No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1 de dezembro, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) chama a atenção para os cuidados bucais preventivos que devem ser tomados pelos portadores da doença e aqueles que possuem o vírus HIV.
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é
uma doença transmitida pelo vírus HIV e caracteriza-se pelo enfraquecimento do
sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.
A Cirurgiã-Dentista e membro da Câmara Técnica de
Patologia Oral e Maxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP), Dra. Vanessa Soares Lara, explica que para contrair o HIV, fluidos
contaminados pelo vírus precisam entrar na circulação sanguínea. “A principal
via de transmissão do HIV dá-se por meio das mucosas dos órgãos sexuais, as
quais durante a relação sexual sofrem microtraumas que então permitem a
contaminação pelos vírus que estão presentes nas secreções vaginais, sêmen e
sangue”.
Dra.Vanessa informa que é importante realçar que
caso a mucosa oral apresente pequenas feridas, como gengivites e aftas, ela
pode permitir a entrada do vírus no organismo durante o sexo oral ativo com um
parceiro (a) contaminado.
A Cirurgiã-Dentista esclarece ainda que a saliva
não transmite HIV e que não há risco de contrair o vírus por meio do beijo.
Porém, há uma exceção: quando o beijo na boca é entre indivíduos com lesões
sangrantes na mucosa oral (ambos possuindo tais lesões), como feridas ou
sangramentos gengivais.
Por se tratar de uma doença caracterizada pela
imunodeficiência, indivíduos com AIDS podem apresentar manifestações bucais de
infecções oportunistas. A Cirurgiã-Dentista cita como exemplo a candidose
pseudomembranosa e herpes, assim como lesão maligna em boca e doenças inflamatórias
gengivais e periodontais, as quais podem ter sangramento, necrose e perda
óssea.
Além disso, ela destaca que em indivíduos com AIDS,
uma lesão inflamatória simples na boca pode evoluir para um quadro bem mais
grave. Neste contexto, Dra. Vanessa alerta para a importância dos cuidados com
a higiene bucal nesses pacientes, evitando complicações pela presença excessiva
ou prolongada de microrganismos em contato com os tecidos bucais. “Lesões
bucais são frequentes em pacientes com AIDS e podem ser os primeiros sinais
clínicos da doença”.
Por esta razão, Dra. Vanessa considera que é
fundamental o Cirurgião-Dentista estar atento às manifestações em boca para
examinar toda a região, detectar alterações e, se necessário, encaminhar a um
estomatologista, visando sempre o diagnóstico precoce.
Previna-se!
O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo
(CROSP)
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