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Reconhecido como a primeira causa de morte por
doença em crianças, o câncer infantil está atrás apenas das mortes causadas por
acidentes, no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que
aponta ainda que, no triênio 2023/2025, 7.930 novos casos de câncer atingirão a
população de 0 a 19 anos de idade, a cada ano no território nacional.
Diferente dos casos na população adulta, o tumor
infantil não possui fatores de risco ou formas de prevenção; o diagnóstico
precoce, por meio de investigação médica e tratamento especializado, são as
principais formas de evitar a evolução.
Ainda de acordo com o INCA, os tipos mais comuns
são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas, neuroblastoma,
sarcomas e o tumor de Wilms, neoplasia maligna originada no rim.
O pediatra e professor do curso
de Medicina da Faculdade Pitágoras,
Daniel Portela, orienta que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais do
corpo da criança. “Sintomas como febre persistente, suores noturnos e perda
repentina de peso, podem ser confundidos com outras doenças, por isso a
informação pode ser aliada para que um diagnóstico precoce salve vidas”,
explica o especialista.
O médico também cita algumas características
específicas nos casos de neoplasias. “Geralmente surgem manchas no corpo, cansaço,
dor nos ossos, anemia, dor de cabeça, falta de equilíbrio, estrabismo e
inchaços. Esses quadros são comuns nos diagnósticos de câncer infantil”, diz.
A depender de cada caso, será realizada
quimioterapia, medicação alvo, radioterapia ou cirurgia. Portela destaca a
importância de realizar o tratamento numa unidade especializada, onde a criança
ou adolescente irá receber apoio de uma equipe multidisciplinar. “O paciente
precisa de acompanhamento de todos os profissionais; uma equipe que esteja
envolvida na cura, mas também na qualidade de vida física, psicológica e social
desta criança”, afirma o pediatra.
Portela enfatiza que o câncer infantil não está
relacionado ao estilo de vida. “Não existem fatores ambientais ou riscos de
exposição associados ao surgimento de tumor infantojuvenil. A única forma de
amenizar os danos causados às crianças é manter a periodicidade às consultas
médicas”, conclui.
Em alusão ao dia 15 de fevereiro, data conhecida
internacionalmente pelo Combate ao Câncer Infantil, o médico destaca os
principais sintomas associados a esta enfermidade:
- Perda de peso contínua e inexplicável;
- Dores de cabeça com vômito de manhã;
- Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou
articulações;
- Aumento ou inchaço na região abdominal, pescoço ou
qualquer outro local;
- Pupila esbranquiçada ou alterações visuais, como
estrabismo;
- Febres recorrentes não causadas por infecções;
- Manchas no corpo e sangramentos repentinos;
- Cansaço exagerado;
- Palidez.
Faculdade Pitágoras
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