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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Evento INSPIRAR discute Saúde Mental e Emocional de Pacientes Oncológicos

 

O evento presencial e gratuito no dia 15 de julho tem últimos dias de inscrição e reúne especialistas renomados da área

Promovido pelo Instituto Quimioterapia & Beleza, entidade sem fins lucrativos cuja missão é ajudar pacientes de câncer a enfrentar sua jornada com coragem e autoestima, o terceiro Simpósio para pacientes oncológico tem os últimos dias para inscrições. O evento acontecerá no dia 15 de julho de 2023, das 11h às 18h, no auditório da Unibes Cultural em São Paulo e tem inscrições, abertas ao público, que podem ser realizadas através do link.~

 

A iniciativa conta com a participação de especialistas, apoiadores da causa, líderes de opinião e influenciadores e é voltada a pacientes que necessitam de apoio psicológico e de informação para enfrentar a jornada de tratamento de forma digna e positiva preservando o valor da vida, a vaidade e a autoestima. O tema da edição é saúde mental e emocional do paciente oncológico e contará com a presença de Soninha Francine, Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, para a abertura do simpósio.

O evento terá oficinas, atividades, mesa redonda e painéis sobre diferentes temas ligados ao tratamento oncológico e a saúde mental dos pacientes. Um dos destaque da edição de 2023, é o painel sobre saúde mental do paciente oncológico LGBTQIA+ realizado pelo Dr. Saulo Ciasca, psiquiatra e professor de saúde LGBTQIA+ e Diana Oliveira, paciente oncológica e mulher trans com deficiência.

“Existe pouco acesso a informações importantes sobre saúde mental durante o tratamento oncológico como um todo, quando pensamos em saúde LGBTQIA+ existe uma dificuldade de acesso enorme em determinadas populações dentro dessa sigla, sobretudo população trans, travesti e intersexo. Há também um desconhecimento sistemático na área da saúde sobre questões LGBTQIA+. (...).Por isso a relevância do Simpósio, para discutir temas importantes, como conceitos básicos de sexualidade e a diversidade sexual e de gênero, ações para diminuir a vulnerabilidade dessa comunidade a acolhê-la no serviços de saúde, e até questões mais específicas da oncologia pensando nas disparidades de saúde do paciente oncológico e população na LGBTQIA+ ”, destacou o Dr. Saulo Ciasca sobre o painel a ser realizado.

O Instituto Quimioterapia & Beleza, acredita que pessoas orientadas ao equilíbrio emocional são capazes de sentir-se bem consigo mesmas, pelo valor que possuem e por suas habilidades de coragem, competência e resiliência. O time de especialistas participará voluntariamente do simpósio e compartilharão seus conhecimentos, que inspiram e informam os pacientes oncológicos e suas redes de apoio.

O encerramento do evento acontecerá com a apresentação da cantora e apresentadora Sabrina Parlatore. A programação completa, com todas as atividades e participantes do 3° Simpósio para Pacientes Oncológicos do IQeB, pode ser conferida no site de inscrição através do link.

 

Sobre o Instituto Quimioterapia & Beleza:

O IQeB é uma OSC sem fins lucrativos cujo time de dirigentes dedica-se a informar, apoiar e conectar pessoas que passam pela jornada do câncer. Tornou-se um centro de referências de conhecimento, pesquisa e disseminação de informações seguras e confiáveis, sobre beleza, autoestima, prevenção, diagnóstico precoce e cuidados com a saúde dos pacientes com câncer e seus direitos. Além de proporcionar suporte afetivo e psicológico ao paciente, seus familiares e cuidadores, e promover o voluntariado.

 

Serviço:

 INSPIRAR - 3º Simpósio para pacientes oncológicos do IQeB

15 de julho de 2023, das 11h às 18h

Unibes Cultural - Rua Oscar Freire, 2500 - Sumaré - São Paulo/SP 

Inscrição Individual Gratuita

Link: https://www.sympla.com.br/inspirar---a-saude-mental-e-emocional---3-simposio-para-pacientes-oncologicos-do-iqeb__2006317



Incontinência urinária tem tratamento e precisa de atenção

 

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina, que pode acontecer como pequenos escapes diários, em gotas ou jatos, ou até a total incapacidade de controle. É mais frequente entre as mulheres, especialmente após a menopausa, quando os músculos do assoalho pélvico tendem a enfraquecer.

 

Apesar de não representar um risco significativo para a saúde, esta condição traz consequências emocionais e de autoestima. Pessoas com perdas frequentes de urina enfrentam impacto na qualidade de vida – a situação interfere nas atividades normais e às vezes até o contato social é evitado, por receio de que o cheiro de urina seja percebido.

 

De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), no Brasil 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos apresentam incontinência. Vários fatores de risco desencadeiam a condição, como diabetes, obesidade e doenças neurológicas. Nas mulheres, pode ocorrer depois de múltiplos partos naturais ou de cirurgias ginecológicas; nos homens, os problemas de próstata são o principal fator.  

 

Há duas formas mais comuns de manifestação da incontinência urinária: por esforço e por urgência. No primeiro caso, os escapes ocorrem quando os músculos pélvicos sofrem pressão durante algum esforço físico, como praticar exercícios e até tossir ou espirrar. A perda por urgência acontece quando a pessoa tem uma vontade intensa e repentina de fazer xixi, e não consegue chegar ao banheiro a tempo.

 

A incontinência pode se apresentar em qualquer idade, mas costuma ser mais frequente entre idosos: após os 70 anos, a chance de ter escapes de urina é de quatro a cinco vezes maior do que na faixa entre os 20 e 40 anos, segundo a SBU. E mesmo sendo um problema comum, que atinge muito mais pessoas do que se imagina, quem sofre deste distúrbio sente muito desconforto em relatar o problema, mesmo que seja para um profissional.

 

Mas uma das coisas mais importantes a se saber sobre a incontinência urinária é que esta condição tem tratamento, seja para homens ou mulheres, para casos leves ou graves. Não é preciso se conformar em perder urina depois de certa idade. A incontinência não é irreversível e os tratamentos devolvem qualidade de vida para os pacientes. Cada causa terá uma abordagem mais efetiva.

 

Alguns casos são pontuais em um período da vida ou requerem apenas mudanças de hábitos. Em outros, será preciso avançar para tratamentos mais longos ou até cirúrgicos. O importante é sempre buscar auxílio médico ao observar escapes com frequência. Confira a seguir os quatro métodos mais comuns de tratamento.


 

Incontinência: quatro formas de tratar

 

1. Fisioterapia pélvica

O treinamento dos músculos auxilia no fortalecimento do assoalho pélvico e é a primeira linha de tratamento para a incontinência, por ser uma abordagem conservadora. O paciente, homem ou mulher, é acompanhado por um fisioterapeuta e pratica exercícios individualizados para cada caso.

Esta técnica é indicada especialmente para os casos de incontinência por esforço, que está diretamente ligada à musculatura. Traz bons resultados para casos leves de prolapso genital (bexiga caída) em mulheres e na recuperação da perda urinária em homens depois da retirada da próstata.  


 

2. Medicamentos

Para a incontinência também existe tratamento farmacológico, usado principalmente nos casos de bexiga hiperativa – quando há urgência de urinar, condição que pode causar escapes.


Uma das classes de medicamentos indicada é a dos anticolinérgicos, que provoca a redução das contrações involuntárias do músculo da bexiga, diminuindo a sensação de urgência e aumentando a capacidade de armazenamento do órgão.


 

3. Laser

A aplicação de laser íntimo é recomendada para mulheres em casos leves. É um procedimento ambulatorial não invasivo, e não precisa de anestesia nem de hospitalização. O equipamento emite ondas de laser nas paredes internas da vagina, o que promove a vascularização e a estimulação do colágeno. Ao longo de algumas sessões, a região é tonificada e os escapes diminuem. Também é indicado para os casos de incontinência por esforço.


O laser é um tratamento que precisa de sessões de manutenção ao longo do tempo, dependendo da resposta de cada paciente. 


 

4. Cirurgia

Indicada para homens e mulheres com quadros mais avançados, quando os demais tratamentos não respondem satisfatoriamente. A cirurgia normalmente é uma intervenção para os casos de incontinência urinária por esforço e há diferentes técnicas, adequadas para cada causa.

Um dos procedimentos mais comuns é o implante de sling, uma fita sintética posicionada de forma a dar mais sustentação à uretra, para homens e mulheres. Outra técnica aplicada em pacientes homens é o esfíncter urinário artificial, uma solução para casos graves. Neste procedimento, é implantado um dispositivo de silicone sólido, que reproduz a função do esfíncter e é controlado voluntariamente pelo paciente através de uma bomba. 

 

SÉRGIO AUGUSTO SKROBOT - Urologista



A catapora é perigosa para adultos? Entenda os riscos e saiba como se protege

A catapora, também conhecida como varicela, é uma infecção viral comum na infância, causada pelo vírus Varicela-Zoster. É caracterizada por erupções cutâneas e coceira, que evoluem para bolhas e crostas secas em poucos dias. Embora a maioria dos casos em crianças seja benigna e autolimitada, a doença pode ser mais grave em adultos, especialmente em indivíduos com sistema imunológico comprometido.  

A resposta imunológica em adultos pode ser mais exuberante, o que leva a uma doença mais grave. Além disso, as complicações da catapora em adultos são mais comuns e podem levar a óbito, principalmente devido à pneumonia primária. As lesões na pele são mais pronunciadas, a febre é mais elevada e prolongada, e o estado geral do paciente é mais comprometido.

 

Complicações da Catapora 

O médico e diretor técnico da clínica Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque, comenta que as principais complicações da catapora estão associadas aos casos severos ou tratados inadequadamente. Os pacientes podem apresentar inflamação no sistema nervoso, conhecida como encefalite, pneumonia e infecções na pele e no ouvido. A doença pode ser mais grave para recém-nascidos, mulheres grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa, como pessoas com Aids, transplantados ou que estejam realizando quimioterapia para o tratamento de câncer.

 

Transmissão da Catapora 

A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos contaminados pelo vírus. Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e da pele de pacientes infectados. Raramente, a catapora é transmitida por meio de contato com lesões de pele. O período de incubação do vírus é de 4 a 16 dias. A transmissão se dá entre 1 a 2 dias antes do aparecimento das lesões de pele e até 6 dias depois, quando todas as lesões estiverem na fase de crostas.

 

Vacinação contra a Catapora 

O Dr. Marco César Roque destaca que a melhor forma de prevenir a catapora é através da vacinação. Desde 2013, o Ministério da Saúde introduziu a vacina tetra viral na rotina de vacinação de crianças entre 15 meses e 2 anos que já tenham sido vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). 

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina tríplice viral e, portanto, a tetra viral pode ser usada nas duas doses.

A vacinação é fundamental para prevenir a catapora e suas complicações em adultos e indivíduos com sistema imunológico comprometido. A vacina é segura e eficaz, e pode prevenir até 98% dos casos de catapora. Além disso, a vacinação ajuda a prevenir a reativação do vírus Varicela-Zoster, que pode causar herpes-zoster, uma doença dolorosa e debilitante.

“Embora a catapora seja uma doença comum na infância, é importante lembrar que ela pode ser mais grave em adultos, especialmente em pessoas com sistema imunológico comprometido. As complicações da catapora podem ser graves e até fatais, e a melhor forma de preveni-las é através da vacinação. Se você está em dúvida sobre a vacinação ou se já teve catapora, converse com seu médico para obter mais informações e recomendações específicas para o seu caso.” Finaliza o Dr. Marco César Roque.

  

Marco César Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia. Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.

 

Dez anos da lei que determinou o que é um ato médico

 Sancionada em 10 de julho de 2013, Lei Nº 12.842 estabeleceu que o objeto da atuação do médico e suas atividades

 

Lá se foram dez anos do dia em que uma caneta assinou um papel, no Planalto Central, e determinou o que é o exercício da medicina. Em 10 de julho de 2013, o Governo Federal sancionou a Lei Nº 12.842, que estabeleceu que o objeto da atuação do médico é a saúde do ser humano e das coletividades humanas, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer natureza

Até a data de sua assinatura, esta lei tramitou pelo legislativo por 12 anos e, quando assinada, foi motivo de comemoração pela categoria, mesmo com alguns vetos parciais. Isso porque o Objeto estabeleceu as atividades privativas do médico.

O advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista em direito de saúde e direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, explica que a lei caracterizou a atividade médica, dando a ela a possibilidade de uma atuação harmônica, mais eficiente e mais segura na prestação dos serviços e ações de saúde.

“Temos muitos profissionais de saúde diferentes. Desde enfermeiros e psicólogos a até dentistas. Portanto, definir as atividades de uma categoria é legitimar seu ofício e contribui para a melhor caracterização de uma profissão”, salienta.

Thayan ainda esclarece que tal determinação é importante até mesmo para o desenrolar dos órgãos de fiscalização. “Tanto para o poder Executivo, quando para os órgãos de saúde e até para o próprio Ministério da Saúde, ter essa estrutura defina é importante. Isso facilita a fiscalização das atividades e pode promover uma melhor qualidade na oferta de serviços de saúde tanto na rede pública quanto privada”, argumenta o especialista.

Fiscalização esta que também é cabível ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e o seus conselhos regionais. Segundo Artigo 7, é competência do CFM editar normas para definir o caráter experimental de procedimentos em medicina, autorizando ou vedando a sua prática pelos médicos.

“Pela lei é claro o papel do CFM. Ficou estabelecido que a competência fiscalizadora dos Conselhos Regionais de Medicina abrange a fiscalização e o controle dos procedimentos especificados no caput, bem como a aplicação das sanções pertinentes em caso de inobservância das normas determinadas pelo órgão”, acentua o advogado.

Além da fiscalização, a lei também facilita a direção administrativa de serviços de saúde, cabendo mais flexibilidade para as instituições e não gerando função privativa de um médico. Isso quer dizer que, apesar de recomendado pela categoria, as instituições médicas podem ser dirigidas por executivos que não são médicos.

Hoje, a partir da lei de 2013, são muitos pontos estratégicos compreendidos como ato médico. Entre eles estão a execução de procedimentos diversos, a emissão de laudos, determinação de diagnóstico e prognóstico, realização de curativos, procedimentos cirúrgicos, perícia e até mesmo o ensinamento do exercício da medicina para profissionais de qualquer âmbito.

 

Obesidade: Especialista revela qual é o tratamento adequado e as principais recomendações

Perder peso não é uma tarefa simples para quem enfrenta sobrepeso ou obesidade, principalmente porque muitas vezes essas condições são acompanhadas por péssimos hábitos alimentares e sedentarismo. Mas o tratamento não é tão fácil assim, já que cada pessoa requer um tratamento específico, que deve ser supervisionado por um profissional médico. A Dra. Lorena Balestra, especialista em emagrecimento saudável, compartilha dicas valiosas sobre o tratamento da obesidade e do sobrepeso.

"Não podemos mais ignorar o fato de que a obesidade é uma doença grave, capaz de desencadear e agravar diversas outras condições de saúde. É fundamental compreender que a obesidade não deve ser tratada apenas como uma questão estética, mas sim como um problema de saúde que merece toda a atenção e cuidado necessários”, explica Lorena.

Ao contrário do que se pensa, simples mudanças nos hábitos de vida, como melhorias na alimentação e atividade física, não são suficientes para combater a obesidade e o sobrepeso. A Dra. Balestra ressalta: "A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a importância de abordagens multifatoriais e, quando possível, terapias medicamentosas no tratamento dessas condições. É necessário associar diversas outras estratégias para obter sucesso e garantir a manutenção dos resultados”, ressalta a médica.

 

Mas há dicas essenciais que devemos seguir para tratar efetivamente a obesidade? A Dra. Lorena compartilha algumas:

 

1. Busque apoio profissional: Procure a orientação de profissionais especializados em emagrecimento saudável, como médicos, nutricionistas e educadores físicos. Eles poderão traçar um plano personalizado e acompanhar sua jornada.

 

2. Adote uma alimentação equilibrada: Priorize alimentos naturais e nutritivos, evite alimentos ultraprocessados e foque em refeições balanceadas, ricas em frutas, vegetais, proteínas magras e gorduras saudáveis.

 

3. Pratique atividades físicas regulares: Encontre uma atividade que você goste e faça dela parte da sua rotina. Exercícios aeróbicos, musculação e práticas como ioga e pilates são ótimas opções.

 

4. Tenha um sono de qualidade: O descanso adequado é essencial para o equilíbrio do corpo. Priorize um ambiente propício para o sono e estabeleça uma rotina regular.

 

5. Cuide da saúde mental: A obesidade muitas vezes está relacionada a questões emocionais. Procure apoio psicológico para lidar com possíveis transtornos alimentares, estresse e ansiedade.

 

Lembre-se de que cada jornada de tratamento é única e requer paciência e comprometimento. Com o acompanhamento adequado e a abordagem correta, é possível conquistar a saúde e o bem-estar que você merece. Não deixe que os tabus e paradigmas te impeçam de buscar a transformação. Confie na sua capacidade de mudar e dê o primeiro passo rumo a uma vida mais saudável.

 

A especialista destaca que além disso, é fundamental desenvolver uma relação saudável com o nosso corpo, ouvi-lo e não nutrir sentimentos negativos em relação a ele. Aceitar o corpo como ele é e reconhecer que podemos melhorar, sem cultivar o ódio ou a insatisfação, é essencial. “Ao compreender e respeitar as particularidades do nosso organismo, estamos mais propensos a adotar escolhas saudáveis, buscar um estilo de vida equilibrado e encontrar a motivação necessária para alcançar nossos objetivos de forma positiva e duradoura”, finaliza.





Dra. Lorena Balestra - médica pós-graduada em nutrologia e endocrinologia. Em 2013 fez um workshop de biologia molecular na Michigan State University, em Michigan. Pesquisadora no CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.



Cultura machista coloca saúde masculina em risc

Cuidar da saúde mental também é visto com preconceito
entre homens, segundo Soraya Oliveira

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Neste Dia do Homem, psicóloga explica por que ainda hoje a maioria deles é negligente com o próprio bem-estar físico e mental



Uma pesquisa do Instituto Lado a Lado Pela Vida, que ouviu homens brasileiros de 18 a 65 anos, revelou que  62% desse público masculino só procura um médico quando apresentam “sintomas insuportáveis”. O levantamento, feito em 2021, revela ainda hábitos perigosos por parte deles, como automedicação e a procura por diagnósticos no “Google”, o que é contraindicado por médicos e especialistas. Por esses e outros motivos que o Dia do Homem, a ser celebrado no próximo 15 de julho, foi instituído para promover conscientização sobre os cuidados com a saúde da população masculina. 

A psicóloga Soraya Oliveira, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, avalia que a cultura machista ainda hoje é o principal fator para a resistência dos homens em realizar exames e consultas preventivas. “Ser homem não significa estar imune às doenças. Hoje, com estresse, tabagismo, uso do álcool, mesmo que de forma recreativa, ansiedade, pressão social e política, todas estas são situações que vêm adoecendo a população masculina”, detalha. 

Ela salienta que esse descuido da grande maioria dos homens ocorre tanto com a saúde física,  quanto com a mental. “Dentro dessa cultura machista, que ainda é muito forte no Brasil, buscar ajuda psiquiátrica e psicológica é algo visto com preconceito. A grande maioria dos homens dificilmente reconhece que está em depressão, que sofre com crises de ansiedade. A bipolaridade, por exemplo, está cada vez mais comum na população masculina”, explica. 

De acordo com a especialista, a síndrome do pânico é mais recorrente entre os homens. “Isso se dá devido ao estresse social, familiar e no trabalho. Contudo, os homens normalmente só procuram ajuda em saúde mental quando acham que vão morrer diante de um ataque de pânico, o desespero os leva aos tratamentos psicológicos e psiquiátricos”, ressalta Soraya Oliveira. 

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) também alerta para os descaso dos homens com a própria saúde, especialmente frente a doenças como o câncer de bexiga, que de acordo com a entidade, é hoje o segundo tumor urológico mais incidente nessa população. Mas o câncer de próstata ainda segue sendo a principal neoplasia em incidência na população masculina, uma doença que se detectada no início, por meio de exames previstos, tem grandes chances de cura. 

Com o avanço da idade, as doenças da próstata e as disfunções sexuais estão entre as principais enfermidades que acometem o homem. Na adolescência e na fase adulta são as infecções sexualmente transmissíveis. Há ainda outras patologias que são mais prevalentes, como hipertensão, doença cardíaca, diabetes e obesidade. 

“Os homens no Brasil não vão ao médico o quanto deveriam. Eles precisam entender que, procurar a ajuda de profissionais médicos e de saúde mental é perfeitamente natural e que isso não os tornam menos másculos ou fracos”, ressalta a psicóloga Soraya Oliveira.


Estudo revela potencial cicatrizante do extrato de sucupira branca em úlceras crônicas de pacientes diabéticos

Produto apresenta potencial terapêutico no processo de aceleração cicatricial das lesões causadas pela doença


Já ouviu falar na dificuldade de cicatrização de pacientes diabéticos? Um estudo realizado por estudantes de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília (CEUB) em colaboração com o Laboratório de Desenvolvimento de Inovações Terapêuticas (LDT - NMT/UNB) apresentou resultados promissores no uso do extrato de sucupira branca (Pterodon pubescens) como agente cicatrizante em úlceras crônicas de pacientes com lesões causadas pela doença. A pesquisa, conduzida pelos discentes Artur Bomtempo e Vivian Rodrigues, aponta aceleração no tempo de cicatrização de úlceras venosas crônicas em pacientes com diabetes tipo II.

Uma das complicações mais debilitantes do diabetes é a neuropatia diabética, caracterizada por úlceras nos membros inferiores que podem ser agravadas por infecções. Essas feridas podem ser desencadeadas por alterações neurológicas, ortopédicas ou vasculares, resultantes da neuropatia diabética, que prejudica os nervos, causando deformações nos ossos e músculos dos pés, além da redução da sensibilidade da pele. Para realizar o estudo, os estudantes usaram formulações oleosas contendo extrato hexânico de sucupira branca, diluído em mistura de ácidos graxos presentes no produto comercial Dersani, com concentração de 1%.

Entre os perfis, o estudo acompanhou a evolução de um paciente de 93 anos com diabetes tipo II, hipertensão arterial sistêmica e doenças vasculares, que apresentava uma úlcera venosa crônica em estado inflamatório. Ele recebeu a aplicação de quatro gotas do extrato LDT-PPH 1%, diretamente sobre a ferida após a limpeza. Também foram utilizados hidrogel com alginato de cálcio em áreas de esfacelo e tecido de necrose, e a cobertura primária consistiu em gaze estéril, seguida de atadura e esparadrapo como cobertura secundária.

Após quatro semanas de aplicação do extrato, observou-se uma taxa de cicatrização de 36,72%. A úlcera retraiu-se, formou-se tecido cicatricial e houve diminuição no exsudato e no odor característico de feridas crônicas. Os resultados indicam que o extrato LDT-PPH 1%, em combinação com ácidos graxos presentes no produto comercial Dersani, possui um grande potencial no processo de cicatrização de úlceras crônicas, especialmente na fase inflamatória e de tecido de granulação. O extrato mostrou-se eficaz ao auxiliar diretamente e indiretamente no processo proliferativo e na vascularização do leito da ferida.

"O procedimento promoveu aumento da vascularização e redução da inflamação, resultando em um leito da ferida com tecido vermelho vivo e brilhante", explica a orientadora da pesquisa, professora da Faculdade de Ciências da Saúde do CEUB, Lélia Leoi Romeiro. A descoberta representa um avanço significativo no tratamento de pacientes com pé diabético, fornecendo uma alternativa terapêutica promissora para a cicatrização de úlceras crônicas. "Futuros estudos clínicos poderão confirmar esses resultados e explorar ainda mais o potencial terapêutico do extrato de sucupira branca no campo da cicatrização de feridas", defendem os estudantes.


Extrato de sucupira
A sucupira é uma árvore comum no cerrado brasileiro e possui propriedades medicinais. Suas partes, desde a raiz até as folhas, são utilizadas na medicina popular. É conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios e é frequentemente utilizada no tratamento de condições como reumatismo, artrite, artrose e dores crônicas.


Cenário do diabetes no Brasil
O diabetes é uma doença cada vez mais presente na sociedade atual, e o Brasil ocupa a preocupante posição de 5º país com maior incidência da doença no mundo. Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima-se que até 2030 o número de casos no país alcance a marca de 21,5 milhões de adultos entre 20 e 79 anos.


Estresse oxidativo: como combater o gatilho para doenças inflamatórias

 

Carência de antioxidantes expõe o corpo à ação negativa dos radicais livres
 

Você já ouviu falar em estresse oxidativo? O termo não é tão comum, mas seus malefícios já são bem conhecidos. O problema consiste no desequilíbrio entre radicais livres e a defesa antioxidante do corpo. 

De forma mais clara, o estresse oxidativo pode ser a causa do envelhecimento precoce, da obesidade, diabetes, câncer e doenças inflamatórias e autoimunes.

 “A falta de antioxidantes apresenta sintomas como cansaço excessivo, problemas de memória, enfraquecimento do sistema imunológico e maior propensão a doenças”, cita o cirurgião geral e referência em tratamentos de reposição, Dr. Fábio Strauss. 

Os antioxidantes são substâncias naturais que ajudam a proteger o corpo, melhorando o tônus vascular e da pressão sanguínea, favorecendo o sistema imunológico e inibindo processos inflamatórios.

 

Reposição 

E se o problema está na falta de antioxidantes, o tratamento foca na sua reposição. Mas as abordagens podem variar, como explica o especialista. Somente a avaliação médica vai indicar se a reposição precisa ser feita a cada sete, quinze ou trinta dias – essa última é menos comum. A duração do tratamento também vai variar conforme o quadro inflamatório do paciente. 

Os antioxidantes podem ser aplicados de forma endovenosa (direto na veia, a mais rápida), com injeção intramuscular, ou com comprimidos. “A grande vantagem das duas primeiras abordagens é a absorção mais rápida e completa, sem as perdas ocasionadas pela administração via oral”, orienta o Dr. Fábio Strauss. 

Bons hábitos de saúde também são fundamentais para a manutenção do tratamento. Alimentos como frutas vermelhas, vegetais folhosos, nozes, sementes e chás são excelentes fontes naturais de antioxidantes. E, apesar de não serem suficientes para suprir a carência descrita, são bem indicados na rotina alimentar.


Ação no Metrô conscientiza sobre TDAH

Profissionais estarão à disposição da população para orientação gratuita no Dia Mundial da Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

 

No Dia Mundial da Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, um grupo de profissionais estará à disposição da população para tirar dúvidas gratuitamente sobre o tema. A ação acontecerá na estação Tatuapé do Metrô/CPTM, na zona leste de São Paulo, das 10h às 17h.

 

Além de distribuir materiais de orientação e conscientização sobre o TDAH, os profissionais do Núcleo Especializado em Aprendizagem da Faculdade de Medicina do ABC (NEA-FMABC) vão esclarecer dúvidas sobre o transtorno. Quando necessário, as pessoas que buscarem orientação no local serão encaminhadas para atendimento médico ou psicológico para exames, testes e eventual diagnóstico.

 

O objetivo da ação é conscientizar a população sobre o TDAH, uma vez que o diagnóstico precisa ser feito em etapas, necessitando de uma equipe interdisciplinar e multiprofissional como a do NEA-FMABC que participarão da ação e possuem especializações diversas - de neurologia e neuropsicologia até pedagogia e fonoaudiologia.

 

A ação da estação da Tatuapé faz parte da campanha TDAH Além dos Rótulos, desenvolvida pela Cellera Farma, com objetivo de ampliar a conscientização sobre o transtorno.

 

O TDAH é caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interferem no funcionamento diário e no desenvolvimento pessoal, impactando a vida do indivíduo. Existem tratamentos e cuidados que ajudam a melhorar a vida do paciente.

 

Até a Turma da Mônica se juntou à campanha TDAH Além dos Rótulos com uma revista em quadrinhos que ajuda no esclarecimento da população. A revista está disponível na internet (link aqui) e também será distribuída  para as pessoas  que passarem pela ação na estação Tatuapé no dia 13.

 

Pais que não puderem ir até o Tatuapé e estiverem preocupados com o comportamento de seus filhos podem fazer um teste online para crianças e adolescentes no site da campanha TDAH Além dos Rótulos [link]. No site ainda há um planejador de tarefas que apoia quem já possui o diagnóstico do TDAH [link] e um blog com informações [link].


 



Profa. Ms. Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein - A Professora mestre é psicóloga, psicopedagoga, neuropsicóloga, especializada em neuroaprendizagem. É coautora da ferramenta de sondagem e intervenção psicopedagógica denominada "Ecos na Aprendizagem", tem vasta experiência e conhecimento nessas áreas e é uma referência no desenvolvimento de estratégias e recursos para melhorar o processo de aprendizagem. Desde 1994, diretora e Psicóloga e Psicopedagoga Clínica do Instituto ABCWRW e coordenadora desde 2003 do NEAFMABC centro de referências de avaliação interdisciplinar multiprofissional dos transtornos do neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina do ABC. Idealizadora do Movimento Dislexia TDAH GABCD-SP e autora de capítulos de livros.

Profa. Esp. Ketlyn Gil Garcia - Pedagoga e Psicopedagoga pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Também possui especialização em Neuropsicopedagogia pela Faveni e é psicanalista certificada pela Associação Brasileira de Psicanálise (ABRAPSI). Com vasta experiência e conhecimento na área, é CEO da INTEGRARTI APRENDIZAGEM & EMOÇÃO TERAPIAS desde 2014. Membro do Movimento Dislexia TDAH GABCD-SP.

Prof. Dr. Rubens Wajnsztejn - Médico formado pela USP, iniciou sua especialização em Neurologia Infantil na Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP e Doutor pelo Centro Universitário Medicina ABC. Seu trabalho se concentra nas propostas temáticas do neurodesenvolvimento, com ênfase na educação e saúde. Em 2012 passou a integrar a Diretoria da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil – SBNI, ocupando a presidência no biênio 2016-2017. É orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC. Membro do Movimento Dislexia TDAH GABCD-SP e autor de capítulos de livros.

 

Homens dão menos importância à Saúde Vascular do que as mulheres

Disparidade preocupa a classe médica. Saiba quais são as doenças do sistema vascular que mais acometem o sexo masculino


No caso do sexo masculino, as doenças vasculares periféricas (exceto coração e cérebro) mais frequentes são as varizes dos membros inferiores, que afetam até 56% dos homens, além das doenças arteriais, como aneurismas (especialmente o da aorta, que atinge entre 4% a 8% dos homens acima dos 50 anos) e a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), que tem sua frequência progressivamente aumentada quanto maior a faixa etária, chegando a quase 20% dos homens acima dos 86 anos de idade.

Os sintomas das doenças vasculares variam bastante. As varizes normalmente não apresentam quaisquer sinais, mas podem provocar, nos casos mais graves e avançados, feridas na perna recorrentes, de difícil cicatrização. Em alguns casos, o indivíduo tem inchaço e desconforto nas pernas mais intensos ao final do dia, mas que melhoram ao caminhar ou deitar. Para as doenças venosas, o avançar da idade, o sedentarismo, a obesidade e certos hábitos posturais, como ficar muito tempo sentado ou em pé parado, contribuem para um maior risco da doença, além da predisposição genética. Já as telangiectasias, chamadas de “vasinhos”, são vasos de calibre muito fino e bastante superficiais. Eles são mais comuns em mulheres (56% a 71%) do que em homens (36% a 44%) por questões hormonais, e provocam desconforto essencialmente estético. 

Os aneurismas são dilatações de segmentos de artérias que podem provocar trombose do vaso, embolia de pequenos fragmentos de trombos (quando coágulos se desprendem e fecham vasos mais adiante do local onde foram formados) ou rotura. Cada tipo de complicação tem frequência maior ou menor dependendo do vaso aneurismático. O aneurisma de aorta, por exemplo, tem como complicação mais frequente e temida a ruptura, evento que provoca morte em aproximadamente 75% dos casos. Via de regra, os aneurismas não provocam sintomas na maior parte das vezes, o que faz com que seja uma doença bastante traiçoeira.

A doença arterial obstrutiva periférica é mais comum nas artérias que irrigam as pernas e têm como sintomas mais frequentes a dor na panturrilha, que aparece somente quando o paciente caminha, e desaparece quando a caminhada é interrompida. Em fases mais avançadas, a pessoa pode ter dor mesmo em repouso, além de apresentar gangrena em parte do pé, e isso representa um alto risco de amputação da perna. Mesmo quando não apresenta sintomas, a DAOP é importante, visto que está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares (infarto do coração e acidente vascular cerebral).

Segundo o cirurgião vascular e coordenador da Comissão de Doenças Arteriais da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP, Dr. Antonio Eduardo Zerati, as doenças arteriais obstrutivas têm na aterosclerose a principal causa. A aterosclerose é provocada por acúmulo de gordura na parede das artérias, que, com o tempo, fecham o interior do vaso e reduzem a passagem de sangue. A aterosclerose tem maior frequência em indivíduos mais idosos e está associada também a doenças como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, além de hábitos como o tabagismo e sedentarismo. Os aneurismas mais frequentes são os conhecidos como “degenerativos” e também estão associados aos mesmos fatores de risco para aterosclerose (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, tabagismo), além da predisposição genética.

Dr. Zerati explica ainda que, apesar da predisposição genética estar envolvida em algumas doenças circulatórias, o estilo de vida tem papel crucial no surgimento, desenvolvimento e agravamento de doenças circulatórias, tanto venosas como arteriais. Ele ressalta que a partir dos 40 anos, um processo conhecido como sarcopenia (atrofia da musculatura) costuma se desenvolver tanto no homem quanto na mulher, de modo que exercícios que promovam o fortalecimento muscular tornam-se importantes para conter esse processo, resultando numa melhora da qualidade de vida.

O cirurgião vascular reforça que uma alimentação saudável, balanceada, não fumar, além de exercícios físicos regulares melhoram a saúde vascular e reduzem o risco de doenças como pressão alta, diabetes, obesidade, que têm forte associação com problemas circulatórios não só periféricos (pernas), mas também cardíacos e cerebrais.  “É muito importante que os homens se atentem mais à sua saúde antes que ela se torne um problema. A preocupação e os cuidados com a própria saúde não são sinais de fraqueza ou insegurança. Pelo contrário, um organismo saudável, lapidado em hábitos saudáveis, denota força. Cuidem da alimentação, pratiquem atividade física regular e passem por avaliação médica com frequência”, orienta Dr. Zerati.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 

Septicemia: doença que mais mata no mundo volta aos holofotes

47 a 50 milhões de casos de septicemia ocorrem
anualmente, sendo cerca de 80% deles fora do
ambiente hospitalar
Créditos: Envato
Entenda o que é essa condição que pode ser fatal se não diagnosticada precocemente


A septicemia, também conhecida como sepse, é uma doença que volta aos holofotes por ser uma das principais causas de morte em todo o mundo. O Ministério da Saúde estima que ocorram de 47 a 50 milhões de casos de septicemia anualmente, sendo que cerca de 80% deles  ocorrem fora do ambiente hospitalar. Recentemente, personalidades como o ator Stênio Garcia e as cantoras Preta Gil e Madonna chamaram a atenção ao apresentarem estágios diferentes dessa infecção.

Um estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e realizado por 24 pesquisadores de universidades de seis países baseado em registros médicos de 195 nações, revelou uma estatística alarmante: 11 milhões de pessoas morrem todos os anos com septicemia, ou seja, 1 a cada 5 óbitos mundo, mais do que as mortes causadas pelo câncer. Apesar de assustador, o estudo traz uma boa notícia: o número de casos e mortes relacionadas à doença tem diminuído nas últimas duas décadas, registrando uma redução de 50% desde 1990. 


Entenda a doença

"A sepse é um estado inflamatório que ocorre em consequência de um quadro infeccioso no organismo. Essa infecção pode ser causada por diferentes micro-organismos, como vírus, fungos, parasitas, protozoários e, principalmente, bactérias”, explica o médico infectologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Bernardo Montesanti.

Quando a infecção avança, o sistema imunológico reage lançando uma resposta inflamatória sistêmica na tentativa de controlá-la. No entanto, em alguns casos, essa resposta exagerada pode levar ao colapso do sistema imunológico, que passa a atacar outras partes do próprio corpo. Esse processo inflamatório pode levar a alterações no funcionamento de órgãos vitais e, se não diagnosticado rapidamente, pode levar à morte. 


Como identificar a sepse ?

O Ministério da Saúde alerta que qualquer tipo de infecção, seja leve ou grave, pode evoluir para septicemia. No entanto, é mais comum que ocorra em casos de pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias. Embora não existam sintomas específicos, é importante que todas as pessoas que estejam enfrentando uma infecção e apresentem febre, taquicardia, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração acelerada, fraqueza intensa e tontura devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou um médico.

Segundo o médico infectologista, a prevenção é o melhor caminho, tanto para evitar que a doença ocorra quanto para o cuidado da sepse.  “No primeiro caso, práticas de higiene geral, como lavar as mãos com água e sabão, além de usar álcool em gel, diminuem as chances de transmissão de micro-organismos presentes em ambientes, como botões de elevadores, corrimãos e trincos de portas, para o organismo humano. Outra forma de prevenção é por meio da vacinação em todas as idades. Então, é importante conferir se a carteira vacinal está em dia, porque existem vários micro-organismos causadores de sepse que podem ser prevenidos dessa forma”, reforça o especialista.


Qual é a população mais vulnerável a adquirir a doença?

Qualquer pessoa pode desenvolver septicemia, porém, existem alguns grupos que apresentam maior risco. Isso inclui prematuros, crianças com menos  de um ano, idosos com mais de 65 anos, pacientes com câncer, AIDS ou que tenham passado por quimioterapia ou outros tratamentos que afetam o sistema imunológico. Além desses, pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e diabetes, usuários de álcool e drogas, assim como pacientes hospitalizados que fazem uso de antibióticos, cateteres ou sondas. 


O tratamento

Existem duas abordagens no tratamento da septicemia: o de suporte e o específico. “O primeiro consiste em medidas para otimizar a troca gasosa através de ventilação mecânica, medidas para controlar a pressão arterial e outras terapias que visam  minimizar o impacto desse estado inflamatório sistêmico nos casos mais graves, que pode levar a complicações como o choque séptico. Já o tratamento específico é realizado de acordo com o agente causador da infecção. No caso de infecções bacterianas, tratamos com antibióticos específicos. Se a causa for um vírus, usamos medicamentos com antivirais adequados para combater o micro-organismo responsável”, finaliza.


Cuidados com a alimentação no inverno

Proteja-se durante a estação mais fria do ano, investindo em opções saudáveis para atender às demandas do organismo 



Durante o inverno, o corpo tende a trabalhar mais para se manter aquecido. Desse modo, uma alimentação adequada pode ajudar a fornecer os nutrientes necessários para manter a saúde e o bem-estar. Nos meses de junho e julho, são diversas as opções de legumes, verduras e frutas para se ter em casa e por um preço melhor, por conta da sazonalidade. 

Supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Ana Paula Gonçalves conta que, no frio, o corpo tem um gasto energético acima do habitual para nos manter aquecidos e, apesar disso, não é preciso exagerar nas porções dos alimentos. Além disso, no inverno, as pessoas ficam expostas a gripes, resfriados e outras infecções respiratórias, o que demanda uma atenção especial ao cardápio. “Uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, tornando-o mais capaz de combater essas doenças”, complementa a especialista. 

Entre as opções da sazonalidade e trocas saudáveis destacadas por Ana Gonçalves, temos:

  • Tangerina;
  • Kiwi;
  • Carambola;
  • Abóbora;
  • Batata-doce;
  • Inhame;
  • Gengibre; 
  • Farinha de aveia, substituindo a farinha de trigo;
  • Ricota, em vez de provolone.

Uma dieta equilibrada e variada, com foco em alimentos saudáveis e naturais, contribui para o bem-estar geral durante essa estação. Além disso, alguns alimentos têm propriedades termogênicas, capazes de aumentar a temperatura do corpo quando são digeridos. Desse modo, “o consumo de alimentos como sopas, chás e especiarias pode ajudar a manter o corpo aquecido e confortável durante as baixas temperaturas”, salienta a nutricionista, que traz uma última dica: “Se for difícil comer salada em climas mais frios, escolha opções que possam ser refogadas com azeite, como repolho, couve, espinafre e vagem”.  

 

Grupo São Cristóvão Saúde


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