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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Dia Internacional da Luta Contra o Câncer Infantil

Divulgação
 Diagnóstico precoce, por meio de investigação médica e tratamento especializado, são as principais formas de evitar a evolução

 

Reconhecido como a primeira causa de morte por doença em crianças, o câncer infantil está atrás apenas das mortes causadas por acidentes, no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que aponta ainda que, no triênio 2023/2025, 7.930 novos casos de câncer atingirão a população de 0 a 19 anos de idade, a cada ano no território nacional.

Diferente dos casos na população adulta, o tumor infantil não possui fatores de risco ou formas de prevenção; o diagnóstico precoce, por meio de investigação médica e tratamento especializado, são as principais formas de evitar a evolução.

Ainda de acordo com o INCA, os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas, neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms, neoplasia maligna originada no rim.

O pediatra e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Daniel Portela, orienta que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais do corpo da criança. “Sintomas como febre persistente, suores noturnos e perda repentina de peso, podem ser confundidos com outras doenças, por isso a informação pode ser aliada para que um diagnóstico precoce salve vidas”, explica o especialista.

O médico também cita algumas características específicas nos casos de neoplasias. “Geralmente surgem manchas no corpo, cansaço, dor nos ossos, anemia, dor de cabeça, falta de equilíbrio, estrabismo e inchaços. Esses quadros são comuns nos diagnósticos de câncer infantil”, diz.

A depender de cada caso, será realizada quimioterapia, medicação alvo, radioterapia ou cirurgia. Portela destaca a importância de realizar o tratamento numa unidade especializada, onde a criança ou adolescente irá receber apoio de uma equipe multidisciplinar. “O paciente precisa de acompanhamento de todos os profissionais; uma equipe que esteja envolvida na cura, mas também na qualidade de vida física, psicológica e social desta criança”, afirma o pediatra.

Portela enfatiza que o câncer infantil não está relacionado ao estilo de vida. “Não existem fatores ambientais ou riscos de exposição associados ao surgimento de tumor infantojuvenil. A única forma de amenizar os danos causados às crianças é manter a periodicidade às consultas médicas”, conclui.

Em alusão ao dia 15 de fevereiro, data conhecida internacionalmente pelo Combate ao Câncer Infantil, o médico destaca os principais sintomas associados a esta enfermidade:

  • Perda de peso contínua e inexplicável;
  • Dores de cabeça com vômito de manhã;
  • Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
  • Aumento ou inchaço na região abdominal, pescoço ou qualquer outro local;
  • Pupila esbranquiçada ou alterações visuais, como estrabismo;
  • Febres recorrentes não causadas por infecções;
  • Manchas no corpo e sangramentos repentinos;
  • Cansaço exagerado;
  • Palidez.

 

Faculdade Pitágoras
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Sociedade Brasileira de Diabetes faz alerta contra relógios para medir a glicose

Dispositivos, que dizem medir a glicemia de forma não invasiva, não são aprovados pela Anvisa e FDA e ainda necessitam de mais estudos até serem considerados seguros

 

A Sociedade Brasileira de Diabetes alerta que o uso de relógios que dizem medir a glicose de forma não invasiva não é recomendado porque faltam estudos que demonstrem a sua confiabilidade. Seu uso pode criar riscos para o usuário. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, e FDA, agência norte-americana que protege à saúde do consumidor e busca garantir que os itens regulados sejam seguros ao uso, não aprovaram estes medidores. 

Em um futuro próximo, talvez esses métodos não invasivos de mensuração da glicose se tornem viáveis, pois a tecnologia avança e muitos estudos estão sendo realizados. Hoje, porém, não são confiáveis. Vendidos principalmente pela internet, esses dispositivos usam métodos ópticos, de micro-ondas ou eletroquímicos para medir a glicemia. Entretanto, o valor medido ainda não tem muita correlação com o valor real da glicose no sangue e a faixa linear é estreita, de acordo com pesquisas. Isso faz com que a correção subsequente do algoritmo seja necessária, tornando esse tipo de avaliação ainda duvidoso e sem real comprovação científica por estudos robustos. 

Alguns relógios sinalizam que a medição é feita por Radiofrequência, sendo que estudos mostram muitas interferências de acordo com temperatura corpórea, sudorese local, reação alérgica e outros fatores que poderiam reduzir a acurácia (exatidão) deste método e portanto, a segurança da pessoa com diabetes.
 

Aparelhos ortodônticos na infância proporcionam melhor desenvolvimento da saúde bucal

De acordo com o odontopediatra José Todescan Júnior, a detecção precoce de problemas e o tratamento adequado é fundamental para promover um sorriso mais saudável por toda a vida 

 

Na odontopediatria, a atenção precoce à saúde bucal é crucial para garantir não apenas a estética, mas também a funcionalidade do sorriso. Por essa razão, os aparelhos ortodônticos desempenham um papel fundamental na correção de problemas que podem impactar o desenvolvimento bucal desde a infância até a adolescência. 

 

Desenvolvimento dentário: detectando problemas precocemente

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, odontopediatria e endodontia, além de membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, a infância é uma fase crucial no desenvolvimento dos dentes, e é nesse período que muitos problemas ortodônticos começam a se manifestar. “A má oclusão, por exemplo, pode impactar a mastigação, a fala e até mesmo a autoestima da criança. Ao identificar sinais de desarmonia dentofacial, é possível orientar sobre a eventual necessidade de aparelhos ortodônticos”, revela.

Segundo o especialista, alguns sinais de alerta mostram o momento ideal para indicar o uso de aparelhos ortodônticos. “Uma dentição irregular, com a presença de dentes desalinhados ou espaços excessivos pode ser um sinal de má oclusão. Além disso, problemas como mordidas cruzadas, abertas ou fechadas também devem ser corrigidas com aparelhos para ajudar a melhorar a função mastigatória e prevenir complicações a longo prazo”, pontua.

Vale lembrar que crianças que respiram, principalmente, pela boca, também podem desenvolver problemas com más oclusões e atresias dos maxilares. “O tratamento com aparelhos ortodônticos pode auxiliar na correção desse quadro e melhorar substancialmente a respiração nasal”, relata Todescan.

O especialista pontua alguns benefícios do tratamento ortodôntico precoce. “Além do desenvolvimento facial mais harmonioso e equilibrado, promovendo uma melhora na estética do rosto, tratar esses problemas previamente previne complicações mais sérias na idade adulta”, declara.


O papel dos pais e da odontopediatria

Todescan acredita que a conscientização dos pais sobre a importância do acompanhamento odontopediátrico é essencial. “A colaboração entre os responsáveis e profissionais dentistas é fundamental para identificar precocemente a necessidade de aparelhos ortodônticos e iniciar o tratamento adequado”, relata.

O uso de aparelhos ortodônticos na odontopediatria não se trata apenas de estética, mas de investir na saúde bucal e no bem-estar. “A detecção precoce e o tratamento adequado não só corrigem problemas ortodônticos, mas também promovem um sorriso saudável e que irá durar a vida toda. Ou seja, nada de levar a criança ao dentista dos pais. Os jovens merecem um Odontopediatra de formação”, finaliza. 

 

José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.


Clínica Todescan
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Câncer Infantil: atenção aos primeiros sinais é a principal aliada no combate à doença


15 de fevereiro é conhecido pelo Dia de Combate ao Câncer Infantil, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença que atinge milhares de crianças e adolescentes ao redor do mundo. No Brasil, o câncer lidera o ranking das doenças que causam a morte de crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos, excluídas as mortes por causas externas. Por outro lado, atualmente, para tumores como a Leucemia Linfoblástica aguda, 80% das crianças e adolescentes com câncer podem ser curadas se forem diagnosticadas precocemente. 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), de 2023 a 2025, há uma estimativa de cerca de 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil a cada ano, no país. Atento para essa crescente, Dr. Luís Fernando Menezes, médico pediatra e oncologista, membro da Doctoralia, a maior plataforma de agendamento de consultas do mundo, alerta para a importância do diagnóstico precoce. “O câncer infantil pode apresentar sinais muito comuns de outras doenças benignas típicas da infância, como febre, dor abdominal, aumento de gânglios linfáticos. Por isso, quando um sintoma se mostra atípico e persistente, nos faz acender o alerta vermelho para a possibilidade de uma neoplasia”, afirma. Devido a essa dificuldade, a percepção dos pais passa a ser fundamental para a primeira suspeita de que algo não está correto com a criança. “O diagnóstico precoce é muito importante para identificar a doença em estágios iniciais, com uma carga tumoral menor e com maiores chances de cura. A conscientização sobre o câncer infantil continua a ser uma necessidade urgente, quanto maior o acesso a conhecimentos sobre a doença, mais os pais e os profissionais de saúde estarão preparados para identificá-lo”, explica.
 

Diferenças do câncer adulto para o câncer infantil 

Ao contrário do câncer no adulto, o câncer infantojuvenil, frequentemente tem origem em células indiferenciadas do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. As células que sofrem a mutação no material genético não conseguem amadurecer como deveriam e permanecem com as características semelhantes da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada. Por isso, a proliferação do tumor é mais rápida em crianças. 

Outra diferença é que, se por um lado o câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição ou estilo de vida, o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais ou externos. Sendo ainda mais significativo o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento. 

Além disso, é muito importante contar com uma equipe multidisciplinar. Nesse contexto, Dr. Luís Fernando reforça a necessidade da presença de um psicólogo com acompanhamento regular para o apoio não só do paciente acometido pela doença, mas de seu núcleo familiar. “O cuidado integral é indispensável no processo de amparo ao sofrimento vivenciado, trabalhando expectativas e medos, e, principalmente, evitando o abandono do tratamento”, conclui o médico pediatra oncologista.
 


Doctoralia


Fevereiro Roxo alerta para diagnóstico precoce de Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia

 


No mês voltado à sensibilização de doenças crônicas, especialistas alertam para sintomas e tratamentos

 

Além da folia do Carnaval, o segundo mês do ano também é marcado pela campanha “Fevereiro Roxo”, que busca conscientizar sobre Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. Embora tenham classificações médicas e aspectos clínicos distintos, as três são classificadas como crônicas, ou seja, sem cura.

 

Ligado à perda de lembranças e ao esquecimento de entes queridos e de si mesmo, o mal de Alzheimer é a doença mais conhecida. Os sintomas são progressivos e passam por fases, indo desde perda de memória, desorientação, indecisão e depressão, passando por alteração na personalidade, na fala, alucinações, repetições, má coordenação, incontinência sanitária, inanição e alienação, chegando até o mutismo, perda de movimentos, infecções e morte.

 

Embora não tenha cura, o cuidado é mais eficaz em casos diagnosticados precocemente, proporcionando mais qualidade de vida ao portador. O tratamento é variado, de acordo com os sintomas presentes em cada caso, e buscam retardar a evolução da doença.

 

A prevenção inclui dieta equilibrada e saudável, atividade física regular e fuga de tóxicos, bem como prevenir problemas cardiovasculares, diabetes, colesterol e hipertensão. Na maturidade, manter o cérebro ativo por meio de leituras, passatempos e jogos de lógica também ajuda.

 

“Ao envelhecer, o ser humano tem maior probabilidade de desenvolver demências. Estimativas apontam que até 2050 a população mundial com Alzheimer deve triplicar, indo a aproximadamente 150 milhões de indivíduos”, conta Dr. Alessandro Sousa, neurologista do Hospital São Luiz Campinas.

 

Só no Brasil de hoje, cerca de 4,2 milhões de cidadãos têm demência ou declínio cognitivo leve, de acordo com a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer).

 

“Para não ser parte dessas estatísticas é importante ficar atento e evitar alguns fatores que, de acordo com estudos, podem aumentar o risco de degeneração mental. São eles: baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, alcoolismo, traumatismo cranioencefálico, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento e poluição”, alerta o médico. 

 

Para o especialista, os desafios em controlar o Alzheimer devem seguir progredindo, já que dados da ABRAz apontam que pelo menos um milhão de idosos brasileiros têm o mal sem diagnóstico.

 

“A avaliação médica com neurologista ou geriatra é primordial. Na Rede D’Or temos o Programa Longevidade D'Or, com o intuito de promover um atendimento ao público 60+. Nos casos confirmados de Alzheimer, os pacientes contam com uma enfermeira navegadora, que desempenha o papel de guia e referência ao longo da jornada”, destaca Dr. Alessandro Sousa.  

 

Já o Lúpus (Lúpus Eritematoso Sistêmico), é uma enfermidade autoimune, que faz o sistema de defesa do próprio corpo atacar tecidos saudáveis. Possui características inflamatórias e destrutivas em órgãos como pele, rins e cérebro e, se não tratado, tem potencial mortal.

 

O diagnóstico de Lúpus é complexo, por se apresentar clinicamente de maneira muito heterogênea. Exames de sangue, urina e de imagem juntamente com a avaliação de um reumatologista são fundamentais. Mesmo sem cura concreta, a probabilidade de melhora é alta no tratamento com proteção solar, corticoides e imunossupressores, que reduzem manifestações graves e buscam proporcionar uma rotina normal ao paciente.

 

Para prevenção, hábitos saudáveis e proteção solar são essenciais. Estudos dizem que os gatilhos podem vir de fatores como hormônios, hereditariedade e variáveis externas. Em termos de predisposição, a doença pode ocorrer em qualquer pessoa, com maior incidência em mulheres de 15 a 40 anos.

 

Para Ana Paula Del Rio, reumatologista do São Luiz Campinas, no Lúpus: “Há uma disfunção do sistema imunológico que leva à produção de anticorpos contra órgãos, com períodos de exacerbação e remissão”.

 

É importante consultar um reumatologista assim que houver suspeita. “O tratamento tem avançado nos últimos 10 anos com a aprovação de novas medicações imunossupressoras e imunobiológicas, reduzindo novas manifestações e melhorando a qualidade de vida”, destaca a médica do São Luiz Campinas.

 

Inaugurada no último mês de maio, a unidade da Rede D’Or é o maior hospital privado do interior paulista. Com investimento de R$350 milhões, conta com mais de 40 especialidades, entre elas uma equipe reumatológica qualificada e um Centro de Infusão centrado no enfrentamento de doenças autoimunes.


 

Fibromialgia

 

Menos conhecida das três, a Fibromialgia classifica-se como uma síndrome miofascial. “É uma dor crônica generalizada associada à fadiga, insônia, ansiedade e depressão, e mais comum em mulheres de 30 a 50 anos. A causa da doença ainda não está bem estabelecida, mas estudos indicam uma ativação das vias de transmissão do estímulo doloroso a nível cerebral”, explica Dra. Ana Paula.

 

Os cuidados incluem fisioterapia, atividade física, analgésicos, acupuntura e infiltrações dos pontos dolorosos. Para evitar crises, é necessário um estilo de vida saudável e o seguimento com fisioterapeuta e educador físico, para elaboração de plano de ergonomia, além de identificar os gatilhos e mitigar os fatores de risco.  


Como não há exames confirmatórios, o diagnóstico é realizado no consultório. “A avaliação é importante para descartar outras doenças que cursam com dor crônica generalizada. Essa síndrome é combatida com abordagem múltipla — fisioterapia, atividade física, alongamento e fortalecimento junto com psicoterapia, analgesia e medicamentos específicos. No São Luiz Campinas dispomos também de especialistas em dor crônica aptos a auxiliar no tratamento da Fibromialgia”, complementa Del Rio.



Dicas de cuidado afetivo e familiar para uma terceira idade ativa e saudável


Reprodução
Ágape Sênior, liderado por Marcello Burattini, CEO e fundador da Ágape Saúde, oferece um cuidado afetivo e especializado, promovendo qualidade de vida na terceira idade 


A população brasileira está envelhecendo, e a busca por uma qualidade de vida na terceira idade tornou-se uma prioridade. De acordo com dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a parcela de indivíduos com 65 anos ou mais cresceu de 7,7% em 2012 para 10,5% em 2022. 

Nesse contexto, o governo federal enfatiza a importância da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, visando promover a autonomia e independência para aqueles com 60 anos ou mais.

 

Dicas para melhorar a qualidade de vida na terceira idade 

Atividade física: A prática regular de exercícios físicos é essencial em todas as fases da vida, mas especialmente na terceira idade. Segundo o Ministério da Saúde, além de proporcionar mais energia e disposição, a atividade física promove autonomia e independência nas atividades diárias. Os treinos de resistência e aeróbicos são fundamentais, trabalhando tanto a força muscular quanto a capacidade cardiovascular.

Alimentação saudável: A alimentação desempenha um papel vital na manutenção da saúde na terceira idade. O conselho é variar os alimentos, dar preferência a produtos frescos do que os ultraprocessados, e controlar o consumo de açúcares e sal. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde recomendam distribuir a alimentação em cinco ou seis refeições diárias, mantendo uma rotina de horários.

Saúde mental: Cuidar da saúde mental é tão importante quanto o cuidado físico. A depressão é um desafio para os idosos, representando 13,2% da faixa etária de 60 a 64 anos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Investir na saúde mental contribui para minimizar sintomas cognitivos, associados a demências como o Alzheimer e promove o bem-estar emocional.

Neste cenário, a Ágape Sênior, um Benefício Saúde dedicado exclusivamente à terceira idade, se coloca à disposição. Marcello Burattini, CEO e fundador da empresa, destaca: "Ágape Sênior é mais do que um plano de saúde, é um compromisso afetivo com a qualidade de vida e longevidade dos nossos idosos. 

Com uma abordagem familiar, nosso cuidado inclui acompanhamento personalizado, acesso a profissionais especializados em saúde geriátrica e uma rede de parceiros comprometida com o bem-estar da terceira idade."

Ao escolher a Ágape Sênior, o beneficiário tem acesso a uma jornada de cuidado integral, onde a atenção afetuosa se une à expertise em saúde para garantir que cada momento na terceira idade seja vivido com plenitude e alegria.
 

Combinações de remédios e alimentos podem ser perigosas

freepik

Na maioria das vezes, é recomendado comer algo antes de ingerir qualquer medicamento. Entretanto, é importante considerar que os alimentos têm um grande efeito na forma como o corpo processa os medicamentos, podendo aumentar ou reduzir a eficácia do tratamento.

Algumas combinações de medicamentos e alimentos podem resultar em coágulos sanguíneos ou danos no fígado. Segundo o doutor em Farmacologia e coordenador do curso de Farmácia da Universidade Positivo (UP), Felipe Lukacievicz Barbosa, é crucial revisar a bula antes de iniciar um novo tratamento para identificar alimentos que podem ou não ser consumidos durante o uso do remédio. 

Confira a seguir, cinco combinações que, segundo o especialista, devem ser evitadas.


  • Antibióticos x laticínios

A ingestão de alguns medicamentos, como certas classes de antibióticos (tetraciclinas e quinolonas), pode ter um efeito negativo se feita com leite. O cálcio presente no leite ou em derivados pode formar um complexo insolúvel com as moléculas dos antibióticos, impedindo a absorção normal pelo corpo. “Ou seja, o organismo pode não absorver a quantidade correta do medicamento, comprometendo o efeito farmacológico. Logo, a doença pode não ser tratada efetivamente”, explica. Mas isso não significa que nenhum medicamento pode ser tomado com leite.  Por isso, na dúvida, é sempre importante consultar um médico ou farmacêutico.


  • Estatinas x frutas cítricas

Algumas frutas cítricas, como o suco de toranja (grapefruit), podem conter moléculas que interferem na absorção das Estatinas, medicamentos que exercem o efeito de diminuir os níveis de colesterol no sangue. “Quando ingeridas com esses sucos, as estatinas sofrem um aumento elevado, sendo interpretado como um efeito tóxico no sangue. Apesar de os dados ainda não relacionarem diretamente essa associação de maneira perigosa, na dúvida, é melhor ingerir os medicamentos com água”, explica. 


  • Anticoagulantes x hortaliças folhosas

As hortaliças folhosas, como espinafre, couve e alface, apresentam abundantes quantidades de Vitamina K, que é  crucial na ativação da cascata da coagulação sanguínea, quando necessário. No entanto, para aqueles que fazem uso de anticoagulantes, cujo objetivo é inibir essa cascata por diversos motivos, a ingestão excessiva dessas hortaliças podem reduzir a eficácia do medicamento, ocasionando a ativação indesejada da cascata de coagulação. Fazendo com que o medicamento perca seu efeito e a pessoa volte a formar coágulos no sangue.


  • Analgésicos x bebidas alcoólicas

O consumo de bebidas alcoólicas não deve ser evitado apenas ao tomar antibióticos. Antidepressivos, analgésicos e medicamentos para diabete também podem causar uma série de complicações quando interagem com o álcool. A combinação de analgésicos, como ácido acetilsalicílico e paracetamol, com bebidas alcoólicas também apresenta riscos significativos. Além do aumento do risco de sangramento gástrico, a mistura pode levar à toxicidade hepática, respectivamente. O efeito depressor do álcool no sistema nervoso central também pode potencializar os efeitos dos analgésicos, resultando em sedação excessiva e outros sintomas indesejados.


  • Antipsicóticos x café

Os antipsicóticos, projetados para diminuir a atividade do sistema nervoso central, podem ter o efeito comprometido pelo consumo de cafeína presente no café. Em casos de tratamento para condições como esquizofrenia, em que a sedação é desejada, o café pode contrariar esse efeito, causando agitação, distúrbios do sono e aumento da frequência cardíaca. O equilíbrio entre a medicação e o consumo de cafeína deve ser cuidadosamente avaliado pelo profissional de saúde.

“Conhecer e compreender essas interações é essencial para garantir a eficácia dos tratamentos e evitar potenciais complicações à saúde. Sempre consulte um médico ou farmacêutico antes de fazer alterações significativas em sua dieta, ou rotina de medicamentos”, aconselha Barbosa.



Universidade Positivo
up.edu.br/

 

Arrotar é preciso. E importante para a saúde!

 

Do contrário, este pode ser um sintoma de Disfunção Cricofaríngea Retrógrada, uma patologia que impacta significativamente a qualidade de vida e tem como principal característica a dificuldade em arrotar; médica do Hospital Paulista explica as causas e tratamentos existentes

 

Embora proibitivo para as regras de etiqueta, o ato (natural) de eliminar gases do estômago pela boca - ou seja, arrotar - é um indicativo de saúde estável. Afinal, trata-se de uma demanda fisiológica que, quando atendida por nós, só denota algo comum e necessário para o funcionamento do aparelho digestivo (em que pesem as ressalvas em relação aos “bons modos” sempre tão recomendáveis). 

O problema é justamente quando ocorre o contrário. Não arrotar ou mesmo arrotar pouco pode ser sintoma de Disfunção Cricofaríngea Retrógrada, uma patologia que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Isso porque ela compromete a liberação dos gases que acumulamos no corpo, causando flatulência, dor e distensão abdominal e, até mesmo, dificuldade ou incapacidade de vomitar. 

Além de todo esse mal-estar físico, estudos também associam essa anomalia a quadros de alteração de humor, irritabilidade, ansiedade e inibição social.

 

Origem 

De acordo com a médica otorrinolaringologista Luciana Costa, do Hospital Paulista - referência em saúde de ouvido, nariz e garganta -, a origem do problema está em um músculo que fica na região do pescoço, entre a faringe e o esôfago. 

"Trata-se do músculo cricofaríngeo, que é o principal responsável pelo componente contrátil que permite que o alimento siga da faringe para o esôfago. Ele relaxa quando ingerimos algo e mantém certa pressão em momentos de repouso, fechando-se para proteger as vias aéreas de um possível refluxo e da ingestão de ar durante a respiração”, explica a médica. 

Segundo ela, durante o reflexo de arrotar, esse músculo precisa relaxar para permitir o fluxo retrógrado de ar do estômago para a boca. Quando isso não acontece, os pacientes não conseguem arrotar, e o ar permanece preso no esôfago. “Isso provoca uma série de desconfortos físicos e também psicológicos que são efeitos atribuídos à Disfunção Cricofaríngea Retrógrada", reitera.

 

Impactos 

Da parte psicológica, em específico, Dra. Luciana destaca que avaliações de qualidade de vida associam o problema a pacientes com maiores taxas de ansiedade, isolamento social e diminuição da produtividade (dias de ausência no trabalho e/ou escola). 

"Em busca de alívio, eles acabam fazendo modificações no estilo de vida, alteram seu regime de exercícios, limitam ou modificam sua dieta e evitam situações sociais. Essa situação, segundo relatos de pacientes, costuma ter início na adolescência e tendem a piorar na idade adulta.” 

O diagnóstico, contudo, não é tão simples. Requer uma série de avaliações e não há um exame específico para tal - conforme explica a Dra. Luciana. "O diagnóstico da Disfunção Cricofaríngea Retrógrada é, atualmente, considerado um diagnóstico de exclusão e depende principalmente da história clínica. Ainda não existe um exame complementar que confirme a disfunção, embora haja diversas pesquisas sendo desenvolvidas nesse sentido.”

 

Tratamentos 

Quanto aos tratamentos, a médica esclarece que o mais comum é por meio da aplicação de toxina botulínica, para enfraquecer o esfíncter esofágico superior (estrutura composta pelo músculo cricofaríngeo). 

Esse procedimento, quando indicado, é feito pelo médico otorrinolaringologista, no consultório através de eletromiografia ou no centro cirúrgico sob anestesia geral, usando uma técnica minimamente invasiva através da boca. O efeito ocorre imediatamente após a aplicação e a duração parece ser prolongada.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Fevereiro roxo: conscientização da doença de Alzheimer


A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer, que atinge sete entre 10 indivíduos em todo mundo. Segundo a OMS, o Alzheimer é responsável por 70% dos casos de demência mundial. No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas enfrentam alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O alerta é que, até 2050, de acordo com a Alzheimer’s Disease International, o número de diagnósticos da doença pode ultrapassar 131 milhões. 

Considerada uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura, que afeta pessoas acima de 65 anos de idade, o Alzheimer impacta a memória, linguagem e a percepção do mundo. Provoca alterações no comportamento, personalidade e no humor do paciente. Apesar disso, o Dr. Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz aponta que importantes avanços científicos contribuem para o diagnóstico precoce e assertivo desse tipo de demência, e para o tratamento adequado e melhoria na qualidade de vida do paciente. 

A descoberta de exames de biomarcadores, que são realizados por meio de uma pequena amostra de líquor coletado com a punção lombar, um procedimento seguro e minimamente invasivo, e uma pequena amostra de sangue, também coletada em paralelo, proporcionou a definição biológica da doença, o que permite o diagnóstico definitivo do Alzheimer, e a seleção mais assertiva dos participantes de ensaios clínicos sobre essas drogas, e possibilita monitorar a interferência da droga no avanço da doença.

 

Sinais de alerta: problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho, dificuldade para realizar tarefas habituais e para se comunicar, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de raciocínio, alterações frequentes do humor e do comportamento, mudanças na personalidade, perda da iniciativa para fazer as coisas simples da rotina, dificuldade para lembrar onde estão determinados objetos são sinais que podem indicar que algo não vai bem com a saúde neurológica.

 

Diagnóstico da doença de Alzheimer: a avaliação médica criteriosa, exames de neuroimagem, testes cognitivos, coleta de líquido cefalorraquidiano para avaliar biomarcadores, são os fatores que compõe o tratamento ouro ao paciente. Além disso, Dr. Haddad reforça a importância após o diagnóstico haver o acompanhamento periódico e individualizado de cada caso e da necessidade do envolvimento ativo da rede de apoio do paciente com Alzheimer. “Orientar familiares, cuidadores e todos envolvidos na rede de apoio é fundamental para que possam lidar com cada fase da doença de modo a contribuírem para a que a assistência abarque todos os aspectos da vida do paciente”, afirma o especialista.

 

Saúde e prevenção: exercitar a mente com atividades contínuas de aprendizado, atividades físicas regulares, dieta rica em alimentos protetores para o cérebro com vegetais de folhas escuras, legumes, leguminosas, frutas vermelhas, oleaginosas, vinho tinto, azeite de oliva, grãos integrais, peixes e aves devem fazer parte do cardápio de prevenção à doença. Já alimentos como manteigas e margarinas, frituras, fast-foods, queijos, produtos processados, doces e carnes vermelhas devem ser evitados. O neurologista destaca ainda que cuidar da saúde cardiovascular, aprender novos idiomas, desenvolver habilidades manuais ou que exijam alto nível de concentração e dormir bem, podem contribuir para a prevenção de demências, incluindo a doença de Alzheimer.



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Link


Hiperpigmentação da pele: por que ela acontece e como tratar

Problema pode ser causado por questões hormonais, traumas ou queimaduras solares; tratamento inadequado pode piorar marcas escurecidas 

 

Alterações hormonais, queimaduras solares, uso de medicações e traumas, como aqueles causados pela depilação, são alguns dos motivos para o surgimento das tão temidas marcas escurecidas na pele. Com tantas causas, é possível preveni-las? E quando não for, como tratá-las? 

A convite de Profuse, marca de dermocosméticos do Aché Laboratórios, a dermatologista Glaucia Ferreira Wedy explica que o conhecido melasma, também chamado de cloasma, é um tipo de hiperpigmentação comum em mulheres. Ele pode ocorrer quando a produção dos hormônios estrogênio e progesterona estimulam o excesso de produção de melanina após a exposição ao sol. 

Por isso, uma das principais formas de prevenção é a proteção solar, tanto com o uso adequado de filtros solares (diariamente!) quanto com o uso de barreiras físicas, como chapéu, guarda-sol e roupas com proteção UV, durante a exposição ao sol. 

De acordo com a médica, nas ocasiões em que a pele fica vermelha, irritada ou desenvolve alguma dermatite, por exemplo, após a depilação, também pode ocorrer o escurecimento. “O processo inflamatório gerado na pele lesada leva ao aumento da produção de melanina, marcando a pele”, diz.

Não é possível, contudo, identificar a causa das marcas escurecidas sem auxílio médico. Assim, a orientação é sempre consultar um dermatologista caso alguma área do corpo esteja hiperpigmentada. Isso porque as manchas escurecidas podem também indicar um problema de saúde subjacente. 

“A intolerância à glicose, pode levar ao escurecimento de algumas áreas, como a região cervical, e tem o nome de acantose nigricans. A região fica com um aspecto aveludado e hiperpigmentado, sendo necessário consultar um endocrinologista”, afirma a especialista.


Tratamento

O dermatologista é a pessoa recomendada para indicar a melhor maneira de tratar as marcas escurecidas. Portanto, é fundamental fugir das receitas caseiras que pipocam nas redes sociais. O uso de substâncias e produtos que não foram desenvolvidos para serem aplicados na pele ou para o tratamento de hiperpigmentação pode causar irritação e até mesmo piorar o quadro. O limão, por exemplo, é um ingrediente muito popular na internet para a uniformização da pele, porém, seu uso não é indicado e pode aumentar ainda mais as manchas.

“O tratamento vai depender da identificação da causa ou origem da hiperpigmentação. Podem ser usados cremes com ativos que reduzem a formação de melanina, filtros solares translúcidos ou com cor; lasers e peelings químicos”, esclarece a Dra. Glaucia. Alguns ativos que podem auxiliar no tratamento são a cisteamina, o ácido kójico, o alfa-arbutin, a niacinamida e o ácido gálico.

 

Entenda o papel da hidratação no envelhecimento saudável

 

Em um momento que a expectativa de vida volta a subir, brasileiros precisam ter mais atenção à saúde


A Tábua de Mortalidade 2022 revelava uma significativa queda na expectativa de vida dos brasileiros, passando de 76,2 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021. Essa redução foi atribuída ao aumento das mortes relacionadas à pandemia de COVID-19. Em seguida, o valor mudou e um recém-nascido, em 2022, tinha uma previsão de viver até 75,5 anos, chegando a 72 anos para homens e 79 para mulheres. Essas estatísticas destacam a necessidade de promover um envelhecimento ativo e saudável à população. 

De acordo com o Dr. Gustavo Feil, renomado médico especializado em Ciências da Longevidade Humana e Nutrologia, um dos pilares fundamentais para alcançar esse objetivo é a atenção à hidratação adequada na terceira idade. “Associada a uma dieta equilibrada e à prática regular de atividade física, a hidratação desempenha um papel importante no bem-estar físico e emocional dos idosos”, conta.

Ele ressalta ainda a importância desse tripé para o envelhecimento ativo, onde a hidratação adequada é muitas vezes subestimada, mas desempenha um papel crucial na manutenção da saúde na terceira idade. Combinada com uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, e a prática regular de atividade física, contribui para a prevenção de diversas doenças associadas ao envelhecimento.

“Manter-se hidratado é essencial para garantir o bom funcionamento do organismo, especialmente em idades mais avançadas, quando a desidratação pode levar a complicações de saúde significativas”, explica. Para ele, uma hidratação adequada auxilia na manutenção da saúde renal, na regulação da temperatura corporal e na lubrificação das articulações, elementos de atenção para um envelhecimento ativo e confortável.

O Dr. Gustavo Feil ressalta que "além da hidratação, é necessário adotar uma dieta equilibrada, adaptada às necessidades nutricionais específicas da terceira idade”. Isso porque a combinação de nutrientes como vitaminas, minerais e antioxidantes fortalece o sistema imunológico e contribui para a manutenção da saúde cognitiva.

A prática regular de atividade física, adaptada às condições individuais, é outro pilar essencial para um envelhecimento ativo. Os exercícios não apenas melhoram a saúde cardiovascular e muscular, mas também têm impactos positivos no bem-estar emocional, reduzindo o risco de depressão e ansiedade.

Para um suporte personalizado nesse processo, a consulta com um nutrólogo torna-se valiosa. Esse profissional é capaz de elaborar planos alimentares específicos, considerando as necessidades individuais, promovendo um envelhecimento ativo e saudável. “Investir na qualidade de vida na terceira idade é investir no bem-estar e na autonomia. Ao adotar uma abordagem integrada, focada na hidratação, dieta equilibrada, atividade física e suporte nutrológico, é possível desfrutar de um envelhecimento ativo e pleno”, conclui.

 

Gustavo Feil - médico do desenvolvimento Físico e Mental com foco em Nutrologia e Medicina da Longevidade formado pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ/ SC e está sempre em busca da melhor versão em saúde, por meio da prevenção e promoção do bem estar. Também é pós graduando em Nutrologia pela USP RP e em Ciências da Longevidade e Vida Saudável pela Academia Longevidade Saudável. Possui trabalho com foco em emagrecimento, performance, estilo de vida saudável, longevidade e desenvolvimento humano. Para saber mais, acesse pelas redes sociais @drgustavofeil.


Robôs humanóides irão construir as próximas BMWs

Hitty-Ko explica benefícios e malefícios do uso dessa tecnologia nas fábricas 

 

Os próximos veículos da marca BMW serão montados por robôs humanóides que se adaptam imitando os trabalhadores humanos. A startup de robótica Figure anunciou um avanço significativo no mundo da automação, com a apresentação do primeiro robô humanoide de uso geral comercialmente viável.

 

O robô chamado Figure 01 promete revolucionar os processos fabris ao fornecer uma solução mais versátil para a automação das linhas de montagem.

Ao contrário das máquinas industriais tradicionais, que são projetadas para realizar uma única tarefa repetidamente, a novidade da Figure pode executar uma grande variedade de tarefas.

 

De acordo com Hitty-Ko Kamimura, entusiasta de Inteligência Artificial, e auxiliar no treinamento de IAs privadas, há um potencial muito interessante para uso de IAs e humanoides, mas não há motivo para pânico, ainda. “É fato que essas tecnologias estão revolucionando os locais de trabalho ao automatizar tarefas repetitivas e rotineiras. Isso implica significativamente na segurança e saúde ocupacional. Ao automatizar tarefas fisicamente exigentes ou perigosas, podemos reduzir o risco de lesões entre os trabalhadores. Isso é particularmente benéfico em indústrias de manufatura”, afirma o profissional.

 

A BMW pretende começar a usar estes robôs na sua fábrica em Spartanburg, na Carolina do Sul, para aumentar a produtividade e eficiência das suas linhas de montagem, permitindo simultaneamente que a força de trabalho humana se concentre em tarefas mais complexas. “A inserção de IA e robôs nas empresas automatiza muitas tarefas, potencialmente levando a um aumento na produtividade e eficiência. No entanto, essa mudança também traz desafios, pois enquanto se espera que a tecnologia assuma várias tarefas, há uma preocupação com a perda de empregos, especialmente entre trabalhadores de baixa qualificação”, alerta o especialista.

 

Na fase inicial desta parceria a Figure irá avaliar os processos de fabricação da BMW para identificar onde encaixar  adequadamente os seus robôs. Ao longo dos próximos 12 a 24 meses, a empresa pretende integrar os robôs em várias etapas da fábrica. Assim, existem planos para expansão do projeto, se o desempenho for bom. “A implementação em larga escala de IAs e robôs pode apresentar desafios como aumento da demanda por componentes eletrônicos, elevação dos custos de energia e a complexidade de programá-los para tarefas específicas. Por exemplo, a recente crise dos microchips envolvendo certos países apresenta uma barreira para a aplicação em larga escala de muitas tecnologias", acrescenta Hitty-Ko.

O profissional esclarece que isso reflete a dependência mundial em certas regiões para a produção de alguns componentes essenciais, como os microchips. “A transferência de tecnologia para estabelecer novos polos de fabricação pode levar anos, e indústrias desse setor podem precisar de apoio do governo para seu sucesso, pois o retorno financeiro demora a vir devido aos elevados custos da instalação inicial. Ainda, quanto maior a dependência de tecnologia, maior o consumo energético. Esse é um custo que deve ser levado em consideração antes de implementar essas tecnologias em um negócio. Em alguns casos, é possível conciliar esses gastos adicionais com geração de energia sustentável”, acrescenta Kamimura.

Temos ainda os custos relacionados a profissionais capacitados para criação, manutenção e até treinamento desses sistemas. Tais profissionais estão em alta demanda pelo mercado, o que pode encarecer bastante o orçamento.

Esses fatores podem complicar e atrasar a implementação em larga escala de IAs e robôs. “Alguns estudos sobre o impacto de robôs industriais descobriram que, embora eles não tenham causado perdas totais de empregos, eles afetaram com algumas vagas na manufatura sendo perdidas. Porém, novas vagas surgiram. No entanto, essa transição também resultou em salários reduzidos para alguns trabalhadores, particularmente aqueles em ocupações de média qualificação na operação de máquinas”, destaca o estudioso.

Estudos também destacaram o impacto negativo do crescimento robótico em jovens trabalhadores menos educados em algumas regiões, sugerindo que se o crescimento da manufatura não tivesse dependido tanto de robôs, poderia haver mais empregos disponíveis para esses grupos. “Esses e outros estudos mostram que funções operacionais sofrerão grande impacto ante essas novas tecnologias e, mais do que nunca, focar em estudos e capacitação hoje será essencial para manter o emprego no futuro. Afinal, embora seja possível ser substituído em certas tarefas, precisaremos de muitos anos ou mesmo décadas até que tenhamos programas, aplicados em larga escala, com capacidades cognitivas suficientes para substituir tarefas mais complexas”, acrescenta.

A parceria estabelecida pela Figure com uma construtora de automóveis segue uma tendência crescente nas grandes indústrias, havendo várias empresas competindo para introduzir os seus robôs de uso geral no mercado. A Apptronik, apoiada pela NASA, a Agility Robotics, e a Tesla, com o robô Optimus estão entre os principais concorrentes.

Estes avanços sugerem que os robôs de uso geral poderão em breve desempenhar um papel crucial na indústria e em outros setores da economia, revolucionando os métodos fabris e permitindo que os trabalhadores humanos (que mantiverem o emprego) se concentrem em tarefas mais desafiantes e criativas. 

 

Hitty-Ko Kamimura - Graduado em Farmácia e adora desenvolvimento criativo, com uma paixão por inovação e tecnologia. Kamimura é um entusiasta em Inteligência Artificial e auxilia no treinamento de IAs privadas. Sua expertise abrange desde a biotecnologia até o desenvolvimento conceitual de softwares.



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