Pesquisar no Blog

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A Copa do Mundo FIFA 2022 e seus reflexos na publicidade: Os limites permitidos

Com a proximidade de um dos eventos mais esperados do ano, ações de marketing e campanhas publicitárias voltadas à Copa aquecem o mercado e chamam a atenção do público. Em razão das altas expectativas, é importante que o uso das Marcas Oficiais da FIFA se dê com atenção e cuidado, especialmente em razão dos limites estabelecidos para aqueles que não são parceiros oficiais da FIFA no evento. 

E tal cautela não se dá apenas em razão do uso das marcas, mas atinge direitos autorais e, não menos importante, regras consumeristas em razão da possibilidade, por exemplo, de caracterização de publicidade enganosa e abusiva.

Além disso, o uso irregular das marcas FIFA pode, a depender do contexto, configurar marketing de emboscada – Sob o entendimento de que, quando uma marca não patrocinadora do evento se associa direta ou indiretamente com este, o faz buscando trazer para si a credibilidade, notoriedade e destaque do torneio, fazendo com que o consumidor acredite, de maneira equivocada, que este terceiro possui a legitimação do Campeonato Mundial e/ou da Federação. 

Dentro deste contexto, destaca-se o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária expedido pelo CONAR, que reprova quaisquer proveitos publicitários oriundos de “carona” e/ou “emboscada”. Todavia, nem tudo está perdido para as marcas não patrocinadoras que desejam, de alguma forma, aproveitar-se do momento de realização do evento. Existem boas alternativas que podem permitir a criatividade de comunicação nesse período, sem configurar o marketing de emboscada.

Quaisquer referências com expressões como Copa do Mundo, Campeonato Mundial de Futebol, Torneio, Jogos Mundiais, entre outros são expressamente vedadas ou, quando não de forma expressa, têm riscos bastante altos de serem consideradas como marketing de emboscada.

Por outro lado, expressões como “Vai Brasil”, “Arrebenta Brasil”, “Juntos com o Brasil”, a depender do contexto de utilização, das imagens envolvidas e dos termos gerais da campanha, poderão ter argumentos de defesa para sua utilização. Vale lembrar que, além do conteúdo da campanha, o tipo de fonte utilizada na comunicação, se semelhante ou idêntico ao da FIFA, poderá configurar violação à Propriedade Intelectual dos Jogos.

Essas expressões, quando utilizadas por aqueles que não sejam patrocinadores oficiais e especialmente para finalidade comercial, não eliminam os riscos envolvidos nas comunicações que, indiretamente, façam referências aos Jogos. 

Por essa razão, tais expressões não podem ser replicadas de forma indistinta e livre, devendo, sempre, ser observado o contexto geral da campanha, uma vez que as orientações gerais da FIFA são absolutamente restritivas, devendo a interpretação de tais orientações, sempre, ser dar de forma exemplificativa.

Nesse sentido, temos o Manual de Diretrizes de Propriedade Intelectual da FIFA, o qual concede algumas orientações para o uso de sua Propriedade Intelectual Oficial. 

Nos termos desse Manual, a abordagem educacional é uma forma pela qual terceiros deixariam de realizar associações comerciais não autorizadas, tornando-se possível, em algumas situações específicas, o uso das marcas protegidas. 

Nota-se, portanto, as grandes limitações que são impostas pela FIFA em relação à utilização da Propriedade Intelectual da FIFA. 

Tendo em vista as especificidades, relacionamos a seguir alguns exemplos dos limites de uso da Propriedade Intelectual Oficial do Campeonato (PIOC):

  • Em meios de comunicação, há a restrição do uso próximo das PIOC junto a logomarcas ou referências comerciais de terceiros que não sejam apoiadores oficiais, salvo quando a utilização da PIOC ocorrer para fins editoriais atrelados aos conteúdos do Torneio, conforme layout da publicação. 
  • É vedado o uso das PIOC em publicações de empresas que não sejam apoiadoras oficiais, com finalidade comercial. Por outro lado, é permitido o uso das PIOC por fãs, desde que sem finalidade comercial e/ou uso excessivo.
  • É vedado o uso de hashtags relacionadas às PIOC e/ou que possam criar associação comercial indevida em publicações de empresas que não sejam apoiadoras oficiais, com finalidade comercial. Por outro lado, é permitido o uso de hashtags relacionadas às PIOC por fãs, desde que sem finalidade comercial.

É importante destacar que os exemplos acima possuem finalidade ilustrativa, e a limitação não está restrita a este rol exemplificativo, devendo as regras serem observadas em todas as extensões de mídia de radiodifusão, impressa e digital.

Assim, para minimizar os riscos de marketing de emboscada, em razão de todas as especificidades apontadas, recomenda-se a utilização de assessoria especializada na criação de campanhas publicitárias que venham a conter frases ou expressões que, de alguma forma, possam se relacionar com o torneio. 

 

Marcio Lamonica, Maria Fernanda Assad e Beatriz Alves Pedroso - sócios na área Cível do FAS Advogados 


Dia do Professor: Professores da Plataforma Ferretto comentam como é ensinar na era digital

Docentes se reinventam devido à necessidade de ministrar aulas virtualmente, e conferem na prática as vantagens dessa forma de ensino

 

Com o avanço da era digital, o mundo foi se adaptando no mesmo ritmo frenético, com novos recursos tecnológicos sendo criados a cada dia. E não foi diferente no âmbito da educação. Além disso, com a pandemia de Covid-19 e o consequente isolamento social, cresceu a necessidade do ensino à distância, e  o “novo normal” chegou às escolas com a chamada Educação 4.0. Com isso, professores em geral também tiveram de se reinventar. 

Os educadores da Plataforma do Professor Ferretto - canal 100% online focado na preparação para o Enem e vestibulares - conhecem bem essa realidade. “O ensino inteiramente à distância ou no formato híbrido - com parte das aulas sendo ministradas ao vivo e parte acontecendo remotamente - já são tendência no Brasil e no mundo todo. Isso já vinha acontecendo há alguns anos, e ganhou ainda mais força após a pandemia”, avalia Daniel Ferretto, influenciador com mais de 3 milhões de inscritos em seu canal no Youtube e fundador da plataforma de mesmo nome.

De acordo com levantamento recente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), os estudantes hoje desejam um modelo de estudo que combine duas ou mais formas de ensinar e de aprender.  Ainda segundo a sondagem realizada pela entidade, os alunos entrevistados gostariam que apenas 45% da carga horária fosse dedicada às aulas presenciais tradicionais. “Ou seja, na visão do aluno comprova que esse modelo de ensino já tornou-se uma necessidade”, complementa Ferretto. 

Porém, a inovação dificilmente acontece sem desafios. Em meio ao crescimento da educação na era digital, uma das adversidades enfrentadas pelos professores é o grande volume de informações acessíveis. “É preciso saber filtrar o que é relevante, a fim de não sobrecarregar os alunos com referências em excesso”, explica o professor Flávio Landim, que ensina Biologia na plataforma. Além disso, ele acrescenta que é preciso “manter-se atualizado não somente em relação aos temas como também à linguagem que os alunos estão usando”. “É isso que cria proximidade e desperta a atenção dos estudantes”, avalia ele.

Outra dica dada por Landim é, durante as aulas online, o professor se dirigir aos alunos como se estivesse presencialmente com eles, incentivando-os a participar da aula, por exemplo. “Isso desperta mais interesse do aluno pelo conteúdo apresentado, e ajuda a quebrar a barreira da distância física”, aponta o professor.

No que diz respeito à postura dos alunos, o professor também tem dicas para oferecer. Landim aconselha os alunos a “diminuir o tempo nas redes sociais, administrar bem o estudo e descanso, evitar a procrastinação e encontrar a melhor maneira de estudar dentre as técnicas propostas na Educação 4.0”.

 

Digital possibilita maior interação e praticidade

Apesar das dificuldades, existem diversas vantagens no ensino à distância, e é isso o que diz uma parcela dos entrevistados para a pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado no último ano. Entre as vantagens mencionadas pelos estudantes está, por exemplo, a possibilidade de “interagir mais e passar mais tempo com a família”. 

Para os professores, também existem pontos positivos no ensino online. “Quando comecei a gravar vídeos para o Youtube, senti que as aulas ficaram mais dinâmicas, além de conseguir ajudar alunos que não conseguiam aprender Matemática com a dinâmica da sala de aula tradicional. Nesse sentido, a Internet veio para ajudar, apesar de existirem distrações. O que é preciso é identificar as formas de usar a rede cada vez mais a favor da educação”, pondera o Professor Ferretto.

Quem também observou prós no ensino remoto foi Michel Arthaud, que leciona Química na plataforma Ferretto. “O que se observa é que os alunos mais tímidos, que tinham receio de fazer perguntas em frente aos outros colegas na sala de aula tradicional, no ambiente virtual passaram a interagir mais na aula online, fazendo perguntas de forma mais desinibida e sendo mais participativos”, finaliza o docente, que também é influenciador na internet e mantém o canal Café com Química

 

Defensor público cobra maior acessibilidade digital para pessoas com deficiência

Segundo André Naves, dificuldades de navegação em sites e redes sociais aumentam a discriminação contra os PcDs 

 

Atualmente, é muito comum as pessoas manterem um perfil e acessar diariamente as redes sociais, pelo celular ou computador, seja para entretenimento ou em busca de informação. No entanto, para 17,2 milhões de pessoas com deficiência - o que corresponde a 8,4% da população -, o acesso às redes não é tão fácil assim. 

Segundo o defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Sociais, a pouca acessibilidade digital oferecida aos portadores de deficiência no Brasil é consequência do descaso e preconceito da sociedade com essas pessoas, o que favorece, inclusive, que esta situação se perpetue, segregando essa parcela da população e diminuindo suas opções de comunicação, bem como o entendimento de diferentes realidades e leituras de mundo. 

“As redes sociais são muito apoiadas na visão. As plataformas, em geral, não oferecem recursos eficazes a quem tem alguma deficiência. Por isso, é importante que haja mais investimentos para que os PcDs possam interagir nas redes com mais facilidade. Audiodescrição e legendas em vídeos, por exemplo, são recursos que auxiliam bastante, democratizando assim o acesso à informação e à comunicação”, comentou.
 

Navegação mais difícil em sites e portais 

De acordo com a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, a acessibilidade deve ser trabalhada a partir da identificação e eliminação de obstáculos e barreiras. Sendo assim, os meios de comunicação que oferecem conteúdos digitais, segundo Naves, também devem eliminar impedimentos à participação e acesso à informação das pessoas com deficiência, considerando, inclusive, que “pessoas com a mesma deficiência podem viver barreiras diferentes”, ao mesmo tempo em que, “pessoas com deficiências distintas podem enfrentar uma mesma barreira”. 

Para André Naves, além de lidar com preconceitos e dificuldades de acesso aos meios digitais, pessoas com deficiência ainda têm seu poder de compra subestimado, quando nos referimos, por exemplo, ao comércio eletrônico. 

“Hoje, o comércio - e não apenas o eletrônico -, desatende estes 17,2 milhões de brasileiros aproximadamente, que não são considerados como potenciais consumidores. Manter os olhos fechados para esta realidade traz perdas não somente à essa parcela da população, mas representa inclusive um prejuízo imenso para as empresas, em todo o mundo. Por isso, aconselho aos empreendedores repensar seus modos de comercialização, se quiserem atingir mais 1 em cada 4 brasileiros”, ressaltou Naves. 

Para o defensor público, já passou da hora de empresas e organizações deixarem de lado a ideia de que investir em inclusão e acessibilidade é algo secundário, pois o que temos visto a cada dia é que iniciativas inclusivas têm se tornado fator vital para o sucesso das marcas. É só verificar campanhas publicitárias de grandes marcas. 

Para superar a segregação deste segmento da população, Naves acredita que a conscientização sobre maior acessibilidade digital possa incluir, até mesmo, “políticas de comunicação” que promovam “participação direta” de pessoas com deficiência. 

“Os PcDs precisam ser chamados para participar de discussões que vão além de suas próprias questões e que envolvem todos os setores da sociedade. É de fundamental importância a contratação destas pessoas, por exemplo, para atuar em ambientes virtuais, incorporando intérpretes de libras às rotinas de produção em vídeos, utilizando plataformas que geram legendagem automática, oferecendo cursos de audiodescrição aos trabalhadores do meio digital. São ações essenciais para promover a inclusão dos PcDs no mundo digital", finalizou o defensor público.
 

Como tornar o mundo digital mais acessível? 

- Com a audiodescrição (descrição de imagens por meio de áudio), por exemplo, conteúdos em imagens tornam-se acessíveis para pessoas com deficiência visual e para indivíduos com transtornos mentais (que podem enfrentar dificuldades de leitura de símbolos); 

- A legendagem é útil para pessoas surdas sinalizantes (que utilizam a Língua Brasileira de Sinais), pessoas com deficiência auditiva oralizadas (que utilizam a linguagem oral, leitura de lábios ou escrita) e também ao deficiente intelectual; 

- Para conteúdo de áudio, a orientação é que seja utilizada uma fala mais lenta, além de suprimir várias falas ao mesmo tempo. Em “cards”, é preciso evitar texto sobre imagem, com cores de pouco contraste ou com letras de formato muito 'poluído'; 

- É importante as empresas pensarem na veiculação do mesmo conteúdo em várias modalidades de comunicação, para que a mensagem seja acessível a diferentes públicos; 

- Apostar em leitores de tela para pessoas cegas; 

- Ampliar a fabricação de telas com alto contraste para pessoas com baixa visão; 

- Mouses e teclados adaptados para pessoas com deficiência física; 

- Ampliar a oferta de plataformas e/ou tradutores de Língua Portuguesa para Libras para pessoas surdas, etc.

 

Dia das crianças: com brinquedos 20% mais caros esse ano, especialista lista dicas de como economizar na data

De acordo com a CNC, o volume de vendas para o dia das crianças em 2022 deve ser de aproximadamente R$ 8,13 bilhões, retração de 3,1% no comparativo com 2021

 

Uma data para conscientizar os pais sobre os cuidados necessários que eles precisam ter com as crianças. Foi com essa proposta que um deputado federal sugeriu a criação do Dia das Crianças. Após a sugestão ser acatada, em 1924, o dia 12 de outubro foi oficializado como o Dia das Crianças. Porém, a data ficou conhecida apenas em 1960, quando uma marca de brinquedos resolveu fazer uma promoção na semana do dia das crianças. Sendo assim, a data ficou conhecida por ser um período onde os pais presenteiam os seus filhos com brinquedos, comemoram passando o dia em um parque ou em um evento na cidade.

Porém, a inflação deve reduzir as vendas de dia das crianças esse ano. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas para o dia das crianças em 2022 deve ser de aproximadamente R$ 8,13 bilhões, retração de 3,1% no comparativo com 2021, que registrou R$ 8,39 bilhões. Segundo a CNC, os preços dos brinquedos devem subir 20%.

“Existem diversos programas que podem ser feitos com as crianças sem precisar gastar muito, como por exemplo, um piquenique no parque, assistir uma peça de teatro com entrada franca ou até mesmo algumas sessões de cinemas, que costumam ter promoções nesse dia”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe Educação Financeira.

Apesar de não cobrarem para entrar, nesses locais costumam ter diversas opções de doces e lanches que as crianças adoram, então é necessário sempre deixar um valor reservado para esse tipo de eventualidade. “O melhor é se programar, ter uma ideia de quanto irá gastar para não correr o risco de extrapolar e abusar do cartão de crédito”, afirma Cespe. Se a ideia for comprar um brinquedo, é importante se atentar com algumas dicas para não acabar pagando um preço muito elevado. A primeira dica é fazer uma busca em lojas virtuais.

Algumas oferecem descontos e valores mais em conta do que as lojas físicas, então é importante olhar uma por uma e comparar os preços. O frete também precisa ser avaliado com calma, pois algumas cobram taxas altas, então acaba não compensando comprar pela internet. Outra dica que muitas vezes funciona é a famosa pechincha. “Algumas pessoas olham primeiro o preço na internet e depois vão até a loja física e questionam se é possível um desconto se pagarem na hora em dinheiro, pois o valor está mais alto do que na internet, e é uma tática que em alguns casos funcionam”, pontua o educador financeiro.

Outro ponto importante é não deixar para comprar os presentes no dia ou na véspera da data. É justamente nesse período que os lojistas aumentam os valores pois sabem que a demanda vai ser alta e que algumas pessoas estão dispostas a pagar por esses preços. “Dependendo da região ou até mesmo do local que a loja está localizada os preços podem subir ainda mais, então se for possível, o ideal é sempre comprar tudo com antecedência”, diz Cespe.

Se o dinheiro de fato estiver muito curto para sair e aproveitar um passeio ou para comprar um presente, é possível também curtir o dia com as crianças em casa. Existem diversas opções de lazer que podem ser realizadas com elas na própria residência, como por exemplo, assistir um filme que elas gostam, jogar jogos de tabuleiro, preparar algumas brincadeiras ou até mesmo encenar uma peça.

“O que vale é curtir o momento, independentemente de dinheiro, pois quando elas crescerem, elas vão se lembrar do dia com muito saudosismo e lembrança, e esse sentimento não tem preço ou valor”, finaliza o educador financeiro.

 

Cespe Educação Financeira


Dia da Pessoa com Deficiência Física: Legislação não é suficiente para aumentar a presença de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

A especialista em diversidade Liliane Rocha defende a urgência na melhoria da inclusão desses profissionais, já que atualmente as empresas sequer atendem à legislação

 

Garantir a qualidade de vida e a promoção dos direitos das pessoas com deficiência física é o objetivo do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física, celebrado em 11 de outubro. A data foi instituída pela Lei Nº 2.795 e promulgada em 15 de abril de 1981 pelo governo de São Paulo, depois todo país passou a celebrar a data.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde mostra que 8,4% da população brasileira acima de 2 anos (17,3 milhões de pessoas) tem algum tipo de deficiência. Dentro desse recorte, apenas 28,3% das pessoas com deficiência em idade de trabalhar (14 anos ou mais de idade) têm acesso ao mercado de trabalho em comparação com as pessoas sem deficiência que é de 66,3%.

Em contrapartida a esse cenário desafiador de inserção no mercado de trabalho, de acordo com a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, “de um total de pelo menos 3 milhões de estudantes, cerca de 15.615 são estudantes com deficiência, dos quais 59,2% ou 9.326 estavam cursando o nível superior em universidades do estado de São Paulo. Desse contingente, 96,14% (15.012) não utilizam o sistema de reserva de vagas em universidades e 86,52% (13.510) não recebem bolsa de estudos”.

Para traçar um panorama sobre a representatividade dessa população nas empresas brasileiras, a Gestão Kairós – Consultoria de Sustentabilidade e Diversidade lançou o relatório Diversidade, Representatividade e Percepção - Censo Multissetorial 2022, um estudo inédito que comprova que em uma população com mais de 26 mil respondentes de diversos setores empresariais da economia, o grupo Pessoas com Deficiência é altamente sub-representado tanto no quadro funcional quanto na liderança, apresentando percentuais que estão muito distantes de espelhar a sociedade brasileira.

Mesmo em empresas engajadas e comprometidas com a diversidade, dentre as que fizeram parte do estudo, 8% têm de 201 a 500 profissionais, ou seja, devem ter 3% de pessoas com deficiência de acordo com a Lei de Cotas para pessoas com deficiência, na sequência 23% têm de 501 a 1000 profissionais, devendo apresentar 4% de pessoas com deficiência, e 69% têm mais de 1001 profissionais, o que configura a exigência de 5% de pessoas com deficiência em seu quadro interno. “No resultado do Censo Multissetorial da Gestão Kairós 2022, identificamos que na consolidação geral fica evidente o quanto o mercado precisa avançar nessa temática em uma perspectiva de compromisso, inclusão e desenvolvimento, pois sejam empresas com mais ou menos funcionários, elas não atingiram a margem mínima exigida por Lei”, observa Liliane Rocha, CEO e Fundadora da consultoria e Conselheira de Diversidade.

Quando estratificamos os dados a partir da interseccionalidade, o viés de gênero fica evidente. “No Quadro Funcional, do total de pessoas com deficiência autodeclaradas (2,7%), apenas 0,8% das autodeclarações, ou 30% desse contingente, são mulheres, número quase 4 vezes menor que o percentual de homens. Na liderança, que também tem 2,7% de pessoas com deficiência, 0,6% são mulheres”, diz Liliane Rocha.

Ainda segundo o Censo Multissetorial da Gestão Kairós 2022, no comparativo dos tipos de deficiências mais recorrentes, deficiência física é o mais presente nas empresas, com 41% das autodeclarações, percentual 2,4 vezes maior que a segunda maior incidência que é a deficiência visual, com 16,9%. Em seguida, aparecem deficiência auditiva com 13,3% e deficiência intelectual ou múltipla, com percentuais relativamente menores no Quadro Funcional, com 3,5% e 1,8% respectivamente.

Do total de autodeclarações de líderes com deficiência, 52,4% apresentam deficiência física. Invertendo a lógica anterior, ou seja, executivos(as) com deficiência auditiva aparecem como o segundo mais incidente, com 19,1%.

No que se refere a forma como os profissionais percebem os avanços relacionados à inclusão de profissionais com deficiência em suas organizações, pelo menos 78% do total de respondentes do estudo afirma que percebe a valorização dessa temática. Já 22% das pessoas autodeclaradas com deficiência não percebem valorização da diversidade quanto ao tema em questão, sendo este terceiro tema o de maior índice de rejeição.

 “A conclusão do estudo no que se refere a Pessoas com Deficiência é de que a sub-representação dessa população nas empresas pesquisadas conversa diretamente com o alto índice de que não há valorização da temática internamente, dentro de uma perspectiva inclusiva”, explica Liliane Rocha.

Para que possamos alcançar nos Quadros Internos das organizações a real demografia do país ainda são necessários muitos avanços. “Mesmo tendo uma legislação que obriga as empresas a contratarem esses profissionais, menos de 30% da população com deficiência está no mercado de trabalho, ou seja, há uma lacuna gigantesca que precisa ser solucionada pelas empresas, principalmente quando olhamos a questão de gênero, já que as mulheres com deficiência estão em menor número nos quadros corporativos”, finaliza Liliane Rocha.

 

Liliane Rocha - Fundadora e CEO da Gestão Kairós – Consultoria de Sustentabilidade e Diversidade. Especialista há 17 anos em Sustentabilidade e Diversidade em grandes empresas. Foi eleita recentemente uma das 50 Mulheres de Impacto da América Latina pela Bloomberg Línea. É Conselheira Consultiva de Diversidade da AmBev, da Novelis do Brasil, do CEOs’ Legacy - Iniciativa da Fundação Dom Cabral e do Conselho do Futuro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Autora do livro “Como ser um líder inclusivo”, detentora oficial do conceito Diversitywashing – Lavagem da Diversidade – no Brasil, desde 2016. Colunista da Época Negócios, na coluna Diversifique-se, da VOGUE, na coluna Negócios e, mais recentemente, do InvestNews, na coluna ESG News com Liliane Rocha. Reconhecida por três anos consecutivos como uma das 101 Lideranças Globais de Diversidade e Inclusão pelo World HRD Congress.


O Brasil precisa de uma política industrial

A indústria de transformação no Brasil, que era de 34% do PIB na década de 1980, recuou para 11% em 2021. Essa queda foi acompanhada de menor participação da produção de bens de alta intensidade tecnológica e da redução do nível de produtividade da economia, colocou o País mais dependente do suprimento de matérias-primas e produtos intermediários procedentes do exterior.

As últimas crises como a Pandemia de COVID 19 e mais recentemente a Guerra na Ucrânia, mostraram a importância da indústria nos aspectos econômico e social do País. Setores estratégicos como saúde, máquinas e equipamentos, fertilizantes, componentes eletroeletrônicos entre outros, foram os mais afetados.

A dependência de um único ou principal fornecedor, mostrou a fragilidade das cadeias globais de valor no suprimento de ítens críticos, quando submetidas às crises globais, levando as principais economias do mundo a reavaliarem suas estratégias, buscando explorar setores econômicos onde detêm maiores vantagens competitivas ou onde podem desenvolvê-la para sustentação do crescimento.

O Brasil não pode ficar fora dessa tendência e, para isso, necessita implementar um conjunto de instrumentos e políticas públicas tendo como  objetivo  estimular e direcionar novos investimentos produtivos de forma a induzir o setor privado na busca de novas oportunidades e na expansão de fronteiras tecnológicas.

Estas políticas precisam ter objetivos permanentes e suas medidas e instrumentos, horizontes de médio e longo prazo. Por outro lado, é indispensável dispor de um sistema de acompanhamento e de avaliação de desempenho das medidas adotadas, ao longo do tempo, para permitir, sempre que necessário, sua adequação aos objetivos propostos. As políticas precisam ter tempo para começar e data para terminar, com metas quantificáveis para serem atingidas.

Nesse sentido, o País necessita de uma Política de Desenvolvimento Industrial integrada com as Políticas de Inovação e de Comércio Exterior, bem como com a Política Macroeconômica. Essas políticas devem coexistir, de forma estratégica e objetiva, para que possam contribuir na transformação da estrutura industrial, intensivas em tecnologia, para aumentar a produtividade, a competitividade e o desenvolvimento de produtos diferenciados e de maior valor agregado, extensivo a serviços junto a novos modelos de negócios.

Sabemos que as últimas incursões do Brasil em agendas de política industrial foram desastrosas e resultaram em má alocação de recursos, corrupção, entre outros aspectos, principalmente por excesso de políticas setoriais compensatórias, ações não integradas e falta de metas e de prazos definidos. Essas políticas foram adotadas no intuito de compensar as assimetrias provocadas pelo “Custo Brasil”, mas só as acentuou, reduzindo a competitividade das empresas e acelerando o processo precoce de desindustrialização, que o país vem sofrendo desde o início deste século.

A Política de Desenvolvimento Industrial moderna e efetiva, deve promover um “catching up”, permitindo atingir o índice de renda dos países da OCDE, tendo em consideração que é preciso:  a resolução dos problemas estruturais que resultam no “Custo Brasil”; estabilidade macroeconômica e equilíbrio fiscal; melhoria da produtividade em todos os setores econômicos; adoção de uma agenda de desenvolvimento transversal, que priorize a inovação; e reorganização econômica em setores estratégicos para o país.

A definição dessas áreas estratégicas tem que ter uma visão holística, para transbordar conhecimento por toda a cadeia de valor, principalmente considerando aquelas em que o País tem evidentes vantagens comparativas.

O foco é o desenvolvimento de pesquisa, desenvolvimento e engenharia de produto e processo, no país, modernizando e ampliando a complexidade de nosso parque industrial, incluindo a integração com serviços sofisticados. O objetivo é o aumento da produtividade e da competitividade da produção brasileira, a partir do aumento do estoque de capital por trabalhador, que é historicamente baixo e, consequentemente, o aumento na participação da indústria no PIB, mas principalmente o domínio de rotas tecnológicas estratégicas. 

Dessa forma será necessário a modernização e integração das instituições de apoio  e das políticas de ciência, tecnologia, inovação, educação e de desenvolvimento industrial de forma a apoiar e possibilitar um sistema de produção sofisticado e complexo, necessário para sustentar o desenvolvimento brasileiro. O recurso público deve ser usado de forma a alavancar o investimento privado em P&D e a melhorar a produtividade da economia.

 

José Velloso - engenheiro mecânico, administrador de empresas e presidente executivo da ABIMAQ

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Saiba como o cordão umbilical de recém-nascidos pode salvar vidas

O material é rico em células-tronco e é uma alternativa para o transplante de medula óssea

 

No próximo sábado (8/10), é celebrado o Dia Nacional da Doação de Cordão Umbilical. Apesar de ser uma data ainda pouco conhecida, pode se tornar uma importante estratégia de mobilização para salvar vidas.

 

A doação é uma alternativa para complementar o baixo número de transplantes de medula óssea no País. A médica hematologista da Pró-Saúde, Polyana Pontes, que atua no Hospital Materno-Infantil de Barcarena (HMIB), referência no Pará em assistência para gestantes de alto risco, explica que o sangue encontrado dentro do cordão umbilical, que liga a criança à placenta da mãe, é rico em células-tronco hematopoéticas.

 

“São células que tem a capacidade de se autorrenovar e servem para o tratamento - por meio de transplante de medula óssea - de algumas doenças hematológicas e imunológicas que podem ser benignas ou malignas, como anemias, linfomas e leucemias”, afirma a hematologista.

 

Segundo o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), há no Brasil, atualmente, 650 pacientes em busca de doador de medula óssea.

 

Até julho deste ano, apenas 190 pessoas tinham conseguido realizar o procedimento, que consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, visando a reconstituição de uma nova medula.

 

Como fazer a doação?

 

A doação do sangue do cordão umbilical pode ser feita por gestantes aptas que atendam critérios específicos, como ter idade entre 18 e 36 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com mais de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, câncer ou anemias hereditárias.

 

O ato é voluntário e a coleta do material precisa ser autorizada pela puérpera.

 

A hematologista detalha que a doação não traz riscos à saúde do bebê e nem da mãe, pois o sangue do cordão é coletado depois que a criança é separada dele. A doação não impede o clampeamento tardio do cordão na hora do parto – a prática de aguardar o cordão parar de pulsar é adotada para que o sangue rico em ferro que está no cordão seja transmitido para o organismo do bebê. Neste caso, a equipe médica deve considerar o tempo oportuno recomendado de até 1 minuto.

 

“Depois de captado, são feitos exames para verificar a quantidade de células-tronco, testes para doenças infecciosas, compatibilidade para transplantes e, por fim, é congelado e disponibilizado em um banco público”, explica Polyana.

 

As captações só podem ser realizadas por equipes treinadas e hospitais e maternidades conveniados com os 13 bancos públicos da Rede BrasilCord, do Ministério da Saúde.

 

O sangue armazenado nestes bancos fica disponível para qualquer pessoa que precise do transplante de medula óssea.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, as chances de encontrar uma medula óssea compatível é de uma em 100 mil.

 

“Por isso, é essencial o incentivo à doação do sangue do cordão, pois quanto mais doadores cadastrados, maior a probabilidade de beneficiar novos pacientes que precisam do transplante e, consequentemente, mais vidas serão salvas”, reforça o diretor Técnico, Juan Carlos Boado, do Hospital Bom Pastor, unidade gerenciada pela Pró-Saúde e única maternidade no município de Guajará-Mirim (RO), referência no atendimento da população indígena de 54 aldeias na região Norte do país. 

Confira os bancos públicos de cordão umbilical disponíveis no país: http://redome.inca.gov.br/cordao-umbilical/bancos-da-rede-brasilcord/


Chamada para doadores dos tipos O+ e O- no Banco de Sangue de São Paulo


O GSH Banco de Sangue de São Paulo está convocando doadores dos tipos O+ e O- para efetuarem suas doações em caráter de urgência, pois os estoques estão 70% abaixo do ideal, o que pode comprometer o abastecimento aos hospitais que atendem pacientes internados em diversos tratamentos e que necessitam de transfusões de sangue. 

O tipo O negativo é o que está mais em falta. Considerado universal, pode ser transfundido em qualquer pessoa, em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o tipo de sangue do paciente. 

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda o protocolo de transfundir bolsas de sangue O- em recém-nascidos de até 4 meses quando necessitam de transfusão. 

Por isso, o apelo é para que os doadores e a população em geral se sensibilizem e dirijam-se ao Banco de Sangue para efetuar a sua doação o quanto antes, lembrando ainda que todos os tipos sanguíneos são bem-vindos. 

E para que os doadores tenham mais opções de horários, a instituição atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;
  • Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;
  • Não ter diabetes em uso de insulina;

 

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Critérios específicos para o CORONAVÍRUS:

  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 30 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue;
  • Candidatos que viajaram para o exterior devem aguardar 30 dias após a data de retorno para realizar doação de sangue;
  • Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelos vírus SARS, MERS e/ou 2019-nCoV, bem como aqueles que tiveram contato com casos suspeitos em avaliação, deverão ser considerados inaptos pelo período de 30 dias após o último contato com essas pessoas;
  • Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos SARS, ERS e/ou 2019-nCoV, após diagnóstico clínico e/ou laboratorial, deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindique a doação).

 

Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.

Pessoas com doenças de pele são mais propensas a desenvolver estresse, depressão e ansiedade

Segundo estudos da Psicodermatologia, os fatores psicológicos e emocionais ''provocam'' o sistema imunológico, que reage para proteger o corpo humano 

 

O surgimento das lesões ou doenças de pele influenciam diretamente nas emoções, inclusive em quadros crônicos, segundo a Psicodermatologia. O estresse, depressão e ansiedade, além de doenças de saúde mental - emocionais, cognitivas e comportamentais, estão entre os gatilhos que podem desencadear a acne, por exemplo, inflamação muito comum entre jovens e adolescentes.

De acordo com o estudo do Brazilian Journal of Health Review, essa situação pode ser explicada pela importância que a imagem tem, principalmente para os adolescentes e pelo impacto da pele na qualidade de vida dos jovens e nos problemas ocorridos com a pele, que podem levar à baixa autoestima, revolta, ansiedade e depressão.

A médica especialista em Dermatologia, Flávia Villela, explica os avanços que acontecem em casos frequentes da atualidade: ‘’A acne é um reflexo de quadro psicodermatológico porque atinge as emoções dos pacientes, provocando reações características e visíveis na pele, desde vermelhidão e simples cravos à espinhas cheias de pus e grandes caroços sensíveis. Os problemas de autoimagem, autoestima, elevação do nível de estresse, do humor deprimido e outros relacionados à qualidade de vida, também fazem com o que o paciente se culpe, imaginando a reprovação da sociedade ao ver a sua pele reativa naquele momento e até possíveis dúvidas sobre o contágio, que às vezes não existe’’, diz.


Queixas dermatológicas faciais e corporais

É preciso compreender de fato a interação da mente com o corpo e buscar amenizar e controlar os altos níveis de estresse e ansiedade, que além da acne, podem causar queda capilar, manchas de melasma e outras queixas dermatológicas faciais e corporais que surgem nesse período. As pesquisas tratam a influência das afecções dermatológicas nos aspectos emocionais dos indivíduos, onde fatores psicológicos e emocionais ‘’provocam’’ o sistema imunológico para reagir e tentar proteger o corpo humano.

A consequência do sofrimento mental pelo foco no impacto social é a população oprimindo a saúde, dando lugar ao pensamento ansioso, pessimista e melancólico para a sua rotina, o que pode ocasionar o aumento das crises dessas doenças.

‘’Existem mecanismos para gerenciar essas questões, como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, meditação, lazer com amigos e família, mas a busca por profissionais da área da saúde é indispensável. Por isso, é tão importante que o paciente visite regularmente o seu médico dermatologista, para obter a indicação do tratamento ideal, seja através da terapia, medicamentos ou tratamentos estéticos específicos e focados nas doenças de pele, cabelo, unhas e demais sintomas ’’, ressalta a especialista.

 

79% dos brasileiros concordam que redes sociais podem contribuir para aumentar problemas de saúde mental

Pesquisa realizada pelo Datafolha revela que ao menos 38% dos entrevistados sentem medo de serem julgados pelo conteúdo postado nas redes sociais 


 

Pesquisa Datafolha “Saúde Mental dos Brasileiros 2022”, encomendada pela Abrata (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e pela Viatris, nova empresa de saúde global com o propósito de empoderar as pessoas ao redor do mundo para viverem com mais saúde em todas as fases da vida, mostra como o uso das redes sociais pode ter influenciado na saúde mental dos brasileiros nos últimos anos. 

 

Isso porque 38% dos brasileiros revelaram sentir medo de ser julgado pelo conteúdo que posta nas redes sociais. Os mais jovens, de 16 a 24 anos, foram os que mais se sentiram impactados, com o percentual de 43%. 

Além disso, 26% confessaram se sentirem cobrados a manter uma atividade constante nas redes sociais. Em contrapartida, aproximadamente 79% brasileiros concordam que essas mesmas redes podem contribuir para aumentar os problemas de saúde mental. 

 

O fato das redes sociais fazerem parecer que todo mundo é bonito, feliz e bem-sucedido fazem com que ao menos 65% dos usuários se sintam insatisfeitos com suas vidas. Por fim, 84% consideram que os haters, que são pessoas que julgam e propagam o ódio nas redes sociais, podem influenciar no crescimento do nível de suicídio na sociedade. 

 

Cada vez mais nos deparamos com as redes sociais, usadas de forma exagerada, como uma fonte de ansiedade e ainda geradora de uma alta carga de pressão para demonstrar felicidade e positividade justamente em momentos de adversidade”, afirma o médico psiquiatra Fernando Fernandes. 

 

*A pesquisa do Instituto Datafolha é quantitativa, foi realizada de 02 e 13 de agosto de 2022. A abrangência é nacional, tendo sido realizadas 2098 entrevistas, distribuídas em 130 municípios de todas as regiões. Os entrevistados possuem 16 anos ou mais e pertencem a todas as classes econômicas. 

 

 

 Viatris

viatris.com.br

 

 

ABRATA  -  Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos

 https://www.abrata.org.br/

Instagram; Facebook e YouTube


Posts mais acessados