento da gordura abdominal. Com as estratégias corretas, é possível não apenas prevenir o ganho de gordura indesejado, mas também melhorar a saúde geral e o bem-estar durante a menopausa e nos anos seguintes.”. Conclui o Dr. Francisco Saracuza.


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Dr. Francisco Saracuza - CRM 192628 - Médico. Especialista em Medicina Integrativa


Doenças de veiculação hídrica aumentam em meio a enchentes

Biólogo com especialização em vigilância epidemiológica e embaixador do Trata Brasil, Luciano Pamplona recomenda cuidados necessários para proteger a saúde da população afetada por enchentes no Rio Grande do Sul

 

Entre as diversas implicações severas causadas por enchentes advindas de extremos climáticos, a transmissão de doenças de veiculação hídrica impacta diretamente a saúde da população. 

O desequilíbrio e desorganização causados por uma enchente sempre contribuem para propagação de doenças, principalmente aquelas de transmissão hídrica” - alerta Luciano Pamplona, biólogo com especialização em vigilância epidemiológica e epidemiologia. 

A tragédia causada por chuvas intensas abala por completo a infraestrutura básica de uma localidade, desde os serviços de saneamento básico, até o funcionamento da rede hospitalar. Sem os serviços de coleta e tratamento de esgoto, como também do abastecimento de água nos padrões de potabilidade, os habitantes são expostos ao risco da contaminação de doenças de veiculação hídrica, como por exemplo, leptospirose, diarreia, febre amarela, malária e esquistossomose. 

“Uma vez que as águas contaminadas entram em contato com as pessoas, durante um tempo prolongado, isso contribui diretamente para maior risco de transmissão e espalhamento de doenças” - ressalta o embaixador do Instituto Trata Brasil. 

Além das doenças de veiculação hídrica, a ausência de saneamento propicia a incidência de doenças respiratórias. A ligação mais direta entre a falta dos serviços básicos e as doenças respiratórias se dá pelo acesso ao processo de higienização das mãos. 

Em meio a tanta vulnerabilidade que a população do Rio Grande do Sul enfrenta pelo estado de calamidade pública, Pamplona aponta que a ajuda deverá ocorrer em etapas. 

"Nesse primeiro momento, coisas mais básicas como água, itens de higiene pessoal, alimentos prontos e até mesmo o esforço individual de cada voluntário é importante. As pessoas precisam de tudo que se possa imaginar. Mas, em breve, teremos o esforço de limpeza e reconstrução das casas e da dignidade das pessoas atingidas. Esse processo precisa ser coordenado para que tenha a celeridade que a situação exige." 

Por fim, o biólogo ressalta a importância de evitar ao máximo o contato prolongado com águas contaminadas e, em último caso, sempre que possível, utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para a situação. 

*O Governo Federal listou algumas medidas de segurança importantes que podem prevenir a contaminação dessas doenças em meio a enchentes, sendo cuidados físicos como também mentais, confira: Link 


MAIO ROXO: PREOCUPAÇÃO COM AS DOENÇAS INTESTINAIS REFORÇA CAMPANHA PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE

 As Doenças Inflamatórias Intestinais, afetam mais de 5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, 100 a cada 100 mil habitantes são diagnosticadas com uma delas.

 

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as principais representantes das Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Mas além destas, podemos citar outras doenças perianais como fístula anal, hemorroida e fissuras; as doenças do intestino como a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável, as infecções em geral; além da diverticulite aguda e a colite. “Em geral, e como o próprio nome revela, são condições que inflamam e afetam todo o trato gastrointestinal ou apenas partes específicas, como o cólon e o reto, mas que merecem atenção e cuidado especial, uma vez que existe uma conexão entre estas doenças e aumento no risco de câncer colorretal” – alerta Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal e membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). 

Diante da importância do diagnóstico precoce, o mês de maio passou a ser destinado para conscientização das doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Intitulado Maio Roxo, o período chama a atenção para problemas relacionados ao funcionando do sistema digestivo e traz uma reflexão acerca dessa região, uma vez que estudos recentes apontaram a influência que o intestino exerce no funcionamento do corpo como um todo, desde funções vitais simples, até chegar nas emoções podendo ser responsável, inclusive, por transtornos mentais. 

“Por isso, qualquer alteração deve ser avaliada e investigada o quanto antes. Muitas pessoas acreditam que é normal ficar dias sem evacuar e acabam procurando ajuda apenas quando estão com o intestino solto demais, a famosa diarreia, mas ambos os casos são preocupantes e precisam de acompanhamento. Ou seja, a frequência com que a pessoa vai ao banheiro assim como o formato das fezes é um primeiro e importante indício para procurar um profissional. Assim, com a detecção precoce e o controle adequado das doenças inflamatórias intestinais é possível diagnosticar alguma doença, realizar o tratamento correto e principalmente, reduzir o risco de câncer colorretal” – alerta Nacif. 

Entre as principais doenças inflamatórias intestinais, os sintomas mais comuns são: dor abdominal, diarreia, estufamento abdominal, distensão e cólicas. O tratamento envolve mudanças na dieta, manejo do estresse, medicamentos para alívio dos sintomas e em casos mais avançados, cirurgia para remoção das partes afetadas. 

Esse grupo de doenças inflamatórias, de caráter imunomediado, é uma condição complexa que pode afetar todo o trato gastrointestinal, da boca ao ânus. “Estes processos inflamatórios ao longo do trato digestivo são marcados pela resposta exagerada do organismo, composta por diversas etapas e que merecem atenção do começo ao fim” – conclui.

 

Lucas Nacif: Especialista em cirurgia geral do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreáticas e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes.


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