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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Dezembro Vermelho: 5 pessoas são infectadas pelo HIV por hora no Brasi

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas sobre a doença
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Campanha destaca a prevenção da Aids, que matou 13 mil pessoas no País em 2021. Especialista alerta sobre a doença, que cresce entre jovens

A infectologista Lissa Rodrigues destaca que a conscientização da luta contra o HIV precisa ser lembrada o ano inteiro


No Brasil, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV a cada hora em 2021. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo do ano passado foram 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com a doença. No mundo, são 38 milhões de pessoas com o vírus. Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da Aids no planeta, 13 mil deles no Brasil.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas para o tratamento precoce da síndrome da imunodeficiência adquirida e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A infectologista Lissa Rodrigues, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da campanha. “É um momento de conscientização da luta contra o HIV, que precisa ser lembrado e falado o ano inteiro”.

Segundo o Ministério da Saúde, dos casos registrados entre 2007 e junho de 2021, 52,9% foram entre jovens de 20 a 34 anos. E entre 2010 e 2020 houve tendência de aumento de detecção de Aids entre jovens nas faixas de 15 a 29 anos e de 20 a 24 anos. A médica acredita que o fato se deve ao controle da doença. “No início da pandemia de HIV, ter o diagnóstico era uma sentença de morte, o que não acontece hoje em dia. Vejo como problema também a falta de diálogo sobre o tema, que ainda é tratado com muito preconceito. Apesar de atualmente a informação chegar de forma muito mais fácil, o que percebo na prática é total falta de conhecimento sobre o HIV e as outras ISTs”.


Tratamento

Lissa Rodrigues explica que o tratamento segue sendo um coquetel de medicamentos, mas com uma quantidade bem menor que antes. “Hoje em dia o tratamento padrão inicial consiste em dois comprimidos ao dia, com poucos ou nenhum efeito colateral”. Contudo, ela ressalta que a falta de cuidados das pessoas não pode recair sobre essa evolução dos remédios, que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“De maneira nenhuma podemos colocar o tratamento como lado negativo para essa crença, pois a doença ainda é perigosa se não for realizado tratamento adequado. O que aconteceu foi uma mudança comportamental ao longo dos tempos por vários fatores, não só pelo tratamento eficaz”, conta Lissa, que alerta que a melhor forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é o uso de preservativo nas relações sexuais. 


Diferença entre HIV e Aids

A infectologista lembra também que nem todos que possuem o vírus HIV estão com a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, tradução da sigla Aids. “A pessoa pode ter apenas o vírus no organismo, mas sem ter desenvolvido a doença. O vírus entra dentro do corpo e com o tempo vai consumindo nossas células de defesa até que chegue num nível em que não conseguimos nos proteger contra as outras infecções. Somente neste momento é que dizemos que ela está imunossuprimida, ou seja, com Aids”.

Nos últimos anos, a campanha Dezembro Vermelho também passou a ressaltar a prevenção das ISTs causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assim como o HIV, elas têm como principal forma de contágio as relações sexuais sem o uso de preservativos. “Muitas vezes, as outras ISTs são diagnosticadas junto com o HIV, e as mais comuns são sífilis, hepatites virais, gonorreia e herpes genital”, informa Lissa Rodrigues.

 

Dezembro Vermelho: CROSP na luta contra a AIDS

No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1 de dezembro, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) chama a atenção para os cuidados bucais preventivos que devem ser tomados pelos portadores da doença e aqueles que possuem o vírus HIV.    

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença transmitida pelo vírus HIV e caracteriza-se pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.  

A Cirurgiã-Dentista e membro da Câmara Técnica de Patologia Oral e Maxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Vanessa Soares Lara, explica que para contrair o HIV, fluidos contaminados pelo vírus precisam entrar na circulação sanguínea. “A principal via de transmissão do HIV dá-se por meio das mucosas dos órgãos sexuais, as quais durante a relação sexual sofrem microtraumas que então permitem a contaminação pelos vírus que estão presentes nas secreções vaginais, sêmen e sangue”.

Dra.Vanessa informa que é importante realçar que caso a mucosa oral apresente pequenas feridas, como gengivites e aftas, ela pode permitir a entrada do vírus no organismo durante o sexo oral ativo com um parceiro (a) contaminado.

A Cirurgiã-Dentista esclarece ainda que a saliva não transmite HIV e que não há risco de contrair o vírus por meio do beijo. Porém, há uma exceção: quando o beijo na boca é entre indivíduos com lesões sangrantes na mucosa oral (ambos possuindo tais lesões), como feridas ou sangramentos gengivais.

Por se tratar de uma doença caracterizada pela imunodeficiência, indivíduos com AIDS podem apresentar manifestações bucais de infecções oportunistas. A Cirurgiã-Dentista cita como exemplo a candidose pseudomembranosa e herpes, assim como lesão maligna em boca e doenças inflamatórias gengivais e periodontais, as quais podem ter sangramento, necrose e perda óssea.

Além disso, ela destaca que em indivíduos com AIDS, uma lesão inflamatória simples na boca pode evoluir para um quadro bem mais grave. Neste contexto, Dra. Vanessa alerta para a importância dos cuidados com a higiene bucal nesses pacientes, evitando complicações pela presença excessiva ou prolongada de microrganismos em contato com os tecidos bucais. “Lesões bucais são frequentes em pacientes com AIDS e podem ser os primeiros sinais clínicos da doença”.

Por esta razão, Dra. Vanessa considera que é fundamental o Cirurgião-Dentista estar atento às manifestações em boca para examinar toda a região, detectar alterações e, se necessário, encaminhar a um estomatologista, visando sempre o diagnóstico precoce.

 

Previna-se!

O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias. 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Saiba a importância de visitar o dentista regularmente

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Especialista da GUM destaca a importância dos check-ups preventivos


Ir ao dentista regularmente é fundamental para preservar a saúde bucal. Quando as consultas acontecem em um menor intervalo, o profissional consegue identificar problemas odontológicos previamente e tratá-los o mais rápido possível, evitando complicações mais graves.

Letícia Rigo, consultora da GUM, marca especialista em produtos odontológicos, aponta as principais doenças que podem ser evitadas com as visitas regulares ao dentista. Confira:


Gengivite
A Gengivite é uma inflamação da gengiva e o estágio inicial de possíveis doenças causadas por placas bacterianas, sendo a mais fácil de ser tratada. “Se a placa não é removida pela escovação e uso de fio dental, ela produz toxinas que irritam a região e causam a condição. Neste estágio inicial da doença gengival, os danos podem ser revertidos com o auxílio de um dentista. O tratamento consiste em remover a placa bacteriana, reduzindo a inflamação e impedindo que ela progrida para alguma condição mais grave”, explica.
 

Periodontite

A periodontite é uma doença multifatorial que pode ser manifestada quando a gengivite não é devidamente tratada. “O problema se agrava e afeta os tecidos que sustentam os dentes. Com o passar do tempo, os dentes perdem sustentação e apresentam mobilidade, podendo até se soltar da arcada dentária. Por isso, o ideal é identificar o problema ainda no começo, realizar o tratamento junto ao dentista e realizar uma boa higienização da região, evitando o acúmulo de placa bacteriana


Tártaro

O tártaro, também chamado de cálculo dental, se forma quando a placa bacteriana não removida torna-se calcificada. “Os resíduos de alimentos, que calcificam em função do contato com os minerais da saliva e outras reações químicas, ficam aderidos ao dente e não se soltam facilmente. A condição desencadeia quadros de periodontite, amarelamento dos dentes, retração gengival, etc... Por isso, é importante ir ao dentista para fazer a remoção, além de realizar uma boa escovação e uso do fio dental de forma rigorosa”, afirma.

Câncer Bucal

O câncer bucal pode acometer qualquer região da boca e a detecção prévia é essencial para combater a doença. “É importante consultar o médico imediatamente se alguns sintomas como: feridas, inchaços, dificuldade para mover a mandíbula ou língua, problemas para mastigar, engolir ou falar e dentes amolecidos sem causa aparente forem apresentados. O dentista pode identificar essas lesões suspeitas e indicar um tratamento adequado, aumentando as chances de cura, visto que a condição foi descoberta logo no início”.

Bruxismo

O bruxismo, caracterizado por movimentos involuntários de apertar e ranger os dentes, principalmente durante o sono, pode ser minimizado com o uso de aparelhos removíveis que evitam a tensão na região. “Durante as visitas regulares ao dentista, é possível identificar o problema ainda no início, tratar a condição com o auxílio de uma placa miorrelaxante e associar outras medidas, conforme a necessidade de cada pessoa. O procedimento bloqueia o contato entre os dentes e dificulta o desgaste da dentição” destaca.


Cárie

A cárie é uma lesão que se forma por causa dos ácidos liberados por bactérias. “Essa condição é muito discreta, mas a degradação do dente é progressiva, podendo comprometer a estrutura dental levando à perda de um ou mais dentes. “Prevenir a cárie também é muito simples, porque assim como para outras doenças bucais, basta manter uma boa higiene após cada refeição, usar fio dental pelo menos uma vez ao dia e realizar visitas periódicas ao dentista”, finaliza.

 

GUM


Anti-inflamatórios de uso comum na infância podem causar alterações no esmalte dentário, revela estudo

A doutoranda Juliana de Lima Gonçalves, primeira autora do artigo, em experimentos com ratos feitos para avaliar os efeitos de medicamentos anti-inflamatórios na mineralização dos dentes (foto: acervo dos pesquisadores)
 

Estudo feito na Universidade de São Paulo (USP) e divulgado na revista Scientific Reports revela que medicamentos anti-inflamatórios de uso comum na infância podem estar ligados a defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, que hoje ocorrem em aproximadamente uma em cada cinco crianças no mundo.

Os autores, ligados às faculdades de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP) e de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP), investigaram os efeitos de drogas como o celecoxibe e indometacina, que pertencem à classe dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e representam – ao lado do paracetamol – o primeiro degrau da escada analgésica da dor da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nos últimos anos, os dentistas da Clínica do Esmalte Dentário da FORP-USP, que pesquisam e lidam diariamente com o problema, vêm observando um aumento considerável no número de crianças atendidas com dor, manchas brancas ou amarelas e sensibilidade e fragilidade dos dentes, que inclusive acabam fraturados pela força da mastigação – todos sintomas clássicos dos defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário do tipo hipomineralização, cuja causa central ainda é desconhecida. Como consequência, lesões de cáries aparecem mais rapidamente e com maior frequência nesses pacientes e suas restaurações apresentam menor adesão e mais falhas. E estudos indicam que essas pessoas chegam a trocar dez vezes mais as restaurações ao longo da vida.

Uma coincidência despertou a curiosidade dos pesquisadores para se aprofundar no tema: a idade dos pacientes. Os primeiros anos de vida, quando os defeitos no esmalte se formam, coincidem com a época em que doenças são mais frequentes, muitas vezes com febres altas.

“Essas doenças geralmente são tratadas com anti-inflamatórios não esteroidais, que atuam inibindo a atividade das enzimas cicloxigenases (COXs) e a produção da enzima prostaglandina, cujos níveis se apresentam aumentados”, diz Francisco de Paula-Silva, professor do Departamento de Clínica Infantil da FORP-USP e orientador do estudo. “Entretanto, sabemos que as cicloxigenases e a prostaglandina são fisiológicas para o esmalte dentário, o que nos levou a questionar se esses medicamentos não estariam interferindo no curso da formação normal dessa estrutura.”

O estudo, que contou com apoio da FAPESP (projetos 10/17611-414/07125-6 e 21/09272-0), utilizou ratos para estudar o problema, já que os animais possuem incisivos com crescimento contínuo, o que facilita a análise. Durante 28 dias, eles foram tratados com celecoxibe e indometacina.

Após esse período, praticamente não foram observadas diferenças visíveis a olho nu nos dentes dos animais. No entanto, quando os pesquisadores iniciam as extrações, chamou atenção o fato de que os dentes quebravam com maior facilidade. Análises por método de imagem e de composição química indicaram impacto na mineralização dos dentes, que continham menos cálcio e fosfato, importantes para a formação do esmalte dentário, e sua densidade mineral era menor.

O passo seguinte foi investigar os motivos para isso. Os cientistas constataram que proteínas importantes para mineralização e sinalização para diferenciação celular se apresentavam alteradas, indicando que o tratamento com os medicamentos impactava, de alguma forma, a composição do esmalte dentário.

Próximos passos

“Neste momento, o estudo nos oferece um norte para entender um novo ator que pode estar envolvido nos defeitos de desenvolvimento do esmalte dentário, já que até então caminhávamos às cegas”, diz Paula-Silva. “Só conseguimos chegar a esses importantes achados graças aos esforços da Clínica do Esmalte Dentário da FORP-USP e de uma colaboração com a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Lúcia Helena Faccioli, fundamental para a compreensão do papel dos mediadores lipídicos relacionados a doenças inflamatórias que afetam os dentes.”

Com base nos resultados observados no modelo animal, os pesquisadores pretendem dar início a um novo estudo para confirmar os achados na clínica. “Vamos resgatar a história das crianças com defeitos e seu uso dos medicamentos e correlacionar, em um estudo clínico, esses dois dados para verificarmos se isso também ocorre em humanos. Assim, poderemos estabelecer o que deve ou não ser consumido e criar, no futuro, um protocolo de tratamento adequado”, explica Paula-Silva, que compara a situação com o caso do antibiótico tetraciclina, não recomendado a crianças por causar manchas e escurecimento dos dentes.

De acordo com o professor, outro ponto importante a ser tratado é o acesso e o uso indiscriminado de medicamentos de venda livre, que parece ter se tornado cada vez mais comum como decorrência do aumento do cuidado pediátrico, embora ainda não haja dados concretos sobre o tema.

O artigo Enamel biomineralization under the effects of indomethacin and celecoxib non-steroidal anti-inflammatory drugs pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-022-19583-w.

 

Julia Moióli

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/anti-inflamatorios-de-uso-comum-na-infancia-podem-causar-alteracoes-no-esmalte-dentario-revela-estudo/40180/

Segredo de bom rendimento na Copa pode estar na boca dos atletas

Algumas lesões podem ter relação com a saúde bucal de jogadores e atletas  
Divulgação
Frequentes dores e lesões podem estar associadas aos tipos de mordida, alinhamento e perda de dentes

 

O desejo de ter um sorriso bonito, com dentes brancos e alinhados, é cada vez maior entre jogadores de futebol, mas será que a preocupação deve ser exclusivamente com a estética? Regulamentada somente em 2015 pelo Conselho Federal de Odontologia, a Odontologia Esportiva é uma das especialidades da área pouco difundida no Brasil, mas que se mostra ainda mais importante para o desempenho de atletas - profissionais ou amadores.

Pesquisas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) indicam que o aproveitamento do atleta pode diminuir em 22% em razão de distúrbios na saúde bucal. Problemas como periodontite, por exemplo, podem levar as bactérias da boca para a corrente sanguínea e atingir outros órgãos ou membros e articulações, e provocar lesões ou atrasar a recuperação de outras já existentes. Já as cáries, comuns em atletas que consomem termogênicos e suplementos, aumentam as chances de comprometer, no mínimo, um dente, além de causar sensibilidade e dores que afetam a alimentação e a qualidade nutricional da dieta. “Esses são exemplos de complicações bucais consideradas mais comuns, mas que dificilmente imaginamos que podem agravar a saúde de atletas de uma forma tão séria”, alerta o dentista e diretor de novos produtos e prática clínicas da Neodent, Sérgio Bernardes. 

Outros alertas estão relacionados ao posicionamento dos dentes, que interfere tanto na respiração quanto na parte postural; e também, à má posição do maxilar, que pode prejudicar o equilíbrio durante a prática esportiva; e, por fim, à respiração errada que, quando feita pela boca, além de exigir um esforço maior para puxar o ar, ainda causa a diminuição do palato (céu da boca) e a mordida cruzada, refletindo no corpo inteiro. “Para o caso de desalinhamento dos dentes e de mordida cruzada, um tratamento que tem se tornado comum e facilitado a vida dos atletas por ser discreto, de fácil manuseio e sem riscos de acidentes durante a prática de esportes são os alinhadores ortodônticos”, destaca a dentista e especialista da ClearCorrect, Caroline Aranalde.

Bernardes ainda avalia que, se um jogador não tiver apenas um dos dentes no lado direito ou esquerdo, irá forçar o lado oposto, causando problemas de ATM (articulação-temporomandibular). “Em resumo, a odontologia pode trazer benefícios por meio dos encaixes dentários, que refletem em uma mudança na postura e no equilíbrio da musculatura do corpo”, conclui.


Saúde bucal x saúde do corpo todo

Em 2012, durante a realização dos Jogos Olímpicos de Londres, uma pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a saúde bucal dos atletas de diversas modalidades. Em 45% dos 278 atletas entrevistados, de 25 esportes diferentes, foi diagnosticada a erosão dentária, o que mostra que a preocupação com a saúde da boca não é a mesma que as equipes têm com a saúde do corpo. “O ideal seria que as seleções na Copa do Mundo e as equipes nas Olimpíadas tivessem em suas delegações a presença de cirurgiões-dentistas que pudessem avaliar e orientar os atletas nos melhores tratamentos e procedimentos, individualmente”, aconselha Sérgio Bernardes. 

Mas, enquanto isso ainda não se torna comum, o conselho dos dentistas é de que os atletas façam diariamente a higiene bucal adequada, e realizem consultas de seis em seis meses para acompanhamento e checkup. O tratamento interdisciplinar entre dentista e nutricionista também é indicado com o intuito de discutir em conjunto sobre hábitos alimentares e suplementação.

Neodent®

 

Brasil tem cerca de 187 mil pacientes que fazem tratamento com cannabis medicinal

Dados constam em Anuário desenvolvido pela Kaya Mind, que contém informações sobre a regulamentação da planta no país

 

Aproximadamente 187.500 brasileiros realizam tratamentos com medicamentos à base de cannabis medicinal, é o que aponta o mapeamento mais recente da Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos. 

Considerando informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a startup aponta que existem 91.161 pacientes que fazem importação de medicamentos de cannabis no Brasil. Além disso, outra estimativa mostra que são cerca de 26.400 pacientes que têm acesso aos medicamentos à base de cannabis nas farmácias e por volta de 70 mil que fazem o tratamento via associações.

Os dados fazem parte do ”Anuário da Cannabis no Brasil”, que é um conteúdo inédito sobre a regulamentação da cannabis no país e seus desdobramentos no mercado, divulgado no dia 16 de novembro. O material, que contou com mais de 15 patrocinadores e grandes apoiadores do setor, institucionais e de mídia, é o único anuário completo com dados sobre o  tema.

De acordo com Maria Eugenia Riscala, cofundadora e CEO da Kaya Mind, o crescimento no número de pacientes ocorre devido à quantidade e qualidade de informações sobre o tema. “Além da eficácia comprovada cientificamente, quanto mais o assunto é abordado, mais os médicos e pacientes passam a compreender sobre os benefícios dos tratamentos para diversas doenças”, pontua. 

Recentemente, a Kaya Mind divulgou que o número de pessoas com autorização para importar produtos à base de cannabis pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) crescerá 119,8%, neste ano, em comparação com 2021. Considerando o aumento do mercado desde 2019, a expectativa é que, até maio de 2023, o país tenha mais de 200 mil brasileiros registrados na Anvisa que optam pela forma de tratamento.

Para a executiva, é um passo significativo para fortalecer o segmento. “Uma regulamentação mais abrangente seria fundamental para garantir que mais pessoas tivessem acesso aos produtos, principalmente a medicamentos mais acessíveis, afinal, o cultivo no país reduziria o preço do insumo, que hoje precisa ser importado de outros países”, explica.

 

 

Kaya Mind

https://kayamind.com/


9 milhões de brasileiros com diabetes sofrem amputações

9 milhões de brasileiros com diabetes sofrem amputações
Vuelo Pharma
Principal causa das amputações é o pé diabético

 

O último levantamento realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, aponta que 9 milhões de brasileiros estão com diabetes, cerca de 6% da população, e destes, 25% vai sofrer com pelo menos uma úlcera no pé durante a vida. Dados preocupantes, já que uma das principais complicações causadas pelo diabetes mal controlado são as amputações decorrentes das úlceras nos pés. 

Segundo Antônio Rangel, enfermeiro estomaterapeuta e assessor da Vuelo Pharma,  esse desfecho trágico de amputações nos pés se dá principalmente pelas alterações neuropáticas (doenças dos nervos dos pés) e pela doença vascular periférica, ambas causas do “pé diabético”. 

O diabetes sob controle não costuma trazer complicações, mas é importante a avaliação diária dos pés para verificar se existem lesões, ressecamentos, calos e calosidades. Caso aconteça a perda de sensibilidade, dores tipo fisgadas, pontadas, alterações dos dedos como os "dedos em garra", o paciente deve procurar a avaliação de um especialista. 

“Geralmente quando o paciente tem mais de 10 anos de diagnóstico de diabetes é preciso redobrar a atenção e passar por um controle mais rígido e constante. O paciente pode apresentar sintomas como dores, agulhadas, alterações no formato do pé, dedos em garra, o aumento ou diminuição na proeminência do arco frontal, ressecamento e perda de sensibilidade”, conta Antônio Rangel.

De acordo com o especialista, é essencial que o diabético tenha o hábito de cuidar do pé, de verificar as unhas, de ficar atento à hidratação da pele e usar apenas meias de algodão e sapatos confortáveis com solado rígido e de um material de boa qualidade.


Diabetes sem controle

Quando o diabetes não é controlado o paciente pode sofrer de neuropatia diabética, que pode ser motora, sensitiva ou autonômica. A Neuropatia sensitiva leva à perda da sensibilidade nos pés. Nesses casos, o diabético pode acabar machucando os pés (em uma pedra ou sapato apertado, por exemplo) e não perceber que uma lesão se abriu. Em pouco tempo a ferida pode evoluir, aumentando de tamanho e dificultando a cicatrização.

A neuropatia motora modifica a biomecânica do pé e provoca alterações ósseas e articulares, favorecendo o aumento dos pontos de pressão nos pés quando a pessoa caminha. Ao longo do tempo, começam a se formar calosidades que, se não forem cuidadas, rompem a pele e se tornam feridas crônicas, estabelecendo uma porta de entrada para bactérias, fungos e vírus.

Já a neuropatia autonômica ocasiona a falta ou diminuição do estímulo das glândulas sudoríparas ou sebáceas, ressecando a pele e favorecendo rachaduras que também são porta de entrada para infecções e complicações, aumentando o risco de amputações.   

“O pé diabético é perigoso e pode atingir pacientes de qualquer idade. É pouco comum que aconteça na mesma gravidade nos dois pés, mas pode, sim, acontecer ao mesmo tempo nos dois membros. Também, de forma mais rara, podem ocorrer manifestações nas mãos”, explica o especialista. 


Tratamento

O tratamento é complexo e o acompanhamento de médico ou enfermeiro é essencial, uma vez que o risco de amputação é eminente. "Os pacientes já encontram no mercado produtos tecnológicos que ajudam a evitar procedimentos mais invasivos, como o curativo a base de celulose chamado Membracel. Ele trata as lesões, acelera a cicatrização e diminui os riscos de infecção. Mesmo nos casos de amputação, em que a ferida do procedimento fica aberta, o curativo contribui para a melhor cicatrização, evitando agravar e gerar complicações que podem levar a novas amputações”, diz.

Para o enfermeiro, o melhor tratamento é o acompanhamento mensal do paciente, com visitas frequentes a um especialista. “O diabético precisa olhar o próprio pé diariamente e monitorar qualquer alteração. Além disso, a ida mensal ao médico é essencial para manter a doença controlada”, finaliza Rangel.


Novo estudo aponta que uso excessivo de telas tem relação com casos de miopia e ensina dicas preventivas

Estudo realizado pelo cientista luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu indica relação entre uso excessivo de telas e aumento de casos de miopia

 

Com o desenvolvimento e popularização da tecnologia, cada vez mais têm crescido o acesso e uso de telas, no entanto, esse uso prolongado e cada vez mais prematuro tem sido apontado como um dos fatores que influenciam o aumento de casos de miopia. 

É o que reforça o estudo “Uso excessivo e prematuro das telas aumentam proporção de casos de miopia”, produzido pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e publicado pela Revista Multidisciplinar Ciência Latina. 

“Estudos recentes mostraram que existe uma ligação entre o aumento do tempo de tela e a miopia ou outros problemas como fadiga ocular, visão turva, dores de cabeça e distúrbios do sono. Uso de computador, tablet, smartphone, videogame ou televisão podem prejudicar sua visão”. Afirma o artigo. 

O artigo também aponta que diversos estudos já relacionam o acesso precoce a telas, educação e leitura têm relação com o aumento de casos de miopia. 

“Nos Estados Unidos, os casos de miopia em crianças mais que dobraram nos últimos 50 anos [...] essa  relação  é  devida às condições  de  estudos  desde  muito  cedo.  Populações  geneticamente  suscetíveis  a  leitura  e educação precoce assim como populações com maior acesso às telas. [...] está bem documentado que os casos de miopia aumentaram em conjunto com a era digital como no caso dos chineses que, segundo dados, possuem 3 vezes mais miopia do que os hispânicos”. 

Apesar de suas causas genéticas, existem também outros fatores que influenciam esse processo, chamadas de epigenéticas, elas se referem à capacidade do ser humano, de acordo com  o seu comportamento ativar o desativar alguns genes, podendo estimular ou prevenir o surgimento de doenças.

 

*Dicas para evitar a miopia*

Pode parecer impossível conciliar a saúde ocular com o uso de telas, fundamental na atualidade, no entanto, existem dicas que podem ajudar, o estudo  aponta algumas das principais, confira. 

“Ao usar um dispositivo digital por longos períodos de tempo, recomendamos a regra 20 - 20 - 20. A cada 20 minutos, olhe para algo a 6 metros de distância por 20 segundos. Estar perto de uma janela e definir um alarme recorrente pode ajudar nesse objetivo”. 

“Para as crianças, defina um alarme para uso do computador ou espace marcadores ou clipes  de  papel  para  lembrá-los  de  fazer  uma  pausa  para  os  olhos  ao  ler  um  livro. Limite  o tempo de tela desnecessário e aumente o tempo de jogo ao ar livre. Treine as crianças para usar telas de 24 polegadas ou mais distantes, em vez de  menos de 12 polegadas, que ficam muito  perto  dos  olhos e use  óculos  de  sol  com  proteção  UV”. 

Seguem outros meios de prevenção: 

- Passar mais tempo ao ar livre com luz natural - Deve-se incentivar a criança e regular o tempo em casa e ao ar livre;

- Ortoceratologia - uso de lentes de contato rígidas para achatar temporariamente a córnea e reduzir a miopia;

- Colírio de atropina em baixa dosagem - colocar gotas em casa olho antes de dormir para retardar a progressão da miopia em crianças e adolescentes;

- Estudar ao ar livre para realizar a técnica 20-20-20 com mais facilidade;

- Não fumar e evitar ambientes com fumaças;

- Uma alimentação com ômega-3 pode ajudar na prevenção.


Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.


O tamanho da nova onda da covid-19 depende de nós

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu o alerta sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, na China. Em 9 de janeiro de 2020, a OMS confirmou a circulação de um novo coronavírus, o SARS-COV-2 e, em 11 de março do mesmo ano, declarou pandemia de covid-19.

Já passados quase três anos, com o avanço da vacinação pelo mundo, houve a redução do número de casos e mortes, o que nos deu a sensação de que o vírus, apesar de ainda estar circulando, estaria sob controle. Tiramos as máscaras, voltamos a nos abraçar, a nos reunir em eventos, shows, festas familiares, happy hour, como que declarando: “A pandemia acabou!”. Apesar disso, o status de pandemia ainda não foi alterado pela OMS, que até pouco tempo atrás estudava decretar o seu fim.

Porém, nas últimas semanas, temos visto um aumento progressivo de casos no mundo, provavelmente impulsionado pelas novas linhagens da Variante de Preocupação  Ômicron, BQ.1 e BA.5.3.1. No Brasil, entre 6 e 11 de novembro de 2022, foram notificados 57.825 casos e 314 mortes por covid-19, resultando em uma média móvel de 8.448 casos diários, o que representa aumento de 120% em relação à semana anterior (3.834). Em média, morreram 46  pessoas nos últimos sete dias, ou seja, houve um crescimento de 28% em comparação à semana anterior.

Diante desses dados, será que corremos o risco de vivenciar uma nova onda da covid-19? É possível que sim, mas provavelmente não nas mesmas proporções que em março e abril de 2021, um dos momentos mais críticos dessa doença no Brasil. Assim, quais seriam os possíveis fatores que nos levariam a uma nova onda?

Baixa adesão às doses de reforço da vacinação para covid-19: Apesar da alta adesão ao esquema vacinal com 2 doses ou dose única pelos brasileiros, não alcançamos ainda nem 60% do esquema da dose de reforço para os grupos elegíveis. O que significa que muitas pessoas já têm mais de 1 ano e meio da 1.ª dose de vacina. O que vemos nos estudos é que o número de anticorpos criados para combater o SARS-COV2, costuma se reduzir gradativamente, com diminuição importante após 5-8 semanas da vacina, principalmente diante da Ômicron. Isso significa que os grupos de risco podem evoluir com pior desfecho, tendo a necessidade de hospitalização, e maior chance de morte. 

Afrouxamento das medidas sanitárias. Em quase todo o Brasil, houve uma redução significativa do uso de máscara (que ficou praticamente restrito ao ambiente hospitalar) e do distanciamento entre as pessoas, que são as medidas farmacológicas de maior impacto para a prevenção da covid-19. Esses fatores favorecem a circulação do SARS-COV2 entre as pessoas, sendo um incremento para transformações nesse vírus e o surgimento de novas linhagens ou sublinhagens como a BQ1, que têm maior potencial de infectividade, ou seja, se espalham com mais facilidade, mas não necessariamente de letalidade para a população como um todo. Para as pessoas com comorbidades e idosas, o desfecho acaba sendo incerto.

Poucas opções de medicamentos disponíveis para a prevenção e tratamento da covid-19. A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu em 11 de novembro uma nota técnica alertando sobre isso: “...é essencial que medicações já aprovadas pela ANVISA para o tratamento e prevenção da covid-19 estejam disponíveis para uso no setor público e privado...”, principalmente para os idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.

Diante desse quadro, fica claro que precisamos encarar que a pandemia não acabou, que o vírus ainda circula entre nós e que pode trazer impacto na saúde pública e mais ainda, pode provocar danos irreversíveis na vida de uma pessoa, que pode ficar com sequelas, ou pode trazer impactos para a vida de uma família, que pode ficar sem um ente querido para sempre. 

O nosso papel como cidadão é agir com sensatez em relação a nossa vida e das demais. Assim, é preciso completar o esquema de vacinação, usar máscara sempre que estiver em um ambiente com aglomeração e quando estiver com sintomas gripais ou respiratórios e, cobrar das autoridades a disponibilização de medicamentos e de novas vacinas para a população como um todo. Isso tudo é necessário para que possamos continuar vivendo em sociedade, “porque não é bom que o homem viva só”.


Viviane de Macedo - infectologista, doutora em Ciências e professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).

 

DEZEMBRO LARANJA

Cristo Redentor será iluminado na cor laranja em alusão ao Programa Brasileiro de Prevenção do Câncer da Pele da SBD 

Nessa quinta-feira (1º), um dos principais pontos turísticos do País, o monumento ao Cristo Redentor, será iluminado na cor laranja com o objetivo de chamar a atenção para a conscientização acercado câncer de pele. A ação faz parte do Dezembro Laranja, que é a campanha promovida anualmente pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Além do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), outros monumentos e prédios recebem a mesma iluminação em diferentes estados.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no triênio 2023-2025, serão registrados, por ano, 9 mil novos casos de câncer de pele melanoma e mais de 220 mil casos de câncer de pele não melanoma. Do primeiro tipo, estima-se que 4.640 serão em homens e 4.340 em mulheres. Já do segundo, 101.920registros ocorrerão em homens e 118.570 em mulheres.

A edição de 2022 da campanha do Dezembro Laranja tem como tema “Não espere até sentir na pele”. A intenção é colocar no centro dos debates os trabalhadores urbanos e rurais que estão diariamente expostos aos raios solares em virtude de suas atividades, além de todos que tomam sol em horários de lazer.

A prevenção ao câncer da pele pode ser feita diariamente e de forma simples. Entre as medidas recomendadas pelos especialistas estão: usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares; evitar a exposição solar, sobretudo entre 9h e 15 horas; passar sobre a pele filtros solares com FPS 30 ou mais diariamente e não somente em horários de lazer; e consultar um médico dermatologista ao menos uma vez por ano para um exame completo.

ACESSE O LINK E SAIBA MAIS SOBRE O DEZEMBRO LARANJA 2022

A iniciativa desse ano também ganha fôlego com a retomada dos mutirões gratuitos à população para identificar casos novos da doença. Os atendimentos estão previstos para acontecer no dia 3 de dezembro (sábado),das 9h às 15h. Ao todo, serão aproximadamente 100 postos cadastrados e espalhados pelo Brasil nos quais os pacientes contarão com o atendimento de especialistas da SBD e receberão informações sobre prevenção ao câncer da pele. Pacientes que tiverem lesão suspeita serão encaminhados para tratamento. O acolhimento será feito por ordem de chegada, dentro de um número limitado de consultas.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, contar com apoio de entidades, iluminando monumentos e prédios históricos, ajuda na sensibilização sobre o tema. “É muito importante que a população conheça mais sobre a doença. Quando vemos a iluminação em locais de grande movimentação, chama-se atenção para a relevância desse problema de saúde pública. A curiosidade é despertada é muitos vão em busca de outras informações sobre o porquê do uso daquela cor”, diz.

SERVIÇO:

Iluminação do monumento ao Cristo Redentor na cor laranja em alusão à campanha “Dezembro Laranja”

Data: 1º de dezembro de 2022
Horário: 19h


Detran.SP alerta: veículos com placas final zero devem ser licenciados em dezembro

Caminhões com placas terminadas em 9 e 0 também devem efetuar o procedimento; documento que libera a circulação é exigido em todo o país e é 100% digital

 

Atenção! O Detran.SP alerta que o calendário de licenciamento do ano de 2022 chega ao último mês. Dezembro é a vez dos proprietários de veículos com placa terminada em zero realizarem o licenciamento anual obrigatório, além dos caminhões com placas terminadas em 9 e zero. O procedimento é realizado de maneira 100% online, por meio do sistema bancário.

 

Assim, o motorista não precisa ir a uma unidade de atendimento do departamento ou do Poupatempo para solicitar a emissão anual eletrônica do licenciamento, documento de porte obrigatório que permite a circulação do veículo.

 

O valor da taxa para licenciar o veículo é de R$ 144,86, independentemente do calendário de vencimento. O ajuste da taxa é realizado com base na divulgação da Coordenação da Administração Tributária do Estado de São Paulo, considerando que o valor da UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) possui um aumento anual. Assim como no ano passado, não há cobrança de taxa do seguro DPVAT em 2022, conforme decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

 

Vale lembrar que deixar de licenciar o veículo é uma infração gravíssima e pode acarretar uma série de problemas para o condutor, como remoção do veículo ao pátio, multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira de habilitação, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

 

  

Como Licenciar

 

Para licenciar o veículo é preciso informar o número do Renavam e pagar via internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico, os débitos do veículo, como por exemplo: IPVA, possíveis multas exigíveis e a taxa de licenciamento.

 

O pagamento poderá ser feito via internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico nos bancos conveniados (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal) e nas Lotéricas.

 

O documento digital fica disponível para download e impressão no item ‘Licenciamento Digital’ nos portais do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br), Detran.SP (www.detran.sp.gov.br) e Senatran (portalservicos.senatran.serpro.gov.br), além dos aplicativos Poupatempo Digital, Detran.SP e Carteira Digital de Trânsito – CDT. O motorista poderá imprimir em papel sulfite comum (A4-branca).

 

Calendário de Licenciamento do Estado de São Paulo para veículos de passageiros, ônibus, reboque e semirreboque

 


 

Calendário de Licenciamento no Estado de São Paulo para veículos registrados como caminhão ou caminhão-trator



Nova Lei que regula Teletrabalho traz pontos de atenção para empregadores e trabalhadores

A Lei 14.442/22, promulgada neste ano, define o teletrabalho e suas regras. Por ser uma lei recente, não temos ainda jurisprudência, mas seu texto traz vários artigos que se traduzem em pontos de atenção para empregador e empregado a fim de evitar futuros problemas. Até para deixar claro que a relação estabelecida entre empregador e empregado se trata de teletrabalho, ou trabalho remoto, e não trabalho externo, que não é contemplado pelo mesmo conjunto de direitos e obrigações, é preciso, antes de tudo, que o acerto não fique simplesmente no apalavrado, mas que seja devidamente documentado por contrato. 

Uma das principais novidades, segundo o entendimento da nova lei, é que quando o empregado trabalha nas dependências de sua casa, é como se ele estivesse nas dependências da empresa em caso acidente. Por exemplo, se ele vai à cozinha beber água para se reidratar, tropeça, cai e fratura a perna, isso pode ser caracterizado como acidente de trabalho. Segundo o artigo 22 da lei 8213/91, a empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social. 

Na pandemia de Covid-19, foi possível observar durante as reuniões à distância, que um grande número de pessoas adaptou suas residências para desempenhar suas jornadas de trabalho. Além do aspecto decorativo, também adquiriram móveis, como cadeiras gamer confortáveis para passar diversas horas em frente à tela do computador. 

Mas até a responsabilidade da aquisição da cadeira, que constitui um instrumento de trabalho, tem que estar documentada em contrato, por exemplo, quem será o responsável pela aquisição deste e outros equipamentos. Do ponto de vista da lei, uma escoliose fruto das horas sentado em frente à tela pode se converter em problema de saúde com origem laboral. Para o interesse da empresa é recomendável que o empregado priorize o conforto e ergonomia para horas de utilização do que o simples aspecto decorativo. 

 Assim, se o trabalhador apresentar um problema de coluna ou de postura, o patrão corre o risco de ser responsabilizado por não ter tomado cautela, dependendo do que estiver previsto por escrito em contrato sobre de quem é a responsabilidade pela escolha e aquisição do equipamento. A nova legislação também teve alterado o entendimento sobre alguns pontos que eram proibidos antes da massificação do trabalho remoto. A lei, por exemplo, agora passa a permitir que um estagiário desempenhe suas funções por meio do teletrabalho e que seu estágio seja reconhecido. É perfeitamente possível para o estagiário realizar pesquisas via internet para a empresa ou seu empregador, não é necessário sua presença física. 

Outro ponto que a Justiça deixa bastante claro é que não descaracteriza o trabalho à distância o comparecimento do empregado no presencial. 

A grande verdade é que o Brasil largou na frente da maior parte dos países do mundo na regulação do teletrabalho. Enquanto isso só se tornou uma preocupação internacional durante a pandemia do Covid-19, no Brasil, desde a reforma trabalhista de 2017, a legislação já previa o teletrabalho na CLT e agora aprimorou a legislação existente. 

Porém não basta se debruçar somente na legislação específica que define e regulamenta o trabalho à distância. Algumas leis que já existiam antes ganharam maior importância dada à modificação da forma como parte significativa da população passou a desempenhar suas funções à distância. 

A legislação, por meio do artigo 244 da CLT, prevê o regime de sobreaviso, independentemente de ser efetivamente chamado para o serviço, pelo qual o empregador tem que pagar um terço da hora normal. Ou seja, se o empregado ganha 30 por hora trabalhada, tem direito a ganhar 10 adicionais pelas horas de expectativa de um eventual aviso pelo celular, mesmo que ao fim da jornada não seja necessária sua ação. Essa foi uma lei criada na década de 40 para trabalhadores de ferrovia, que tinham que permanecer de prontidão para o caso de algum acidente com um trem. 

Nessa mesma linha, falando sobre novos métodos de trabalho à distância, é preciso lembrar que o direito à desconexão está previsto também. Não é porque o empregado faz teletrabalho que ele pode ser acionado a qualquer momento pelo empregador ou empresa. É preciso lembrar e respeitar o convívio do trabalhador com sua família se trabalha de casa.

Outra alteração prática que envolve as relações de trabalho é que fica impedida a entrada do fiscal do trabalho no ambiente de trabalho de quem faz o teletrabalho, mesmo que o patrão peça para deixa-lo entrar. Tal ordem pode configurar para a Justiça constrangimento ou dano moral. Este é um ponto de difícil solução. 

 

Domingos Sávio Zainaghi - Sócio fundador do Zainaghi Advogados, é advogado, Doutor e Mestre em Direito do Trabalho pela PUC de São Paulo. Pós-doutorado em Direito do Trabalho pela Universidad Castilla-La Mancha, Espanha. Doutor Honiris Causa da Universidad Paulo Freire-Nicarágua. Presidente Honorário da Asociación Iberoamericana de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social e do Instituto Iberoamericano de Derecho Deportivo.Coordenador do Curso de Especialização em Direito Desportivo da Faculdade Legale.


Luandre acompanha reaquecimento do mercado e tem mais de 6.700 vagas disponíveis

Copa do Mundo e Natal movimentam contratações temporárias no fim do ano


Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a taxa de desemprego no Brasil registrou nova queda, no último trimestre, e chega a 8,7%, uma melhora significativa em comparação ao mesmo período do ano passado, quando o desemprego chegou a 12,6%, e o cenário mais positivo desde 2015.

E o mercado de trabalho pode expandir ainda mais segundo economistas devido às contratações temporárias de fim de ano que podem levar a taxa de desemprego ao patamar de 8%, em dezembro. A estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) é de que o varejo brasileiro contrate mais de 109 mil temporários, o maior número desde 2013.

Para Gabriela Mative, diretora de operações da Luandre, consultoria de RH especializada em temporários e uma das maiores do país no setor, o momento é excelente para quem está em busca de recolocação profissional.  “As festividades de fim de ano, que tradicionalmente movimentam o mercado, recebem um reforço extra com a Copa do Mundo e principalmente o varejo, tanto físico quanto online, se beneficia deste bom momento”, afirma.

Gabriela destaca que o profissional em busca de recolocação deve aproveitar a oportunidade. “Na Luandre, temos uma média de 25% de efetivações de profissionais pelos clientes ao final do contrato temporário, Por isso, sempre orientamos que os candidatos sejam comprometidos e engajados com o seu trabalho, pois a vaga temporária é uma chance de mostrar seu potencial e uma grande possibilidade de abertura para um novo emprego efetivo”, pontua.

A Luandre tem mais de 6.700 vagas disponíveis, entre efetivas e temporárias. Os candidatos interessados devem se cadastrar gratuitamente no site candidato.luandre.com.br.

 

Luandre Soluções em Recursos Humanos

 

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