Pesquisar no Blog

segunda-feira, 28 de março de 2022

Detran.SP anuncia ampliação do Programa Motofretista Seguro para mais de 20 municípios em evento no Interior

O departamento participa do 64º Congresso Estadual de Municípios com estande para apresentações de ações e totem de autoatendimento 

 

Mais 20 cidades do Interior se integraram ao programa Motofretista Seguro do Detran.SP. A novidade foi anunciada durante a 64ª edição do Congresso Estadual de Municípios, que começou hoje no Convention Center e irá até quarta-feira em Campos do Jordão. O evento é promovido pela Associação Paulista de Municípios (APM) e contará com palestras, painéis e debates. A participação é gratuita. 

A autarquia montou estande para apresentações de ações como o Motofretista Seguro, programas educativos permanentes (Clube do Bem-Te-Vi, Cidadania em Movimento e Educação Viária é Vital) e campanha Boneco no Boteco, sobre o combate de uso de álcool ao volante. Um totem de autoatendimento está à disposição dos visitantes que precisem realizar serviços de trânsito.


O Programa Motofretista Seguro (https://www.motofretistaseguro.sp.gov.br/) é uma iniciativa que dá sequência à rede de proteção lançada pelo Governo do Estado em 2020 e que tem como objetivo desenvolver e regularizar a atividade. O curso é direcionado aos cidadãos habilitados que pretendem desenvolver atividade de motofretista – 200 pessoas já realizaram as aulas práticas na cidade de São Paulo.
 

A partir da ampliação do programa, além da Capital, mais de 20 cidades da região metropolitana de São Paulo e do Interior já estão aptas a darem as aulas práticas de direção. 

“O objetivo do Detran.SP é oferecer condições melhores de trabalho para os motofretistas. Contamos com o apoio dos sindicatos e abrimos diálogo para os setores que compõem todo esse ecossistema. Queremos construir uma ampla rede de proteção para esses profissionais. Nossa meta é atingir em torno de 250 mil motofretistas”, explica Neto Mascellani, presidente do Detran.SP. 

 

Habilitado há dois anos 

Para se inscrever, basta ter 21 anos completos, estar habilitado, no mínimo, há dois anos na categoria “A” e não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), decorrente de crime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direitos. 

Após uma carga horária total de 25 horas-aula por meio de ensino à distância em que serão oferecidas aulas que envolveram temas como ética e cidadania na atividade profissional, noções básicas de legislação, gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde e equipamentos de segurança, os alunos têm mais cinco aulas práticas e uma avaliação final para conclusão do curso.

 

O participante do programa terá custeado o valor de R$ 160 referente ao curso e ainda terá a oportunidade de ganhar uma bolsa de R$ 210. Isso desde que ele cumpra mais 30 horas de curso remoto de Atendimento Delivery. O curso oferece mil vagas, todas elas com direito à bolsa. Além do curso especializado de motofretista, o programa oferece curso de mecânica básica para motos (https://bit.ly/3tV19hL) e financiamento de motos elétricas junto ao Banco do Povo.

Nos mesmos moldes das opções de linhas de créditos oferecidas durantes os pit stops do programa, os interessados têm à disposição acesso à linha de crédito oferecida pelo Sebrae e o Banco do Povo de até R$ 21 mil. As taxas e juros são diferenciados para motofretistas.

 

Ações do Detran.SP 

Campanha educativa lançada na Semana Nacional de Trânsito do ano passado, o Boneco no Boteco impactou 60 bares e restaurantes da Capital e Interior. Foram colocados bonecos de crash-test em mesas de bares, "bebendo". Ao lado, um totem com informações da Semana Nacional de Trânsito (SNT) e uma mensagem: Você não é boneco de teste de colisão para misturar bebida e direção. A ação alcançou cerca de 20 mil pessoas.


Referência no segmento, o Cube do Bem-Te-Vi existe há 30 anos e é coordenado pelo Detran.SP em parceria com a Polícia Militar do Estado. O projeto visa levar a educação de trânsito para crianças transformando-as em agentes multiplicadoras. Desde sua criação, em 1981, o programa já atendeu mais de 1,6 milhão de alunos de 4.631 entidades (entre escolas e APAEs) em 348 municípios paulistas.
 

Já o programa Cidadania em Movimento é desenvolvido pelo Detran.SP em parceria com a Fundação Grupo Volkswagen desde 2019 e visa, por meio de uma política pública de caráter socioeducativa, combater acidentes viários e conscientizar a população por meio da formação de aproximadamente 3 mil educadores. Eles atuam junto à sociedade e impactam cerca de 600 mil pessoas das cidades participantes com temas relativos à mobilidade urbana - acidentologia e prevenção a acidentes viários, planejamento urbano, cidades inteligentes, criativas e sustentáveis, meios de transporte, entre outras questões. 

O programa “Educação Viária é Vital”, por sua vez, é uma ação desenvolvida com a Fundación MAPFRE, que tem como objetivo reduzir os acidentes graves e óbitos no trânsito envolvendo crianças e adolescentes em todo o Estado. O projeto visa qualificar entre os meses de julho e novembro educadores (professores e coordenadores pedagógicos) da rede pública municipal que multiplicarão os conhecimentos adquiridos na capacitação para alunos do Ensino Fundamental 1 e 2, além de familiares e da comunidade de cada município.

 

Book advisor vê as mídias sociais como incentivadoras da leitura

Estariam as mídias sociais contribuindo para a queda da leitura de livros?


O brasileiro tem passado cada vez mais tempo on-line nas mídias sociais: segundo o Global Web Index – Market Snapshot Brasil 2022, ficamos em média 3 horas e 47 minutos do nosso tempo diário nelas. Estariam as mídias sociais contribuindo para a queda da leitura de livros? 

Na opinião do book advisor Eduardo Villela, profissional com mais de 17 anos de experiência no mercado editorial, “o Brasil está nos primeiros lugares dos rankings de populações que mais acessam as mídias sociais e passam mais tempo conectados, mas se engana quem pensa que o brasileiro está atrás de olhar ‘fofoca’. Hoje, grande parte das pessoas on-line está buscando entender determinado assunto. Houve uma transferência, um encurtamento, do tempo que era dedicado à TV aberta, telejornais, ou até mesmo à leitura de jornais impressos. As pessoas vão se informar em mídias sociais e seguem perfis de grandes e médios veículos de comunicação, empresas, marcas e especialistas e influenciadores nos seus assuntos de interesse. Esses atores indicam livros com frequência. No caso de especialistas e influenciadores, por exemplo, muitos são autores de livros ou indicam títulos que estão lendo. É um estímulo poderoso!”, explica Villela.

Os livros se tornaram um meio de dar continuidade à expansão dos conhecimentos de determinado tema. As mídias sociais geralmente proporcionam um contato mais rápido com o conteúdo, como os textos curtos no Instagram, mas, a partir do momento que o dono do perfil numa rede social fornece um direcionamento para o aprofundamento do assunto por meio de um ou mais livros - o que acontece com frequência – o hábito de leitura é incentivado. “Quando vão buscar mais informações, naturalmente as pessoas têm acesso a livros, porque eles são, a todo momento, recomendados por diferentes fontes, desde médios e grandes veículos de comunicação, empresas e marcas até influenciadores. As mídias sociais têm contribuído de maneira muito significativa para o aumento da leitura de livros no País.", finaliza o especialista.

 


Eduardo Villela - Book Advisor e assessora pessoas, famílias e empresas na escrita e publicação de seus livros. Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004. Já orientou mais de 900 autores e lançou mais de 650 livros de variados temas, entre eles: comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias/autobiografias, livros de família e ficção infantojuvenil e adulta.


UBE PARTICIPA DO LANÇAMENTO DO PROGRAMA ‘METANO ZERO’ DO GOVERNO

  O evento contou com a presença do Presidente,nJair Bolsonaro, e do Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. 


Carlos Catarozzo, diretor da UBE América Latina, um dos principais players globais de membranas para separação de gases, participou, na semana passada, do lançamento de medidas de incentivo à produção e ao uso sustentável do biometano, um combustível renovável obtido a partir da purificação do biogás e que pode substituir os combustíveis fósseis.

Estas medidas fazem parte do programa ‘Metano Zero’, uma iniciativa pioneira do Governo brasileiro para atuar de forma racional e equilibrada na proteção ambiental, a partir do tratamento de resíduos orgânicos para gerar biogás e biometano.

“A questão é extremamente relevante no contexto atual. A inserção do biometano no REIDI (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura) permitirá a construção de novas plantas para a produção do biometano, aumentando a oferta do produto”, celebra Carlos.

O Brasil é o primeiro país a tomar medidas concretas desde o Acordo Global do Metano, assinado por mais de 100 países na COP26 - UN Climate Change Conference. “Estas são soluções climáticas encabeçadas pelos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, com foco no produtor rural e no empreendedor e que geram emprego verde e renda para todos os brasileiros”, completa Carlos.

O programa ‘Metano Zero’ tratará o lixo orgânico, da cidade e do campo (resíduos de aves, suínos, cana, laticínios e aterro sanitário), transformando-o em biogás para ser usado como energia ou em biometano para uso em veículos pesados (caminhões, tratores e ônibus), a fim de reduzir o custo dos combustíveis. O biofertilizante é outro importante produto gerado a partir do tratamento dos resíduos. Já o Crédito de Metano visa gerar receita extra para as usinas de biogás e de biometano; nesta área, o Brasil é pioneiro no mundo. 

“Não é de hoje que a UBE Corporation Europe defende a importância da inclusão do biometano em programas como este. Tanto que estamos prontos para apoiar a indústria e os clientes locais com membranas de última geração. Como um dos principais fornecedores globais de membranas para separar gases, vamos trabalhar junto com o mercado para atingir as metas definidas pelo governo e auxiliar a indústria na geração de energia verde”, celebra o Executivo da UBE. 

As membranas desenvolvidas pela UBE garantem, justamente, eficiência e segurança neste upgrade do biogás para o biometano, resultando em um combustível que atende as normas estabelecidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), mais versátil que os outros energéticos e que pode ser aplicado de forma complementar ao gás natural e ao diesel. 

Dentre as principais vantagens do uso da tecnologia de membranas frente a outras tecnologias para o processo de upgrade de biogás, pode-se destacar a não utilização de insumos químicos ou água para remoção do CO2. Devido à sua configuração modular, tanto a operação, manutenção e um possível scale-up da planta são muito simples. 

 

Sobre a UBE

Fundada na cidade de Ube, província de Yamaguchi, no Japão, em 1897, a UBE mantém 11 mil colaboradores em todo o mundo e um portfólio global de produtos. A UBE possui mais de 35 anos de expertise na tecnologia de membranas para separação de gases. Em 1989, a UBE forneceu os primeiros separadores de CO2 para uma planta piloto de tratamento de biogás na Alemanha. 

A UBE vem aprimorando a tecnologia ao longo dos anos e suas principais vantagens são a alta resistência a H2S, podendo operar com concentrações de até 30.000ppm, sem danos ao material. A alta resistência química, térmica e mecânica da poliimida patenteada pela UBE garante uma vida útil longa. Com uma excelente permeabilidade e seletividade, o UBE CO2 Separator garante um processo compacto de baixo CAPEX e OPEX. 

Todas as membranas da UBE são fabricadas no Japão e o escritório brasileiro, localizado em São Paulo, atende a toda América Latina, com ênfase a Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Equador. 

Conheça mais sobre a tecnologia em:

https://ube.es/products/gas-separation-membrane/    

 

O papel dos municípios na efetividade da Lei Maria da Penha

A violência contra as mulheres precisa ser combatida de todas as formas possíveis. Para fortalecer políticas públicas e complementar o amparo legal já existente, cabe aos agentes do Estado identificar injustiças ainda praticadas contra o gênero feminino e inovar para garantir direitos fundamentais. 

Sintonizados com essa premissa, muitos municípios brasileiros promulgaram leis para impedir que agressores condenados pela Lei Maria da Penha sejam nomeados para cargos públicos. Essas legislações exprimem exigências éticas que demandam dos agentes públicos idoneidade moral e honradez para atuar em nome da Administração Pública. 

Seria de todo incoerente e até mesmo ilegítimo que agressores, condenados em última instância por violência contra mulher, ostentassem prerrogativas inerentes aos cargos públicos. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade de lei municipal que vedava o provimento de cargos por condenados no âmbito da Lei Maria da Penha. 

No RE 1.308.883, o Ministro Edson Fachin afastou a arguição de inconstitucionalidade por vício de iniciativa parlamentar e afirmou que diplomas com esse conteúdo normativo impõem regra geral de moralidade administrativa, concretizando os princípios do artigo 37 da Constituição cuja aplicação independe de lei e não se submete a uma interpretação restritiva. 

Essa decisão assume um papel fundamental para reforçar a efetividade de uma lei cujo objetivo é a salvaguarda da dignidade feminina. Vale ressaltar que o Supremo não só avalizou o conteúdo material da legislação, mas, sob perspectiva formal, também garantiu ampla titularidade de iniciativa legislativa, de modo que tanto os vereadores como os Prefeitos podem apresentar projetos para impedir que agressores de mulheres ocupem cargos públicos. 

Em outros termos, todos aqueles que ocupam cargos eletivos nos municípios podem agir para intensificar a eficácia social e jurídica da Lei Maria da Penha. 

E que impacto isso tem na atuação do controle externo da Administração Pública? Minha percepção é que os Tribunais de Contas precisam se colocar como organismos indutores de boas políticas públicas, a partir de sua dimensão pedagógica e da atribuição constitucional que lhes defere a análise de aspectos que superam a mera legalidade formal. Podemos e devemos exigir dos gestores ações e resultados capazes de transformar o cenário social. 

Nesse contexto, surge a necessidade de verificarmos, em auditorias e fiscalizações, em que medida os municípios, bem como o Estado, têm obstado o acesso de agressores aos cargos públicos, em observância ao princípio constitucional da moralidade. 

Além disso, a aprovação de leis locais que vedam a nomeação de condenados no âmbito da Lei Maria da Penha pode servir de critério para compor, por exemplo, a nota dos índices da boa gestão pública, como é o caso do IEG-M do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

Portanto, as Cortes de Contas, no exercício de suas atribuições, podem estimular e compelir os agentes políticos locais a implementar medidas que prestigiem a defesa intransigente da integridade física e moral das mulheres.  


Dimas Ramalho - Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.


Guerra na Ucrânia traz lição econômica para o Brasil e o mundo

 

A guerra na Ucrânia, além das questões humanitárias e políticas, traz uma consequência econômica que deve servir de reflexão para o mundo todo, em especial para o Brasil. A decisão da Rússia de invadir o país vizinho e a retaliação mundial à decisão de Vladimir Putin, na forma de sanções econômicas aplicadas ao Kremlin, jogaram luz sobre um ponto que pode mudar a globalização: o grau de dependência de insumos e produtos de uma nação em relação à outra, especialmente no setor de energia, independentemente do seu grau de desenvolvimento.

 

A Alemanha e a Europa dependem em grande escala da importação de energia da Rússia, envolvendo petróleo, gás e carvão mineral. Metade do gás consumido pelos alemães era importado da Rússia até o exército de Putin ultrapassar as fronteiras ucranianas. Também vêm da Rússia 23% dos fertilizantes utilizados na agricultura do Brasil, que tem nas commodities do campo parcela importante do agronegócio, setor que responde por quase um quarto do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e é responsável pelo superávit cambial brasileiro.

 

Enquanto pressionam a Rússia para acabar com a guerra, os líderes mundiais devem começar a buscar a autossuficiência em setores estratégicos para reduzir a dependência em relação a outros países, em especial aqueles que, escudados pelo desenvolvimento de armas nucleares, configuram potencial propensão ao uso da força militar antes do esgotamento das vias diplomáticas.

 

É bastante provável que o conflito no Leste Europeu provoque uma revisão global das cadeias produtivas. Tal medida seria importante também no Brasil, ainda extremamente dependente da importação de insumos para garantir sua produtividade no setor agrícola.

 

Atualmente, 86% dos fertilizantes utilizados nas plantações brasileiras são produzidos no exterior. O país importa adubos e fertilizantes químicos de mais de 50 países, mas sua dependência maior é justamente em relação à Rússia, fornecedora de 23% do que é consumido aqui nesse segmento. Em seguida vêm China (14%), Marrocos (11%), Canadá (9,8%) e Estados Unidos (5,6%). Segundo dados do Ministério da Economia, em 2021, o país importou 41,6 milhões de toneladas de fertilizantes.

 

É fato que o Brasil não possui matéria-prima suficiente para atender o mercado interno e também se ressente da falta de infraestrutura para a produção de fertilizantes em larga escala e a preços competitivos com o mercado externo. Entretanto, também é verdade que falta ao país uma diretriz condizente com sua condição de um dos maiores fornecedores de grãos para o mundo.

 

A ideia de um Plano Nacional de Fertilizantes, nascida em 2021, acaba de ter sua conclusão anunciada pelo governo federal. A solução apresentada em busca de autossuficiência de fertilizantes ou, pelo menos, da redução de dependência externa para 30%, no prazo de 28 anos, é uma tentativa de dar uma resposta rápida à situação escancarada pela guerra na Ucrânia, devendo ser analisada com cuidado.

 

A pressa em anunciar sua conclusão logo após o início do conflito europeu gera a desconfiança de que foi feita uma atualização a toque de caixa. Um processo nada transparente, sem que tenham sido apresentados os estudos, discutido com os especialistas, e ouvidos os vários atores da indústria e do agronegócio. Trata-se, afinal, de uma questão complexa que o mapeamento e dimensionamento das reservas nacionais, a logística de armazenamento e transporte, e investimentos e suas fontes de recursos, dentre tantos outros detalhes.

 

Temos, mais uma vez, uma solução espasmódica, longe do ideal que seria o agronegócio integrar um Plano Nacional de Desenvolvimento inspirado naquele que o presidente Juscelino Kubitschek elaborou e implantou na década de 60, elevando o Brasil a outro patamar em questão de desenvolvimento.

 

Sem um plano com visão de futuro, baseado em políticas de Estado e não de governos, o Brasil jamais conseguirá se inserir na nova ordem mundial com papel relevante. E isso inclui um novo olhar sobre a Amazônia, reconhecendo a necessidade da preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável daquela região.

 

Para a agricultura, a água é tão ou mais importante que os fertilizantes cujo fornecimento se busca assegurar agora. E a floresta em pé é uma garantia de equilíbrio no regime de chuvas, essencial para a produção do Centro-Oeste, Sul e Sudeste e ainda para a produção de energia hídrica, fundamental para a indústria, o comércio e a prestação de serviços.

 

É fundamental, portanto, que o país tenha claro e definido qual o papel reservado à Amazônia e quais diretrizes adotará para manter a floresta em pé, dando também segurança jurídica contra medidas ilegítimas e/ou que afrontem a Constituição.

 

A guerra no Leste Europeu certamente irá promover mudanças no mundo inteiro, a um custo altíssimo. O conflito já deixou evidente que tratados internacionais foram desrespeitados e que o planeta vive uma nova fase da corrida armamentista. O domínio da tecnologia das armas nucleares e o esforço para a produção das maiores e mais letais ogivas é uma realidade indisfarçável no Ocidente e no Oriente, o que eleva a tensão mundial a nível só comparado ao da Guerra Fria.

 

O Brasil precisa entender a dimensão dos reflexos do conflito e refletir sobre seu futuro. Se cada candidato a presidente nas próximas eleições apresentasse à nação o seu plano nacional de desenvolvimento, já daríamos um passo fundamental rumo a uma nova realidade.

 

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). É autor do livro “Brasil, um país à deriva”.


Por que acreditamos que estudar História não é importante?

Agostinho de Hipona dizia que só temos o presente para viver. Hoje, principalmente entre os jovens, esse apelo hedonista soa bastante convidativo, afinal, o que importa é sentir a vida, intensamente, “amar como se não houvesse amanhã", como no verso do poeta que morreu precocemente. No entanto, a elaboração de Santo Agostinho sobre o tempo é um pouco mais complexa do que nossa vã sabedoria pode traduzir em um post de 140 caracteres. Há três presentes para viver e não apenas um. Há, sim, o presente do presente, que é o mundo da percepção, que nos dá a referência das coisas: grande, pequeno, longe, perto, quente, frio, doce, amargo, e por aí vai. Mas há também o presente do passado, que é a memória, que nos fornece o conteúdo das coisas, dando a elas sua consistência, seu estofo, sua espessura. Quando sentimos um aroma e nos emocionamos, não é a percepção que emociona, mas a memória. Quando assumimos uma postura diante de algo, a defesa de uma causa, não é o presente do presente que decide, mas a longa cadeia de histórias conhecidas e compartilhadas que chegam até nós e nos sopram aos ouvidos a mensagem dos que morreram e não podem ser esquecidos. Se a percepção dá a referência das coisas, é o conhecimento do passado e da trama de histórias que o compõe que nos dá o sentido das coisas. E é o sentido que nos move para um lado ou para o outro, que permite nossas decisões em relação às coisas. O carpe diem é um chamado tão sedutor como é o canto das sereias, que nos leva, cegos de vontade de tocar e sentir e curtir, para as pedras que nos destruirão. 

E há ainda nesse presente que é tudo o que temos para viver, o presente do futuro, que é a promessa, isto é, o desejo manifesto e compartilhado de estar em um lugar em um tempo com alguém. Ao firmarmos esse compromisso (que é, literalmente, dividirmos entre nós uma promessa), definimos nossa presença em um tempo que não existe, mas que nos afeta porque mobiliza os nossos esforços para que ele se cumpra. 

É desse fluxo de presentes que interagem e se completam que somos feitos, momento a momento, realizando nossa existência. Como afirmava Lacan, temos o instante de ver, o tempo de compreender e o momento de decidir. A percepção, que é o presente do presente, sozinha, não é capaz de garantir a mínima condição de uma existência plena. Só com o material do passado acumulado, refletido e assumido, é que podemos compreender o sentido das coisas que vemos e dar sentido às coisas que escapam às nossas nomeações, mas que, igualmente, nos definem como pessoas que estão e querem estar no mundo hoje, amanhã e por mais algum tempo.

Quando os eventos caem sobre nossa cabeça - um golpe de estado, uma guerra devastadora, um desastre natural com fortes implicações sociais - buscamos saber por que as coisas ocorreram assim e não de outro jeito. Nesse momento, como um susto, compreendemos que, sem um passado organizado pela narrativa de um especialista, ficamos perdidos em meio a um nevoeiro ou uma densa nuvem de poluição. Estamos ali, percebemos nossa presença, mas não temos conhecimento sobre o que se passa, porque não somos capazes de ligar os pontos e tecer a trama que forma a corda que nos associa aos outros. Como um Teseu largado em meio ao labirinto por uma Ariadne que esqueceu da razão e da importância de segurar o novelo, viver o presente do presente é o exercício mais evidente da alienação, que é a perda do mundo, das suas conexões, dos seus sentidos e dos seus propósitos. Só a educação pela História pode nos salvar de elogiar a guerra, os tiranos, os administradores corruptos e negligentes. Só a educação pela História pode resgatar nossa capacidade de fazer promessas e criar futuros dignos. Para todos nós.

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
daniemedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Brasil bate recorde histórico com mais de quatro milhões de novas empresas em 2021, revela Serasa Experian

O segmento com mais negócios criados foi o de Serviços de Alimentação (8,7%). Pandemia e o desemprego em alta no país evidenciaram a necessidade de começar a empreender


Em 2021, o Brasil bateu recorde de novas companhias abertas, um salto de 3.391.931 para 4.052.796. De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, o dado representa um crescimento de 19,5% em relação ao ano anterior. Este é o maior número de toda a série histórica do índice, iniciada em 2010. Ainda de acordo com o levantamento, o segmento de Serviços de Alimentação foi o que mais teve empresas criadas, 8,7%.

“Devido às restrições da pandemia, muitos bares e restaurantes ficaram totalmente fechados. Para suprir essa demanda e auxiliar a população, muitas pessoas viram neste segmento uma boa oportunidade de empreender e exercer suas atividades de maneira online”, esclarece o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Em seguida estão as empresas voltadas ao setor de Reparos e Manutenção de Prédios e Instalações (5,9%) e os Comércios de Confecções em Geral (5,8%). Confira as informações completas nos gráficos a seguir:







Abaixo os setores que mais cresceram em 2021:





A pandemia e o desemprego em alta no país evidenciaram a necessidade de começar a empreender e fez com que as pessoas encontrassem no seu CNPJ uma fonte de renda. Muitos brasileiros perderam seus empregos e se viram obrigados a criarem uma empresa para pagarem suas contas e, com isso, se manterem. Com os níveis altos de desemprego e a crise econômica em decorrência da pandemia, abrir um negócio e gerar a própria fonte de renda foi um meio vantajoso de conseguir lucros para arcar com as despesas do dia a dia”, explica Rabi.

Na análise por natureza jurídica, o levantamento apontou que os Microempreendedores Individuais (MEIs) foram os grandes impulsionadores do indicador, com mais de 3 milhões. Em seguida estão as Sociedades Limitadas, quando o empreendedor atua com sócios, com mais de 580 mil empresas. Veja os dados completos no gráfico e tabela abaixo:





Ainda no acumulado anual de 2021, a região que mais impulsionou o índice foi a Sudeste, com 2.076.722 novos empreendimentos, seguida pelas regiões: Sul (718.040), Nordeste (693.272), Centro-Oeste (355.404) e Norte (209.358).



Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Família brasileira é presa e deportada dos Estados Unidos

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, revela que um mal-entendido dentro de uma rede de supermercados foi a causa da deportação


Morar nos Estados Unidos é um desejo de vários brasileiros. No entanto, para não passar por problemas desnecessários e até mesmo inusitados, é preciso ter cautela enquanto mora em um país diferente.

Recentemente, uma família brasileira foi deportada dos EUA e teve seus vistos cancelados por, supostamente, furtar produtos em uma das maiores redes varejistas do país, a loja Target.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, conversou com os envolvidos para entender, de fato, o que havia acontecido. “Infelizmente, um mal entendido se transformou na prisão e deportação de uma família de brasileiros, que se viu obrigada a voltar ao Brasil e abandonar a vida que eles estavam construindo por aqui”, relata.

Nos mercados americanos é comum encontrar promoções de pague 1 e leve 2, 50% de desconto e entre outras ofertas. Mas de acordo com o advogado, ao escolher os caixas automáticos na hora do pagamento de suas compras, essa família cometeu um erro que foi interpretado como furto pelo segurança da loja em questão. “Os caixas reconhecem essas promoções em seu sistema, então é necessário realizar o registro de todos os produtos, mesmo com alguma promoção em vigor. O que essa família fez, por falta de conhecimento, foi registrar um item da promoção, e manter os que seriam gratuitos no carrinho. Mas isso gerou um problema gigantesco”, revela.

Embora o problema pudesse ser resolvido através do diálogo, a polícia local foi acionada e os imigrantes, que viviam nos Estados Unidos com a permissão do visto para estudantes, enfrentaram problemas maiores do que imaginavam. “Quando os policiais chegaram e falaram sobre as alegações de furto, a família explicou o que havia acontecido, levantando a questão dos itens em promoção e deixando claro que foi apenas um mal entendido por falta de conhecimento da parte deles. De qualquer maneira, eles tiveram que devolver os produtos que não foram registrados, além de serem notificados a responderem um processo judicial no futuro”, lamentou o advogado.

Os advogados da família tentaram reverter a situação em penas mais leves, como a compra de cestas básicas ou até mesmo serviços comunitários, mas o promotor do caso não acreditou que essa era a melhor resolução. “Pela quantidade de itens que eles estavam levando e o valor da compra, mesmo que, teoricamente, eles não estivessem cometendo um crime, acabou figurando como furto e a família inteira teve seus vistos de categoria F1 revogados nos Estados Unidos, com o prazo de 30 dias para sair do país, antes mesmo de uma condenação oficial”, relata Toledo.

Mesmo com o processo em andamento, os advogados aconselharam a família a retornar ao Brasil para não correr o risco de overstay, que pode causar problemas ainda maiores. Após alguns meses, a sentença foi decidida e revertida em uma multa e na distribuição de cestas básicas.

Sabendo que apenas o visto estudantil havia sido revogado, eles resolveram voltar aos Estados Unidos através do visto de turismo meses depois. “Logo na chegada, eles foram impedidos de entrar no país e obrigados a voltar ao Brasil com os vistos de turismo cancelados, além de responderem diversas perguntas sobre o processo judicial que havia acontecido anteriormente”, lamenta o especialista em Direito Internacional.

Para Daniel Toledo, o caso serve de alerta para imigrantes que moram nos EUA. “Por uma bobagem, uma família que tem boas condições financeiras não poderá mais voltar ao país americano pelos próximos cinco anos, pelo menos. Lembre-se que cada lugar tem suas regras, costumes e estilo de vida. Se você não sabe como as coisas funcionam, opte pelo caminho mais simples para evitar dores de cabeça”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Home office: vilão ou mocinho na qualidade de vida das mulheres?

 Trabalhar de casa ou se dividir entre o lar e o escritório- no chamado modelo híbrido- causa polêmica, pois há os que defendem o modelo e os que são contrários; mentora em Carreira & Liderança Feminina lista prós e contras


Com a pandemia da Covid-19, grande parte das empresas tiveram que adotar o home office e, mesmo com a diminuição de medidas restritivas, o trabalho remoto ou o modelo híbrido- que intercala atividade presencial com trabalho à distância- continua em alta e, ao que parece, veio para ficar.  

Mas, afinal, essa rotina de trabalho mais flexível é boa ou ruim para as mulheres? De acordo com a 18ª edição do índice de Confiança Robert Half, divulgada recentemente, 66% das pessoas entrevistadas disseram que sofrem desgaste com deslocamentos de casa até o local de trabalho, e 55% indicaram que teriam dificuldade para se readequar a uma nova rotina profissional 100% presencial.  

De acordo com a mesma pesquisa, entre as mulheres, quatro em cada dez informaram que cogitam até mesmo trocar de emprego para que possam continuar trabalhando de casa ou no modelo híbrido. No entanto, nem tudo “são flores” em relação a esses modelos de trabalho.Há os que defendem que são mais produtivos e conseguem ter melhor qualidade de vida trabalhando de casa, enquanto outros se queixam que a jornada de trabalho aumentou após o início da pandemia”, comenta Gisele Miranda, Mentora em Carreira & Liderança Feminina. 

Para a especialista, não é possível afirmar se o home office é “bom” ou “ruim” para as mulheres. “Isso depende muito das características e do momento profissional e pessoal de cada mulher. Não existe fórmula ou receita de sucesso”, avalia. Além disso, para Gisele, ainda hoje grande parte das organizações têm um perfil mais conservador, e poucas estão preparadas para adotar o home office de forma efetiva.  

Pensando nisso, Gisele listou vantagens e desvantagens do home office:

 

Prós 

Proximidade com a família

Uma vantagem importante é a possibilidade de estar mais próxima da família. É possível, por exemplo, tomar o café da manhã com mais calma, almoçar com as pessoas que moram com você ou até mesmo levar os filhos na escola, por exemplo. 

“Estar mais perto da família, economizar tempo e dinheiro e ter mais liberdade com os horários são, sem dúvida, ótimas vantagens proporcionadas pelo trabalho remoto”, opina Gisele. 

No entanto, é preciso “pesar na balança” se isso é um fator de fato importante para a profissional em questão. “Tem mulheres que acham que estar mais em casa faz com que percam o foco no trabalho, e preferem reservar o final de semana para esses momentos de refeições ao lado da família, por exemplo. O que funciona para uma pode não ser o ideal para outra”, diz a especialista.

 

Flexibilidade de horários

Não precisar “bater cartão” na empresa, em um determinado horário, também é um ponto a se considerar na hora de pensar se o home office é a melhor opção. Isso porque não é preciso calcular o tempo que será gasto para se deslocar até o escritório, para chegar ao local no horário e sem atrasos. “No home office, basta ligar o notebook alguns minutos antes e a profissional já estará pronta para iniciar seu dia, sem precisar planejar sua rota, se ficará presa no trânsito ou outros imprevistos. Nesse sentido, o home office traz mais praticidade e comodidade, diz. 

Além disso, o home office possibilita alguns curtos intervalos de tempo para resolver pendências, o que pode trazer mais qualidade de vida. “O tempo que se economiza com deslocamentos pode ser usado para ir rapidamente ao banco ou farmácia no horário de almoço, por exemplo. Isso pode ser algo de grande valia para algumas”.

 

Redução de custos

A economia é, sem dúvida, outra grande vantagem de trabalhar de casa. Isso porque no home office, não existem custos com transporte público, gasolina, estacionamento, e até mesmo com a alimentação, já que é possível preparar o próprio almoço. 

“Certamente esse é um ponto relevante, pois uma mulher que trabalha do conforto de seu lar pode degustar uma refeição caprichada que ela mesma preparar rapidamente, ou saborear um café durante a tarde que ela mesma fez, sem precisar pagar preços abusivos”, avalia Gisele.

 

Contras 

Maior carga de trabalho

Estudo publicado no ano passado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA) apontou que, para 81% dos entrevistados, a produtividade trabalhando em casa é maior ou igual à da atividade presencial.  

No entanto, grande parte das pessoas relataram trabalhar mais horas em casa do que se estivessem no escritório. Desses, 23% afirmaram que trabalham entre 49 e 70 horas por semana, enquanto 6% falaram em volume maior do que 70 horas semanais. 

“Esse é um ponto que merece atenção, pois de fato, é mais fácil estender a jornada estando em casa do que na empresa. Isso porque o fato de estar em sua própria casa pode fazer com que a mulher não se dê conta de que já prolongou demais seu dia de trabalho, pois está concentrada em uma determinada entrega”, alerta Gisele.

Para as mulheres, fazer da “hora extra” uma rotina é ainda mais arriscado, pois na grande maioria dos casos, a mulher já cumpre dupla ou tripla jornada, pois além do papel profissional, cuida dos afazeres domésticos, administração do lar e cuidados com os filhos. “Ou seja, o risco da sobrecarga feminina torna-se ainda maior”, pondera Gisele.

 

Menos interação e troca de ideias

Outro aspecto negativo do home office é a diminuição da troca profissional entre os colegas, ainda que existam as reuniões online e grupos de Whatsapp. “Geralmente a empresa adota iniciativas para tentar contornar de alguma forma essa falta de interação do time, promovendo por exemplo bate-papos virtuais. No entanto, a interação online nunca é a mesma coisa que a conversa olho no olho”, avalia ela.  

Por isso, segundo Gisele, é importante sempre buscar manter o contato com os colegas de trabalho. “Marcar um almoço ou um happy hour com a equipe, qualquer tipo de ação que ajude a diminuir o gap físico entre os colaboradores e colaboradoras é bastante válido”, sugere.

 

Perda da privacidade

Outra questão a se pensar é o quanto ter a família por perto é vantajoso, ou se pode prejudicar a rotina de trabalho. Afinal, ser chamada toda hora para assuntos que não têm a ver com o trabalho, no meio do expediente, atrapalha o rendimento. 

“Para as mulheres que são mães, trabalhar sem interrupções é ainda mais complicado. Ou seja, antes de ‘abraçar’ a ideia do home office, é preciso ser realista: terei alguém para ficar com meu filho enquanto me dedico ao trabalho, no caso das crianças pequenas? Se meu filho ou filha já têm idade para ficar sem supervisão 100% do tempo, ele irá compreender que, mesmo estando em casa, eu estarei trabalhando e não estou disponível para atendê-lo?”, exemplifica Gisele.

 

Modelo híbrido é o equilíbrio?

Uma alternativa para manter a qualidade de vida do home office sem se prejudicar com as desvantagens que o trabalho remoto pode trazer é optar pelo modelo híbrido, em que a pessoa alterna dias em casa e no escritório. Isso pode ajudar a manter a economia financeira e uma certa flexibilidade de horários, e até a proximidade com a família, mas com equilíbrio. 

“Acredito que a mescla do trabalho remoto e presencial pode ser, sim, um bom caminho, e inclusive tem sido a opção número 1 da grande maioria das empresas. Nesse modo de atuação, a mulher pode usufruir, mesmo que parcialmente, das vantagens do home office sem abrir mão do trabalho presencial”, avalia Gisele. 

No entanto, ela ressalta que o futuro ainda é incerto. “São configurações bastante novas e ainda em discussão, sobre as quais ainda não se chegou a um consenso. Serão necessários alguns anos testando e avaliando os modelos atuais, para que sejam feitos os ajustes necessários e, quem sabe, se chegue perto de algum tipo de modelo ideal, que certamente não será um só para todas”, finaliza a especialista.

 

 Gisele Miranda - Mentora de Carreira & Liderança, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente).


O papel da escola na volta às aulas 2022

 

Você já percebeu o crescente número de pessoas com transtornos de ansiedade, angústia, pânico, depressão? Você se sente confuso com as informações equivocadas, em relação ao retorno as aulas? Temos o dever de garantir o direito de aprender. Escola é essencial. Escola é o local de educação e a SAÚDE ESCOLAR precisa ser prioridade, da mais tenra idade até a universidade.

 

Com 5 medidas de prevenção as crianças podem retornar as aulas com segurança.

  • A família precisa comunicar a escola, diante de todos os casos de adoecimento para que a escola cuide da saúde escolar. Criança doente não pode frequentar escola, é fundamental que fique em casa aos cuidados da família.
  • Triagem na escola. A comunicação entre a escola e a família ao receber a criança é fundamental no controle da saúde escolar.
  • Higienização das mãos é a medida mais importante de PREVENÇÃO.
  • É essencial que os alunos permaneçam em pequenos grupos para evitar aglomeração e preferencialmente em ambientes arejados.
  • Educação em saúde para os educadores, alunos e famílias.

 

Você pode estar perguntando e o uso de máscara? 

  • Máscara é essencial em caso de adoecimento e importante para pessoas com imunodeficiência em locais com aglomeração de pessoas.

 

Você pode questionar também em relação a vacina? 

  • Diante do estado de emergência sanitária, a vacina de Covid19 cumpriu seu papel de reduzir e controlar a progressão do número de casos. Agora já temos um percentual favorável de pessoas vacinadas e muitas pesquisas e estudos, para o aprimoramento da vacina, estão em andamento.

A escola deve criar projetos de estímulo à vacinação do Programa Nacional de Imunização-PNI de crianças e adultos, entretanto escola não pode funcionar como fiscalizador. Cercear uma criança do direito de aprender é crime. A escola tem o dever de ensinar e jamais constranger. 

 

É fundamental saúde & educação estarem de mãos dadas, porque o grande desafio é a necessidade de formação em PREVENÇÃO de doenças, acidentes e valorização da vida.

  

Dra. Cláudia Araújo - idealizadora e CEO da Crescer Saúde. É mãe, avó, médica e possui mais de 30 anos de Clínica de Homeopatia e Medicina Integrativa, atendendo mais de 500 mil pessoas em 35 anos de emergência de pediatria.


A importância da certificação para os profissionais de TI

O profissional que atua na área de TI precisa ser dinâmico e estar sempre atualizado com as novidades do mercado. Para isso, um grande diferencial na carreira de quem busca as melhores oportunidades são as certificações. Com testes teóricos e/ou práticos, as certificações têm como objetivo reconhecer e validar as habilidades que o profissional possui para atuação em determinada área e vão desde o nível básico até o mais avançado.

Por esse motivo, obter uma certificação requer grande investimento de tempo e dinheiro, além de ser uma forma de desenvolvimento da carreira e ter destaque no mercado de trabalho.

Os programas de certificações contêm um ciclo específico de treinamento, que visam instruir os alunos para o progresso das competências exigidas pela profissão. Para muitas empresas de TI, as certificações são mais importantes que uma graduação, por exemplo, já que tem como objetivo deixar o profissional preparado para desempenhar papéis específicos em determinadas áreas.

Acredito que por mais completa e atualizada que sejam as grades curriculares das faculdades, é quase impossível se manter em dia com as práticas do mercado de trabalho, já que as estratégias estão em constante atualizações dentro das organizações. Portanto, uma certificação é uma excelente forma de atestar o conhecimento do profissional.

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), no Brasil, serão criados quase 800 mil postos de trabalho no mercado de TI até 2025. Porém, mesmo com muitas vagas disponíveis na área, ter graduação e o inglês fluente não garante vantagem na hora das entrevistas de empregos. As empresas exigem cada vez mais conhecimento prático das tecnologias que serão usadas e um profissional credenciado é a garantia que ele domina a atividade proposta para aquela função específica.

Os conhecimentos adquiridos nos programas de certificações fazem com que empresas e profissionais saiam da zona de conforto, além de estimular novos aprendizados dentro da companhia, já que é possível gerar resultados práticos à curto prazo. Vale mencionar que algumas certificações exigem renovação periódica e são condições para manter as credenciais do profissional com atualizações e melhorias em tecnologias, plataformas e ferramentas.

Portanto, as certificações podem ajudar os profissionais a se tornarem especialistas em determinado assunto. Ela ajuda no aprendizado de novas tecnologias e habilidades para uma possível promoção dentro da empresa, por exemplo. Assim sendo, obter uma nova certificação ou uma certificação avançada em uma área específica pode ajudar no avanço da carreira profissional.

Vale ressaltar ainda que a certificação profissional por si só não garante um bom cargo e nem um salário elevado. Vantagens como essas são consequências de todo um planejamento ao decorrer da carreira. O ideal é tirar uma certificação básica para ingressar no mercado de trabalho para depois avançar nos níveis, se tornar especialista e alcançar as melhores colocações dentro da empresa. 


Nadia Guimarães é diretora executiva e coordenadora geral acadêmica do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista – IDESP.

 

IDESP

https://www.daryus.com.br/pos-graduacao

 

Posts mais acessados