15 de fevereiro é conhecido pelo Dia de Combate ao Câncer
Infantil, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre
a doença que atinge milhares de crianças e adolescentes ao redor do mundo. No Brasil, o câncer lidera o ranking das doenças que
causam a morte de crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos, excluídas
as mortes por causas externas. Por outro lado,
atualmente, para tumores como a Leucemia Linfoblástica aguda, 80% das crianças
e adolescentes com câncer podem ser curadas se forem diagnosticadas
precocemente.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), de
2023 a 2025, há uma estimativa de cerca de 7.930 novos casos de câncer
infantojuvenil a cada ano, no país. Atento para essa crescente,
Dr. Luís Fernando Menezes, médico pediatra e
oncologista, membro da Doctoralia, a maior plataforma de agendamento de consultas do mundo,
alerta para a importância do diagnóstico precoce. “O câncer infantil pode
apresentar sinais muito comuns de outras doenças benignas típicas da infância,
como febre, dor abdominal, aumento de gânglios linfáticos. Por isso, quando um
sintoma se mostra atípico e persistente, nos faz acender o alerta vermelho para
a possibilidade de uma neoplasia”, afirma. Devido a essa dificuldade, a
percepção dos pais passa a ser fundamental para a primeira suspeita de que algo
não está correto com a criança. “O diagnóstico precoce é muito importante para
identificar a doença em estágios iniciais, com uma carga tumoral menor e com
maiores chances de cura. A conscientização sobre o câncer infantil continua a
ser uma necessidade urgente, quanto maior o acesso a conhecimentos sobre a
doença, mais os pais e os profissionais de saúde estarão preparados para
identificá-lo”, explica.
Diferenças do câncer adulto para o câncer infantil
Ao contrário do câncer no adulto, o câncer infantojuvenil,
frequentemente tem origem em células indiferenciadas do sistema sanguíneo e os
tecidos de sustentação. As células que sofrem a mutação no material genético
não conseguem amadurecer como deveriam e permanecem com as características
semelhantes da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada.
Por isso, a proliferação do tumor é mais rápida em crianças.
Outra diferença é que, se por um lado o câncer em adultos está
ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição
ou estilo de vida, o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais
ou externos. Sendo ainda mais significativo o diagnóstico precoce para o
sucesso do tratamento.
Além disso, é muito importante contar com uma equipe
multidisciplinar. Nesse contexto, Dr. Luís Fernando reforça a necessidade da
presença de um psicólogo com acompanhamento regular para o apoio não só do
paciente acometido pela doença, mas de seu núcleo familiar. “O cuidado integral
é indispensável no processo de amparo ao sofrimento vivenciado, trabalhando
expectativas e medos, e, principalmente, evitando o abandono do tratamento”,
conclui o médico pediatra oncologista.
Doctoralia
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