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terça-feira, 13 de setembro de 2022

Consulta pública ouve sociedade sobre incorporação de medicamento para câncer de pulmão ao SUS

 Xalkori reduz em 55% o risco de morte ou progressão da doença em pessoas com tumores positivos para mutação no gene ALK: esses pacientes ainda não dispõem de tratamento específico via rede pública

 

Está em vigor, de 13 de setembro a 3 de outubro, a consulta pública para conhecer a opinião da sociedade sobre a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) do medicamento Xalkori (crizotinibe), da Pfizer, aprovado no Brasil desde 2016 para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) avançado com mutação no gene ALK (quinase de linfoma anaplásico).

 

A recomendação preliminar da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) foi desfavorável à inclusão de Xalkori entre os medicamentos dispensados na rede pública, decisão que poderá ser confirmada ou revertida após a análise das contribuições realizadas durante a consulta pública.

 

Atualmente, não há tratamento específico disponibilizado no SUS para o câncer de pulmão positivo para ALK1. Via planos de saúde, contudo, Xalkori está disponível desde 2018. O medicamento é uma terapia-alvo que, ao agir diretamente sobre as células tumorais, proporciona uma redução de 55% no risco de progressão da doença ou morte em pacientes positivos para ALK com a doença avançada, na comparação com a quimioterapia2.

 

Os estudos clínicos com Xalkori também indicaram resultados favoráveis para os desfechos de qualidade de vida e taxa de resposta, sem efeitos colaterais graves2. De uso oral, o medicamento pode ser administrado em casa, sem alterar a rotina do paciente.

 

Para ser elegível ao tratamento com Xalkori, o paciente deve ser submetido a um teste molecular feito diretamente em uma amostra do tumor. O exame, que detecta possíveis mutações na célula tumoral e permite o diagnóstico preciso do subtipo da doença, tais como pacientes positivos para ALK, está disponível no SUS3, embora a rede pública não ofereça acesso ao tratamento específico para esses casos.

 

O câncer de pulmão positivo para ALK costuma acometer pessoas sem histórico de tabagismo, mais jovens em relação à idade média da população total de pacientes com câncer de pulmão4.

 

“Estamos falando de uma terapia que pode mudar o curso da doença, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida da pessoa, muitas vezes uma pessoa mais jovem, em pleno período produtivo”, destaca o oncologista Flavio Augusto Ferreira da Silva, titular da oncologia torácica do Hospital do Amor, em Barretos (SP.) “Ter este medicamento disponível na rede pública representará um ganho muito importante para esses pacientes”, complementa. 


 

Participação popular


A Consulta Pública é um mecanismo de participação social que concede a oportunidade de contribuição e opinião dos interessados nas decisões de saúde, ampliando a voz aos pacientes, familiares e da população em geral nos processos de incorporação e oferta de medicamentos pelo SUS, via Conitec, ou pelo sistema privado, no âmbito dos planos de saúde, por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No caso de Xalkori, a consulta pública para a incorporação à rede pública está publicada no seguinte link: www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/participacao-social

 

 

Uma doença desafiadora


O câncer de pulmão representa um grande desafio: trata-se do tumor de maior incidência no mundo entre os homens, ocupando a terceira posição nas mulheres. Mas, em mortalidade, é o primeiro na população masculina e o segundo no público feminino5.

 

No Brasil, com grande parte dos casos de câncer de pulmão diagnosticados tardiamente, a taxa de sobrevida desses pacientes em cinco anos é de apenas 18%5. Atualmente, somente 16% desses tumores são identificados em estágio inicial, quando a taxa de sobrevida em cinco anos chega a 56%5.

 

A doença pode se apresentar em duas formas principais, cada uma com características próprias de tratamento: tumores de células pequenas (CPPC) e de não pequenas células (CPNPC) – categoria que corresponde de 85% a 90% do total de casos de cânceres pulmonares6. Cerca de 1 em cada 20 pacientes com CPNPC é positivo para ALK7.

 

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão8. Outros fatores, como a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição e aspectos ocupacionais, também podem favorecer o desenvolvimento da doença8. Existem, ainda, grupos de pacientes que nunca fumaram e, mesmo assim, apresentam uma predisposição aumentada para ela8. Esse é o caso dos tumores associados a alterações genéticas específicas.

 


Avanços no tratamento


Um dos avanços da medicina nos últimos anos foi a descoberta sobre o DNA de cada tipo de câncer, especialmente, o de pulmão. Apesar de o prognóstico para a doença não ser otimista, com o avanço das pesquisas na área de oncologia, a exemplo da evolução dos tratamentos baseados em terapia-alvo, o combate à enfermidade está mudando9.

 

Até o começo da década passada faltavam alternativas de tratamento para os pacientes com câncer de pulmão com mutação em ALK. Com o progresso da oncologia personalizada, contudo, foram desenvolvidos medicamentos que conseguem agir diretamente sobre os receptores celulares que apresentam essas alterações genéticas, impedindo ou reduzindo a multiplicação das células tumorais.



 

Referências 

1.    Brasil. Ministério da Saúde. Portaria SAS no 957, de 26 de setembro de 2014: aprova as diretrizes diagnósticas e terapêuticas do câncer de pulmão. Brasil: Secretaria de Atenção à Saúde; 2014.

2.    Solomon BJ, Mok T, Kim D-W, Wu Y-L, Nakagawa K, Mekhail T, et al. First-Line Crizotinib versus Chemotherapy in ALK -Positive Lung Cancer. N Engl J Med [Internet]. 2014 Dec 4 [cited 2021 Dec 17];371(23):2167–77. Acesso em: https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1408440

3.    Ministério da Saúde (Brasil). Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Imuno-histoquímica de neoplasias malignas (por marcador). Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP). 2021.

4.    US Nacional Library of Medicine National Institutes of Health. Prevalence and natural history of ALK positive non-small-cell lung cancer and the clinical impact of targeted therapy with ALK inhibitors. Acesso em agosto de 2022, disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4242069/

5.    Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Câncer de Pulmão. Acesso em agosto de 2022, disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao.

6.    Schabath MB, Cote ML. Cancer Progress and Priorities: Lung Cancer. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2019 Oct;28(10):1563-1579

7.    Cao Z, Gao Q, Fu M, Ni N, Pei Y, Ou WB. Anaplastic lymphoma kinase fusions: Roles in cancer and therapeutic perspectives. Oncol Lett. 2019 Feb;17(2):2020-2030. doi: 10.3892/ol.2018.9856. Epub 2018 Dec 20. PMID: 30675269; PMCID: PMC6341817.

8.    Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA). Câncer de Pulmão. Acesso realizado em agosto de 2022, disponível em: www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao

9.    Pacheco, F., Paschoal, M., C., Maria. Marcadores tumorais no câncer de pulmão: um caminho para a terapia biológica. Jornal de Pneumologia, vol. 28, nº 3, São Paulo, 2002. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-35862002000300006. Acesso em agosto de 2022.


Infarto: além da dor no peito, conheça quais são os outros sinais

 

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Nem todo sintoma do infarto vem do coração, muitas vezes se manifestando em diferentes partes do corpo 

 

Quando falamos em infarto, muita gente automaticamente assimila a doença às famosas dores que surgem no peito de forma repentina. Esse costuma ser o sinal mais comum deste problema cardíaco, mas não é o único sintoma, e por isso é comum que os demais possam passar despercebidos. A doença pode manifestar diferentes reações no corpo, que também costumam estar ligadas com a idade do indivíduo e o sexo (mulheres podem ter sinais diferentes dos homens, por exemplo).

As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte do mundo, e o infarto é um dos líderes dessa lista. Trata-se de um coágulo que bloqueia o fluxo sanguíneo gradativamente ou de forma súbita, colocando a vida da pessoa em risco. Por isso, trata-se de uma emergência médica que não deve ter seus sinais negligenciados, pois é necessário buscar ajuda assim que os sintomas começarem a aparecer.

Primeiro, é válido lembrar que nem mesmo o sintoma mais comum, que é a dor no peito, se manifesta de uma única forma. Não é incomum que ela se irradie para outras partes do corpo como ombros, costas, braço e pescoço, então não é somente a caixa torácica que fica dolorida, e, quando a dor se faz presente em vários desses pontos simultaneamente, é até mais fácil de identificar que é hora de procurar um médico.

Também é comum que a pessoa comece a suar repentinamente e sentir falta de ar, com uma sensação de aperto no peito. Alguns podem chegar a apresentar desmaios devido à falta de oxigênio no cérebro, um sintoma bem característico do infarto, mas que não costuma receber a atenção que deveria. Geralmente, o desmaio é precedido por um momento de tontura, então mesmo não chegando a apagar, é importante investigar o sintoma.

No caso das mulheres, quase sempre os sintomas são diferentes pelo fato do seu coração ser fisiologicamente menor que o dos homens. Elas ainda podem sentir os sintomas descritos acima, mas também é comum manifestar problemas gástricos (dor de estômago, náuseas e vômito) e fraqueza sem motivo aparente. São sinais que, a princípio, não parecem estar ligados a um infarto, por isso é indispensável procurar ajuda médica sempre que estiverem presentes com uma certa frequência.

Como forma de prevenção, quem tem predisposição maior para manifestar a doença pode contratar um plano de saúde e um seguro de vida, além de ficar sempre atento a todos esses possíveis sinais, que podem se manifestar tanto individualmente quanto em conjunto. Caso seja diagnosticado de forma precoce, é possível tratar o problema sem que haja complicações. 


Diálogo no ambiente de trabalho pode ser fundamental na prevenção ao suicídio, afirma especialista em saúde ocupacional

Médico reforça a importância de programas que promovem a comunicação entre líderes e colaboradores da empresa

 

Setembro Amarelo é o mês de conscientização e combate ao suicídio e falar sobre o tema tem sido cada vez mais importante já que os números são alarmantes. Segundo a OMS, a cada 45 segundos uma pessoa tira a própria vida. Aqui no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, são mais de 30 suicídios por dia.

Um dos ambientes que cada vez mais pode e deve se preocupar com o assunto é o ambiente de trabalho, já que os brasileiros passam no ano, em média, mais de 1.700 horas trabalhando. Segundo o médico e advogado especialista em saúde ocupacional Marcos Mendanha, “a saúde mental ganha cada vez mais espaço no trabalho, porém essa construção de um ambiente saudável mentalmente se dá pelos esforços de todos''.

Na prática, Mendanha explica que o principal ponto é o espaço para o diálogo. “Ter programas e encontros que promovam a comunicação é indispensável e muitas empresas já reconhecem isso. Quem ainda não faz precisa pensar nessa direção para promover a saúde mental dos colaboradores".

Outro aspecto que envolve a saúde da equipe está relacionado à cobrança excessiva, intimidação e, em casos extremos, até assédio. "Repensar a forma de se relacionar é algo que estamos vivendo. Aliás, estamos em um momento importante da nossa história como sociedade e estamos revendo hábitos e formas de conviver e isso envolve mudanças também no trabalho". 

Segundo o especialista, não existe um manual a ser seguido por todos e que cada caso é específico e de acordo com a empresa e setor de atuação. "O mais importante é a disposição de todos para criar esse ambiente saudável, isso será responsabilidade de cada indivíduo e pode começar pela liderança da empresa, inclusive como forma de inspirar e servir de exemplo para a equipe", comenta ele. 

 

Dr. Marcos Mendanha -Médico do Trabalho, Especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas. Advogado especialista em Direito do Trabalho. Autor dos livros “O que não te contaram sobre Burnout - Aspectos práticos e polêmicos” (Editora Mizuno). Coautor do livro “Desvendando o Burn-Out – Uma Análise Multidisciplinar da Síndrome do Esgotamento Profissional” (Editora LTr). Diretor e Professor da Faculdade CENBRAP. Mantenedor dos sites SaudeOcupacional.org e MedTV. Coordenador do Congresso Brasileiro de Medicina do Trabalho e Perícias Médicas, e do Congresso Brasileiro de Psiquiatria Ocupacional. Colunista da Revista PROTEÇÃO. Consultor de Saúde Ocupacional Corporativa.


FDA solta alerta sobre casos de cânceres por uso de prótese de silicone

A Food and Drug Administration (FDA) emitiu uma nota de alerta relacionada a próteses de silicone. Segundo à agência reguladora norte-americana, alguns tipos de cânceres podem se desenvolver na cápsula ao redor dos implantes mamários.

Os dados ainda são limitados e os casos associados raros, porém, o alerta foi emitido com o objetivo de conscientizar sobre o possível desenvolvimento da doença no momento de optar por colocar ou não um implante mamário de silicone. Os sintomas nos casos relatados nos Estados Unidos são inchaço, dor, nodulações e alterações na pele.

Segundo o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) a FDA buscou, com esse comunicado, ajudar os cirurgiões plásticos a reconhecer o Carcinoma de Células Escamosas Associado ao Implante de Mama (BIA-SCC) como uma doença distinta e complicação de longo prazo dos implantes mamários.

“A nota do FDA foi apenas um alerta para a sociedade e conscientização dos médicos e pacientes sobre a existência das doenças, mesmo que raras, e não uma recomendação para não se usar mais implantes mamários. Uma informação que pode pesar na hora de decidir pela cirurgia”, comenta Dr. Amato.

 

Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://plastico.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

Você sabe o que é a Síndrome do Intestino Irritável?

Gastroenterologista explica que mudança nos hábitos ajuda a evitar os sintomas 

 

Muitas vezes, aquela dor de barriga ou dificuldade de ir ao banheiro pode significar que a pessoa sofre de Síndrome do Intestino Irritável. De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, essa síndrome é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominalconstipação intestinal e/ou diarreia.

Esse quadro, que atinge cerca de 10% a 20% da população brasileira, é mais comum em mulheres e pode se agravar devido a momentos de estresse ou pela ingestão de certos alimentos que podem precipitar alguns sintomas, além da queda na qualidade de vida, como: leite, derivados, gorduras, entre outros. 

Segundo o Dr. Eric Pereira, gastroenterologista do Hospital e Clínica São Gonçalo (HCSG), os sintomas mais comuns costumam ser a dor e a alteração do hábito intestinal (diarreia e/ou prisão de ventre, distensão abdominal, gases em excesso e uma sensação de que o esvaziamento do intestino ocorre de maneira incompleta).

“Caso a pessoa sofra com frequência desses sintomas, ela deve procurar um gastroenterologista para ter o diagnóstico preciso, pois alguns sintomas da Síndrome do Intestino Irritável se assemelham com outros problemas gastrointestinais, como o câncer, intolerância alimentar, parasitas etc., que precisam ser descartados o quanto antes”, alerta o médico, que também é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro. 

Um dos exames mais comuns para se descobrir a doença é a Colonoscopia, procedimento no qual o médico analisa o intestino grosso do paciente através do colonoscópio, que possui uma microcâmera para capturar imagens e, caso necessário, já realizar biópsias.

“Esse exame é importante e indolor e consegue identificar outras doenças, como câncer de cólon, anemia, tuberculose intestinal, Doença de Crohn, diverticulose etc.”, explica o médico. 

O especialista lembra que o tratamento varia de acordo com o paciente, mas, em geral, requer uma mudança no estilo de vida, como na dieta e uma maior prática de atividade física. Em alguns casos, poderá ser usado medicamentos que aliviem as dores e os espasmos intestinais.


Mitos e Verdades sobre do explante e prótese de silicone

Médicas cirurgiãs esclarecem dúvidas, cuidados e erros sobre as próteses que dão uma turbinada na autoestima

 

A cirurgia de prótese de silicone é uma das mais procuradas e realizadas no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), ela aparece em segundo lugar, ficando atrás somente da lipoaspiração. Mas o sonho do silicone envolve diversos questionamentos, anseios e dúvidas.

 

A vontade de voltar atrás e retirar as próteses tem sido cada vez mais comum nos consultórios, sendo o explante mamário um dos termos mais citados na internet quando o assunto é cirurgia plástica. Na lista de famosas que voltaram ao visual original estão Evelyn Regly, Amanda Djehdian, Mônica Benini, Victoria Beckham, Chrissy Teigen, e muitas outras.

 

Mas afinal, o que é preciso saber antes de realizar o desejo da cirurgia? As cirurgiãs plásticas Dra. Maria Julia Norton e Dra. Ana Borba, responsáveis pela clínica especializada em mamas, Lis Concept, no Rio de Janeiro, esclarecem alguns mitos e verdades sobre o procedimento.

 

Silicone prejudica a amamentação?


Não! O silicone em si não atrapalha a amamentação, visto que esta é feita através das glândulas mamárias e por estímulo hormonal. O problema pode ocorrer no tipo de cirurgia escolhida, que envolve o local do corte e a região onde o implante é colocado. O que pode ocorrer também é que, em casos de mamoplastia, a fibrose produzida pela cirurgia pode efetivamente dificultar a ejeção do leite da amamentação.

 

Próteses devem ser trocadas após 10 anos


Não! Antigamente, com as próteses mais antigas, precisava sim fazer essa troca, mas isso não é mais necessário. A troca poderá ser feita em caso de complicação, como contratura, ou queixa estética, por exemplo pós amamentação. Mas vale lembrar a importância do acompanhamento, feito por ginecologista para screening de câncer de mama, com ultrassom, mamografia e alguns casos Ressonância de mama. Se for observado alguma alteração na prótese, algum sintoma novo, como dor ou enrijecimento das mamas, será avaliado troca da prótese.

 

“A principal causa da troca do implante é a contratura capsular, e isso acontece por uma contaminação durante a cirurgia. Com a técnica dos 14 pontos de segurança, que utilizamos na Lis Concpet, reduzimos a contaminação, reduzido as chances de contratura capsular e fazendo com que esse implante possa durar o máximo de tempo possível.”, afirma Maria Julia Norton.

 

Prótese pode tirar a sensibilidade da região?


Não. A prótese em si não interfere na sensibilidade. Caso haja associação com outros procedimentos, como a mastopexia, onde há cicatriz na areola, pode ocorrer algum grau de perda, apesar de raro.

 

Qualquer pessoa pode realizar a cirurgia de prótese de silicone?


Importante que a paciente já tenha terminado suas fases de crescimento, ideal ter mais de 18 anos e estar em boas condições de saúde. Além disso, recomendamos que para a segurança da paciente e qualidade do resultado, que o IMC esteja abaixo de 28 pelo menos. No caso, de algumas doenças sistêmicas graves, o implante também deve ser evitado.

 

Toda cirurgia de redução de mamas necessita de prótese de silicone?


Não! A cirurgia de redução de mamas, também conhecida como mamoplastia redutora, não exige completamente o implante do silicone. A necessidade da inserção de implante irá variar de acordo com os casos, análise do médico cirurgião e expectativa da paciente.

 

É verdade que o silicone pode causar a chamada “doença do silicone”, com sintomas queda de cabelo, fadiga crônica, desmaios, vômitos, enxaquecas, sudorese noturna, insônia, dores musculares, muitas dores, entre outros?

Nenhum estudo clínico conseguiu, até a presente data documentar a doença do silicone, como causadora dos sintomas relatados. A síndrome ASIA, uma doença autoimune, pode ser sim causada pelo implante, e ocorre em pacientes que já tem doença autoimune prévia como Lúpus.

 

A prótese de silicone é segura?


Sim! A prótese de silicone é um produto confiável e bastante seguro, sendo que, em geral, apenas situações incomuns resultam no rompimento. Lembrando que é indispensável a busca por cirurgiões de confiança e qualidade para melhor procedimento e produto.

 

O silicone pode estourar em ambientes adversos, como em voos?


Não! O material é muito resistente a qualquer impacto ou pressão. Mesmo em caso de ruptura, o gel é coesivo. O silicone não vaze nem escorre.

 

É preciso emagrecer para fazer a cirurgia?


Quando falamos em cirurgia estética, temos que priorizar a saúde e bem estar de cada paciente. Existem pesos saudáveis e ideais, quanto mais próximo do peso ideal, peso que a paciente consiga manter e estar saudável, menor o risco de complicações e maior a satisfação pós-cirurgia. “Não é só uma questão de peso, é uma questão de saúde e de satisfação com o procedimento que será realizado”, adverte Ana Borba.

 

A cicatriz some com o tempo?


Não! Ela não some, mas pode ficar muito pequena e imperceptível. A cicatriz é resultante de muito fatores, como genética, técnica cirúrgica, materiais, curativos utilizados e cuidados pós operatório. “Durante a consulta é feita uma investigação para entender se existe alguma cicatriz, a qualidade dessa cicatriz, para antecipar e cercar de tudo ao alcance para deixar a melhor cicatriz possível. Hoje em dia possui muita tecnologia para promover uma melhor cicatrização, como uso de fios especiais, curativos especiais, entre outros.”, afirma Maria Julia.

 


Dra. Ana Borba - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e AMB. É graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e fez Residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital Federal de Ipanema (HFI).

 

Dra. Maria Julia Norton - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e AMB. É graduada em Medicina pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e fez Residência Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do RJ, com Residência Médica em Cirurgia Plástica e Reparadora pelo Hospital Municipal Barata Ribeiro.

 

Clínica LIS CONCEPT


Monkeypox: estigmatização da doença pode ser obstáculo para controle; febre alta e inchaço nos gânglios são sinais de alerta

Além do contato sexual, beijo, massagem e esportes de contato físico também podem levar à transmissão do vírus

Primeiro caso de monkeypox foi registrado no Brasil no mês de junho, atualmente são mais de 3.700 infectados
Créditos: Envato

 

O contador Thiago Leite havia acabado de passar férias em Nova York. Chegou num domingo no Brasil e na quinta-feira seguinte já estava com febre alta. A primeira suspeita foi uma gripe. Tomou o remédio que sempre usa nesses casos, mas a febre persistia. No dia seguinte, além da febre, surgiram feridas nas genitais e ínguas na virilha. Com esses sintomas, não teve dúvidas e procurou atendimento médico. 

“Quando senti a febre, acreditei estar com gripe. O cansaço da viagem e a mudança de clima, tudo acaba sendo favorável para isso. Mas quando surgiram as feridas, fiquei assustado e procurei o Pronto Atendimento. A médica não identificou as lesões como IST (Infecção Sexualmente Transmissível) e, de imediato, alertou a infectologista. Foi quando a suspeita do monkeypox surgiu”, conta Thiago. 

O primeiro caso de monkeypox ou varíola dos macacos foi registrado no Brasil no mês de junho e hoje já são mais de 3.700 infectados pela doença, mais de 4 mil suspeitas e uma morte confirmada em Minas Gerais. Os principais sinais são dores musculares, na cabeça e calafrios, febre alta e persistente, e inchaço dos gânglios. “É importante ficar atento aos sintomas da doença e procurar atendimento médico o quanto antes. Além da medicação, é necessário isolamento por sete dias”, explica a infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens. “É uma doença que já está sendo estigmatizada e temos que mudar isso”, ressalta.


Como se proteger da doença

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão do vírus ocorre pelo contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente com essas lesões. Também é possível contrair o vírus por meio de secreções respiratórias, fluídos corporais, ou objetos, tecidos e superfícies utilizadas pela pessoa contaminada.  

“Muitos acreditam que a transmissão se dá apenas pela atividade sexual, mas beijo, massagem e esportes corpo a corpo com as pessoas que têm as lesões, também podem transmitir o monkeypox”, frisa a infectologista.


Vacinas

A partir de setembro, as vacinas serão entregues no Brasil em três lotes. As doses serão direcionadas aos profissionais da saúde que tenham contato direto com pacientes infectados. Ao todo, 25 mil pessoas serão imunizadas, considerando que são necessárias as aplicações de duas doses para completar o ciclo vacinal. As unidades serão produzidas pelo laboratório Bavarian Nordic, que disponibilizou 100 mil doses para a América Latina.


Segundo OMS, uma em cada 100 mortes ocorre por suicídio

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019. Esta é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 

Alex Heriston Vieira Lemes, psicólogo da Clínica Maia, afirma que o ato é mais frequente em pacientes psiquiátricos. “Pessoas com depressão, esquizofrenia, transtorno de personalidade (antissocial e borderline com traços de impulsividade, agressividade e frequentes alterações de humor) e/ou que abusam de substâncias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas), sobretudo adolescentes, são considerados grupos de risco”, destaca o profissional. 

E mais: isolamento, alterações no comportamento, empenho em resolver abruptamente assuntos considerados pendentes, calma e despreocupação depois de um período intenso de tristeza e depressão, angústia constante, uso excessivo de álcool/drogas, manifestações que indiquem desejo de morte e ideias suicidas são alguns sinais de alerta importantíssimos que não devem ser ignorados. 

“Quando necessário, é crucial buscar o quanto antes um auxílio especializado e individualizado. Após a remissão dos sintomas, é preciso, inclusive, fazer um tratamento de manutenção por períodos que podem variar de 6 a 12 meses, a critério do psiquiatra”, explica o psicólogo. 

Alex salienta também que, em alguns casos, a internação psiquiátrica é um recurso fundamental, porque evita que a pessoa chegue a um alto nível de estresse que possa levá-la a tirar a própria vida. Esse suporte integral promove acolhimento, segurança e assistência adequada. 

“É essencial ressaltar também o quanto a atenção ao nosso estilo de vida influencia nesse contexto. Uma alimentação saudável, um sono de qualidade, atividade física regular, acompanhamento médico, e a procura pela ajuda psicológica/psiquiátrica, se for o caso, são fatores primordiais no cuidado com a saúde mental e na prevenção ao suicídio”, completa o especialista.


Você já ouviu falar em MARSI? Entenda o fenômeno associado às lesões de pele e como tratá-lo.


É quase impossível pensar em tratamentos médicos hospitalares sem o uso de adesivos, o que há décadas vêm sendo utilizados para garantir a segurança em cateteres, eletrodos, estabilização de drenos, fixação de ataduras, assim como proteger uma região ou uma ferida, que necessite da fixação de uma cobertura ou curativo. 

Porém, o uso de adesivos não está livre de complicações causadas ao retirar a fita adesiva que por consequência, acaba afetando as camadas superficiais da pele, podendo resultar em uma série de lesões, entre elas manchas vermelhas, bolhas, feridas e descamação. Essas lesões, conhecidas pela sigla MARSI (lesão cutânea relacionada a adesivos médicos), não só afetam a integridade da pele como causam dor, aumentam o risco de infecções e retardam a recuperação do paciente.  

Tal fenômeno tem colocado empresas e especialistas em atenção. Para termos uma ideia, só nos Estados Unidos são relatados mais de 1,5 milhão de lesões por ano, número que os especialistas consideram baixo, já que muitas dessas complicações não são reportadas. 

E acreditem, diversas lesões são causadas por colocar e retirar curativos adesivos, e descrevo algumas delas abaixo:  

·       Descamação – talvez uma das lesões mais conhecidas de quem faz uso de um curativo ou fita adesiva, pois ao retirá-lo, acaba por descamar uma ou mais camadas da pele. Em alguns casos, se formam bolhas no local.  

·       Lesão por fricção – quando se retira o adesivo com muita força, retira-se também um “retalho” de pele. Essa lesão acaba sendo mais comum em recém-nascidos e idosos.  

·       Lesão por tensão – ocorre quando a fita é fixada de modo errado ou quando a pele se distende por baixo de uma fita adesiva que não é flexível. Como resultado, a pele se rompe.  

·       Dermatite de contato irritativa – a pele fica irritada devido ao contato com algum agente químico presente no adesivo. Pode haver inchaço local, mas não costuma durar muito tempo e a resolução se dá com a retirada do adesivo.  

·       Dermatite de contato alérgica – nesse caso, há uma resposta do sistema de defesa do corpo a um agente presente na fita. Geralmente a pessoa já teve contato anterior, houve sinais de irritação em menor proporção e como consequência, a sensibilização já ocorreu. Quando em outro momento a pessoa volta a ter contato com o adesivo, as reações são mais intensas e esse fenômeno é o que chamamos de alergia. Ela pode vir acompanhada de coceira e até de pequenas bolhas, podendo durar por até uma semana.  

·       Maceração – você já percebeu como a sua pele fica quando passa muito tempo dentro de uma banheira ou de uma piscina? Ela fica esbranquiçada e bastante enrugada, certo? Isso o que se chama de maceração, que é resultado do contato direto da pele com a umidade que, nesse caso, vem da própria ferida ou mesmo de suor. Esse amolecimento da pele pode aumentar o risco de lesões por fricção.  

A boa notícia é que existe, no mercado nacional, soluções inovadoras como Leukoplast®. Essa linha é formada por curativos Leukomed®, adesivos Hypafix® e Leukoplast®, que se propõem a cuidar da pele desde a prevenção até o tratamento de lesões agudas, inclusive há uma linha de produtos especialmente desenvolvida para peles delicadas e frágeis - “Skin Sensitive”, evitando lesões como MARSI. Todas essas tecnologias foram desenvolvidas cumprindo os preceitos éticos da pesquisa clínica em seres humanos e critérios citados em nossas bulas. Os produtos são recomendados para uso conforme consta em consenso: “Best practice consensus document on prevention - Overlooked and underestimated: medical adhesive-related skin injuries. A linha completa faz parte do portfólio da Essity, empresa sueca líder global em higiene e saúde. Os produtos oferecem uma correta limpeza e absorção, além de proteção e fixação adequadas, especialmente para peles sensíveis.

 

Rosangela Oliveira - Consultora Clínica de Soluções Médicas da Essity Brasil 


Saúde: um alerta para os tumores ginecológicos

“Setembro em Flor”, é o mês dedicado à campanha de divulgação e alerta para os tumores ginecológicos, com ênfase aos tumores de colo de útero, vagina, vulva, endométrio e ovário. Juntos, tais tumores representam quase 40% das causas de câncer em mulheres.

 

O câncer de colo uterino figura como primeiro ginecológico e o terceiro, no geral, em incidência no país, responsável por 300 mil mortes ao ano em âmbito mundial. Merece destaque o fato de estar associado ao vírus do HPV na totalidade dos casos, sendo um tumor com ótimas chance de prevenção por meio do acompanhamento regular com ginecologista, e também com a vacinação do HPV (disponível em rede pública para meninos de 11 a 14, meninas de 9 a 14 anos e, mais recentemente, imunossuprimidos de 9 a 45 anos), e também em rede particular sem restrição de idade.

 

A vacina também previne contra outros tumores ginecológicos um pouco menos frequentes: de vagina, vulva, entre outros como orofaringe, pênis e ânus. Países como a Austrália, que realizaram a vacinação em massa, principalmente em idades antes do início da vida sexual, estão praticamente eliminando o câncer de colo de útero, enquanto nações em desenvolvimento ainda registram números crescentes de casos e mortes devido às dificuldades de acesso. 

 

O câncer de endométrio é o segundo ginecológico em prevalência. Está associado ao envelhecimento, mas causas preveníveis como diabetes, hipertensão e obesidade também se vinculam à doença. Mulheres com mais tempo de menstruação ao longo da vida e as que nunca tiveram filhos também têm aumento de risco 

 

Esse tumor também pode ter participação genética em 20% dos casos, mais comumente em pacientes com síndrome de Lynch. O principal sintoma que merece atenção é sangramento uterino anormal (maior volume ou maior tempo), ainda mais de risco quando na pós-menopausa. 

 

O câncer de ovário é o menos frequente entre os três principais, porém o de comportamento mais agressivo. Também pode estar associado a alterações genéticas em cerca de 20 % dos casos, principalmente mutações envolvendo o gene BRCA. Atividade física e dieta equilibrada são hábitos protetivos, assim como no caso de câncer endometrial. A doença costuma ter uma apresentação mais silenciosa, com dificuldade de os sintomas serem percebidos pela paciente: distensão e ou inchaço abdominal, desconforto depois das refeições e dores infraumbilicais podem fazer parte do quadro. Sintomas novos e distintos não podem passar batidos e merecem avaliação junto ao médico especialista. Infelizmente, 75% dos casos já se apresentam com doenças mais avançadas, sendo o câncer ginecológico de maior letalidade. Todavia temos vitórias recentes contra esse câncer em termos de possibilidades, com aprovação de órgão regulador de droga oral para uso após cirurgia e quimioterapia, tanto em cenário inicial como em recorrência, sendo mais um forte aliado no combate à doença. 

 

O conhecimento molecular desses tumores e o surgimento de novas terapias têm melhorado significativamente os resultados do tratamento da doença avançada. Mas o intuito da campanha “Setembro em Flor” prioriza também chamar a atenção das mulheres para as alterações corporais, realizar os exames preventivos, fazer o acompanhamento regular com o médico ginecologista, buscar uma mudança de hábitos, como também divulgar a vacinacão e o compartilhamento de informações, a fim de melhorar a prevenção e garantir a detecção em estágios mais precoces.

 

Felipe Leonardo Estati - oncologista, integrante do corpo clínico do OncoCenter Dona Helena, serviço de oncologia do Hospital Dona Helena, em Joinville.


Setembro amarelo: pesquisa revela que índice de pensamentos suicidas entre trabalhadores é alta


Com o objetivo de contribuir com a campanha Setembro Amarelo - dedicada à prevenção do suicídio -, bem como alertar sobre tema, a healthtech HSPW, que atua diretamente no acompanhamento contínuo e em tempo real da saúde integral dos colaboradores no ambiente de trabalho, liberou uma pesquisa sobre o tema e o resultado é alarmante: 8% da população analisada apresenta ideação suicida. 

A avaliação, realizada com 1.028 trabalhadores, das regiões Sul e Sudeste do Brasil, aconteceu entre janeiro e agosto de 2022. Dos entrevistados analisados que informaram ter pensamentos, planos e/ou atos preparatórios relacionados ao suicídio, 30% são mulheres, 46% são homens e 24% solicitaram anonimato de gênero. Os casos observados estão distribuídos entre a faixa etária de 17 a 50 anos. 

Segundo Lúcio Júnior, CEO da HSPW, tais dados mostram a urgência de facilitar o acesso aos cuidados de saúde mental, principalmente no ambiente de trabalho. “As empresas também possuem papel fundamental no que diz respeito ao bem-estar de seus funcionários. Por isso devem se perguntar como podem desenvolver intervenções mais assertivas, que diminuam os estigmas em torno dos transtornos mentais, além de minimizar a resistência de seus colaboradores em admitir que precisam de ajuda. Isso pode ser realizado oferecendo mais informações sobre o tema e acesso a especialistas, por exemplo”, diz. 

O neuropsicólogo Ernani Carioni, diretor clínico da HSPW, também ressalta a importância do tema no meio corporativo. “Os programas de promoção à saúde mental e bem-estar hoje são indispensáveis para as empresas e podem sim contribuir na prevenção ao suicídio entre os funcionários. No entanto, faz-se necessária uma assistência especial ao colaborador, promovendo não somente a constatação do problema, mas o entendimento da situação e, por conseguinte, o encaminhamento do mesmo para o tratamento adequado”, ressalta.

 

HSPW

https://hspw.com/


Adolescência: Entenda problemas de saúde recorrentes

Especialistas da Rede de Hospitais São Camilo de SP falam sobre doenças nessa fase da vida e da importância de um acompanhamento especializado

 

A adolescência é conhecida por ser um período repleto de dúvidas, questões e inseguranças. Toda a complexidade desse momento sinaliza a importância de se ter cuidados especiais com os jovens em diversos eixos, sendo um deles de extrema necessidade, que é a forma de se pensar maneiras de oferecer saúde e informação de qualidade.

De acordo com o Observatório da Criança e do Adolescente, estima-se que no Brasil existam cerca de 70 milhões de pessoas com até 19 anos.  E cada uma dessas pessoas, carrega consigo diferentes questões e bagagens, que precisam de olhares guiados tanto pela base familiar quanto pelo atendimento médico qualificado.

“Descobrir o que atormenta o adolescente não é tarefa fácil, eles tendem a não compartilhar sentimentos e situações desagradáveis. Seja por medo, vergonha, preocupação com a reação dos pais e, até mesmo, pela vontade de resolver os seus impasses sozinhos”, afirma Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de SP.

Desse modo, é necessário ter atenção com seus comportamentos e incentivar o cuidado com a saúde. Além, é claro, de fornecer acolhimento para que se sintam confortáveis em buscar o acompanhamento médico em caso de qualquer suspeita.

“A abordagem certa para esses pacientes é muito importante. Às vezes é mais fácil que o médico faça isso, em vez da família. Dependendo da questão, o médico pode falar de forma mais objetiva e completa. Para o melhor auxílio, preconceitos e ideias pré-formadas devem ser deixadas de lado”, complementa Adriano Pinto, urologista do Hospital São Camilo de SP.

As doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo, são comuns durante essa fase e podem gerar desconfortos na busca por ajuda. Com a descoberta da vida sexual, a falta de informação ou o acesso a desinformação pela internet, muitos jovens acabam contraindo quadros como infecções, inflamações, Herpes genital, HPV, Hepatites B e C, e até mesmo HIV.

Além disso, entre rapazes existe ainda a possibilidade de desenvolver doenças como câncer de testículo, que apesar de raro, atinge pessoas a partir dos 15 anos. “O câncer de testículo é uma doença de gente jovem. Ter acompanhamento médico em dia ajuda no diagnóstico precoce e a tratar adequadamente”, ressalta Adriano.

Questões hormonais também são frequentes: "Normalmente, as adolescentes apresentam desde alterações na menstruação, corrimentos vaginais e dor nas mamas, que podem ser fruto do amadurecimento hormonal desta fase de vida", relata Vanessa Saliba Donatelli, Ginecologista e Mastologista do Hospital São Camilo.

A verdade é que tanto a produção ineficiente quanto a produção em excesso dos hormônios, podem ocasionar diversos problemas de saúde entre os jovens.

Segundo Ana Cristina Rolim Fraga Moreira, Endocrinologista Pediátrica do Hospital São Camilo, a baixa estatura e o hipotireoidismo são exemplos de situações relacionadas a déficits hormonais. Já a produção em excesso de hormônios colabora para o desenvolvimento de quadros diferentes, sendo a puberdade precoce central o principal deles.

A obesidade também é um distúrbio que atinge esse grupo e precisa de atenção.  De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos sofrem com a doença.

“A obesidade geralmente vem associada a outras doenças metabólicas como dislipidemia, resistência à insulina e diabetes tipo 2. Além dos riscos para o corpo, o adolescente obeso pode ter um risco maior de depressão e ansiedade, baixa autoestima e compulsividade”, finaliza a endocrinologista.  

 

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


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