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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Nem Nem: retratos do Brasil

Opinião 

Um recente relatório da OCDE coloca o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de jovens que não trabalham e nem estudam. O primeiro lugar é a África do Sul. Completam o pódio dos cinco a Turquia, Colômbia e Costa Rica. De cada 3 jovens, 1 não trabalha e nem estuda em nosso país. Curiosamente, na mesma semana da publicação desses dados, o IBGE divulgou um novo mapa mundi, com o Brasil situado no centro do mundo.

Ou seja: a dissociação cognitiva é quase constrangedora. Enquanto as autoridades tentam emplacar uma espécie de geocentrismo redivivo, os números afirmam, quase aos berros, que o futuro do país é o subúrbio do planeta.

O que se pode esperar de jovens entre 16 e 24 anos que não aprendem e nem produzem nada? O que fazem de seu tempo? Atividades informais, legais ou nem tanto, pra garantir uma graninha, horas e horas nas redes sociais, ócio e tédio, pai e mãe dos vícios e das ações equivocadas. Cabeça vazia… Diante disso, de que serve a imagem ufanista se não há políticas públicas efetivas, concretas, para inserir esses jovens no mundo da cultura, tecnologia, conhecimento e, principalmente, trabalho? O país está no centro do mapa do IBGE. Já os jovens pobres das periferias dos grandes centros desaparecem do mapa.

Não parece surpreendente essa outra notícia da semana: depois de um ano de governo, nenhuma das 3.700 obras de educação paradas é retomada. Nenhuma. Somos o centro do mundo, mas a escola não é o centro de nada. Ao mesmo tempo, o Congresso aprova um arremedo de reforma de Ensino Médio, mudando sem mudar nada e condicionando o que pode acontecer de melhor - ensino integral e profissionalizante - a investimentos robustos na infra estrutura das escolas e na formação de professores. No entanto, as notícias da semana informam-nos de mais essa medida: “governo corta verba de bolsas de estudos e da Educação Básica, além de tirar dinheiro da Farmácia Popular”. Alguém avisa o pessoal do IBGE que o mapa com o Brasil no centro do mundo tá mais parecido com uma piada de mau gosto!

Na outra ponta, o sucesso de países improváveis, como a Estônia, a Irlanda e a Polônia, sem falar em Singapura e Hong Kong, deve-se a investimentos maciços em Educação, investimentos eficazes e eficientes, focados na formação de professores, tecnologia, cuidados com a educação básica, profissionalização dos jovens, pensando na sociedade em rápida transformação, com destaque para as mudanças provocadas pela Inteligência Artificial e a Internet das Coisas. A razão desse sucesso é óbvia. Nada será como antes no futuro próximo. E nós, iguais como sempre, patinando eternamente em nossa incapacidade de investir em qualidade real, palpável, capaz de ser usufruída de verdade. Nossa eficácia resume-se aos discursos, aos cartazes, aos slogans, aos mapas com o Brasil no centro.

Fui um jovem em uma família que superou a pobreza por muito pouco e diversos itens de consumo da classe média brasileira eram sonhos distantes para mim, desde a simples goma de mascar até ter mais de um sapato por vez no armário. Mas uma coisa jamais foi discutida, jamais entrou na pauta dos cortes orçamentários da minha família: educar-nos. Pois os filhos precisavam ter mais chances do que os pais. Minha mãe teve de deixar a escola no terceiro ano primário, pois não tinha dinheiro para comprar o uniforme. Meu pai fez o Ensino Médio já adulto, em um supletivo. Eu e meu irmão entramos na Universidade Federal. A lição da falta que marcou a vida deles tornou-se a obsessão de não permitir a História repetida. E isso também sem o apoio dos governos da época, que investiram muito pouco em escolas e muito menos em qualificação dos professores. Quando cresci e participei da redemocratização, ouvi, animado, as promessas dos novos tempos: mais escolas, melhores escolas, futuro melhor. Houve melhoras, até por que era muito difícil ser pior do que os incompetentes governos militares. Mas, mesmo assim, ficamos muito aquém do esperado. E chegamos onde chegamos. O que se pode esperar de um país que tem a terceira maior população carcerária do mundo e o segundo maior contingente de jovens sem estudar e sem trabalhar no planeta? Sim, senhores burocratas do IBGE, estamos mesmo no centro do mundo: no centro do pior prognóstico de futuro possível. E se não formos nem capazes de reconhecer a urgência do problema e nem capazes de agir com desenvoltura e rapidez, o Brasil do futuro não vai nem aparecer no mapa. 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


BOLETIM DAS RODOVIAS

 


Rodovia Anchieta apresenta tráfego intenso sentido capital nesta manhã


 A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (03). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - A Rodovia Anchieta (SP-150), sentido capital, o motorista encontra tráfego intenso do km 20 ao km 17 e congestionado do km 13 ao km 10. Já no sentido litoral, o tráfego é lento do km 64 ao km 65. Já na Rodovia Imigrantes (SP-160), em ambos os sentidos, o tráfego é normal, sem congestionamentos. 

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamentos. No sentido capital, o tráfego apresenta intenso do km 61 ao km 60 e lentidão do km 14 ao km 11+360. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido capital, o tráfego é intenso do km 14 ao km 13+360, e no sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamentos. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em ambos os sentidos, o tráfego é normal, sem congestionamentos. Já na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, o tráfego é lento do km 15 ao km 13+700 e para quem segue sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070) apresenta tráfego lento do km 20 ao km 14, no sentido capital. Para quem segue para o interior,o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Em três anos, Justiça do Trabalho julgou mais de 400 mil casos de assédio moral e sexual

 No Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, saiba o que a Justiça do Trabalho vem fazendo para combater a prática


De 2020 a 2023, a Justiça do Trabalho, em todas as suas instâncias, julgou 419.342 ações envolvendo assédio moral e assédio sexual. O volume de processos julgados sobre assédio sexual cresceu 44,8% no período, e os de assédio moral aumentaram 5%.

As novas ações recebidas pelo Judiciário Trabalhista nos últimos três anos a respeito desses temas foram 361.572 (338.814 sobre assédio moral e 22.758 sobre assédio sexual). Enquanto o volume de casos novos sobre assédio moral se manteve estável a, o de assédio sexual cresceu 14,3%.
 

O que é assédio

No mundo do trabalho, o termo “assédio” refere-se a comportamentos e práticas inaceitáveis que causem (ou possam causar) dano físico, psicológico, sexual ou financeiro a alguém. Essas condutas criam um ambiente hostil e podem afetar a vida profissional e pessoal de quem sofre o assédio.
 

Perfil de quem procura a Justiça

Segundo o Monitor do Trabalho Decente, 72,1% das ações sobre assédio sexual julgadas desde 2020 foram ajuizadas por mulheres. A faixa etária predominante era de 18 a 29 anos (42,5%) e de 30 a 39 anos (32,6%).
 

Números refletem maior conscientização

O crescimento, contudo, não significa necessariamente que estejam ocorrendo mais situações de assédio em ambientes profissionais, mas podem revelar uma maior conscientização das pessoas sobre o tema e uma sensação maior de segurança para reivindicar direitos.

“Condutas que configurem assédio moral e sexual não podem passar despercebidas e não podem ser toleradas, em qualquer tipo de ambiente de trabalho”, alerta o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa. “Essas práticas afetam todo o ambiente profissional, impactam a produtividade e, principalmente, prejudicam a saúde das pessoas. É nocivo para todos”.
 

Ação judicial diferencia assédio de situações normais

De acordo com a ministra do TST Kátia Arruda, coordenadora do Programa de Equidade, Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho, a função do Judiciário Trabalhista é pacificar conflitos trabalhistas e contribuir para a efetivação dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, fundamentos constitucionais do Estado brasileiro. Nesses casos, ela explica que a atuação judicial tem o papel fundamental de delimitar o que é efetivamente assédio e o que são prerrogativas naturais na relação de trabalho, como a cobrança de metas. “A atuação do Judiciário trabalhista permite não apenas reparar às vítimas de condutas assediadoras ou discriminatórias, mas proporciona a conscientização empresarial de quais são os limites, trazendo benefícios a toda sociedade”.

Para a ministra, um dos maiores desafios nessas ações é a prova. “Em muitos casos, o assédio é velado e compromete a comprovação dos fatos em juízo”, observa. “O TST, por não ter a prerrogativa de reexaminar fatos e provas, depende da conclusão a que chegou o TRT sobre o tema e, muitas vezes, juízes e desembargadores não tiveram subsídios suficientes para chegar a uma conclusão robusta sobre a existência de assédio”.
 

Evolução da pauta reflete mudanças na sociedade

Segundo Kátia Arruda, a evolução da pauta na Justiça do Trabalho reflete a evolução observada na sociedade. “Um ponto importante é que o Judiciário passou a entender que discriminações estruturais, como o racismo, embora sejam corriqueiras no cotidiano social, são sim discriminatórias e causam prejuízos severos aos trabalhadores e à sociedade”, ressalta. “Assim, condutas como o racismo recreativo passaram a ser reconhecidas como assédio, e não como ‘brincadeira’”.

Outro aspecto destacado é que juízes e tribunais estão ficando mais atentos em relação à condução do processo, para não revitimizar uma pessoa que já passou por uma situação assediadora. “Um exemplo é a prática de não colocar uma vítima de assédio sexual para depor na frente do alegado agressor”, assinala.

De acordo com a ministra, técnicas processuais relacionadas ao ônus de comprovar os fatos alegados podem ser usadas em cada caso, a depender da situação concreta, facilitando a comprovação de condutas de assédio.
 

Justiça do Trabalho terá protocolo próprio para julgamentos

Nesse sentido, também está em elaboração um protocolo de atuação judicial com perspectiva antidiscriminatória focada em gênero, raça e diversidade. A intenção é orientar a magistratura trabalhista sobre condutas que devem ser observadas para promover julgamentos que levem em conta processos históricos e estruturais de desigualdade, o que contempla, também, casos de assédio no trabalho.

Para todo o Poder Judiciário brasileiro, já vigora, desde 2021, o Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento aborda as desigualdades de gênero e como elas se expressam, inclusive nas estruturas do Poder Judiciário. A adoção das diretrizes contribui para uma atuação da magistratura sem vieses e preconceitos.
 

Cartilha atualiza definições e orientações

O Tribunal Superior do Trabalho e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) lançarão, ainda este mês, uma nova cartilha com orientações sobre o assunto. O material explicará o que configura assédio, discriminação e violência e indicará como identificar essas situações e agir para se proteger delas.

Também trará informações a gestoras e gestores e às organizações sobre o que pode ser feito para combater esse tipo de prática. “Informação é fundamental, tanto para evitar a prática agressiva quanto para orientar quem é vítima sobre o que pode ser feito”, ressalta o presidente do TST.

A Justiça do Trabalho desenvolve, ainda, a Política Judiciária Nacional de Trabalho Decente, da qual fazem parte o Programa Trabalho Seguro e o Programa de Equidade, Raça, Gênero e Diversidade. Essas frentes desenvolvem ações institucionais voltadas à conscientização e à mobilização social para promoção de ambientes profissionais mais saudáveis.

Para a ministra Kátia Arruda, a implementação de uma cultura de respeito nos locais de trabalho melhora o ambiente, proporciona mais qualidade de vida e reduz adoecimentos psicológicos e afastamentos previdenciários. Por consequência, reduz o custo para a sociedade – que arca com impostos para o custeio do sistema de seguridade social – e para o empresário, que não precisa investir de forma tão reiterada na substituição de mão de obra e reduz o passivo trabalhista.
 

Seminário discutirá estratégias para evitar assédio

O TST promoverá, no dia 8 de maio, o seminário “Cultura Organizacional Livre de Assédio: Interfaces entre Trabalho, Indivíduo e Saúde Mental”. O objetivo é estabelecer estratégias institucionais e ações educacionais voltadas para a prevenção e o enfrentamento do assédio, da violência e da discriminação.

O seminário é aberto ao público, e a participação pode ser presencial ou remota. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site oficial do seminário “Cultura Organizacional Livre de Assédio”. A transmissão será feita pelo canal oficial do TST no YouTube.

A iniciativa está alinhada com a Política de Prevenção e Enfrentamento da Violência, do Assédio e de Todas as Formas de Discriminação no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, instituída em 2023.


Guararema recebe Carreta da Mamografia

 O programa Mulheres de Peito, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, oferece exames gratuitos até o dia 11 de maio


A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, chega na cidade de Guararema, e permanece até 11 de maio, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. 

Localizada na Alameda Vereador Paniagua, na área de lazer Prof. Luana Bernardo José dos Santos, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 50 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1) Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).  


Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas. 


Programa Mulheres de Peito em Guararema 

Período: até 11 de maio 

Endereço: Alameda Vereador Paniagua, na área de lazer Prof. Luana Bernardo José dos Santos 

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 

Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS.  



FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Dengue: qual é a diferença entre os repelentes mais encontrados no mercado?

 

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Três substâncias ativas estão liberadas pelo órgão: Icaridina, DEET e IR3535. Todos repelem o mosquito da dengue, mas duração de proteção é diferente


Atualmente, o Brasil vive uma epidemia de dengue em diversos estados, com mais de 1,9 milhão de casos prováveis registrados em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Atualmente o órgão tem três substâncias ativas registradas como eficazes contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, a Icaridina, o DEET e o IR3535*. Todas são eficientes para prevenir o vetor, mas a principal diferença entre as substâncias está no tempo de ação. 

“Desde que as instruções de uso sejam respeitadas, como os intervalos e modo de aplicação, os três tipos de repelentes são eficientes. Porém, a Icaridina permite eficácia de repelência mais duradoura em concentrações menores”, explica Dra. Anna Niemiec, PhD em Química e Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Reckitt Industrial, fabricante da marca SBP. 

A concentração de Icaridina impacta diretamente no tempo de repelência e a Anvisa traz limites de concentração considerando a toxicidade desse ingrediente e os estudos existentes. Hoje, ela permite usar até 25% de Icaridina nas formulações cosméticas com ação repelente, que pode agir na pele por até 12 horas, enquanto repelentes à base de DEET e IR3535 geralmente têm um tempo menor de ação. 

“Outra diferença é o tempo que cada uma dessas substâncias está disponível no mercado para uso em repelentes cosméticos. Entre as três, o DEET é um dos ativos mais antigos e, por isso, um dos mais conhecidos”, diz Anna. O DEET foi desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos e liberado para uso em repelentes de uso pessoal por volta de 1957. 

Já a Icaridina, ou Picaridina, é um composto derivado da pimenta e foi introduzida no mercado brasileiro por volta de 2005. “Dentro da faixa permitida desse ativo, existem produtos com indicação de uso em bebês a partir de 2 meses, o que é uma das vantagens da Icaridina em comparação ao DEET”, acrescenta a Doutora. 

O IR3535 é uma molécula derivada de um aminoácido e, apesar de estar presente no mercado há cerca de 30 anos, não é o ingrediente ativo muito usado pelas marcas mais conhecidas de repelentes corporais no Brasil. Essa substância, por ter uma toxicidade muito baixa, é mais usada em produtos direcionados ao uso de crianças. 

“A OMS indica o uso de repelentes contendo Icaridina, DEET e IR3535 para gestantes . Porém, todo o uso deve ser acompanhado das recomendações do médico e os intervalos de aplicação devem ser respeitados”, ressalta.


Prótese de ombro: Saiba quando é necessári

A artroplastia de ombro é uma técnica complexa
que trata níveis avançados de degeneração
 nas estruturas articulares
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Artrose avançada e fraturas podem exigir intervenção cirúrgica, explica SBCOC

  

Quando os problemas no ombro afetam a qualidade de vida, como nas artroses avançadas, que causam dor crônica e/ou limitação de movimento, o tratamento com prótese (artroplastia) pode ser indicado nos casos sem sucesso após tratamentos não cirúrgicos, como fisioterapia e medicamentos. 

A prótese de ombro substitui a articulação danificada por componentes artificiais, permitindo que as pessoas retomem suas atividades diárias com maior conforto e mobilidade. “A artroplastia de ombro é uma técnica considerada de alta complexidade, mas muito eficaz nos casos avançados de degeneração articular, com objetivo principal de melhorar a dor e mobilidade articular”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos. “Apesar da eficácia, lembramos que o procedimento não é a primeira opção, seguindo critérios rigorosos para sua indicação. Outros tratamentos alternativos não cirúrgicos devem sempre ser considerados antes que a prótese seja indicada”, pontua. 

Segundo o ortopedista, o diagnóstico e a indicação da artroplastia é feito com base em exames e após tentativas de tratamentos conservadores e menos invasivos. Além disso, outros fatores como o estado de saúde e a idade do paciente são levados em consideração, sendo preferencialmente indicadas para pacientes idosos. 

Geralmente após a cirurgia, o paciente já pode realizar suas atividades diárias após os primeiros três meses. 

 

Tipos de próteses mais comuns 

A prótese anatômica é a mais tradicional e envolve a substituição óssea das porções danificadas, replicando a anatomia original. A prótese conhecida como reversa, é a alternativa preferida nos casos avançados com associação de lesão tendinosa e/ou deformidade óssea grave. "O principal benefício da prótese reversa é não depender da integridade dos tendões do manguito rotador, como é o caso da prótese anatômica. Ela permite a boa recuperação na função, especialmente pela função do músculo deltoide", destaca o ortopedista.


Dia Nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos: Perigos do Uso Indiscriminado de Hormônios e a Importância da Orientação Médica

 

Urologista e andrologista Tiago Mierzwa compartilha sua perspectiva como alerta sobre os perigos que o uso descontrolado de medicamentos pode representar, em particular na saúde de homens e mulheres 

 

No cenário da saúde masculina, a testosterona emerge como um fator crucial para a vitalidade e bem-estar dos homens. Porém, por trás das promessas de aprimoramento sexual e físico, estão os potenciais riscos associados ao uso indiscriminado desse hormônio. E não só entre eles.

À medida que a reposição de testosterona se populariza entre homens e mulheres em busca de melhorias em diversos aspectos da vida, surge também a necessidade de conscientização sobre os perigos do uso imprudente desses medicamentos. Em especial, o destaque vai para a tadalafila, cujo uso sem orientação médica pode acarretar sérias consequências para a saúde.

No Dia Nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos, celebrado em 5 de maio, é essencial abordar essa temática sensível, na opinião de Dr. Tiago Mierzwa, urologista e andrologista compartilha sua perspectiva como alerta sobre os perigos que o uso descontrolado de medicamentos pode representar, em particular no que concerne à fertilidade masculina.

Um dos alertas mais relevantes apresentados por Tiago Mierzwa é que a busca desenfreada por aumento de energia, libido e desempenho sexual através da testosterona pode acarretar sérias consequências para a capacidade reprodutiva dos homens. Estudos e especialistas corroboram com o fato de que o uso indiscriminado desse hormônio pode comprometer significativamente a fertilidade masculina.

"É crucial compreender que o uso excessivo de medicamentos, como a testosterona, pode afetar negativamente a capacidade reprodutiva dos homens. Buscar o equilíbrio é essencial para preservar não só a saúde sexual, mas também a fertilidade."

A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente. 

Neste contexto, o papel do profissional de saúde se torna fundamental para orientar corretamente os pacientes quanto aos riscos e benefícios dos medicamentos, incluindo a tadalafila. A busca por uma vida saudável e equilibrada não deve sacrificar a saúde reprodutiva, e é nesse ponto que a atuação do Dr. Tiago Mierzwa e de outros especialistas se faz indispensável.

Diante desse cenário, a orientação médica e a conscientização sobre o uso racional de medicamentos tornam-se pilares fundamentais para salvaguardar a saúde e o bem-estar dos indivíduos.

“Neste Dia Nacional sobre o Uso Racional de Medicamentos, é importante que a mídia, instituições responsáveis e toda a população reflita sobre a importância de uma abordagem cuidadosa e informada em relação às terapias medicamentosas, garantindo não apenas os benefícios desejados, mas também a preservação da saúde e, neste caso, da fertilidade a longo prazo”, finaliza Mierzwa.

 

Dr. Tiago Mierzwa - especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem


Uma em cada dez mulheres tem endometriose; saiba quais são os sintomas

 

Médico responde às principais dúvidas sobre a doença e alerta para a importância do acompanhamento para amenizar o impacto na qualidade de vida

 

Cólicas fortes, dores durante a relação sexual e até dificuldade para engravidar são alguns dos sintomas da endometriose, doença inflamatória no útero em que um tecido similar ao endométrio cresce fora do órgão, e que acomete cerca 190 milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo, segundo a OMS, o equivalente a uma em cada dez pessoas. 

Há poucos dias da data dedicada ao Dia Internacional da Luta contra a Endometriose, a influenciadora Patrícia Ramos compartilhou um vídeo nas redes sociais em que mostrou sua barriga tão inchada, que as seguidoras suspeitavam que a musa pudesse estar grávida. Mas o motivo era justamente a endometriose. Patrícia sofre com a doença e, na ocasião, comentou que descobriu na prática, e com auxílio médico, a importância da alimentação no tratamento da doença. 

“A endometriose não tem cura definitiva, mas os sintomas podem ser gerenciados com tratamento. O acompanhamento ginecológico inclui terapias hormonais, medicamentos para alívio da dor e, em alguns casos, cirurgia para remover os focos de endometriose”, explica Flávio Costa, profissional da área de Ginecologia e Obstetrícia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, que atende na unidade de Largo do Tanque, em Salvador-BA.  

Segundo o médico, as principais causas da endometriose ainda não são totalmente compreendidas. “Fatores genéticos, hormonais e ambientais podem desempenhar um papel. Então a doença pode ocorrer por predisposição genética, mas também pode ser adquirida. Existe uma hipótese muito aceita chamada menstruação reversa”, destaca Flávio. O problema citado pelo médico, também conhecido como menstruação retrógrada, acontece quando o corpo não consegue eliminar o endométrio que extravasa para a cavidade pélvica, formando os focos de endométrio fora do útero.

 

Como descobrir a endometriose e como amenizar os sintomas

Dores intensas tendem a ser o principal motivo a levar as mulheres ao consultório médico em busca de um profissional de ginecologia. O diagnóstico da endometriose, segundo Flávio, “envolve uma combinação de história detalhada da paciente, exames físico e de imagem, como ultrassonografia, ressonância nuclear magnética e, em alguns casos, laparoscopia”. 

Assim como comentado por Patrícia Ramos em seu post nas redes sociais, o médico destaca que o estilo de vida é um dos principais fatores que podem amenizar ou piorar os sintomas da endometriose. “Os hábitos alimentares e a prática de exercício físico podem impactar na doença. Uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios tende a ajudar a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Além disso, certos alimentos podem ser evitados para minimizar os sintomas, enquanto outros devem ser incluídos para promover a saúde geral”, afirma Flávio. 

Em geral, mulheres com endometriose devem manter uma alimentação mais saudável para amenizar os desconfortos da doença, evitando alimentos com alto teor de açúcar refinado, ultraprocessados, carnes vermelhas, glúten e laticínios, optando pelo consumo de alimentos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Apesar da doença estar diretamente ligada com a saúde do útero, o médico reforça que “mulheres com endometriose podem engravidar, mas pode ser mais difícil para algumas, dependendo de onde esteja o foco da endometriose. O tratamento e o acompanhamento médico podem ajudar a melhorar as chances de concepção”, afirma Flávio.


Cartão de TODOS


Pacientes com câncer de endométrio têm nova opção de tratamento aprovada no Brasil

Combinação de imunoterapia com quimioterapia recém-aprovada pela Anvisa pode reduzir em até 58% do risco de progressão ou morte de pacientes com a doença avançada em subgrupo específico 

 

 O câncer de endométrio é o sétimo tumor mais comum entre as mulheres, com cerca de 8 mil novos casos por ano no Brasil[1]. Estimativas apontam que haverá um aumento de 40% na incidência da doença em todo o mundo até 2040[2] e um aumento de 60% no número de mortes no mesmo período[3]. A recém-aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relacionada a adição da imunoterapia, durvalumabe, ao tratamento padrão de primeira linha com quimioterapia, carboplatina/paclitaxel[4], traz uma nova perspectiva para pacientes com câncer de endométrio avançado, já que estudos apontam uma redução de 58% no risco de progressão ou morte de subgrupo específico[5].

Atualmente, cerca de 15% a 20% dos casos de câncer de endométrio são diagnosticados em estágio avançado (estágio III e IV), os quais são, comumente, tratados com quimioterapia, e têm pior prognóstico, com taxa de sobrevida em 5 anos de 20% a 30%[6],[7],[8],[9],[10]. Já para pacientes em que a doença avançou ou retornou, as opções de tratamento são ainda mais limitadas, pois não se acredita que o câncer responda à terapia hormonal e que será tratado com quimioterapia7,[11].

A médica do Grupo Oncoclínicas, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento Tecnológico do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e pesquisadora do estudo que levou a recém-aprovação, Dra. Andreia Melo, comenta que a combinação da imunoterapia com quimioterapia tem o potencial de revolucionar o cenário de tratamento do câncer de endométrio avançado no Brasil. “Estávamos há muitos anos sem novas perspectivas de tratamento para pacientes no cenário avançado. Essa aprovação supre uma necessidade médica não atendida com significativo benefício de sobrevida livre de progressão, especialmente em subgrupo específico, e demonstra, pela primeira vez, o poder da combinação da imunoterapia com a quimioterapia em primeira linha de tratamento”, reforça médica.

A aprovação foi baseada no estudo DUO-E, o qual analisou, em um de seus braços, a adição do anti-PD-L 1 durvalumabe ao padrão de primeira linha em pacientes com câncer de endométrio avançado5. Participaram do estudo pacientes com câncer de endométrio em estágio III e IV recém diagnosticadas ou recorrente5. A comparação foi realizada entre paclitaxel e carboplatina combinada com placebo e paclitaxel e carboplatina combinada com durvalumabe por 6 ciclos5 seguido por manutenção com durvalumabe em monoterapia. O endpoint primário do estudo foi de sobrevida livre de progressão, o qual demonstrou redução de 29% no risco de progressão ou morte na análise por intenção de tratar (ITT)5.

O estudo demonstrou um benefício ainda mais significativo para pacientes pertencentes ao subgrupo dMMR, com redução de 58% do risco de progressão da doença ou morte. “O subgrupo dMMR corresponde a cerca de 20% a 30% dos casos de câncer de endométrio avançado, caracterizada deficiência nas enzimas de reparo do DNA. O resultado significativo de sobrevida livre de progressão sugere que a adição da imunoterapia ao tratamento padrão paclitaxel + carboplatina, pode se tornar o novo padrão de tratamento em primeira linha de pacientes com câncer de endométrio avançado ou recorrente”, complementa Melo.

O perfil de segurança e tolerabilidade de durvalumabe em combinação com quimioterapia foi amplamente consistente com o observado em ensaios clínicos anteriores e com os perfis conhecidos de cada medicamento individual. O endpoint secundário de sobrevida global do estudo ainda não foi concluído, mas as tendencias são positivas.


Câncer de endométrio

O câncer de endométrio é uma doença heterogênea que se origina no tecido que reveste o útero. A condição é mais comum em mulheres no período pós-menopausa[12], com idade média de diagnóstico superior a 60 anos[13].

Apesar de ser o sétimo câncer mais comum entre mulheres no Brasil¹, há perspectivas de aumento da incidência da doença em 40% em todo mundo até 20402. Dentre os principais fatores está a obesidade, visto que 34% dos casos de câncer de endométrio podem ser atribuídos ao excesso de peso[14].

Cerca de 80% a 85% dos casos de câncer de endométrio são diagnosticados em estágio inicial, com base nos sintomas apresentados. Dentre os sinais mais comuns estão o sangramento vaginal anormal, presente em aproximadamente 90% dos casos[15]. Dor durante a micção ou relação sexual, dor abdominal ou pélvica, inchaço, sentir-se satisfeito rapidamente ao comer, alterações nos hábitos intestinais, ou urinários e formação de massa, são alguns outros sinais que podem estar relacionados com o avanço da doença15, [16].

 


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[1] Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2023. Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2023.pdf. Acesso em 28 de março de 2024.

[2] IARC. WHO. Corpus Uteri. Estimated Numbers From 2020 To 2040, Females, Age [0-85+] World. Available at: https://gco.iarc.fr/tomorrow/en/dataviz/trends.

[3] World Health Organization: International agency for research on cancer. Cancer Tomorrow. Available at: https://gco.iarc.fr/tomorrow/en.

[4] Diário Oficial da União. Resolução-RE Nº 1.105, de 21 de março de 2024. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-re-n-1.105-de-21-de-marco-de-2024-549873884.

[5] Westin SN, Moore K, Chon HS, Lee JY, Thomes Pepin J, Sundborg M, et al.; DUO-E Investigators. Durvalumab Plus Carboplatin/Paclitaxel Followed by Maintenance Durvalumab With or Without Olaparib as First-Line Treatment for Advanced Endometrial Cancer: The Phase III DUO-E Trial. J Clin Oncol. 2024 Jan 20;42(3):283-99.

[6] Ferris JS, et al. Uterine Serous Carcinoma: Key Advances and Novel Treatment Approaches. International Journal of Gynecological Pathology. 2021;31(8):1165-1174.

[7] Matrai CE, et al. Molecular Evaluation of Low-grade Low-Stage Endometrial Cancer with and Without Recurrence. International Journal of Gynecological Pathology. 2022;41(3):207-219

[8] Oakin A, et al. ESMO Guidelines. Endometrial Cancer: ESMO Clinical Practice Guidelines for Diagnosis, Treatment and Follow-Up. Ann Oncol. 2022 Sep;33(9):860-877.

[9] Wright JD, et al. Contemporary Management of Endometrial Cancer. Lancet. 2012 Apr 7;379(9823):1352-60.

[10]Monk BJ, et al. Real-World Outcomes in Patients with Advanced Endometrial Cancer: A Retrospective Cohort Study of US Electronic Health Records. Gynecologic Oncology. 2022;164(2):325-332.

[11] Soumerai T, et al. Clinical Utility of Prospective Molecular Characterization in Advanced Endometrial Cancer. Clin Cancer Res. 2018 Dec 1;24(23):5939-5947.

[12] American Cancer Society. Available at: https://www.cancer.org/cancer/endometrial-cancer/about/key-statistics.html.

[13] Mahdy H, et al. Endometrial Cancer. 2022. StatPearls Publishing, Treasure Island (FL);

[14] Siegel RL et al. Cancer statistics, 2020. 2. Lu KH & Broaddus RR. N Engl J Med. 2020;383:2053–64

[15] Sociedade americana de câncer. Sinais e sintomas de câncer de endométrio. Disponível em: https://www.cancer.org/cancer/endometrial-cancer/ detection-diagnosis-staaging/igns-and-symptoms.html.

[16] Medicamento John Howkin. Câncer de Endométrio. Disponível em: https://www.OPkinmedicine.org/health/condições-and-diseases/endometrial-cancer.

 

Câncer de ovário, com diagnóstico difícil, é o mais letal na esfera ginecológica

O Câncer de Ovário tem o diagnóstico mais difícil entre os cânceres da esfera ginecológica, com 70% de taxa de letalidade. Por isso, ganhou um dia no calendário para informação e prevenção. Prof. Dr. José Carlos Sadalla explica causas e tratamentos  

Pouco divulgado, o câncer de ovário ganhou um dia no calendário para que as mulheres tenham acesso à informação e conscientização. 

“O câncer de ovário é o quinto que mais acomete mulheres, geralmente, na menopausa. E é, na maioria das vezes, assintomático no início. Apesar dos cuidados relacionados às mulheres serem maiores na menopausa, a doença pode surgir antes também. Como não existe rastreamento eficaz para esta doença, é preciso que você converse com seus familiares sobre o histórico de câncer na família. O mapeamento genético é um dos grandes avanços na prevenção da doença”, diz Prof. Dr. José Carlos Sadalla, mastologista e oncocirurgião ginecológico, com mais de 20 anos de experiência. 

Segundo ele, a doença geralmente cresce rápido e não aparece nos exames laboratoriais e de imagem que a paciente costuma fazer de rotina. “A prevenção do câncer de ovário está no histórico familiar. Se houver câncer ginecológico na família, principalmente casos de ovário e mama, a paciente precisa informar a sua ginecologista, porque quando os sintomas aparecem, geralmente, a doença está avançada. E o tratamento se inicia com cirurgia ou quimioterapia, dependendo do grau de espalhamento da doença”, continua o médico.

 

Sintomas e prevenção  

Dores na pelve e no abdômen, náusea, indigestão, mudanças relacionadas ao funcionamento do intestino, inchaço, fadiga, perda de peso sem motivo aparente são  sintomas que podem estar ligados ao câncer de ovário. “Quando os sintomas aparecem, a paciente deve procurar o ginecologista. Isso porque é uma doença que geralmente avança rapidamente e qualquer atraso na consulta, pode ter um desfecho ruim. O câncer de ovário pode levar a paciente a se confundir com outras doenças e, caso o seu ginecologista tenha dúvidas, é necessário prosseguir a investigação”, continua. 

Um dos casos de câncer de ovário que chocou a população foi o da atriz Márcia Cabrita, comediante no programa Sai de Baixo, que morreu aos 53 anos de idade. E ela foi passar por cirurgia por causa de um cisto. “É muito importante esclarecer que quanto mais cedo houver a detecção da doença, maior é a possibilidade de cura. O câncer não significa mais final de vida. A Medicina avançou bastante e vários tipos da doença são tratáveis e curáveis. O que é preciso é não se descuidar. As visitas à ginecologista devem ser rotineiras e os exames não podem atrasar. No caso do câncer, especificamente, qualquer atraso pode significar um tratamento mais intenso com mais efeitos colaterais”, diz o médico. 

A prevenção do câncer ginecológico como um todo, além do mapeamento genético, está em alimentação saudável (com grãos integrais, legumes, frutas e carnes brancas), prática de exercícios físicos (ao menos, três vezes por semana), apagar definitivamente o cigarro, diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas e açúcares. No caso específico do câncer de ovário, além do cuidado com o histórico familiar, o uso contínuo de pílulas anticoncepcionais é fator de proteção, diminuindo a incidência da doença.  

“É importante falar sobre os casos de câncer em família. E, como em medicina, cada caso é um caso, entender que há uma diferença entre o que aconteceu com alguém da família - ou alguma amiga - do que poderá ou não vivenciar. O auto cuidado e o carinho com o seu corpo são fundamentais para a prevenção de qualquer doença, incluindo o câncer de ovário “, finaliza. Mais ainda, acrescenta, existem mutações genéticas que indicam cirurgias profiláticas, com remoção de ovários e trompas, antes que o câncer apareça. 

O dia 8 de maio, Dia Mundial do Câncer de Ovário, foi estabelecido em 2013, por um grupo de líderes de organizações de defesa do câncer de ovário em todo o mundo. É apoiado por cerca de 170 organizações no mundo e cresce a cada ano. 



Clínica Andrade Sadalla
Av. Ibirapuera, 2907, cj 720, Moema, São Paulo
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BOLETIM DAS RODOVIAS

 Fluxo de veículos é tranquilo nas rodovias na tarde desta quinta-feira


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta quinta-feira (2). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.


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