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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Com base nos novos pilares da pecuária, produtores apontam ganhos de peso e diminuição do estresse na desmama de bezerros

Desmama na Fazenda Limeira
Divulgação
Produtores têm seguido as premissas do projeto 'Boi Azul' e utilizado as soluções da Biogénesis Bagó em suas propriedades para obter resultados superiores na fase da desmama


A aplicação dos novos pilares da pecuária na fase da desmama de bezerros tem resultado em consideráveis incrementos no ganho de peso dos animais e na diminuição do estresse gerado no momento do afastamento da vaca. Tendo como referência os seis pilares nos quais a pecuária do futuro deve se sustentar - sanidade, genética, nutrição, sustentabilidade, gestão e bem-estar animal – que são a premissa do Projeto ‘Boi Azul’, lançado pela Biogénesis Bagó, pecuaristas de diversas regiões do País têm alcançado ganhos de até oito arrobas na fase de desmame. 

Médico-veterinário e responsável pela pecuária da Fazenda Manah, em Santana do Araguaia (PA), Henrique Rodoy Bocchi, comenta que os investimentos nos pilares da nova pecuária, com destaque para o cuidado com a sanidade e o bem-estar dos animais, têm mitigado a perda de peso dos bezerros na propriedade, que conta com 20 mil animais das raças Aberdeen Angus e Nelore, sendo criados no sistema de ciclo completo.

“A perda de peso não chega a uma arroba. Aqui o estresse é pouco e como o gado vem do creep, já está adaptado a comer a ração suplementada desde o seu nascimento. Fazemos o protocolo de desmame recomendado pela Biogénesis Bagó, aplicando também o vermífugo, que auxilia a não ter tanta perda de peso quando o animal é tirado da vaca. Estamos conseguindo desmamar bezerros de sete meses com pesos entre 240 e 235 quilos, no caso dos machos, e, nas fêmeas, entre 230 e 225 quilos, que são resultados muito bons, rendendo até oito arrobas”, comenta Bocchi.   


Redução do estresse

Além de controlar o estresse e obter bons resultados com os pesos dos bezerros, a Fazenda Limeira tem conseguido ganhos com a manutenção da imunidade dos animais. Proprietário da fazenda localizada em Pinhão (PR), Ricardo Fernandes conta que há três anos optou pelo modelo de desmama chamado “desmadre”, muito utilizado na Argentina, para utilizar no projeto de melhoramento genético desenvolvido na propriedade, que atua no sistema de cria e recria com 1.200 cabeças de gado da raça Angus.

“Conseguimos diminuir o estresse drasticamente, sem muita perda de peso, com o animal desmamando de forma autônoma, chegando ao quinto mês com o leite materno representando apenas 15% do que precisa consumir para se desenvolver. Como o bezerro entra em um piquete melhor, já entende que aquele local é o ideal, sem apresentar estresse e oscilação no peso. Além de ter menos problemas com doenças relacionadas à imunidade, observamos que a perda de peso representa apenas 10% do que um bezerro costuma perder em um desmame convencional, o que é muito pouco”, pontua Fernandes.

Ele aponta que os resultados obtidos têm a influência do protocolo sanitário recomendado pela Biogénesis Bagó, que é utilizado desde o pré-nascimento dos bezerros. “No nosso manejo, na parte de genética, fazemos o processo da indução de cio, coleta e transferência do embrião e adotamos os protocolos da Biogénesis Bagó até na superovulação. Depois no nascimento, fazemos a cura do umbigo com antiparasitário Flok e, a partir do terceiro mês de vida, trabalhamos com o imunoestimulante Biopersol e o Suplenut. Posso afirmar que esses produtos ajudam muito no desenvolvimento do bezerro, desde a parte óssea, muscular até o desempenho de ganho de peso”, reitera o proprietário da Fazenda Limeira.

 

Combate à diarreia

Um planejamento sanitário estratégico e personalizado é fundamental para uma boa desmama. O plano sanitário elaborado pela Biogénesis Bagó vem auxiliando o proprietário e administrador da Fazenda Indiaporã, de Água Clara (MS), Fernando César Pinheiro, a combater a diarreia, desde o pré-parto, em seu sistema de cria constituído por um rebanho médio de 4.400 cabeças.

“Um dos grandes desafios que a Biogénesis Bagó tem colaborado conosco é no controle da diarreia. Já no pré-parto, aplicamos a vacina para prevenir a diarreia, que imuniza o bezerro através da colostragem da vaca. Isso faz com que a vaca tenha um colostro de qualidade e torne o bezerro imune ou resistente às diarreias”, explica Pinheiro.

Caso semelhante ao relatado pelo Gerente de Pecuária da Fazenda Boqueirão, Kelver Pupim, que tem vacinado suas novilhas no pré-parto com Rotatec J5 e imunizado essas vacas com as vacinas reprodutivas Bioabortogen e Bioleptogen, ambas da Biogénesis Bagó. Ele comenta que na propriedade, também localizada em Água Clara (MS), o Kit Adaptador, suplemento injetável à base de antioxidantes minerais e vitamínicos, tem sido crucial para deixar seus bezerros de cria menos agitados no momento de afastamento da vaca.

“O Kit Adaptador é o diferencial no processo de levar o bezerro para longe da vaca, sem tensão e com animal sendo bem tratado. O gado praticamente não perde peso, pois esses animais ficam dois dias no piquete para se desligar da mãe e já entram no melhor pasto rotacionado comendo bem e ganhando peso. Do segundo mês em diante, esses animais vão direto para o confinamento, em um piquete grande, onde começam a pastar e já comem de forma definitiva no cocho”, menciona Pupim.

 

Potencial genético  

Recebendo um amplo acompanhamento para potencializar a genética dos bezerros, Fernando César, da Fazenda Indiaporã, frisa que seus animais contam com um protocolo de nascimento até a desmama todo aportado pelos produtos da Biogénesis Bagó, que também o auxilia em casos de enfermidades.

“Investimos na genética e na nutrição e com os protocolos propostos pela Biogénesis Bagó conseguimos dar uma condição de sanidade para que os animais possam desempenhar o resultado desejado”, salienta o proprietário da Fazenda Indiaporã.

Henrique Rodoy Bocchi, da Fazenda Manah, ressalta que a boa alimentação, impulsionada pelos produtos da Biogénesis Bagó, além de bezerros mais saudáveis, têm contribuído para a qualidade do leite das vacas. “Desde o nascimento, os bezerros já estão comendo, o que ajuda no desenvolvimento da flora ruminal. Essa prática auxilia o nosso sistema que é todo rotacionado, de forma que a vaca sempre está comendo capim novo e produzindo melhor leite”, responde o médico-veterinário.

 

Nova pecuária como sinônimo de evolução

Ricardo Fernandes, da Fazenda Limeira, enfatiza os ganhos que vem tendo em sua propriedade a partir a aplicação dos novos pilares da pecuária propostos pelo projeto ‘Boi Azul’. “O bem-estar tem que ser trabalhado dentro da propriedade porque a diferença é muito grande. Aquele modo antigo de trabalhar, deixando os animais só na água e com fome ficou no passado. Hoje consigo perceber que ao dar conforto e tratar o animal bem, a sua resposta é muito maior, tanto em ganho de peso, como desenvolvimento. O animal se torna mais dócil, com menos medo, minimizando os perigos no trato. Prezamos bastante pelo bem-estar e batemos muito nessa tecla. Temos muito o que melhorar, mas estamos no caminho certo”, avalia Fernandes.

Sua visão é compartilhada por Kelver, que lembra que o processo de manejo se tornou mais prático, respeitando as individualidades dos animais, principalmente no momento de afastamento da vaca. “Antes fazíamos o picote na orelha, marcávamos a data, mês e ano. Hoje, isso já diminuiu e estamos fazendo o mínimo possível. O bezerro, quando sai de perto da vaca, é levado para um piquete bem arborizado, com cocho, água limpa, tudo isso diminuir o estresse”, descreve o Gerente de Pecuária da Fazenda Boqueirão.  

Para o médico-veterinário e gerente de Marketing da Biogénesis Bagó na América Latina, Carlos Godoy, foi-se o tempo em que apenas o “tripé” sanidade, genética e nutrição era suficiente para sustentar a produção pecuária. “Essa foi por muitas décadas a base da pecuária tradicional. Porém, o mundo mudou e a necessidade de se obter a excelência operacional nos ganhos produtivos utilizando novos recursos e novas tecnologias fez com que a pecuária moderna passe a exigir cada vez mais resultados em um menor espaço de tempo e território”, analisa Godoy.

Nesse sentido, ele destaca como o pilar da sanidade impacta diretamente no resultado da produção, dando como exemplo a taxa de mortalidade dentro das propriedades, que pode variar significativamente. “O benchmarking do Instituto Inttegra aponta uma diferença significativa entre a média de propriedades com investimento relativo em sanidade e as com alto investimento, as quais são chamadas de top rentáveis e top indicadores. Para se ter uma ideia da importância desse pilar e o impacto causado pela mortalidade em bezerros até o desmame, a diferença entre essas médias pode chegar até 2.3%. Vale lembrar que o benchmarking da Inttegra contempla propriedades com considerável uso de tecnologia e que já estão bem acima da média da realidade das propriedades do Brasil”, menciona Godoy.

Outro exemplo do pilar da sanidade é o valor gasto por animal no confinamento. “A média de investimento em sanidade por cabeça é de R$ 13,28. Um confinamento padrão tem o protocolo sanitário de alto risco, que pode chegar a R$ 23,84 por animal e o de baixo risco de pode ser de R$ 6,75. Ambos os protocolos sanitários têm grande importância, dependem significativamente do desafio dos animais que entram no sistema e impactam diretamente no índice de mortalidade e morbidade desses animais, ajudando a fazer com que a atividade opere no ‘azul’”, conclui o gerente de Marketing da Biogénesis Bagó.

 

Biogénesis Bagó
https://www.biogenesisbago.com/br/


4 maneiras simples de fazer reaproveitamento de água em casa

  

Aprenda como construir um sistema caseiro para reaproveitar a água da máquina de lavar e economizar em áreas da casa, como no chuveiro e até na cozinha.  


 

Você sabia que dá para fazer o reaproveitamento de água em diferentes lugares da casa? Tomando algumas atitudes simples, você estará contribuindo com a redução do desperdício e, de quebra, vai economizar algum dinheiro ao proteger este recurso que está cada vez mais escasso no planeta.  

 

Para se ter uma ideia, dados levantados peloInstituto Trata Brasilem 2022 revelam que o país perde cerca de 40% de toda a água potável captada, um desperdício que seria suficiente para abastecer milhares de lares brasileiros.  

 

Com o objetivo de te ajudar na missão de evitar o desperdício, o Cada Casa um Caso listou quatro áreas da casa onde você pode economizar o recurso no dia a dia. Veja: 

 

1. Como reaproveitar água da máquina de lavar 

 

Quando o assunto é reaproveitamento, a água que sobra da máquina de lavar (e quanta água!) pode ser usada para lavar áreas internas e externas da casa, dar descarga e lavar o banheiro. Veja algumas formas de fazer isso, a seguir:  

 

·        para coletar essa água, você pode direcionar a mangueira da máquina para o tanque e deixá-lo fechado. Depois, basta recolher a água e armazená-la em baldes para o reuso;  

 

·        se a sua máquina tem a função de aviso (de quando termina a lavagem), essa é a hora de retirar a água usada no processo. Procure colocar a mangueira em um recipiente com espaço suficiente para o armazenamento;     

·        existem, ainda, alguns sistemas simples que podem ser montados em casa para coletar e armazenar a água da máquina de lavar. Aprenda como fazer um nesse GUIA ESPECIAL 

 

2. Otimização da água do banho e menos tempo de chuveiro 

 

Essa é uma forma mais simples para quem deseja começar. Se você tem chuveiro a gás, por exemplo, pode colocar um balde para captar aquela água que sai no início antes dele chegar na temperatura ideal. Mas existem muitas outras formas: 

 

·        quem tem outros tipos de chuveiro, pode deixar alguns baldes no box durante o banho. Essa água economizada pode ser utilizada na limpeza residencial e até para dar descargas. 

 

·        Mudar hábitos da casa, como tomar banhos mais rápidos e menos quentes ou se ensaboar com o registro fechado, podem fazer uma grande diferença, já que um banho de 15 minutos pode consumir até 135 litros de água. 

 

·        Outra saída é instalar um redutor de pressão. Eles são fáceis de instalar e ajudam na economia de água de torneiras e chuveiros. 

 

Gostou? Confira então dicas detalhadas sobre economia no banho, NESSE ARTIGO 

 

3. E na cozinha? Sim, dá para reaproveitar! 

 

Isso mesmo, trouxemos alguns exemplos sobre como fazer oreuso da água que utilizamos no coração de muitas casas: a cozinha.  

 

·        A água de cozimento e molho de alimentos pode ser usada para regar as plantas, basta esperar que esfrie. Isso ajudará as mudas a crescerem mais fortes, pois o líquido contém algumas vitaminas. 

 

·        Já o líquido utilizado na lavagem de frutas ou vegetais pode ser amparado em uma bacia e depois auxiliar na limpeza de algumas partes da sua casa e, se for pura (sem sabão ou água sanitária), pode ser usada para regar plantas. 

 

4. O reaproveitamento de água da chuva 

 

Bastante difundida, essa ação pode ser feita de duas maneiras. O lado bom é que, por ser mais pura, essa água pode ser usada até para regar plantas! 

 

·        Utilizar a água da calha do telhado é segunda forma. Basta instalar um filtro para reter o material sólido, como folhas, fezes de pássaros e outros, para depois direcionar com dutos a água da calha para um reservatório. 

 

·        O reaproveitamento de água da chuva pode ser feito com a instalação de um sistema especializado, geralmente vendido por empresas. Essas instalações fazem a filtragem da água e a mantém em um reservatório; 

 

Ideias de como fazer o reaproveitamento de água anotadas? Então é hora de colocá-las em prática, repensando o consumo de água e retribuindo ao planeta as riquezas recebidas. 

 

 

Cada Casa, um Caso

 

sábado, 3 de junho de 2023

Profissionais da Odontologia dão dicas para uma atuação ecologicamente correta

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 5 de junho de 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU), na Suécia, durante a Conferência de Estocolmo. Na ocasião, foi discutido o futuro ecológico do planeta. A partir dali, houve uma ampliação das discussões dos problemas ambientais, contudo, muitos deles ainda estão longe de serem solucionados. Temas como poluição e destruição de áreas ecológicas ainda representam um grande desafio para diversos setores. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) e seus representantes incentivam práticas sustentáveis no exercício diário da Odontologia para um planeta saudável e melhor para todas as espécies.           

O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, Dr. Fabio Eduardo Spinosa, defende que os profissionais da Odontologia podem contribuir para a redução de impactos negativos na natureza, repensando seu dia a dia e suas atitudes em relação ao gerenciamento adequado dos resíduos produzidos em seu serviço, os quais são gerados durante os procedimentos odontológicos e que devem ser descartados adequadamente para evitar a contaminação do meio ambiente.

“Basicamente, ser ecologicamente correto é dar destino correto aos nossos resíduos. Atualmente, temos recursos como a digitalização de registros, o que reduz a quantidade de papel. Esta transição para registros digitais e a redução do uso de papel não apenas economizam recursos naturais, mas também ajudam a otimizar a organização e o armazenamento de informações nos consultórios odontológicos”.

Dr. Fabio explica que a escolha de materiais odontológicos sustentáveis é importante para minimizar o impacto no meio ambiente. “Isso inclui a preferência por produtos e equipamentos que sejam fabricados com materiais recicláveis, biodegradáveis ou provenientes de fontes renováveis”.

O Cirurgião-Dentista reforça ainda que a utilização de equipamentos modernos e eficientes pode ajudar a economizar energia e reduzir o impacto ambiental. Ele acrescenta que o mesmo se aplica à conservação do uso responsável da água durante os procedimentos odontológicos e orientações sobre a utilização adequada durante a escovação dos dentes. “Desta forma poderemos contribuir para preservar os recursos hídricos do nosso meio ambiente. Se fizermos no nosso dia a dia a educação de nossos colaboradores, de nossos clientes e pacientes, para uma saúde geral, incluindo uma saúde ambiental, propondo para que utilizem a energia de forma consciente, sem desperdício, estaremos praticando uma Odontologia ecologicamente correta”.

 

Tecnologia como aliada do meio ambiente 

O Cirurgião-Dentista e membro da Câmara Técnica de Gestão de Resíduos Contaminantes em Odontologia do CROSP, Dr. Gabriel Tadeu Leite de Andrade, lembra que, historicamente, a Odontologia nunca parou de evoluir. De acordo com ele, a cada dia surgem materiais cada vez mais modernos, desenvolvidos por empresas empenhadas em produzir materiais melhores e com um menor impacto para o meio ambiente. Um exemplo clássico, citado pelo Dr. Gabriel, foi o surgimento de uma infinidade de materiais restauradores livres de mercúrio e prata.

“Passamos por diversos momentos e, agora, já entramos na era digital, o que também está trazendo muitos benefícios, não só na parte técnica (como agilidade e precisão), mas também benefícios para o meio ambiente. Imagine que antes das radiografias digitais, para se obter uma simples imagem periapical, necessitávamos do filme radiográfico, que em sua composição contém acetato, prata, plástico e lâmina de chumbo, além dos líquidos usados para a revelação e fixação, que também são altamente poluentes e muitas vezes descartados de forma inadequada na rede de esgotos”.

Dr. Gabriel mencionou outro exemplo: o escaneamento intraoral, que, segundo ele, permite obter um modelo virtual e nele projetar uma peça protética na tela do computador, livre de um modelo de gesso e materiais de moldagem. “Se pensarmos de uma forma mais ampla, a possibilidade de enviar este mesmo projeto por e-mail para um laboratório de prótese dispensa a necessidade do uso de um meio de transporte que, na sua maioria, utiliza um combustível fóssil para se locomover”.

Ainda de acordo com o Cirurgião-Dentista, a Odontologia é capaz de ser sustentável - e isso vai além da parte técnica e do atendimento clínico. Assim como o Dr. Fabio, Dr. Gabriel também acredita que, antes mesmo do paciente entrar para a sala de atendimento, as mudanças de comportamento podem trazer impactos positivos para o meio ambiente. Além da digitalização e uso de software para gestão de consultório, ele reforça que as receitas digitais, como as que são disponibilizadas pelo site do CROSP, também contribuem para uma diminuição considerável do uso do papel.

“Atitudes simples como, por exemplo, substituir copos plásticos por copos de papel seria uma opção - ou até mesmo cada membro da equipe ter seu próprio copo. Para uma Odontologia mais sustentável é necessário que o Cirurgião-Dentista, assim como todos que trabalham com ele, saibam da importância e dos benefícios de cada mudança no ambiente de trabalho que visa a construção de um planeta melhor”.

Por fim, vale ressaltar que pequenas atitudes podem gerar grandes impactos. Conhecer e entender a importância dos 5Rs da sustentabilidade (repensar, recusar, reciclar, reutilizar e reduzir) e tentar empregar na rotina clínica sem que isso afete a segurança dos pacientes e equipe é fundamental para que se alcance uma Odontologia moderna e alinhada com a preservação do meio ambiente.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 

Dieta brasileira tradicional combate a desnutrição e previne doenças crônicas graves

Refeições balanceadas são um cuidado importante com a saúde do organismo 

 

Em termos de saúde, há palavras que despertam grande interesse na população em geral. Uma delas é dieta. Com tantas opções disponíveis no mercado nacional, o brasileiro tem se esquecido que o cardápio tradicional da terra – arroz, feijão, uma carne, salada e legumes – é um poderoso aliado para prevenir a má nutrição em todas as suas formas e também doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como o diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares como hipertensão que é fator de risco para infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC) e, ainda, cânceres de boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, vesícula biliar, fígado, pâncreas, rim e do endométrio.

De acordo com o gastroenterologista e cirurgião do aparelho digestivo, mestre em Medicina pela UFMG e coordenador médico do Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, Octacílio Felicio Júnior, o segredo da boa saúde passa pela adoção de uma dieta balanceada com os requeridos básicos de proteínas, carboidratos e gordura e, paralelamente, pela prática da atividade física regular.

“A saúde digestiva e, consequentemente, do organismo, é resultado do tipo de alimento que ela ingere”, enfatiza. Entre os pontos positivos da dieta brasileira tradicional estão o consumo de frutas, legumes, peixes, arroz, feijão, fibras e laticínios que cumprem as funções nutricionais básicas. Na lista dos negativos destacam-se o aumento do consumo de gorduras saturadas, açucares e de alimentos industrializados como biscoitos recheados, pizzas, salgadinhos, refrigerantes e refrescos adoçados.

Para aproveitar o melhor da dieta nacional e fortalecer a saúde, Otacílio Júnior recomenda priorizar os alimentos naturais com predileção pelas proteínas de boa qualidade como aves, peixes, mariscos. No quesito das gorduras, é preferível consumir as insaturadas, presentes em cereais, azeitonas e alguns peixes como o salmão, por exemplo. Já as fibras são encontradas nas verduras frescas, nas frutas com cascas e nos cereais.

Quem gosta de experimentar novidades não precisa ter medo. Afinal, a variedade de sabores é sempre bem-vinda. “Adotar hábitos saudáveis a partir de outras dietas como a mediterrânea, que tem como base o consumo muito maior de alimentos naturais, principalmente de origem vegetal como azeite, soja, ovos e leite é interessante, desde que o consumo de produtos processados se torne cada vez menor”, alerta.


Na hora do preparo

O preparo dos alimentos também é parte importante de uma boa dieta. Segundo o médico, conhecer a procedência dos produtos é fundamental para evitar contaminações. Uma vez na cozinha, a variação do cardápio tende a tornar as refeições mais atrativas. “Na hora do preparo, é bom evitar o uso de grandes quantidades de óleos, gorduras, sal e açúcar”, recomenda o gastroenterologista.

A rotina da alimentação também deve ser compreendida como uma ação positiva. Comer nos mesmos horários e em locais agradáveis faz com que o momento seja sempre especial de cuidado com a saúde. “Ao sentar-se para se alimentar, a pessoa deve ter em mente que aquele momento é importante para a saúde e evitar que se torne um momento para trabalhar ou estudar”, destaca.

 

O que esquecer

E a dica de um milhão de dólares, nesses tempos corridos, em que é mais fácil comprar algum produto pronto para consumo são na verdade duas: evitar alimentos processados em excesso e excluir os itens ultraprocessados da dieta. A primeira lista inclui aqueles fabricados pela indústria com a adição de sal, açúcar ou outro produto que torne o alimento mais durável, palatável e atraente como por exemplo as conservas em salmoura, compostas de frutas, carnes salgadas e defumadas, sardinha e atum em latinha, queijos feitos com leite, sal e coalho e, ainda, pães feitos de farinha, fermento e sal.

Na lista dos ultraprocessados estão produtos industriais com pouco ou nenhum alimento inteiro como é o caso das salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, barras energéticas, sopas, macarrão e temperos instantâneos, salgadinhos chips, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets. 

  

HE –Hospital Evangélico de Belo Horizonte

 

Esmaltação em gel e outras atividades de rotina podem esconder riscos à pele

Exposição cotidiana aos raios UV sem proteção pode
causar doenças e envelhecimento precoce da pele

Créditos: Envato

Raios UV nocivos presentes no dia a dia podem causar envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele quando há exposição em excesso sem proteção


O número de pessoas que utilizam cabines de luz ultravioleta para secagem de esmaltes e alongamento em gel está aumentando cada vez mais. A praticidade e a maior durabilidade estão entre os principais motivos. No entanto, um comunicado emitido recentemente pela Academia Nacional de Medicina da França trouxe um alerta sobre o risco do uso contínuo dessa prática. Estudos indicam que o aparelho utilizado por manicures aumenta o risco de câncer de pele, uma vez que é necessário expor as unhas à luz UV emitida pela cabine para que o esmalte em gel endureça e seque. 

Segundo a dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Anna Karoline de Moura, embora a exposição durante o processo seja curta, o risco de doenças de pele torna-se significativo devido à frequência com que o procedimento é realizado de forma contínua por pessoas que usam unhas em gel. "A incidência de raios UVA, presentes nesses aparelhos, tem capacidade para atingir mais profundamente a pele e apresenta um maior potencial de envelhecimento da área exposta”, explica. 

Perigos ocultos

Além do risco apresentado pelas cabines de secagem do esmalte em gel, existem outros fatores nocivos aos quais a pele é frequentemente exposta. Embora o cuidado com o rosto seja a preocupação mais comum no dia a dia, áreas como o couro cabeludo, orelhas, mãos, braços, pescoço e colo muitas vezes sofrem com a falta de atenção. Essas regiões são altamente vulneráveis aos danos cumulativos causados pelo sol. 

Além disso, atividades cotidianas que podem parecer inofensivas, como a exposição diária a telas de computadores, celulares e televisores, também podem desencadear ou agravar problemas de pele com o tempo. “O uso excessivo de telas é prejudicial para pele, especialmente para aqueles que têm tendência a manchas, uma vez que as telas também emitem radiação”, afirma a dermatologista.


Prevenção

Doenças de pele são muito comuns, mas, na maioria dos casos, podem ser evitadas por meio da adoção de cuidados básicos na rotina. Para isso, além da atenção com a exposição ao sol, recomenda-se o uso de protetores solares com fator de proteção solar acima de 50, principalmente nas áreas do corpo mais expostas. A dermatologista ressalta que, ao contrário das cabines de bronzeamento artificial, que devem ser totalmente evitadas, a exposição às cabines de luz UV para esmaltação em gel e à radiação das telas pode ser realizada, desde que sejam seguidos os cuidados recomendados e adequados. “É importante intensificar o uso de filtro solar, mesmo em casa ou no escritório, e aplicá-lo a cada duas ou três horas. Ao realizar procedimentos em cabine de luz UV, é imprescindível o uso de filtro solar nas mãos e hidratação das cutículas e unhas”, finaliza.

 

Confira 6 dicas de alimentação após implante dentário

Freepik
Cirurgião-dentista traz opções saudáveis para uma boa recuperação após o procedimento cirúrgico


Saber o que comer após implante dentário é primordial, já que o alimento é capaz de influenciar no resultado do procedimento. É normal que existam dúvidas a respeito do que pode ser consumido, uma vez que os resíduos podem prejudicar a cicatrização. Geralmente, nas primeiras 48 horas, são indicados alimentos pastosos, macios, frios e líquidos, pois eles não prejudicam essa etapa tão importante.

É essencial seguir as orientações de um especialista e, segundo o Dr. Paulo Zahr, cirurgião-dentista e presidente da OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do mundo, separou algumas dicas de alimentos para ingerir na fase do pós-implante. Confira a seguir:

1. Ovo cozido 

“É um alimento rico em proteínas e é capaz de contribuir na recuperação do tecido lesionado, visto que proporciona sensação de saciedade. Além disso, o ovo não tenciona o local da cirurgia, pois sua textura é macia”, comenta Zahr.

2. Mingau 

É o alimento ideal para ser consumido após o implante dentário, pois apresenta uma consistência mais líquida e, consequentemente, não agride a região lesionada. É recomendado ingeri-lo na temperatura fria ou morna.

3. Sopa fria 

É indicada com unanimidade pelos profissionais de odontologia, pois apresenta diversos nutrientes e pode ser ingerida de forma pastosa ou mais líquida. No preparo, é fundamental cozinhar bastante as verduras inseridas e evitar o alimento quente.

4. Frutas 

São uma excelente alternativa, pois, além de apresentarem diversas vitaminas, são alimentos que podem ser consumidos em temperatura ambiente. A banana, por exemplo, é uma opção que pode ser amassada e ingerida com facilidade. Já as frutas duras, como maçã e caqui, devem ser evitadas”, afirma o cirurgião-dentista.

5. Gelatina 

É uma boa alternativa de sobremesa, pois tem textura macia e é consumida fria, sendo fácil de mastigar após o procedimento dentário. Além do mais, apresenta diversos benefícios para a saúde do paciente, visto que contribui na digestão e é rica em colágeno. 

6. Pão amolecido com leite 

“O pão é um alimento que causa saciedade e, embora alguns tipos apresentam uma textura mais dura, como francês, ao molhar no leite fica amolecido e é uma ótima possibilidade de refeição após o implante”, finaliza Zahr.

 

OdontoCompany

 

Dor no coração e sensação de infarto podem ser indícios da Síndrome do Coração Partido

Atividade física é um dos melhores remédios para ajudar no combate ao estresse emocional e físico, causas dessa doença considerada psicológica



Tem dias que dá aquele aperto no peito, dificuldade de respirar, tonturas e ânsia de vômito, não dá vontade de comer, bate aquela dor no estômago, junta a raiva, tristeza profunda, acomete a depressão, dificuldade para dormir e cansaço excessivo. Chamar isso de ‘frescura’ ou mesmo de ‘preguiça’ é um erro, pois esses sintomas, parecidos com o de infarto, são clássicos da Cardiomiopatia de Takotsubo, mais conhecida como Síndrome do Coração Partido. A doença afeta o músculo cardíaco cuja principal característica é a disfunção súbita do ventrículo esquerdo. É um problema raro e também pode ser definido como cardiomiopatia por estresse.

A alteração acontece após situações de grande estresse emocional ou físico, seja pelo rompimento de um relacionamento amoroso, morte de uma pessoa querida, perda de emprego, problema financeiro, acidente, problema de saúde ou outros. O estresse emocional e físico são alguns dos fatores que impulsionam a síndrome do coração partido.

“A síndrome do coração partido normalmente é considerada uma doença com origem psicológica”, afirma o Dr. Rizzieri Gomes, médico cardiologista, focado na mudança do estilo (MEV) de seus pacientes. “A doença pode estar relacionada ao excesso de descarga de adrenalina, provocada pelo trauma enfrentado, afetando o funcionamento do coração, podendo levar a sintomas semelhantes ao do infarto”, diz. “E quando na forma grave, pode acarretar um quadro de falência do coração, edema de pulmão ou ainda arritmia, levando à morte súbita”, completa o médico.

O Dr. Rizzi Gomes também informa que “a atividade física é necessária para prevenção às doenças cardiovasculares. Ainda mais de pessoas que estejam sob estresse emocional. Corridas ou caminhadas, individuais ou em grupo, têm efeitos muito positivos no combate ao estresse emocional ajudando a curar a síndrome. A prática de atividade física ajuda a combater a dor causada por grandes acontecimentos negativos que acabam comprometendo as funções cardíacas”. 

 Aqui vão 10 dicas do Dr. Rizzieri para correr de maneira saudável:

1. Invista o tempo fazendo o alongamento corretamente antes de começar qualquer atividade física.

2. Comece caminhando. Pode ter certeza que alguém que hoje corre muito não começou nem com distâncias, nem em alta intensidade.

3. Não corra todos os dias (pelo menos no começo).

4. Intercale a intensidade, alternando entre corrida e caminhada.

5. Tenha metas; para você melhorar você precisa de um objetivo. Pode ser conseguir correr um quilômetro, para iniciar. Depois aumente gradativamente, conforme sentir segurança.

6. Invista em um bom tênis adequado para o seu peso e para a sua pisada. Tênis é fundamental para minimizar lesões.

7. Faça uma avaliação física, um teste de esforço, principalmente se você tem comportamento de risco, ou seja, está acima do peso, fuma, consome bebida alcoólica ou tem histórico familiar de doença cardiovascular.

8. Tenha ferramentas para medir o desempenho. Uma delas pode ser um daqueles relógios que mensuram a frequência cardíaca.

9. Não se compare com ninguém. Cada pessoa tem objetivos pessoais. Preocupe-se com a sua evolução e os seus resultados.

10. ‘Escute’ o seu corpo. Ele pode dar sinais de que já está chegando no limite. Respeite-o para não ter lesões.

 

Dr Rizzieri Gomes - médico cardiologista, focado na mudança do estilo (MEV) de seus pacientes, como ele mesmo define: tratar de saúde em vez de doenças. Foi o responsável pela implantação do protocolo de dor torácica no Hospital Check Up, de Manaus e por transformar a maneira como o infarto agudo do miocárdio é tratado na cidade, reduzindo a mortalidade por infarto agudo. 


Pela primeira vez, diretrizes apontam grupos de risco que devem fazer triagem para câncer no ânus

Estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) traz o consenso de especialistas sobre câncer anal, que aponta as diretrizes para exames de triagem, tratamento e vacinação contra HPV. Estão classificados como grupos de risco para tumor anal os homens que fazem sexo com homens, indivíduos vivendo com HIV e pacientes imunossuprimidos (incluindo transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea), assim como mulheres com história prévia de câncer de vulva ou de lesão pré-neoplásica em vulva

 

A partir da revisão de 121 artigos científicos, um consenso composto por pesquisadores brasileiros traz, pela primeira vez, as diretrizes que apontam quais grupos de risco podem se beneficiar de uma triagem para câncer de ânus, em especial o carcinoma espinocelular (CEC) do canal anal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que assina o estudo publicado na revista científica Journal of Surgical Oncology, medidas de rastreamento são recomendadas para homens que fazem sexo com homens, indivíduos vivendo com HIV e pacientes imunossuprimidos (incluindo transplantados  de órgãos sólidos e de medula óssea), assim como mulheres com história prévia de câncer de vulva ou de lesão pré-neoplásica em vulva. 

Além disso, a infecção pelos subtipos carcinógenos do vírus HPV tem sido cada vez mais reconhecida como uma das principais causas de câncer anal. “Pela primeira vez, incluímos recomendações para a triagem do câncer de ânus em populações de alto risco, algo que nunca foi feito por nenhuma sociedade médica no mundo até agora. Com base no que apontamos neste documento, o especialista deve orientar a realização de exames de triagem”, explica o cirurgião oncológico Marcus Valadão, diretor científico da SBCO e um dos autores da diretriz. 

Dentre os fatores determinantes para a definição do grupo de risco para triagem estão a etiologia (causa) e epidemiologia (incidência) da doença. Valadão explica que, entre os fatores associados ao aumento da incidência dos tumores anais estão as infecções virais pelo papilomavírus humano (HPV) e o Vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids e importante fator de imunossupressão (diminuição de resposta do sistema imunológico). Fazem parte da lista de fatores de risco para desenvolvimento de câncer no ânus algumas infecções sexualmente transmissíveis, como a herpes genital, gonorreia e clamídia, a prática do sexo anal e tabagismo.

O rastreamento, com foco no diagnóstico precoce, visa reduzir a mortalidade pela doença. Dados do levantamento SEERs, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI) aponta que, quando a doença é descoberta no início (ainda restrita ao ânus), a chance de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) é de 83,7%. Havendo metástase (a doença se espalhar para outros órgãos), esta taxa cai para 36,2%. Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer/SIM, do Ministério da Saúde brasileiro, indicam que esse tumor foi responsável por 1.040 mortes em 2020 no país.

O câncer de ânus representa 1% a 2% de todos os tumores colorretais, sendo considerado um tipo relativamente raro. “No entanto, sua incidência tem aumentado nas últimas décadas, configurando uma preocupação de saúde pública a ser discutida”, afirma Marcus Valadão. Em um número considerável dos casos, não há sintomas prévios ou evidentes. Mas, em geral, a maioria das pessoas é diagnosticada quando sinais e sintomas, como sangramento retal, coceira local ou nódulo ou massa no ânus, entre outros, começam a aparecer. No entanto, esses sintomas estão também relacionados a muitas outras patologias benignas.

O guideline é resultado do esforço de uma comissão de 14 especialistas, entre cirurgiões, oncologistas e radioterapeutas criada pela SBCO para revisar a literatura e formular diretrizes sobre trinta tópicos relevantes da doença. “O objetivo foi criar uma publicação que reunisse orientações em linguagem clara e acessível com base nas melhores evidências científicas atuais sobre aspectos do manejo do câncer anal, desde a triagem dos pacientes ao tratamento do câncer anal e vacinação para o papilomavírus humano”, observa Valadão.

A divulgação das novas diretrizes não apenas auxilia os médicos na prática clínica, mas também posiciona a SBCO como uma sociedade de destaque internacional na área do câncer anal.  “Estas diretrizes são um guia prático para ajudar cirurgiões e oncologistas que tratam câncer de canal anal tomar as melhores decisões terapêuticas. Devem melhorar os resultados do tratamento e oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados por essa doença”, afirmou Marcus Valadão, diretor científico da SBCO e principal autor do estudo).

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica- SBCO

Referência
Valadão M, Riechelmann RP, Silva JACE, Mali J, Azevedo B, Aguiar S, Araújo R, Feitoza M, Coelho E, Rosa AA, Jay N, Braun AC, Pinheiro R, Salvador H. Brazilian Society of Surgical Oncology: Guidelines for the management of anal canal cancer. J Surg Oncol. 2023 Apr 6. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jso.27269

 

Gripe aviária: professor da Uniube fala sobre doença viral que chegou ao Brasil neste mês


 

O Ministério da Agricultura e Pecuária registrou os primeiros casos de gripe aviária (H5N1) no Brasil em 15 de maio. Até o momento, treze aves de espécies migratórias e silvestres foram contaminadas, mas nenhum caso foi registrado em aves comerciais ou em seres humanos. De 2005 a abril de 2023, mais de 400 milhões de aves domésticas foram sacrificadas por causa da influenza aviária em países da África, Ásia e Pacífico, Américas, Europa e Oriente Médio, de acordo a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH).

O professor de Patologia do curso de Medicina Veterinária da Uniube, Humberto Eustáquio Coelho, conversou com nossa assessoria de imprensa, e falou sobre o vírus e os cuidados que o momento requer.


- O que é a gripe aviária? 

Prof. Humberto Eustáquio: A gripe aviária é uma doença viral e é um vírus que tem dois antígenos diferentes: o H e o N, portanto, tem quinze H e nove N. Essa combinação é muito diversificada e isso torna o vírus mais complicado. A versão mais famosa até hoje é o H1N1, e agora está sendo diagnosticado aqui no Brasil, em aves selvagem, o H5N1, que é importante, porém, mais perigoso para as aves de granja. As pessoas não precisam se preocupar muito neste momento. 


Como o vírus age na ave?

Prof. Humberto Eustáquio: É um vírus da influência A, ou seja, é uma gripe. A ave espirra, tosse, tem secreção nasal e, às vezes, demora até uma semana para morrer, mas aquelas que são mais fracas, morrem subitamente. Esse vírus também tem predileção pelo coração, por isso, pode provocar miocardite, e com isso, provocar uma morte súbita. Mas não é fatal em todas as aves, elas podem sobreviver, podendo passar até despercebido, sendo assim a mortalidade não chega a 100%.

- Quem corre o risco com esse vírus?

Prof. Humberto Eustáquio: São as pessoas que trabalham com as aves, os tratadores, os veterinários, os profissionais que podem ter o contato direto com os animais, porque vão manusear essas aves doentes. Outras pessoas não precisam ter medo, afinal, ele não é transmitido através do consumo da carne. Portanto, é um problema, mas temos que estar em alerta, mas não em pânico.

- Em caso de contaminação em ser humano, como o vírus se desenvolve?

Prof. Humberto Eustáquio: No ser humano não é uma coisa para termos tanta alerta assim, é uma gripe e assim como na ave, há risco de morte, mas reforço que não é 100% letal. É um risco para tratadores ou, por exemplo, curiosos. Uma pessoa ao ver uma ave doente, pegar e levar para casa na tentativa de ajudar, pode correr um grande perigo. Neste momento, não podemos brincar de cuidar desses animais. Recomendamos que a população comunique com autoridades sanitárias, afinal, o Brasil não quer correr o risco que o vírus chegue aos grandes criatórios.

- Qual é a situação atual no país?

Prof. Humberto Eustáquio: No momento, a situação está controlada e sendo observada. As autoridades sanitárias estão atentas e já foi dado um alerta emergencial em todo o Brasil. Exatamente por isso é importante falarmos sobre esse tema, para que todos tenham esse cuidado, por enquanto a doença está apenas em aves selvagens, porque vem de aves migratórias. É um risco para os ribeirinhos, pessoas que frequentam praias, ilhas, e temos o Pantanal, que tem muita água e há uma migração para lá, então é importante que tenha uma atenção especial ao Pantanal no momento.


A influenza aviária é considerada uma doença viral altamente contagiosa e afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. Entre os sintomas estão: andar cambaleante; pescoço torto; aspecto abatido; dificuldade respiratória; diarreia; alterações bruscas no consumo de água e ração nas aves de criação e redução na produção ou má formação de ovos. Atenção: Não é recomendado tocar e nem recolher aves doentes. 

Clique aqui e confira o vídeo com o professor Humberto Eustáquio falando sobre o vírus e os cuidados que o momento requer

 

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