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terça-feira, 20 de junho de 2023

Denúncias por restrição ao uso do banheiro no trabalho chegam a duas por dia no Ministério Público do Trabalho

 Um dos direitos mais básicos que um ser humano pode ter, o de satisfazer suas necessidades fisiológicas, tem sido desrespeitado em diversas empresas e fábricas pelo país. Um levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT) apontou que foram recebidas pelo órgão 7309 denúncias ligadas a restrições ao uso do banheiro em locais de trabalho desde 2014. Isso significa uma média de duas reclamações por dia sobre o tema.

Os números de denúncias dispararam de 2019 em diante, chegando ao recorde de 1570 em um único ano em 2022. Somente em 2023, 1414 reclamações já foram recebidas - e mal chegamos à metade do ano. 

Entre as reclamações mais recebidas pelo MPT estão banheiros sujos, inadequados, insuficientes, trancados, sem portas ou muito distantes do local do trabalho. Pelo menos 91 desses casos foram de trabalhadores que tiveram negado ou dificultado o direito de ir ao banheiro no horário do expediente.

Em dois casos ocorridos em Sergipe e no Rio Grande do Sul, as empresas tiveram que se adaptar às normas ou estão passando por investigação. No estado nordestino, o Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT/SE) vai apurar a denúncia de um funcionário da rede Burger King que viralizou nas redes sociais ao relatar que urinou na própria roupa ao ser impedido de ir ao banheiro em um shopping da capital Aracaju.

O mesmo ocorreu com uma jovem gestante de 19 anos, que precisou voltar a pé para casa com a roupa toda molhada após ser proibida de usar o toalete da fábrica de sapatos onde trabalhava, em Novo Hamburgo (RS). Neste caso, o Sindicato dos Sapateiros e Sapateiras da cidade gaúcha entrou em acordo com a empresa Zenglein garantindo o direito a  todos os trabalhadores e trabalhadoras da linha de produção e realizando fiscalizações rotineiras.


O que diz a lei

A restrição do uso do banheiro por parte do empregador configura abuso de poder sobre o empregado, conforme define o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Limitar a quantidade de idas ao banheiro, definir tempo para uso do toalete e até exigir que o funcionário peça autorização para satisfazer suas necessidades fisiológicas são atitudes vetadas ao patrão. Além de ferir a dignidade do funcionário, tal proibição pode ser considerada assédio moral.


Reestruturação empresarial: como ela pode ajudar sua empresa em 2023

Um processo complexo e muitas vezes necessário, a reestruturação de uma empresa pode ser feita com sucesso a partir de um ostensivo planejamento



O mundo empresarial está constantemente se renovando e atualizando. Por isso, é muitas vezes necessário que as empresas se reestruturem com base nessas mudanças da modernidade. A reestruturação da empresa sempre começa pelo diagnóstico da necessidade dessa ação e de sua validade.

Parte da necessidade das empresas se renovarem está nas tendências de negócios da próxima década. Para se ter uma ideia, segundo a pesquisa Millenium Survey, 42% da geração Z prefere empresas com práticas ESG e 38% deixaria de comprar produtos de marcas que tenham má influência no meio ambiente, mostrando a necessidade da adaptação e reestruturação em algumas empresas, para que se mantenham atualizadas.

Segundo Denner Pires, advogado especialista em Direito Penal e Direito do Consumidor da RGL Advogados, a reestruturação pode ser tanto uma forma de reorganizar as finanças quanto de reformular os processos internos da corporação. “A reestruturação empresarial quando utilizada como ferramenta jurídica de contingência de passivo e organização financeira, consiste especialmente em medidas judiciais ou extrajudiciais de renegociação de dívidas perante credores. Podemos listar como propostas de reestruturação empresarial as modalidades de Recuperação Judicial e Extrajudicial. Este formato é também utilizado para a organização das modalidades de compliance e governança das empresas, que utilizam a reestruturação para revisar seus processos internos e traçar novos caminhos para as companhias”, mostra.


As vantagens de reestruturar uma empresa

O primeiro passo é sempre avaliar se há necessidade de passar por um processo de reestruturação, que vai exigir recursos e tempo. “Caso a reestruturação seja no setor financeiro, é necessário fazer uma análise contábil, através do estudo dos balanços e das dívidas da companhia, para definir sua validade. Caso a reestruturação seja com relação às políticas internas, procedimentos internos e governança, a melhor opção é realizar uma leitura objetiva da eficiência desses procedimentos, bem como da legislação atual”, explica o advogado.

Uma vez validada a reestruturação, é hora de começar o planejamento efetivo e iniciar os processos. “Quando tratamos de procedimentos, partimos da premissa que são elaborados pelo ciclo PDCA, termo em inglês que significa "Planejar", "Fazer", "Checar" e "Agir". A importância de renovar procedimentos se dá no aspecto da modulação que os negócios acabam tendo ao longo do tempo. Procedimentos obsoletos são extintos e procedimentos atuais são melhorados”, revela Denner.

Todo o processo, no entanto, deve ser feito com calma e cautela, avaliando suas etapas meticulosamente. “Se tratando de uma esfera de reestruturação de processos, a primeira coisa a se fazer é uma avaliação de risco, para se ter a ciência do que estará sendo auditado, riscos envolvidos e principalmente dos custos que serão utilizados para executar a reestruturação. Em uma reestruturação financeira a avaliação de risco é tão importante quanto, entretanto, é necessário uma análise profunda nos apontamentos contábeis da operação, bem como ter os apontamentos jurídicos dotados da maior precisão possível para o caso em concreto. Toda reestruturação deve ser elaborada e precisa, mas principalmente com o mapeamento dos custos claros, assim se poderá prever os riscos e acompanhar os custos”, finaliza Denner Pires.

 

Denner Pires - advogado especialista em Direito Penal e Direito do Consumidor da RGL Advogados.


Resiliência e modernidade: a transformação digital no agro brasileiro

É comum ouvir que o setor rural é a locomotiva do país. Não é para menos: a participação do segmento alcançou 24,8% em 2022, segundo a pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Adicionalmente, os dados recém-divulgados de PIB do país no 1T 2023 acabam de surpreender positivamente pelo crescimento, sustentado pela pujança do agro.

Mas além de impulsionar a economia e diferentemente de alguns anos atrás quando se considerava o setor como sendo conservador em seus processos de transformação, atualmente o agro está na vanguarda da aplicação de novas tecnologias, consolidando sua inserção e propagação e à frente de diversos outros setores econômicos tradicionalmente inovadores. A aplicação da revolução tecnológica no agronegócio já é uma realidade no Brasil e tem como base o uso de softwares, robótica, sistema de posicionamento global (GPS), drones, automação de dados, sensorização, satélites em alta definição, genética de plantio, 5G, IoT, rastreamento digital e diversas outras tecnologias do novo milênio.

Um levantamento da consultoria McKinsey & Company revelou que 71% dos agricultores brasileiros usam canais digitais diariamente para atividades relacionadas às fazendas. O uso de aplicativos de mensagens, portais de e-commerce e máquinas agrícolas são exemplos da mudança no comportamento do novo produtor rural.

Hoje, é possível ter os dados de uma fazenda inteira na palma da mão e com isso monitorá-la em tempo real. O agro 4.0 vem ajudando os empresários do campo a aumentar sua produtividade e está presente em cada etapa da cadeia produtiva. A aplicação de tecnologias nas lavouras e na gestão de negócios agrícolas ajudou a consolidar o Brasil como potência do setor, colocando-o entre os mais competitivos países do segmento, sendo considerado o mais automatizado do mundo.

Seguindo fortemente no sentido da inovação, o país alcançou o segundo lugar na exportação mundial de alimentos, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), deixando grandes potências para trás no ranking. É motivo de orgulho para os produtores que, safra após safra, batem recordes.

Aumento da produtividade, otimização de custos e redução de riscos são alguns dos benefícios gerados pela previsibilidade e poder de decisão proporcionados pela tecnologia. A aplicação de novas tecnologias no agro traz oportunidades e abre caminhos no país.

A atividade vem impulsionando o crescimento de cidades de médio porte em todo o interior brasileiro. É o caso de Cuiabá, MT. A base econômica do Estado é o agronegócio. Maior produtor de soja, milho, algodão e de rebanho bovino – sendo as quatro commodities responsáveis por 93,5% do valor bruto arrecado no estado –, Mato Grosso vem liderando há quatro anos consecutivos a agropecuária brasileira, e a cada ano, a produção se supera. Estive recentemente visitando a cidade e seus simpáticos habitantes, e o crescimento acelerado da cidade e de todo o estado é impressionante.

Segundo dados do Governo Federal, em quatro anos, o estado apresentou um crescimento de 69% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), com R$ 193 bilhões em 2021. Atualmente, o estado detém mais de 17% da produção agrícola nacional, seguido pelo Paraná, na 2ª posição, São Paulo, na 3ª, Minas Gerais, na 4ª, e o Rio Grande do Sul, que aparece em 5º lugar no ranking. Conforme levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária, 35 municípios do Mato Grosso estão entre os 100 mais ricos do agronegócio no Brasil. E são lavouras justamente de alta intensidade no uso de tecnologia e das mais avançadas revoluções trazidas pela inovação para o campo que estão ajudando na criação e multiplicação de toda essa riqueza.

Em resumo, a transformação digital no agronegócio traz mais consistência e previsibilidade na oferta, garante a gestão de riscos socioambientais, amplia o controle sobre alguns dos cada vez mais erráticos efeitos do clima, bem como amplia a visão do produtor acerca de todo o cicloda cadeia de suprimentos.

Ademais, possibilita o uso de soluções que monitoram, reportam, geram e analisam dados e verificam indicadores para uma cadeia agroalimentar mais produtiva, sustentável e resistente aos desafios desse tipo de negócio.

Da agricultura 1.0, rudimentar e de baixa produtividade praticada até 1950, passamos hoje para a agricultura 4.0 e caminhamos para a 5.0, com o amplo uso das tecnologias digitais e a integração cada vez mais conectada do mundo dos dados com a realidade do campo. O fato é que o agrobusiness é um dos mais importantes e inovadores setores do mundo e, mais uma vez, segue se reinventando, fazendo a diferença e transformando o perfil econômico nacional, cujo interior se torna cada vez mais a moderna mola propulsora do país. 



Fernando Moulin - partner da Sponsorb, empresa boutique de business performance, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente.
E-mail: fernando.moulin@sponsorb.com.br
www.linkedin.com/in/fernandomoulin/ 

Após episódio de Black Mirror você nunca mais aceitará os 'Termos e Condições' da mesma forma

Descubra se você pode realmente ter problemas ao aceitar 'Termos e condições' sem ler

 

O primeiro episódio da sexta temporada de Black Mirror chamou a atenção por conta da história de Joan (Annie Murphy), uma mulher aparentemente comum, mas que clicou em ‘aceitar’, sem ler, ao se deparar com o famoso: para continuar aceite os ‘Termos e Condições’. Mas quem nunca fez isso não é mesmo? 

O episódio desbloqueou um novo receio e fez alguns fãs da série refletirem. Alguns têm certeza que os órgãos de defesa do consumidor do Brasil conseguem resolver a situação inusitada da personagem na série.  

Mas afinal, quais problemas aceitar os ‘Termos e Condições’ sem ler pode gerar e o que fazer quando se deparar com esta situação? O advogado especialista em direito do consumidor, Dr. Issei Yuki Júnior explica tudo o que você precisa saber.

 

O que são Termos e Condições? 

Os termos e condições são as regras e regulamentos que regem a relação entre o consumidor e a empresa em contratos de consumo. Eles geralmente incluem informações importantes, como o preço do produto ou serviço, as políticas de cancelamento e reembolso, as garantias oferecidas, as responsabilidades das partes envolvidas e muito mais. Os termos e condições são geralmente escritos pelas empresas e podem incluir termos que são desvantajosos ou injustos para os consumidores.

 

É possível que os termos e condições contenham cláusulas que prejudiquem o consumidor? 

Sim, é possível. Na maioria dos casos, os termos e condições são considerados contratos vinculativos, o que significa que, ao clicar em ‘aceitar’, o consumidor está legalmente obrigado a cumprir esses termos.  

Os termos e condições são frequentemente usados para limitar a responsabilidade da empresa em caso de problemas com o produto ou serviço fornecido. Portanto, é essencial que os consumidores entendam completamente os termos e condições antes de concordar com eles, a fim de proteger seus direitos e interesses.  

Algumas cláusulas comuns que podem prejudicar os consumidores incluem a exclusão de garantias, a limitação de responsabilidade, a renúncia a direitos legais, a obrigação de arbitragem em vez de processos judiciais e a coleta e uso de dados pessoais sem o consentimento explícito do consumidor. 

Essas cláusulas podem ser prejudiciais porque limitam os direitos dos consumidores e protegem as empresas em caso de problemas com o produto ou serviço fornecido. Por exemplo, se um produto estiver com defeito e a empresa tiver uma cláusula que exclua garantias, o consumidor pode não ter direito a um reembolso ou reparo. 

O Dr. Issei Yuki Júnior comenta que, no entanto, é importante lembrar que nem todas as cláusulas nos termos e condições são prejudiciais. Muitas cláusulas são necessárias para proteger a empresa e garantir que os consumidores entendam suas obrigações e responsabilidades. A chave é ler cuidadosamente os termos e condições antes de concordar com eles e entender completamente o que está sendo aceito. Se houver cláusulas que parecem injustas ou desvantajosas para o consumidor, é importante procurar aconselhamento jurídico ou considerar escolher outro fornecedor de produtos ou serviços.

 

O código de Defesa do Consumidor consegue reverter algo que foi aceito sem ler pelo consumidor? 

Sim, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que o consumidor tem o direito de se arrepender de uma compra ou contratação realizada fora do estabelecimento comercial, como em compras online ou por telefone, por exemplo. Esse direito de arrependimento é válido por até 7 dias corridos a partir do recebimento do produto ou assinatura do serviço, e o consumidor pode exercê-lo sem precisar de justificativa. 

No entanto, é importante lembrar que o direito de arrependimento não se aplica a todas as situações. Por exemplo, não é possível se arrepender de compras realizadas em lojas físicas, produtos personalizados ou perecíveis, e serviços que foram integralmente prestados. 

Além disso, o CDC também estabelece que cláusulas abusivas ou ilegais nos contratos de consumo são nulas de pleno direito, ou seja, não têm validade legal. Isso significa que, mesmo que o consumidor tenha aceitado os termos e condições sem ler, cláusulas que violem a lei ou que sejam consideradas abusivas podem ser contestadas judicialmente. 

Portanto, embora seja importante ler os termos e condições antes de aceitá-los, o Código de Defesa do Consumidor oferece proteção aos consumidores em caso de cláusulas desvantajosas ou ilegais. É sempre aconselhável procurar orientação jurídica caso surjam dúvidas ou problemas relacionados aos direitos do consumidor.

 

Dica de especialista 

O Dr. Issei Yuki Júnior destaca dicas, para que os consumidores tomem medidas proativas para proteger seus direitos e interesses ao lidar com termos e condições em contratos de consumo. Algumas dicas úteis incluem:

 

    1.  Ler atentamente os termos e condições: É importante ler cuidadosamente os termos e condições antes de aceitá-los. Certifique-se de entender todos os aspectos do contrato, incluindo preços, políticas de cancelamento e reembolso, garantias e responsabilidades das partes envolvidas.

 

    2. Verificar se há cláusulas abusivas: Esteja atento a cláusulas que possam ser consideradas abusivas ou ilegais. Se você encontrar qualquer cláusula que pareça injusta ou desvantajosa, considere procurar aconselhamento jurídico ou, escolher outro fornecedor de produtos ou serviços.

 

    3.  Exercer o direito de arrependimento: Se você fez uma compra ou contratou um serviço fora do estabelecimento comercial e se arrependeu, lembre-se de que tem o direito de desistir da compra ou contratação no prazo de 7 dias corridos a partir do recebimento do produto ou assinatura do serviço.

 

    4.  Buscar orientação jurídica: Se você tiver dúvidas ou problemas relacionados aos seus direitos como consumidor, é sempre aconselhável buscar orientação jurídica de um advogado especializado em direito do consumidor.

 

“Ao seguir essas dicas, os consumidores podem se proteger contra cláusulas abusivas e ter a segurança de que seus direitos sejam respeitados em contratos de consumo.” Finaliza o Dr. Issei Yuki Júnior.

 

Issei Yuki Júnior - Graduado em Direito pela Universidade São Francisco com especialização em Direito de Família e Sucessões, e mais de 25 anos de experiência como advogado nas áreas de Direito Civil e Processual Civil, Família e Sucessões, Direito Condominial, Direito do Consumidor e Consultoria empresarial e societária.


Yuki, Lourenço Sociedade de Advogados



Junho Violeta, o mês de alerta contra a violência e maus-tratos em idoso

Nos últimos 12 meses, quase 30 idosos vítimas de violência foram atendidos na UPA 24h Zona Leste


No último ano, a Unidade de Pronto Atendimento 24h, Zona Leste, localizada na região litorânea de Santos (SP), contabilizou 28 casos de violência contra pessoas entre 60 e 79 anos.

 

Gisele Abud, médica e diretora Técnica da unidade, explica que em casos de violência, além do atendimento médico, os profissionais de saúde também acolhem e orientam o paciente. 

 

“Os principais casos atendidos são de maus-tratos em domicílio ou em instituições de longa permanência e agressão física de terceiros”, informa a profissional.

 

“Após o atendimento médico, enviamos uma notificação para delegacia do idoso, orientamos para a abertura de boletim de ocorrência e acolhemos o paciente oferecendo suporte emocional por meio da equipe multiprofissional”, explica a médica.

 

Gisele Abud alerta, ainda, que “a violência contra idosos pode ser definida como qualquer ato, ou ainda a ausência de uma ação, que cause danos ou incômodo ao idoso”. “Portanto, não só a pessoa que sofre a violência, mas todos que têm contato indiretamente podem realizar uma denúncia no disque 100”, ressalta a médica.

 

A UPA Zona Leste é gerenciada de forma compartilhada entre a Prefeitura de Santos e a entidade filantrópica Pró-Saúde.


 

No Brasil

 

A violência contra idosos é um crime que tem aumentado no Brasil. Segundo a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, de janeiro a maio deste ano, houve um aumento de 106% de violações físicas contra pessoas idosas em comparação com o ano anterior.

 

No país, a faixa etária mais afetada pela violência é de 70 a 74 anos, sendo as mulheres a maioria entre as vítimas, contando com mais de 49 mil violações de direitos e seis mil denúncias até o início de junho, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

 

Os dados reforçam a importância da campanha Junho Violeta, ação criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006, com o objetivo de conscientizar a população sobre o combate à violência cometida contra os idosos.


 

Como prevenir?

 

Segundo relatório divulgado pela Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, uma das primeiras violências sofridas pelos idosos é a negligência. De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, as violações mais recorrentes contra idosos são:

 

· Violência física: além de agressões perceptíveis, como espancamento com lesões ou traumas, a violência também se manifesta na forma de beliscões, empurrões ou tapas;

 

· Violência psicológica: ocorre em atos como agressões verbais, tratamento com menosprezo, desprezo ou qualquer ação que traga sofrimento emocional como humilhação, afastamento do convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão;

 

· Negligência: trata-se de recusa ou omissão de cuidados;

 

·Abandono: ausência de amparo ou assistência pelos responsáveis em cumprir o dever de prestar cuidado a pessoa idosa;

 

· Violência institucional: práticas inadequadas em ambientes públicos ou privados como abuso, agressões por parte de funcionários, inadequação de ambientes, não fornecimento de medicações e má administração de medicamentos;

 

· Abuso financeiro: apropriação indevida de qualquer recurso financeiro do idoso com finalidade além do cuidado;

 

· Violência patrimonial: práticas que comprometam o patrimônio do idoso, como alteração do testamento, antecipação de herança ou venda de bens sem consentimento;

 

·Violência sexual: ato sexual ou práticas eróticas não consentidas, com ou sem a prática de violência física ou ameaças;

 

· Discriminação: comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos em relação à condição física da pessoa idosa, com atos de desvalorização e inferiorização. 


Kantar: Pela primeira vez, consumo fora do lar apresenta recuperação a níveis pré-pandemia globalmente

 Brasil é destaque em valor gasto com alimentos e bebidas fora de casa em 2023, com incremento de 26% em relação ao ano passado

 

O consumo fora do lar mostra fôlego ao redor do mundo. Prova disso é que, pela primeira vez, houve recuperação em relação a níveis pré-pandêmicos. A alta de 10% no primeiro trimestre de 2023 é o ápice de uma sequência de oito trimestres consecutivos de crescimento. As informações são do OOH Barômetro 2023, relatório produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

O bom desempenho global é impulsionado pelas estatísticas da Europa e da América Latina. Os destaques ficam para Brasil (alta de 26% no valor entre o primeiro trimestre de 2022 e o deste ano), Reino Unido (23%) e México (14%). Em números gerais, a modalidade cresceu 11% em valor no mundo. 

Os gastos com consumo fora do lar são mais voltados para a categoria Horeca (setor formado pelo conjunto de hotéis, restaurantes e cafés), que apresenta alta de 14% no valor entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023. Em seguida, aparece Impulso (compras em lojas de doces, máquinas de venda automática, postos de conveniência, entre outros), com 10%. 

Ainda vale destacar que as bebidas têm sido o setor mais afetado, com a proporção de consumo longe dos níveis pré-pandêmicos. Um exemplo neste contexto são os refrigerantes. No primeiro trimestre de 2020, o produto tinha 53% de valor no mercado mundial. Caiu para 39% no mesmo período de 2021, subiu para 49% no ano seguinte e permanece com a mesma porcentagem agora. 

Mesmo assim, é possível ver histórias de sucesso, com marcas que estão crescendo graças ao consumo fora de casa. Das empresas mais escolhidas mundialmente, Coca-Cola e Fanta são as principais beneficiadas. A primeira registrou 2442 CRP (Consumer Reach Point) em 2022, enquanto a segunda marcou 473 CRP. A métrica original da Kantar mensura quantos indivíduos estão comprando produtos de determinada companhia e com que frequência isso ocorre. 

Os dados acima fazem parte do último relatório OOH Barômetro, que tem foco no consumo global de lanches e bebidas não alcoólicas fora de casa. O material do primeiro trimestre de 2023 contempla informações de seis países: Brasil, China, Espanha, França, México e Reino Unido.


Kantar
www.kantar.com/brazil
 

 

Caso Vini Jr.: combate ao racismo começa na escola

Nas últimas semanas, Vinícius Jr., brasileiro contratado pelo Real Madrid, tem sido novamente vítima de ataques racistas. Este foi apenas o capítulo mais recente de uma longa série de violências sofridas por ele em partidas disputadas ao longo dos últimos meses. Para muitos especialistas, embora a solução para crimes como esse esteja longe de ser simples, ela passa, necessariamente, pela escola. 

Para a coordenadora do ErêYá - Grupo de Estudos em Educação para as Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lucimar Rosa Dias, “nós estamos vivendo um momento em que, além das pessoas negras, outros indivíduos estão percebendo a importância de falar sobre racismo. Precisamos de uma Educação que respeite o ser humano na sua completude e o Brasil tem uma história de desrespeito à população negra e indígena”. Assim, a escola é o ambiente ideal para começar a discutir problemas como esse. Isso porque a própria Educação nem sempre funciona como deveria. Um levantamento realizado pelo Todos Pela Educação, em 2020, apontou que cerca de 74% dos jovens brancos concluíram o Ensino Médio com até 19 anos, enquanto apenas 53% dos jovens negros e 57% dos pardos finalizaram os seus estudos. 

“O Brasil é, hoje, a maior nação negra fora da África. Portanto, esse percentual de pessoas que não concluem seus estudos básicos deveria ser algo chocante, pois naturaliza a estrutura de privilégios por conta da cor”, avalia o assessor de História da Aprende Brasil Educação, professor Altemir Schwarz. Ele lembra que é importante repensar constantemente a sociedade e a cultura para que esses abismos possam ser transpostos, uma vez que o racismo se constitui em um sistema de opressão que nega direitos, entre eles a educação. 

Lucimar explica que, na verdade, é necessário começar a falar sobre isso em casa, desde a primeira infância. “Esses processos acontecem no âmbito familiar, mas também nas instituições educacionais, porque as crianças hoje vão muito cedo para a escola e, se é uma criança negra, ela precisa ter um repertório para entender que vive em um país racista, mas também para entender que ela pode se considerar uma pessoa bonita, inteligente, que pode ser o que ela quiser, desde muito pequenina”, afirma. 


Educação antirracista 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira tem 56% de negros, um percentual muito mais alto que o dos Estados Unidos, por exemplo, que é de apenas 13%. “Mesmo com a maior parte dos brasileiros se reconhecendo como negra, ainda há um enorme estigma ligado a essas pessoas. Mesmo quando o negro consegue alguma mobilidade social, que é o caso do Vini Jr., por exemplo, ainda há quem não o veja como merecedor dos espaços que ocupa”, destaca Schwarz. Ele diz, ainda, que um ambiente diverso, como é a escola, tem muito potencial para reduzir preconceitos e construir uma sociedade mais humanizada. “Na escola temos, juntas, pessoas muito diferentes entre si. Então essa é uma ótima oportunidade para demonstrar que, apesar das diferenças, todos devem ser respeitados”, completa. 

Nesse sentido, Lucimar lembra que uma educação antirracista é feita de bons exemplos. “Não adianta dizer a meu filho que ele não pode discriminar, se eu tratar pessoas negras como cidadãs de segunda categoria”, ressalta. É preciso, então, garantir que as crianças vejam - e não apenas ouçam - os adultos com quem convivem sendo antirracistas no dia a dia. Ao mesmo tempo, as crianças também trazem questionamentos para a família sobre determinados valores. “A vida é feita de incoerências, mas a gente tem que perseguir essa coerência com a justiça social e com a solidariedade. O racismo opera nas relações, então eu preciso estar o tempo todo me olhando, me perguntando como mãe, como pai, como avô e também olhando e perguntando para esse meu filho o que ele está fazendo da sua vida em termos de constituição de humanidade”, finaliza. 

 

Lucimar Rosa Dias - é a convidada do episódio 56 do podcast PodAprender, produzido pela Aprende Brasil Educação, cujo tema é Educação Antirracista. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis gratuitamente no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts do Brasil.


A Inteligência Artificial irá revolucionar a educação?!

A Inteligência Artificial (IA) está emergindo como uma das tecnologias mais impactantes e transformadoras do nosso tempo e, sua aplicação no campo da educação, promete revolucionar a maneira como os alunos aprendem e os educadores ensinam. A aplicação da IA na educação é um tema que vem ganhando espaço no ambiente educacional, principalmente por ser uma forma disruptiva de personalizar o processo de ensino- aprendizagem.

A IA tem o potencial de revolucionar a educação e a EaD de formas significativas. Para começar, resolvi fazer esta pergunta para o ChatGPT que respondeu assim: “a IA está desempenhando um papel cada vez mais importante na educação a distância. Ela envolve o uso de algoritmos e tecnologias avançadas para personalizar o aprendizado e melhorar a experiência dos alunos.”

Na prática, as aplicações de IA estão se tornando ferramentas cada vez mais populares e utilizadas na EaD, que é uma modalidade de ensino que se desenvolve muito rapidamente pela crescente utilização de tecnologias e ferramentas que suportam os mais diversos projetos educacionais – cursos em geral, treinamento e capacitação para o trabalho, desenvolvimento de competências e habilidades, formação profissional, assim como estudos formais em todos os níveis. À medida que a IA evolui, suas aplicações em EaD se tornarão mais poderosas e eficientes. Isso seguramente irá revolucionar a forma como ensinamos e aprendemos. 

Sem dúvida, a IA possui um impacto significativo na EaD, proporcionando uma aprendizagem mais personalizada, flexível, envolvente e adaptativa. A utilização da IA permite a criação de sistemas de ensino adaptativos e personalizados. Identificadas algumas áreas de dificuldade, a IA pode adaptar o conteúdo e fornecer recursos e atividades adicionais para superar esses desafios. Agentes virtuais, disponíveis 24 horas por dia, alimentados por IA, fornecem explicações adicionais e feedback sobre a experiência de aprendizagem sempre que necessário. Outra forma de aplicação da IA são os chatbots interativos que são muito utilizados para tirar dúvidas e manter o engajamento. 

Além disso, a IA pode analisar grandes volumes de dados e informações sobre o desempenho do estudante, padrões de aprendizado e inclusive comportamento dos alunos. Este tipo de análise fornece valioso conhecimento para os educadores envolvidos, permitindo intervenções, ajustes e melhorias, sendo utilizado por professores e administradores educacionais para melhor compreensão sobre os resultados do processo de ensino-aprendizagem. De outra parte, a IA pode assumir tarefas rotineiras como a confecção de relatórios e correção automática de provas e exames.

Por último, uma tendência muito utilizada é o sistema de tutoria e monitoria inteligentes. Por intermédio desse processo, exercícios remotos são realizados com maior exatidão e as respostas ao questionamento de alunos são instantâneas, imediatas e precisas.

Por outro lado, existem alguns desafios a serem enfrentados. A IA aplicada na EaD pode melhorar substancialmente a experiência de aprendizado e ajudar os alunos a atingir seu pleno potencial, transformando a educação, tornando-a mais personalizada, adaptativa e envolvente. Entretanto, a maioria das tecnologias de IA ainda são utilizadas no setor privado. A publicação da UNESCO, no Projeto Educação 2030, lista alguns desafios da IA da educação: políticas públicas mais abrangentes, inclusão e equidade. Países como o Brasil, devem estar preparados para o uso da IA na área pública como forma de melhorar a equidade e a qualidade do ensino. Finalmente, questões relacionadas à dependência excessiva da IA devem ser cuidadosamente abordadas de maneira ética e responsável. Temos que nos beneficiar dos avanços tecnológicos e acelerar nosso desenvolvimento. A educação é o maior acelerador de pessoas, empresas e nações.

 

Luiz Alberto Ferla - fundador e CEO do DOT Digital Group, edtech líder nacional no mercado de educação corporativa digital.

 

ViaQuatro e ViaMobilidade iniciam campanha de doações de roupas e agasalhos nesta terça (20) em 10 estações

Linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô, e 8-Diamante e 8-Esmeralda de trens metropolitanos terão pontos de coleta até 31 de julho


Quem usa diariamente o metrô e trens metropolitanos pode praticar a solidariedade, doando uma peça roupa e agasalho. A ViaQuatro e ViaMobilidade, em parceria com o Instituto CCR e a Apae Brasil, realizam a partir desta terça-feira (20) pontos de coletas de roupas em bom estado, em 10 estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda até 31 de julho.

 

Quem passar pela Linha 4-Amarela, pode fazer sua doação nas estações Vila Sônia, Butantã e Luz. Já na Linha 5-Lilás, é possível doar nas estações Capão Redondo, Adolfo Pinheiro e AACD-Servidor.

 

A Linha 8-Diamante conta com pontos de coleta em Itapevi e Osasco, onde há transferência para a Linha 9-Esmeralda, que concentra as arrecadações nas estações Grajaú e Pinheiros. 

 

Campanha Nacional 

Pensada para mobilizar tanto os colaboradores do Grupo CCR quanto os clientes dos diferentes modais em que a empresa atua, a campanha é coordenada pelo Instituto CCR e visa estimular a prática da solidariedade e da ação voluntária.

Para conferir os locais de coleta, acesse o site: www.institutoccr.com.br. As doações serão encaminhadas para unidades da Apae Brasil.

 

Campanha Gentileza

Neste ano, o Instituto CCR aborda a gentileza como tema principal de suas ações institucionais. A temática estará presente nas campanhas de doação de roupas e agasalhos, itens de higiene pessoal, alimentos e material escolar, além do lacre solidário. Todas as iniciativas contam com o apoio da Apae Brasil.

 

Serviço – Campanha do Doação de Roupas e Agasalho 2023

 

Pontos de arrecadação

Linha 4-Amarela: Estações Vila Sônia, Butantã e Luz;

Linha 5- Lilás: Estações Capão Redondo, Adolfo Pinheiro e AACD-Servidor

Linha 8-Diamante: Estações Osasco e Itapevi

Linha 9-Esmeralda: Estações Osasco, Pinheiros e Grajaú



Disciplina e apoio: conheça alguns segredos de aprovada na prova da OAB

Ela atuava como bacharel há alguns anos e conseguiu a aprovação para ser advogada recentemente


O temido exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não é assim por acaso: nele coloca-se à prova os conhecimentos de toda a faculdade em duas etapas, sendo que a segunda fase é a mais difícil. Por isso, não é raro que haja profissionais formados atuando no mercado como bacharéis, em atividades de Ensino, Assistência ou Correspondência Jurídica, Jurista e Conciliação. Mas, a bem da verdade, tudo o que uma pessoa quer, quando se forma em Direto, é conquistar a OAB e ser advogado.

Jéssica Vanessa Cabral Campos conseguiu a aprovação recentemente e conta que foi na terceira tentativa que obteve sucesso. "A formatura foi em 2019 e veio a pandemia, período em que fiquei estudando. Logo arrumei um emprego e pensei que poderia atrapalhar meus estudos, mas o que ocorreu foi o contrário", conta a advogada que começou, então, atuando como bacharel no escritório Moreira Garcia Advogados.

"Quando eu comecei a trabalhar, percebi uma oportunidade enorme de transformar o meu sonho em meta. Trabalhar junto com profissionais muito atualizados me entusiasmou a pegar firme na preparação para a OAB, além do aconselhamento direto dos advogados sócios do Moreira Garcia e colegas", enfatiza.

Quando passou, a advogada venceu a primeira etapa e ficou na repescagem da segunda fase, quando decidiu optar por Direito Trabalhista - uma decisão acertada porque a base do escritório onde atua era, naquele período, Direito do Trabalho. "Quando eu abri o caderno de questões da segunda fase, tive plena certeza de que seria aprovada. Ali estavam exatamente os conteúdos para os quais estava preparada", narra.

Entre as vantagens de trabalhar em um local acolhedor e empático à situação de uma estudante para a prova da OAB, está a possibilidade de flexibilização de horários para estudo. E foi isso que aconteceu com Jéssica, que recebeu a oportunidade de poder continuar trabalhando.

"Até pensei em me dedicar o tempo todo para os estudos, mas o escritório proporcionou, com a flexibilização de horário, continuar em contato com o lado prático com atuação de alguma forma no Direito do Trabalho, o que também contou muito para eu realizar uma boa prova", lembra, sobre a conciliação sem diminuição salarial. De manhã, portanto, o estudo era prático, com acompanhamento de questões no escritório, e, à tarde e à noite, o encontro era com a teoria.


Disciplina, foco se saúde mental são essenciais também

Além da organização entre trabalho e estudos, o candidato deve ter muita disciplina para seguir os rituais de cada tarefa. "Tudo tem que ser bem equilibrado para ter saúde emocional, é necessário ter uma estratégia de preparação. Além de todo o percurso intelectual, você deve ter um escape, e, no meu caso, a escolha foi pelos esportes: eu comecei a correr", indica a advogada.

Vencer a procrastinação é o principal desafio, especialmente para o grupo de pessoas que já se formou e, depois de um tempo, vai prestar os exames da OAB. "Em geral, as pessoas tendem a se dispersar com família, trabalho e tudo mais. Vencer a procrastinação nessa situação não é fácil, mas é o começo do sucesso", reitera.

O resultado das provas da OAB só poderia ter sido recebido em um lugar: no escritório. "E todo mundo que torceu junto e trocou dicas estava lá, foi emocionante."

Vencido esse desafio, a advogada não vai parar. Para ela, agora a próxima meta é se especializar em um nicho. "Escolher aquilo com o que tenho mais afinidade é o caminho para cada vez mais atuar com qualidade", projeta ela, olhando para o futuro que se expandiu.

 

Moreira Garcia e Weis Advogados Associados

 

Indústria 4.0: a logística do futuro

Mesmo não sendo mais uma grande novidade, a Indústria 4.0 segue revolucionando diversos setores. A quarta revolução industrial, caracterizada pela integração de tecnologias inteligentes que promovem o ganho de automação, vem consolidando cada vez mais o seu espaço na cadeia produtiva de diversas áreas operacionais, dentre elas, a logística.

Durante muito tempo, o setor de logística sempre foi visto como a área da empresa responsável por garantir a eficiência e eficácia no gerenciamento de fluxos de materiais, informações e serviços. Embora essa descrição esteja correta, não há como negar os impactos que a Indústria 4.0 vem ocasionando neste departamento que, atualmente, vivencia os avanços da transformação digital com a inclusão de tecnologias disruptivas que ajudam na construção de uma nova era para o segmento.

Ou seja, a definição do setor que, até então era destinada para as operações de entrega do produto certo, no local e tempo correto, vem evoluindo, sendo atribuída recentemente como uma rede de negócios e cadeia de suprimentos. Tal alteração era necessária, ainda mais tendo em vista seu desempenho promissor nos últimos dois anos, que registrou um crescimento de 30% nesse período, de acordo com dados da consultoria Kantar.

Ao considerar o atual contexto da área de logística, é importante estar preparado para o que o futuro reserva para o segmento, visando contribuir efetivamente para o seu sucesso e crescimento. Dentre todas as ações, destacam-se cinco tendências em especial que merecem atenção nessa nova era:


#1 Novas tecnologias: considerando que a Indústria 4.0 traz consigo a implementação de recursos e ferramentas, cada vez mais será integrado no setor de logística tecnologias como, por exemplo, impressão 3D e manufatura aditiva, permitindo produção sob demanda e agilizando os processos e produção e distribuição; automação e robotização, que auxilia na melhora da eficiência e redução de erros; Internet da Coisas (IoT), que permite a conectividade entre dispositivos, como drones, para rastreamento em tempo real, e maior visibilidade da cadeia de suprimentos; e a digitalização, que possibilita a coleta e análise de grandes volumes de dados em tempo real, oferecendo uma visão mais precisa e abrangente das operações.


#2 Capacitação: é importante destacar que a Indústria 4.0 exige habilidades e conhecimentos atualizados dos profissionais logísticos. Sendo assim, torna-se necessário investir em capacitação e promover a adaptação destes profissionais frente às novas tecnologias, a fim de garantir o uso assertivo dessas ferramentas em favor da organização.


#3 Integração da cadeia de suprimentos: considerando que o setor de logística trata-se de uma rede de negócios, é fundamental que haja ajustes e integração de recursos que ajudem a viabilizar o desempenho da área. Neste aspecto, ter integrado APIs entre outros recursos, ajuda a garantir uma melhor visualização das interfaces de serviços, tornando mais ágil todo o processo de acompanhamento, bem como ajudando na oferta de um atendimento personalizado – contribuindo, assim, em diversos aspectos como a satisfação do cliente.


#4 Segurança e privacidade de dados: uma vez que as informações passam a estar na rede, é essencial investir em medidas protetivas de segurança de dados. Diante disso, práticas como dashboards para o acompanhamento em tempo real das operações eliminando assim chances de fraudes, sistema de contrassenha digital no ato das entregas, entre outras ações, além de garantir a melhor experiência do cliente, também auxilia que o setor de logística opere de forma segura e transparente. 


#5 Sustentabilidade: não há como deixar de lado a importância a atenção que a sustentabilidade vem ganhando no meio corporativo. E, tendo em vista que a logística opera tanto nos ambientes internos quanto externos, logo, ao aplicar a tecnologia em favor da área, contribui para o conceito de logística reversa, em que há um melhor aproveitamento da cadeia produtiva, além do melhor controle operacional do fluxo de entregas, é possível ter uma redução na emissão de poluentes por meio de rotas mais eficientes, através do uso da IA.

É importante destacar que a logística na Indústria 4.0 é um campo em constante evolução, e as empresas que abraçarem essa transformação estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e se beneficiarem das oportunidades oferecidas pela era digital.

Contudo, para que isso seja concretizando, serão necessários investimentos em infraestrutura, além da adaptação às mudanças nas práticas e processos logísticos. Para isso, é essencial que, desde já, as organizações estejam abertas para vislumbrarem os ganhos da logística do futuro que, diferentemente do que se imagina, já começou.

 

Milton Ribeiro - CEO da SPS Group, uma das maiores parceiras SAP Business One do Brasil.


SPS Group
www.spsconsultoria.com.br


Conheça a relação de candidatos por vaga do Vestibular das Fatec

 Foto: Roberto Sungi

Também se destacam pela alta procura os cursos: Desenvolvimento de Software Multiplataforma e Marketing 

Análise e Desenvolvimento de Sistemas é o curso mais procurado do processo seletivo para o segundo semestre; amanhã, a partir das 15 horas, estarão disponíveis na internet os locais da prova do próximo domingo, 25

 

O curso superior de tecnologia com maior demanda do processo seletivo das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs)  é o de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. A Fatec Zona Leste, da Capital, tem o maior índice: 15,65 inscritos vão disputar as 40 vagas oferecidas no período noturno. A graduação tecnológica também teve destaque nas Fatecs São Paulo (15,46 c/v à noite e 12,90 de manhã), Carapicuíba (15,03 c/v) e Baixada Santista (12,00 c/v), entre outras unidades, distribuídas nas diversas regiões do Estado.

No Vestibular para o segundo semestre de 2023, aparecem ainda como os mais concorridos os cursos de Gestão Empresarial, na modalidade online, da Fatec São Paulo, com 8,2 c/v; Desenvolvimento de Software Multiplataforma, da Fatec Mauá (7,03 c/v); e Marketing, da Fatec Sebrae, com 6,97 c/v.

Ao todo, mais de 48 mil candidatos  se inscreveram para o exame, que será realizado no dia 25 de junho, às 13 horas.

No site do Centro Paula Souza, está disponível a relação de cursos com maior índice de candidatos/ vaga deste processo seletivo das Fatecs. A demanda por curso e unidade está disponível no site www.vestibularfatec.com.br.

O calendário do Vestibular das Fatecs pode ser acessado
s no site, na Portaria e no Manual do Candidato. 

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades) ou pelo site www.vestibularfatec.com.br

 

Centro Paula Souza


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