Dispositivos, que dizem medir a glicemia de forma não invasiva, não são aprovados pela Anvisa e FDA e ainda necessitam de mais estudos até serem considerados seguros
A
Sociedade Brasileira de Diabetes alerta que o uso de relógios que dizem medir a
glicose de forma não invasiva não é recomendado porque faltam estudos que
demonstrem a sua confiabilidade. Seu uso pode criar riscos para o usuário. Além
disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da
Saúde, e FDA, agência norte-americana que protege à saúde do consumidor e busca
garantir que os itens regulados sejam seguros ao uso, não aprovaram estes
medidores.
Em um
futuro próximo, talvez esses métodos não invasivos de mensuração da glicose se
tornem viáveis, pois a tecnologia avança e muitos estudos estão sendo
realizados. Hoje, porém, não são confiáveis. Vendidos principalmente pela
internet, esses dispositivos usam métodos ópticos, de micro-ondas ou
eletroquímicos para medir a glicemia. Entretanto, o valor medido ainda não tem
muita correlação com o valor real da glicose no sangue e a faixa linear é
estreita, de acordo com pesquisas. Isso faz com que a correção subsequente do
algoritmo seja necessária, tornando esse tipo de avaliação ainda duvidoso e sem
real comprovação científica por estudos robustos.
Alguns relógios
sinalizam que a medição é feita por Radiofrequência, sendo que estudos mostram
muitas interferências de acordo com temperatura corpórea, sudorese local,
reação alérgica e outros fatores que poderiam reduzir a acurácia (exatidão)
deste método e portanto, a segurança da pessoa com diabetes.
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