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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Como minimizar doenças vindas do contato com água da enchente

Dermatologistas indicam cuidados importantes para se proteger contra doenças de pele devido contato com enchentes.


As dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Dra. Camila Dezanetti e Dra. Viviane Scarpa fazem recomendações importantes para todas as pessoas atingidas por enchentes. 

No Rio Grande do Sul, tivemos uma tragédia que já vai para a terceira semana de resgates, acomodações em abrigos e transporte de recursos para quem necessita. Nas últimas semanas as chuvas fortes também causaram alagamentos no Recife e em Maceió. 

As médicas pedem que a população procure desviar das doenças transmissíveis pela água. "Os traumas e ferimentos nos membros durante as enchentes aumentam a contaminação da água e, assim, a ocorrência de infecções de pele", informa a Dra. Camila. 

Por isso, ela pede que, após o contato com a água de enchente, as pessoas limpem e desinfetem as áreas afetadas por essa água: não só a pele, mas os ambientes, utensílios, móveis e outros objetos. "Ferva a água antes de beber e despreze alimentos que tiveram contato com a enchente. Use a solução de hipoclorito de sódio na concentração de 2,5% próprios para diluição em água para ajudar na desinfecção dos ambientes e alimentos", recomenda. 

A Dra. Viviane complementa orientando a população a sempre procurar abrigo, primeiro de tudo. "Quando isso não for possível, usar sacos plásticos, botas de plástico de cano alto, luvas de borracha, calças e blusas e mangas longa ao ter contato com a água". 

As médicas listam as principais doenças transmitidas por água de enchente e os sintomas correspondentes: 

- Leptospirose: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular, falta de apetite, diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse, manchas na pele, aumento do fígado e/ou baço, e linfonodos; 

- Hepatite A: urina escura, pele e olhos amarelados, febre, dores no corpo, falta de ar, falta de apetite, náuseas, vômitos e fadiga; 

- Tétano: ferida na pele que serve como porta de entrada para a bactéria, seguido por espasmos musculares característicos; 

- Micoses: descamação na pele, coloração avermelhada ou esbranquiçada, com ou sem prurido (coceira). 

As médicas orientam que, quem tiver condições, deve manter atualizada sua condição vacinal, para assegurar a saúde. 

 


Dra. Camila Baioni Garcia Dezanetti - CRM Pr 30216 | RQE 15558. Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiai (FMJ). Título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Pós- graduação pela Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME). Título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Professora do curso de Medicina da Universidade de Pato Branco (Unidep). Pós- graduação em doenças do cabelo e couro cabeludo STAFF do curso para médicos COSMIATRY FOR DOCTOR.

Dra. Viviane Scarpa - CRM 118.129-SP | RQE 30.536 - Médica Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2004. Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2009. Pós-Graduação em Nutrologia pela ABRAN em 2017. Curso de Extensão em Tricologia pela Tricomed em 2019. Tem consultório na cidade de São Paulo desde 2010.


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